2.2.21

Ainda consigo escrever sobre o amor!

fevereiro 02, 2021 0 Comments



Como é que ainda consigo escrever sobre o amor?

A verdade é que também me alimento dos amores dos outros, dos que são bem-sucedidos, dos que magoam mais do que curam e dos que se usam, pisam e nos envergonham a todos. Mas cada amor tem um universo que me basta e que ponho em palavras para que vá direitinho a muitos outros.

Já não sinto vontade de me lembrar dos tempos em que o meu tempo apenas corria, porque existia alguém do outro lado da minha vida. Já não acordo à espera de que surja, do nada, ou de um momento que me poderia saber a certo, a pessoa por quem e de quem teria, outra vez, muito sobre o que escrever. Já não anseio por viver aos sopetões, de coração "acordado" e a irrigar muito mais sangue do que necessito. Já não me revejo num amor que me levante ambos os pés do chão e que me traga uma vontade infindável de pertencer a quem me pertença. Já não me sinto capaz de deixar de ser para que outro tenha um lugar e para que nos sintamos ambos capazes de abraçar o mundo.

Então porque razão ainda escrevo sobre o amor se pareço ter desistido dele?

Não sou das que abandona projectos viáveis, mas sou seguramente e cada dia mais, a que sabe que o mundo apenas gira se girarmos todos em torno do único sentimento que ainda nos mantém por aqui e por isso cá estou, determinada a construir outros amores, mesmo que não sejam para mim.

1.2.21

O que estás disposto a fazer pela mulher que amas?

fevereiro 01, 2021 0 Comments



O que estás disposto a fazer pela mulher que amas? O que dás de ti, genuinamente, ao homem que te ama? Quem és quando estás com a pessoa que te sabe a certo e o que não deixas por dizer a quem te diz tudo? Quem são ambos quando fazem planos onde se incluem e o que fica de de fora por ainda desejarem ser apenas um?

Uma relação são duas pessoas, com cedências, caprichos satisfeitos, humores aos solavancos e muita bagagem com peso excessivo. Mas numa relação, sabemos que a felicidade do outro aumenta a nossa e que em cada desejo alheio estarão partes dos nossos, se o que sentimos é realmente pleno e grande.

Será que ainda te arrepias com o nome que a tua boca repete, uma e outra vez, por necessidade e incapacidade de já não ter a quem chamar que te pertença? Será que estás no momento certo, com a única pessoa possível e sentindo sem esforço nem receios? Será que consegues amar incondicionalmente, entregando o que não controlas a "quem" saiba mesmo como controlar? Será que te imaginas no mesmo futuro e por isso não descuras nenhum pedaço de presente?

Fomos concebidos para ter uma outra parte que se encaixe e acrescente, por isso, e inevitavelmente, acabaremos perdidos se formos apenas 1. Mas, e os mas da vida virão sempre em nossa defesa, se aprendermos a viver com verdade e intensidade a única pessoa que temos, nós mesmos, o que não acontecer não arrancará os pedaços que tanta falta nos fazem.

Quanto empenho colocas no amor que já tens e o que estás disposto a fazer para atrair aquele que te cabe e pertence?

31.1.21

O que me dirias se apenas tivesses 1 minuto?

janeiro 31, 2021 0 Comments



O que me dirias se apenas tivesses 1 minuto? Quanto deixaste por dizer quando afinal até tinhas todo o tempo do mundo? Quem poderias ter sido para mim se ao menos não tivesses reduzido ao mínimo tudo o que tínhamos para viver juntos? O que carrega agora o teu coração depois da distância que criámos? Quem o ocupa e que amor lhe tens prometido e cumprido? Será que já valorizas as horas que passam, não deixando passar em vão o que verdadeiramente importa? Quem vês quando fechas os olhos?

Os caminhos serão tão simples quanto o que já soubermos ter que caminhar. O que sentimos quando sabemos ser verdadeiro e forte, fortalece as dores e apaga os medos, porque assustador mesmo é não ter quem nos ame como todos já sonhámos um dia. Termos apenas 1 minuto não muda nada, porque o importante diz-se em segundos, faz-se sentir num beijo intenso e comprova-se num abraço sentido que vai parecer envolto em horas.

Se tivesses usado bem o minuto que te coube enquanto esperava e te olhava incrédula por tanta reticência, hoje já saberíamos tudo um do outro.

