4.1.21

Os invernos da minha vida!

janeiro 04, 2021 0 Comments



O inverno, o frio e o recolhimento têm que servir para algo produtivo, por isso uso cada hora de luz e o primeiro despertar, para solidificar a minha versão de vida tranquila e feliz. Aprendi que é possível ter mais com menos; que é fazível mudar as rotinas e encaixar novas visões do mundo; que nos é permitido e desejável ser mais do que ter e é tanto que se tem quando o essencial já nos rodeia.

Viver devagar, saboreando cada novo momento, tal como se faz com um chá fumegante, é cada vez mais uma habilidade e estou a melhorar e a solidificar as minhas. Viver no aqui e no agora, sem adiar constantemente, sem reclamar e sem arranjar 423 mil desculpas. Viver sem repetir erros e deixando os medos bem enterrados, porque são eles que nos condicionam. Viver tendo o leme nas mãos e decidindo TUDO, até o aparentemente pequeno.
Não sei se é a idade a cobrar-me balanços, mas que avalio e olho com muito mais atenção para o que já construí, isso é um facto. Não sei se já atingi o patamar da coerência e clareza constantes, mas que já analiso e decido com mais determinação, isso ninguém nega. Não sei se finalmente entendi a matéria, mas que as provas chegam com melhores resultados, isso também asseguro. Não sei se serei apenas eu, mas sei que já faço correcções de rota sem qualquer esforço.
Cada inverno da minha vida carrega outras tantas primaveras e é dessa forma que chego ao verão sem recear que o outono faça recomeçar tudo outra vez.

3.1.21

Os anos passam...

janeiro 03, 2021 0 Comments



Os anos passam para que possamos evoluir e mudar, mas apenas nos mudam quando nos sentimos prontos. O foco não pode estar no calendário, mesmo que já saibamos, alguns de nós, que a conjugação dos astros nos infuencia. Querer diferente passa por ser e fazer diferente, não existem fórmulas mágicas.

Ainda estamos a viver e a conviver com o resultado dum ano há muito previsto, mas do qual nunca esperámos ter que escrever. Os efeitos não terminarão com o virar de 24 horas, as restantes, dia-após-dia, serão como as quisermos viver, se mantivermos vivas as imagens que não desaparecerão tão cedo, mas que eventualmente terão servido para algo. Assim o espero!
Tanto se tem falado em proximidade, cuidado e toque, mas continuo a perguntar porque razão teremos que perder, ou não poder, para querer? Juro que não entendo a raça humana e o seu constante foco no supérfulo para que se sintam grandes, no julgamento constante para camuflar fraquezas e na desvalorização do que realmente os pode tornar felizes. Desenganem-se os optimistas, porque a salvação não chegará agora, não ainda e não enquanto nos continuarmos a cruzar com quem apenas olha para o que é pouco exemplificativo do que se tem dentro.
Os anos passam, passou mais 1, mas para mim nenhum jamais o será em vão. Sinto-me reabilitada, mais sábia e mais motivada a conseguir o que tanto construí mentalmente e não precisei duma pandemia para o identificar. Os anos passam, mas se nada fizermos para nos cuidarmos interiormente, jamais nos cruzaremos com quem saberá fazer todo o percurso valer a pena. Os anos passam, mas o importante e real estará presente em cada novo dia.

1.1.21

Mesmo sem amor...

janeiro 01, 2021 0 Comments


Mesmo que sinta saudades de ter por quem acordar, confesso que acordo muito mais tranquila por já não precisar de sentir saudades de alguém. Até quando sinto vontade dos beijos, de ter uma boca que se encaixe na minha, sei que estar livre para beijar  quem escolher, ou nem sequer beijar, compensa tudo. 

Já ninguém me chama de querida ou me atira uns quantos "amo-te", mas já amei tanto e a quem escolhi, que não me sinto no direito de reclamar.

Mesmo que saiba que não ser a mulher de alguém me impede de alguns sentimentos bem poderosos, sabe-me bem perceber que tenho o poder que me atribuo e nem preciso de o justificar. Mesmo que não tenha uma qualquer metade inteira que se encaixe, vou tendo a força e a sabedoria para não lamentar nada do que decida escolher, porque sou a condutora do meu destino.



28.12.20

O que há de errado com o amor que te tenho?

dezembro 28, 2020 0 Comments



Não há nada de errado com o amor que te tenho e nada do que sinto pode ser visto como sendo o que nunca poderei receber porque recebo exactamente o que me faz falta.

