10.1.21

Será que gostava de acreditar no amor?

janeiro 10, 2021 0 Comments



Gostava de ser capaz de me voltar a apaixonar pelo amor e por tudo aquilo que ele representa enquanto somos capazes de acreditar. Gostava de voltar a sentir vontade de o ter na minha vida de forma consistente e tranquila. Gostava de deixar de lado esta sensação de desistência pacífica, porque se ela acabar colada como uma segunda pele, dificilmente haverá retrocesso.

Já mal me recordo de como era começar e terminar os dias com um amor certo, porque certo será tudo o que nos fizer bem. Já nem sinto saudades de uma voz diferente, empenhada em palavras que me mantivessem acordada, apaixonada e devidamente enamorada. Já estarei, muito provavelmente, conformada com a inexistência de alguém que me motive a recomeçar a viagem com tudo a que ela tem direito, as borboletas na barriga; os beijos a toda a hora e a horas inconvenientes, para os outros claro está; os risos parvos e os toques que nunca parecem tocar o suficiente.

Já deixei de querer enumerar as qualidades que me acertam, talvez porque esteja finalmente certa de quem sou, bastando-me o suficiente para que não tenha que esperar por quem nunca chegou, ou pior ainda, procurar por quem muito provavelmente nem sequer existe. Já estou tão envolta na minha paz interior, que parei de "comprar" cartas náuticas para mares revoltos. Já não preciso de guerras emocionais e muito menos de pessoas inseguras e sem metas prováveis. Já me reformei dos solavancos do coração e das corridas paradas, daquelas que nunca nos levam a lugar algum.

Gostava de acreditar que ainda sou das que acredita no amor, mas a verdade é que escolhi amar sem ter que provar qual a intensidade que imprimo a um sentimento tão natural quanto é respirar. Gostava de dizer que ainda não me "reformei" sentimentalmente, mas depois de ter espreitado e arriscado entrar no único lugar onde realmente me sinto eu, escolhi atirar para bem longe a chave, e que bem que me soube.

9.1.21

O que te diz a tua intuição?

janeiro 09, 2021 0 Comments



Acreditas na tua intuição, ou receias o que te surge de forma natural e óbvia sempre que precisas?

Sei que gostávamos de viver com manuais de TUDO e que nos guiassem nas relações e na tomada de decisões prementes. Sei que o fácil assusta pela simplicidade, mas na realidade as coisas até são simples, nós é que as complicamos. Sei que até já sabemos o que precisamos para decidir de forma sábia, mas o medo de errar e de estar a avaliar de forma descuidada, inibe-nos, mesmo que nos provemos certos a maioria das vezes.

Evoluir e subir patamares também nos traz responsabilidades acrescidas, talvez por isso alguns o recusem fazer com ENORME determinação, até porque ter razão nem sempre é sinónimo de paz. Tanto que gostava de errar mais vezes, só para não ter que ver os "filmes" de forma repetida, é que saber o final de cada um também cansa. Saber o que nos diz o instinto significa já o ter descodificado e quando acontece, fugir dele torna-se desnecessário.

Viver é realmente um BEM inestimável, mas viver BEM, com todo o sabor e sabedoria, é maior do que qualquer palavra usada, porque nem sempre precisamos delas para nos explicarmos o óbvio. Viver obriga a uma panóplia de sentidos e é apenas sentindo que podemos realmente saber quando ir, por onde, ou de que forma ficar, sem mágoas nem arrependimentos.

Quando a minha intuição toca o sino, eu oiço-a com MUITA atenção!

6.1.21

Qual é a nova moda?

janeiro 06, 2021 0 Comments



A moda agora passa por se relatar de forma "livre", acontecimentos reais! Esta foi a forma simpática que encontrei para dizer coscuvilhar à grande, sem quaisquer filtros, nem respeito por pessoas que existem mesmo. A moda agora é apontar erros, reduzir grandes feitos e aumentar pequenos defeitos tornando-os TÃO grandes, que ninguém possa deixar de os ver. A moda agora é não aceitar qualquer responsabilidade por TUDO o que se faça com a intenção de cuspir fogo, esquecendo vidas de merda e sujando a dos outros sem apelo nem agrado. Oh gente danificada...

O que é que pode servir de desculpa para que se atropele os vulneráveis e se incite a uma violência colaborativa que não serve a ninguém? Onde foi que a maioria de nós desatou a julgar sem um julgamento digno e justo, declarando culpados os que nem se podem defender? De onde vem tanto fel e do que padecem afinal os atacantes de serviço?

A moda agora é tocar a todas as campainhas, mas com a firme intenção de incomodar sem resposta, acham "eles", porque a verdade é que o troco chega, pode até demorar, mas chega e depois a quem se irão queixar? Vou ficar por aqui à espera da resposta do universo, até porque já o vi em acção, foi sem qualquer dúvida justo, mas não foi bonito.

4.1.21

Os invernos da minha vida!

janeiro 04, 2021 0 Comments



O inverno, o frio e o recolhimento têm que servir para algo produtivo, por isso uso cada hora de luz e o primeiro despertar, para solidificar a minha versão de vida tranquila e feliz. Aprendi que é possível ter mais com menos; que é fazível mudar as rotinas e encaixar novas visões do mundo; que nos é permitido e desejável ser mais do que ter e é tanto que se tem quando o essencial já nos rodeia.