30.1.21

Sei bem quem és!

janeiro 30, 2021 0 Comments



Sei bem quem és, sempre soube, mas queria e precisava de saber quem serias comigo e por mim!

Nunca houve nada que não estivesse disposto a fazer por ti e por isso te dei tantas vezes bem mais do que tinha, mas na verdade tive de volta cada respingo de amor e todo o cuidado que sempre puseste no que guardavas para me encher de ti. Foste sempre tão certa e eu tão seguro da minha certeza, que só poderíamos ter ficado assim, juntos.

Sei bem o que já sabes sobre mim, porque nunca me retraio de te mostrar tudo o que tenho e que tanto te serve. Sei bem que se não existisses e não estivesse na minha vida, ela jamais seria tão plena e valiosa para ambos. Sei bem que mulher me coube e que homem afortunado passei a ser.

28.1.21

O que faço melhor agora?

janeiro 28, 2021 0 Comments


O que faço melhor agora, não importa se o dia nasceu triste e cinzento ou brilhante e quente, é passar-te o meu amor!

Temos todos um propósito na vida e uma vez encontrado, nunca mais nos voltamos a perder. Temos doses massivas de sentimentos puros e se não nos deixarmos "sujar" pelos males do mundo. Temos lugares que nos sabem a casa e casas que nos abrigam de lugares inóspitos, mas temos sem-abrigos de alma e a esses raramente conseguimos abrigar.

O que já não economizo nem guardo para mais tarde usar, é o que nunca se esgota porque me reabasteço da pessoa que me importa.

Somos seres tão vulneráveis quanto o medo de nunca sabermos como bastar, mas somos duma coragem admirável quando ao nosso lado se mantém, de forma igualmente firme, o amor que reconhecemos. Somos puros quando crentes e completamente danificados quando duvidamos até da sombra. Somos maiores do que a montanha mais alta, mas capazes de nos permitir reduzir a pó por quem não nos souber amar.

O que já não me permito é permitir que me mostrem o lado negro da lua, até porque já me habituei a usá-la para me encantar, tal como me faz o amor que arrisquei sonhar.

27.1.21

Já somos apenas tu e eu!

janeiro 27, 2021 0 Comments



sabemos como nos alhear do mundo e ficar, no nosso mundo, saboreando cada sonho sonhado até à exaustão, porque o propósito é torná-los realidade. não sucumbimos aos alertas e constantes correntes de opinião, porque na verdade apenas opinam os que nada sabem, de nós, do amor, do que nos mantém juntos e nos segura com uma cola invisível, mas tão eficaz. temos em nós a parte do outro que se encaixa e encaixamo-nos por isso mesmo tão bem.fomos e voltámos vezes suficientes para não precisarmos de mais nenhuma viagem que não nos tenha. não subtraímos palavras, agora usamos e abusamos do que o outro precisa de ouvir e cada um tem que saber dizer para que nada se esfume demasiado rápido. fazemos contas ao tempo que passa demasiado veloz e mesmo sem termos que correr, apressamos os passos que nos dirigem à pessoa que nos muda o universo. somos maduros o suficiente para sabermos que uma vez encontrada a pessoa que reconhecemos, deixá-la ir será desistir de quem somos. estamos definitivamente prontos.

26.1.21

Até onde podemos usar o amor como desculpa?

janeiro 26, 2021 0 Comments



Qual é a fronteira que delimita o que quero e considero certo, da vontade e desejos de cada uma das pessoas a quem tanto amo?

Saber quando estar sem que a minha presença seja intrusiva, mas nunca descurando a necessidade de estar mesmo, independentemente dos quês e porquês, força-me a uma ginástica mental contínua. O meu instinto e sexto sentido não podem desculpar tudo, por isso evito, a todo o custo, que me desculpem sempre que use e abuse do amor.

O que pode justificar a minha intromissão, até quando considere que tenho que me armar de escudo e espada para proteger quem afinal poderá já não precisar da minha protecção?

Os bens que mais demorei a conquistar foram a autonomia, a liberdade emocional e a auto-avaliação, porque na verdade preciso de muito pouco para além de mim mesma para decidir e escolher entre o certo e o errado, na minha perspectiva, claro está, por isso passei a respeitar o que os outros conquistam, dando-lhes espaço para que saibam quem são e o que lhes serve.

O que pode justificar o nosso alheamento perante tudo o que nos é verdadeiramente importante? Se entregamos o poder, não temos como reclamar de quem o reconhece e usa, certo?