Tentei retrair o que sentia enquanto esperava que estivesses na mesma passada, passando o tempo que juntámos para estarmos juntos. Pensei no que perderia quando te perdesse, porque sempre foi o quando e nunca o "se", mas escolhi ganhar tudo o que me darias enquanto te tivesse e sentisse. Sonhei, vezes sem conta, com a possibilidade de fazer parte dos teus sonhos, esperando que quisesses sair deles e passar a ter-me. Senti-te bem dentro de mim
tantas vezes, que já te sabia de cor, cada canto da boca que beijei até que me fartasse, mas fartar-me de ti nunca chegou a acontecer. Toquei-te sabendo que seria a prazo, mas senti o que teria que chegar contigo e foi tanto que serviu para acumular para o hoje. Mostrei-te o que tinha e sei que gostaste de tudo, mesmo que te tenha parecido demasiado...
Não há nada de errado em amar a pessoa que não se acerta nem encaixa, porque é com todos os amores, grandes e pequenos que aprendemos o que acabamos a multiplicar. Não há NADA de errado em dizer-te, ainda que muito depois do que consegui ter, que ter-te fez de mim a mulher que gosto de ser. Não há nada de errado em ainda sonhar contigo, afinal a realidade já me pertenceu, tal como tu enquanto te chamei de meu.

Não e Não!

dezembro 28, 2020 0 Comments



Não procures ser igual a todos quando te sentes diferente. Não tentes encaixar o quadrado na circunferência, aceitando o que uns quantos incompetentes te empurram goela abaixo, enquanto eles mesmos se movimentam de forma parada. Não te inibas de mostrar quem és, provando que o que te representa é o que te cabe fazer e ser. Não recues perante os momentos inesperados, desistindo à primeira, apenas porque te tentam provar o contrário. Não aceites diretrizes de quem nunca entendeu o manual e que apenas deambula por este mundo num carneirismo impróprio para quem deseja ser mais do que um número, ou será que apenas pretendem passar pelos pingos da chuva? Não cruzes os braços quando te parecer que estás sozinho e sem razão que fundamente as razões pelas quais queres realmente fazer a diferença. Não busques a força nos fracos e mantém-te determinadamente forte até nos dias mais escuros, porque a história tem-nos mostrado que os diferentes mudam o mundo. Não sintas qualquer receio em dizer um NÃO redondo a quem apenas usa o SIM para que não precise de ser ou fazer mais do que o mínimo. Não te desiludas, não a ti, nunca a ti, porque apenas a ti deves responder pelas escolhas ou pela falta delas.

26.12.20

O que significa ter sucesso?

dezembro 26, 2020 0 Comments



O mundo cobra-nos, a toda a hora, decisões, escolhas, lugares e status. O mundo, que somos todos nós, espera que conquistemos o que nem sempre está ao nosso alcance e por isso mesmo nos derruba e deprime, enquanto quase nos mata pela tão proclamada falha, erro ou não-concretização. O mundo é a nossa baliza para o almejado sucesso, mesmo quando e enquanto não sabemos o que isso significa.

Escolhe o que te define e parte a casca que apenas mostra o que os outros querem ver enquanto te pedem que decidas quem passarás a ser e onde irás estar, não importa e idade. Decide por ti e regressa ao início se necessário for, para que não voltes a precisar de guias ou de instruções, porque o que se define como sendo sucesso, nunca será pelo que se faz, mas por quem poderemos ser enquanto o fazemos.
Estamos na reta final de mais um ano e gostaria MUITO de começar a ver pais que promovem a busca pela felicidade ao invés da escolha de algo que determinaram ser importante, porque uma coisa se deveria ter aprendido com esta pandemia, mais importante do que TUDO o resto, é que os felizes sempre sobrevivem.

20.12.20

Como será subir até chegar?

dezembro 20, 2020 0 Comments


Como será chegar ao cimo da tão desejada montanha? Que sabor terá a conquista longamente planeada e antecipada? Quem saberá estar connosco na chegada e quantos dos que deixámos para trás usarão do nosso exemplo, seguindo as nossas passadas, mas imprimindo a sua velocidade e conseguindo também chegar? Que bagagens teremos descartado e quanta nova seremos capazes de carregar, mas sem demasiado peso? Que amores começarão quando a viagem ao topo estiver completa e quantos serão empurrados ravina abaixo sem qualquer dor ou mágoa? 

Sei muito mais do que antes, mesmo que não o suficiente, mas já tenho clareza que baste para que as minhas conquistas me bastem e não precise que ninguém puxe por mim.