15.2.21

Será que me estavas mesmo destinado?

fevereiro 15, 2021 0 Comments



Será que ao seres o meu princípio passaste inevitavelmente a ser o meio e fim?

Quais são os planos que podemos mesmo fazer, achando que se concretizarão? Até onde podemos levar a vontade de termos sempre vontade um do outro, independentemente do mundo que nos fustiga a diariamente e nos arranca cada um dos sonhos que tanto tentamos preservar?

Sinto vontade do tempo em que tudo parecia fácil e a nossa aparente liberdade nos permitia ser e fazer o que nos desse na real gana. Ainda me recordo dos milhões de palavras que usávamos, sem nunca nos cansarmos e achando sempre que nunca dizíamos o suficiente. Sabe-me pela vida recordar as borboletas que me passavas apenas com um olhar mais demorado e que antecipava os beijos que nos tapavam as bocas que apenas assim se calavam. Queríamos tudo, pensávamos e planeávamos tudo e encontrávamos sintonia nas coisas mais tolas e nas fora da caixa também.

Será que foi por te perder que me perdi do que tanto me fazia ter vontade de estar por aqui?

14.2.21

Onde te vês daqui a 5 anos?

fevereiro 14, 2021 0 Comments



Onde te vês daqui a 5 anos? Com quem te imaginas a viver cada dia como se todos os outros pudessem simplesmente estender-se? Quando pretendes iniciar a tão programada e inevitável viagem?

O que mais procuro hoje é o equilíbrio que me restaura e certifica do que fui armazenando e entendendo. Quero, mais do que tudo, saborear e sentir intensamente cada uma das coisas que coloquei na minha lista. Preciso, bem mais do que antes, de não precisar do que for externo a mim.

Onde estará agora a pessoa que me terá e com quem dividirei tudo no futuro? Para onde olharemos ambos quando as nossas vidas se cruzarem sem interrupções? O que mudará depois de todas as mudanças internas feitas?

Ainda espero por um amor correspondido, leal e maduro o bastante para que saibamos como cuidar de quem cuidará de nós, e já tenho muitas mais certezas quanto ao formato da relação que terá que me assentar como uma luva, porque nunca mais me contentarei com menos.

13.2.21

Se não te parece certo, não é!

fevereiro 13, 2021 0 Comments

Se não te parecer certo, não aceites. Se não te trouxer comprovadas melhorias e o teu poder acabar diminuído não o permitas.

Dá um enorme trabalho aprendermos a gostar de nós e a respeitarmos o nosso processo evolutivo. Percebermos de que forma deveremos parar de nos aterrorizar, revolvendo sob problemas que não podemos controlar, porque tudo faz parte do processo, o bom e o mau, deixa-nos de costas mais direitas e sem pesos acrescidos nos ombros.
Se não tens como participar da cura, não forces a doença e se no final de cada dia não te reconheceres no que dizem e pretendem os outros, regressa à tua essência e pula a cerca, correndo sem nunca olhar para trás, até ao lugar onde seguramente serás tu mesma, à tua maneira e sem cobranças.

11.2.21

Sempre vais continuar a insistir?

fevereiro 11, 2021 0 Comments



Sempre que te parecer que não estou atenta, a ti, é porque a minha atenção se voltou há muito para a única pessoa que me importa verdadeiramente, EU mesma. Não há nisto qualquer ponta de narcisismo, apenas a certeza de que ninguém ou nada externo a mim poderá ter influência no que sinto, sou ou construo (de fora ficam obviamente os filhos, esses são OUTROS 500).

Sempre e de cada vez que pareço não estar a ouvir com atenção o que dizes, é porque na realidade não estou mesmo, já me deixei de fretes e de remoer no que não me acrescenta. Estou a cada dia mais ávida de conhecimento, mas do fundamentado e que terá de vir de quem o comprove. Sempre que respondo à pergunta repetida ininterruptamente, no que concerne ao amor, estou mesmo a garantir que ele tem a importância que entender dar-lhe, dependendo de quem o provoque. Infelizmente não anda por aí nenhum iluminado!

O tempo afinal até chega para tudo e com ele fico cada vez mais habilitada a recuperar o que outros tempos me impediram, porque mesmo tendo sido quase um polvo, nunca tive assim tantos braços. Agora peso-o com uma balança imaginária e recuso-me a fugir uma grama que seja do objetivo. O tempo sozinha deixa-me com mais tempo para mim, a pessoa mais importante da minha vida e é com a devida importância que abraço a oportunidade de recolher o que me servirá posteriormente.

