24.1.21

Como é que fugimos do mundo para sermos nós?

janeiro 24, 2021 0 Comments



Como é que nos mantemos num namoro constante para revitalizarmos a única coisa que nunca deve morrer? Como se acorda e adormece com a mesma vontade, a de termos e fazermos feliz a pessoa que nos deixa numa felicidade tola, TÃO mas necessária? Como se recordam as palavras do início, as que nos envolveram e abraçaram com uma força imensurável e capaz de afastar todos os males? Como é que se resiste à futurologia constante dos mal-amados, sendo que é quase sempre negativa e apocalíptica? Como se revitaliza o desejo de continuar a ter desejo de quem compartilha tudo, sobretudo o corpo que nos mantém vivos e no aviva o que nos levou ao outro a primeira vez? Como é que se aprende a amar de forma simples e se simplificam as atitudes e as expectativas? Como é que fazemos para sermos apenas nós os dois a fazer o que nos importa, parando de nos importar com os outros e sendo genuinamente felizes?

Só precisamos de resistir ao mundo e envelhecer juntos.

23.1.21

Faço escolhas mais acertadas!

janeiro 23, 2021 0 Comments



Faço escolhas mais acertadas e talvez por isso acerte mais vezes no que me deixa bem. Já nem preciso de escolher com cuidado as palavras, porque apenas uso as que me servem e não perturbam ninguém. Olho de forma tranquila para tudo o que me rodeia e rodeio-me apenas de motivação, boas energias e pessoas positivas, mesmo que estejam longe. Percebo do que me decido a aprender e aprendo com uma rapidez que nunca cessa de me surpreender. Estou verdadeiramente comigo, até quando a mente se enrola e rebola numa vontade em crescendo de apenas fazer o que faz sentido. Já não julgo os que sentem medos desmedidos, até porque também já lá estive, mas recuso deixar-me abraçar pelo que se tornou simples e claro. Há em mim uma mulher nova a cada acordar, talvez por isso as noites se estendam e recusem a terminar. Há uma sabedoria que apenas o tempo que me ofereço permite e é desta forma que me vou dando permissão para testar o que tanto adiei, escudando-me em desculpas infindáveis, mesmo correndo o risco de nunca me vir a desculpar, mas felizmente cheguei ao ponto e lugar onde tudo deixou simplesmente de passar e passei a melhor saber como cada pedaço saborear.

Faço decididamente escolhas que me incluem e já não desiludem, simplesmente porque parei de procurar peças para colocar em posições incomuns e passei a posicionar apenas as que posso realmente encaixar.

22.1.21

Porque será que te adiei?

janeiro 22, 2021 0 Comments



Os planos foram de repente adiados e com eles foram-se os momentos planeados ao mais ínfimo detalhe. O nosso casamento não aconteceu no dia e hora antecipados, enquanto antecipava um dia de sonho, recheado com todos os detalhes vistos e revistos, por mim, sempre por mim que pareço ter colocado a minha vida em pausa para viver um único momento, esperando que fosse um momento único, mas de repente...

Que importância dei afinal a nós e ao que deveríamos querer em conjunto? Quando é que me tornei esta pessoa egocêntrica e egoísta? Para onde virei as prioridades, enquanto deixava de lado todos os momentos que deveríamos continuar a viver?

Já deveria ter aceite que os contos de fadas não são exemplificativos da realidade e simplesmente reconhecer que seremos tudo o que fizermos de nós, e que ninguém deverá carregar o "fardo" da superação de sonhos alheios, porque nunca será atingível.

Onde deixei os votos a respeitar em cada acordar e adormecer? Que mulher passei a ser enquanto deixava passar dias quentes com passeios na praia e o chocolate quente em dias frios, mas nos quais estávamos firmemente juntos? O para sempre não acontece apenas depois da cerimónia, do vestido chorado quando olhado; das inúmeras provas de bolo, mesmo sabendo que gostavas de todos; do orçamento megalómano para as flores cujos nomes desconheces e para o programar do que nem parece ser também para ti. O para sempre começou quando começámos a relação que esqueci por um breve período, mas que agora preciso de resgatar. O para sempre somos nós os dois em cada decisão e não uma meninice que já não se emoldura neste milénio.

- Meu amor?
- Sim pequenina, diz-me o que precisas?
- Preciso que me pegues pela mão e me transformes na tua mulher.
- Assim, agora?
- Assim o permitam os registos e me perdoes tu por todas as decisões que não te incluíram, quando afinal tens a única importância que me importa.

Os nossos planos nunca mais voltarão a ser adiados, não para que me arrisque a esquecer do que afinal nos trouxe até aqui.