Viver devagar, saboreando cada novo momento, tal como se faz com um chá fumegante, é cada vez mais uma habilidade e estou a melhorar e a solidificar as minhas. Viver no aqui e no agora, sem adiar constantemente, sem reclamar e sem arranjar 423 mil desculpas. Viver sem repetir erros e deixando os medos bem enterrados, porque são eles que nos condicionam. Viver tendo o leme nas mãos e decidindo TUDO, até o aparentemente pequeno.
Não sei se é a idade a cobrar-me balanços, mas que avalio e olho com muito mais atenção para o que já construí, isso é um facto. Não sei se já atingi o patamar da coerência e clareza constantes, mas que já analiso e decido com mais determinação, isso ninguém nega. Não sei se finalmente entendi a matéria, mas que as provas chegam com melhores resultados, isso também asseguro. Não sei se serei apenas eu, mas sei que já faço correcções de rota sem qualquer esforço.
Cada inverno da minha vida carrega outras tantas primaveras e é dessa forma que chego ao verão sem recear que o outono faça recomeçar tudo outra vez.

3.1.21

Os anos passam...

janeiro 03, 2021 0 Comments



Os anos passam para que possamos evoluir e mudar, mas apenas nos mudam quando nos sentimos prontos. O foco não pode estar no calendário, mesmo que já saibamos, alguns de nós, que a conjugação dos astros nos infuencia. Querer diferente passa por ser e fazer diferente, não existem fórmulas mágicas.

Ainda estamos a viver e a conviver com o resultado dum ano há muito previsto, mas do qual nunca esperámos ter que escrever. Os efeitos não terminarão com o virar de 24 horas, as restantes, dia-após-dia, serão como as quisermos viver, se mantivermos vivas as imagens que não desaparecerão tão cedo, mas que eventualmente terão servido para algo. Assim o espero!
Tanto se tem falado em proximidade, cuidado e toque, mas continuo a perguntar porque razão teremos que perder, ou não poder, para querer? Juro que não entendo a raça humana e o seu constante foco no supérfulo para que se sintam grandes, no julgamento constante para camuflar fraquezas e na desvalorização do que realmente os pode tornar felizes. Desenganem-se os optimistas, porque a salvação não chegará agora, não ainda e não enquanto nos continuarmos a cruzar com quem apenas olha para o que é pouco exemplificativo do que se tem dentro.
Os anos passam, passou mais 1, mas para mim nenhum jamais o será em vão. Sinto-me reabilitada, mais sábia e mais motivada a conseguir o que tanto construí mentalmente e não precisei duma pandemia para o identificar. Os anos passam, mas se nada fizermos para nos cuidarmos interiormente, jamais nos cruzaremos com quem saberá fazer todo o percurso valer a pena. Os anos passam, mas o importante e real estará presente em cada novo dia.

1.1.21

Mesmo sem amor...

janeiro 01, 2021 0 Comments


Mesmo que sinta saudades de ter por quem acordar, confesso que acordo muito mais tranquila por já não precisar de sentir saudades de alguém. Até quando sinto vontade dos beijos, de ter uma boca que se encaixe na minha, sei que estar livre para beijar  quem escolher, ou nem sequer beijar, compensa tudo. 

Já ninguém me chama de querida ou me atira uns quantos "amo-te", mas já amei tanto e a quem escolhi, que não me sinto no direito de reclamar.

Mesmo que saiba que não ser a mulher de alguém me impede de alguns sentimentos bem poderosos, sabe-me bem perceber que tenho o poder que me atribuo e nem preciso de o justificar. Mesmo que não tenha uma qualquer metade inteira que se encaixe, vou tendo a força e a sabedoria para não lamentar nada do que decida escolher, porque sou a condutora do meu destino.



28.12.20

O que há de errado com o amor que te tenho?

dezembro 28, 2020 0 Comments



Não há nada de errado com o amor que te tenho e nada do que sinto pode ser visto como sendo o que nunca poderei receber porque recebo exactamente o que me faz falta.

Tentei retrair o que sentia enquanto esperava que estivesses na mesma passada, passando o tempo que juntámos para estarmos juntos. Pensei no que perderia quando te perdesse, porque sempre foi o quando e nunca o "se", mas escolhi ganhar tudo o que me darias enquanto te tivesse e sentisse. Sonhei, vezes sem conta, com a possibilidade de fazer parte dos teus sonhos, esperando que quisesses sair deles e passar a ter-me. Senti-te bem dentro de mim
tantas vezes, que já te sabia de cor, cada canto da boca que beijei até que me fartasse, mas fartar-me de ti nunca chegou a acontecer. Toquei-te sabendo que seria a prazo, mas senti o que teria que chegar contigo e foi tanto que serviu para acumular para o hoje. Mostrei-te o que tinha e sei que gostaste de tudo, mesmo que te tenha parecido demasiado...
Não há nada de errado em amar a pessoa que não se acerta nem encaixa, porque é com todos os amores, grandes e pequenos que aprendemos o que acabamos a multiplicar. Não há NADA de errado em dizer-te, ainda que muito depois do que consegui ter, que ter-te fez de mim a mulher que gosto de ser. Não há nada de errado em ainda sonhar contigo, afinal a realidade já me pertenceu, tal como tu enquanto te chamei de meu.