Sempre que tento imaginar-me nos braços de quem certamente me deixaria mais plena, recuo de imediato e solidifico a convicção de que se nada esperar da minha outra pessoa, nada terei do que reclamar quando e se me falhar. Sempre que me tentam demover e provar que estou errada, sorrio e aceno com a cabeça de forma ensaiada, não vão decidir que precisam de defender teses sobre o amor que nunca tiveram, mas que esperam testemunhar para poderem voltar a acreditar.

10.2.21

Quais são ainda as tuas escolhas?

fevereiro 10, 2021 0 Comments



Sei bem que por vezes só te resta não saber nada e querer coisa nenhuma, mas também sei que partirá sempre de ti a vontade de mudar o que nunca esteve certo, acertando os teus próprios passos!

Dizem que a vida foi feita para ser difícil e complicada, no entanto consigo perceber o quanto dificultamos sem apelo nem agravo e complicamos até o aparentemente fácil, por incapacidade de ver para além do que sempre foi "assim" e por recusa sistemática em melhorar e fazer diferente. Para quê dar 4 passos quando 2 bastariam? Por que razão repetimos as palavras que já nem nós mesmos ouvimos, insistindo para que as oiçam os que se ensurdeceram para não enlouquecer? Para onde pretendemos levar o que já nos chega a um ritmo tão lento que ao chegar deixa de servir?

Se escolhes complicar pelo menos aceita que passará a ser assim e deixa de reclamar. Se entendes que as tuas razões justificam a falta de razoabilidade e insistes em arremessar pedras a todos, deverás no mínimo preparar-te para as que receberás de volta. Se não te consegues colocar no lugar que um dia também poderá ser o teu, então só me resta esperar, sem que para isso necessite de paciência, para que a tal da vida complicada te ensine, provavelmente com enormes bofetões, o que já não me cabe. Se ainda escolhes culpar o mundo pela tua falta de mundo, então certamente que te verei um dia num "buraco" emocional do qual nem eu te conseguirei tirar.

"Escolhas, tudo o que fazemos e dizemos são e serão sempre escolhas".

8.2.21

És capaz de abdicar do amor?

fevereiro 08, 2021 0 Comments



O que te levaria a abdicar do amor, mesmo, todo e para sempre? Que "troca" farias com o Universo para dispensares o amor dum homem ou mulher, definitivamente?

Por vezes o desespero fala mais alto e as cobranças internas chegam, de repente ou nem tanto assim, para que tomemos uma decisão e algo possa MESMO acontecer depois disso. Se nos sentirmos confortáveis com a ausência dum outro alguém que nos acrescente, talvez porque já tenhamos o que nos basta, abdicar dum amor para a vida será natural e até o inevitável passo seguinte.

O que serias capaz de prometer se precisasses verdadeiramente de algo? Prometerias um amor, aquele que nem sabes se alguma vez chegará, mas pelo qual esperaste toda uma vida?

5.2.21

Será que tem que parecer para ser?

fevereiro 05, 2021 0 Comments



Não tem que ser grande para te parecer grandioso, nem precisa de te saber a doce para que te adoce o coração e amacie a alma. Não tem que ser apenas duma medida para caber na tua, mas precisa de ter medidas que possas reajustar e parar de desperdiçar.

Escolho viver sem o stress que me corrói, pelas expectativas que poderei ter criado de forma anormalmente grande. Escolho-me em primeiro lugar, alimentando-me apenas do que não me provoca úlceras gástricas, até porque já percebi que controlo muito pouco. Escolho-te a ti que me acrescentas e ensinas o que não teria forma de aprender sozinha, mas há muito que me dispensei do dever de ensinar quem NUNCA aprende, por pura preguiça emocional.

Não tenho que ser da forma que me fantasiam para poder ser verdadeiramente válida e importante, mas tenho, em todos os momentos, que ser quem reconheço, do pensar ao falar, do agir ao incentivar e do provocar até ao concretizar, começando por mim. Não tenho que me desculpar por não sair a correr até aos que nem na minha direcção caminham, porque tenho que conseguir chegar aos que me importam sempre que de mim precisem.