E quando olho para trás?
Olhando para trás, vendo o que já caminhámos e os lugares que agora pisamos, percebo que o soubemos sempre e que não poderia ter sido de nenhuma outra forma. Fazendo balanços iniciais e continuando pelo que só se poderá manter, entendo por que fazes de mim a mulher que sempre quis ser.
Sempre soube que o meu cansaço emocional terminaria mal chegasses e não tive forma de me enganar, talvez por que também já estivesses certo. Sempre soube que não existia nada de errado comigo e por isso mesmo nos soubemos ao que saberia o amor que fazemos e nos acertámos para que cresça a cada dia, enquanto e pelo tempo que nos pertencermos.
Olhando para trás entendo por que razão foste capaz de ir buscar a minha alma aos perdidos e achados, achando que teria que ser eu, que apenas faria sentido se fosse eu e dizendo-me a cada hora para que nunca me esqueça. Olhando para trás deixo que a surpresa se esbata e permito que as certezas tomem o lugar do que há muito deveria ter chegado. Olhando para trás, sei que não deveria ter mudado nada e que apenas assim me mudei para te receber.