Ainda consigo escrever sobre o amor!
Como é que ainda consigo escrever sobre o amor?
Words can change the world
Como é que ainda consigo escrever sobre o amor?
O que estás disposto a fazer pela mulher que amas? O que dás de ti, genuinamente, ao homem que te ama? Quem és quando estás com a pessoa que te sabe a certo e o que não deixas por dizer a quem te diz tudo? Quem são ambos quando fazem planos onde se incluem e o que fica de de fora por ainda desejarem ser apenas um?
O que me dirias se apenas tivesses 1 minuto? Quanto deixaste por dizer quando afinal até tinhas todo o tempo do mundo? Quem poderias ter sido para mim se ao menos não tivesses reduzido ao mínimo tudo o que tínhamos para viver juntos? O que carrega agora o teu coração depois da distância que criámos? Quem o ocupa e que amor lhe tens prometido e cumprido? Será que já valorizas as horas que passam, não deixando passar em vão o que verdadeiramente importa? Quem vês quando fechas os olhos?
Sei bem quem és, sempre soube, mas queria e precisava de saber quem serias comigo e por mim!
Já sabemos como nos alhear do mundo e ficar, no nosso mundo, saboreando cada sonho sonhado até à exaustão, porque o propósito é torná-los realidade. Já não sucumbimos aos alertas e constantes correntes de opinião, porque na verdade apenas opinam os que nada sabem, de nós, do amor, do que nos mantém juntos e nos segura com uma cola invisível, mas tão eficaz. Já temos em nós a parte do outro que se encaixa e encaixamo-nos por isso mesmo tão bem. Já fomos e voltámos vezes suficientes para não precisarmos de mais nenhuma viagem que não nos tenha. Já não subtraímos palavras, agora usamos e abusamos do que o outro precisa de ouvir e cada um tem que saber dizer para que nada se esfume demasiado rápido. Já fazemos contas ao tempo que passa demasiado veloz e mesmo sem termos que correr, apressamos os passos que nos dirigem à pessoa que nos muda o universo. Já somos maduros o suficiente para sabermos que uma vez encontrada a pessoa que reconhecemos, deixá-la ir será desistir de quem somos. Já estamos definitivamente prontos.
Qual é a fronteira que delimita o que quero e considero certo, da vontade e desejos de cada uma das pessoas a quem tanto amo?