21.1.21

Nunca te cheguei a conhecer...

janeiro 21, 2021 0 Comments



Nunca te cheguei a conhecer mesmo quando achava que conhecia tudo sobre ti. Senti então que me marcavas com ferros quentes, mas como afinal tudo o que começa também termina, terminou o que me ligava a ti e fiquei subitamente livre. Tínhamos conversas demasiado intensas e aparentemente cheias de sentimento, mas na verdade faltava o mais importante de todos, o amor desinteressado, descomplicado e seguro, mesmo com toda a insegurança que sempre rodeia as relações.

Nunca entendi o que te fazia recuar, talvez a minha aceleração e busca incessante em te fazer feliz, mas sei hoje que a felicidade que me fizeste sentir foi real e que se manteve pelo tempo que permitiste. Foi sempre em vão que te tentei passar a confiança que merecia, mas acabaste a provar-me que não mereceste TUDO o que te dei sem qualquer cobrança.

Houve um final de estrada anunciado bem cedo, mas como escolhi olhar para o lado contrário e acreditar que o amor falaria mais alto, falei menos comigo e parei perigosamente de me ouvir. Foi TANTO o que aprendi contigo, até o menos bom, que agora, depois do que me parecem muitas vidas, já não existem palavras sem legendas nem sentimentos desproporcionados.

Nunca cheguei a saber ao que saberias se fosses realmente a pessoa que fantasiei, mas bebi o antídoto da desilusão e nunca mais me desiludi com os que sabem menos, sentem pouco e nunca passarão a barreira dos amores pequenos. Nunca mais me voltarei a deixar em segundo plano, não depois de ti e não depois da mulher que passei a ser.

20.1.21

Quando achares que já te rendeste, rende-te ainda mais!

janeiro 20, 2021 0 Comments



Quando achares que já te rendeste, rende-te ainda mais!

Aprender a aligeirar, a deixar seguir, seguindo com mais calma e sabendo de que forma usufruir, deve ser uma meta a atingir. A vida tem ritmos próprios e de nada nos adianta tentar apressá-la. O amor tem planos para cada um de nós e querer que chegue depressa, sem acautelar o que precisamos que nos traga, só trará resultados aquém dos esperados. A paz tem exigências e apenas a sentimos quando deixamos de sentir pressa de tudo.

Quando achares que estares quieta te impede de avançar, percebe que ou percebes mesmo o que fazer e quando, ou o como nunca te será revelado.

Sente com mais profundidade e generosidade, sendo-o sobretudo contigo, porque dares-te muito vai permitir que recebas de igual forma. Mas será que demora? Demora o tempo que demorares a aceitar que és tudo o que pensas e que por isso atrais o que és.

Quando achares que já não vais a tempo de melhorar, melhora no primeiro dia e todos os outros se seguirão.

19.1.21

Pressa, para quê?

janeiro 19, 2021 0 Comments



Pressas, deixei de ter, mas quero muito, tal como antes, chegar ao meu lugar emocional e ficar. Vontade de viver sempre e a cada dia cheia de vontade de algo diferente, novo ou até igual, mas bom, é o que me move agora. Desejos por realizar, uns quantos, porque continuo viva e com a criatividade ao rubro, mas quando a paz me invade e tem acontecido a cada segundo, percebo que vou chegar porque para isso fui trabalhando, até quando o fazia sem consciência aparente.

Por onde andam as pessoas que antes procurava, mas que deixaram de fazer falta? Quem eram e sobretudo quem era eu quando as procurava? O que precisava de encontrar acompanhada que agora acho tão facilmente sozinha?
Pressa para quê quando o que devemos querer mesmo é bastante solidez, muita firmeza e mãos cheias de sabedoria?

18.1.21

Será que temos TUDO?

janeiro 18, 2021 0 Comments



Temos fases, momentos que fazem sentido quando os vivemos porque nos cabem e ajudam a sonhar, em que apenas sonhamos com um amor grande, um que se sobreponha a tudo e a todos e que não nos fuja. Temos meninice quando é suposto ela existir e é assim que passamos a acreditar no que até é possível, se ao menos encontramos quem nos encontre e queira ficar. Temos vivências e experiências que não poderemos reviver e é assim que percebemos que o agora, no hoje, depois de muita vida, nenhum amor voltará a ser encarado da mesma forma e igual simplicidade. Temos mais maturidade quando nos trabalhamos para sabermos como deixar passar o que faz sentido e é desejável. Temos ainda esperança e sobretudo confiança em nós, mas já não esperamos por nenhum príncipe ou princesa, muito menos um que venha montado num cavalo branco e numa que se mantenha bonita e doce para sempre. Temos todas as ferramentas que decidirmos procurar e temos um coração gigante que se estende e abraça o amor que nos venha acrescentar e completar, permitindo que os sorrisos balancem no canto dos lábios e os olhos se iluminem a cada acordar. Temos TUDO, quando decidimos querer apenas TUDO e nada MENOS do que o MUITO com o qual ainda podemos sonhar. Temos esta vida e muitas outras para escrever sobre o amor sem que nunca nada seja completamente dito.