22.4.21

Preciso de ti...

abril 22, 2021 0 Comments



Enquanto sentir que me fazes falta, permitirei que sintas a minha e que juntos a possamos colmatar, estando quando o que nos preenche não bastar!

Os começos para os que recomeçam serão sempre em bicos dos pés, receamos tudo o que dizemos, mas desejamos dizer sempre o que o outro precisa de saber e eventualmente sentir. Os amores que chegam sem aviso e quando estamos demasiado focados em sermos apenas nós, embrulham-nos num misto de receio pelo que já não parecemos dominar, mesmo que se diga que nunca nos esquecemos de nada do que nos faz bem, mas espevitam-nos a vontade de nos darmos cada dia mais.

Quando nos afastamos, mesmo que não por escolha, sofremos em conjunto pelo que nos vemos incapazes de corrigir. De cada vez que um parece querer refugiar-se no mundo aparentemente seguro que conhecia, o outro arma-se do que o lembrará dos motivos pelos quais se querem tanto. Sempre que o nosso "para sempre" fica em perigo de ser abalado, corremos os dois para os únicos braços que nos restarão do mundo que se avizinha mais frio e muito menos disponível. 

Enquanto sentir que preciso de ti para ser mais do que já sou, ficarei "colada" ao amor que voltou porque chegaste.

20.4.21

Sabem do que gosto?

abril 20, 2021 0 Comments

Gosto do gostar simples, de não ter que procurar demasiado por achar que já encontrei o que me fazia falta. Preciso de pessoas alinhadas com a vida espiritual, das que sabem quem são e para onde precisam de ir. Procuro, cada vez mais, por quem se deixa encontrar e não se esconde do que apenas lhe poderá trazer ainda mais. Esbarro, agora ainda mais do que antes, em almas serenas, convictas do que precisam de ser e de fazer para que o melhor da vida seja feito e vivido. 

Sabem do que gosto verdadeiramente? De gostar sem ter que me explicar. Gosto de me passar sem receios para aqueles em quem confio. Gosto de ter olhares que olham e não apenas para mim e dos que sabem ouvir o que escutam. Gosto dos que ainda têm o que ensinar e de estar disposta a aprender. Gosto de mim neste formato e de não permitir que me formatem a vontade, até porque prezo demasiado a liberdade. Gosto de quem diz gostar de mim e afinal está a ser bem mais fácil do que supunha. 

19.4.21

Quais são as tuas dores?

abril 19, 2021 0 Comments



Existem dores que não desaparecem e momentos que repetimos uma e outra vez na mente, apenas porque nos marcaram como ferros em brasa o coração. Temos, por pequenez, humanidade, ou falta dela, defeitos que nos tornam mais pequenos e que agigantam as palavras que já nos rasgaram por dentro. Sabemos do que carregamos e carregamo-nos numa missão que nunca termina, mas que coloca um fim em cada novo princípio. Procuramos pelo que não nos pertence e raramente encontramos quem nos lave o corpo dorido e limpe a mente cansada. Vamos e voltamos, as vezes que achamos serem necessárias, mas nunca nos fixamos para que o chão não nos fuja outra vez. Sofremos quando até poderíamos sorrir mais vezes, rindo-nos das desculpas que usamos para nos pararmos. Sentimos em dobro o que tantos sabem relativizar e deixamos de sentir, de forma automática e até leve, mas apenas para pararmos de carregar pesos que não conseguiríamos suportar.

Existem dores que servem para nos recordar, até nos momentos bons, que se baixarmos demasiado a guarda, acabarão por voltar!

18.4.21

O que sou sem ti?

abril 18, 2021 0 Comments


Nem o sol ou as estrelas conseguem iluminar-me depois da perda que me deixou sem ti. Nem os sorrisos de que era feita me conseguem fazer lembrar do que faço aqui sem ti. Nem os momentos que agora vivo, apenas eu, sentindo tanto a tua falta que quase me deixo enlouquecer, conseguem roubar-me os que vivi e que passaram a ser nada sem ti. Nem as palavras que usam para me confortar me conseguem manter no lugar em que supostamente me encontro, mas agora sem ti. Nem as explicações que me dou me dão algum alento e nem as histórias que já foram nossas me alimentam e arrancam os sonhos, por que não fazem sentido sem ti.

Se pudesse deitava-me e morria. Se me permitissem estar sozinha, correria para ti e quem sabe ainda não te encontraria para que nos fossemos juntos. Se ao menos as lágrimas caíssem enquanto e pelo tempo em que nada vejo enquanto oiço, bem lá ao fundo, sons que certamente me serão dirigidos, mas que não trazem nada, partiria como o fizeste, de forma silenciosa. Se não me doesse tanto o corpo e alma e se o sangue que jorra do meu corpo enfraquecido não fosse tão carmim, diria que já estava morta.

Nem que me expliquem o que não parece real, poderei alguma vez imaginar-me sem ti...

17.4.21

Onde estiveste a minha vida toda?

abril 17, 2021 0 Comments



Onde estiveste a minha vida toda? Em que esquinas te escondeste e que estradas tão diferentes usaste para que nunca nos tivéssemos cruzado? Que planos fizeste desde que planeaste ter uma mulher na tua vida e será que encontraste a que te serviu?

Não me sabe bem esta sensação de ter perdido tempo e de ter dado demasiadas voltas para finalmente chegar a ti. Dói, duma dor real, saber que o antes nos poderia ter pertencido e oferecido tanto, tudo o que sentimos agora. Deixo que a impotência me invada de cada vez que me imagino a começar tudo contigo, tendo-te nas primeiras experiências e aprendendo o que certamente me saberias ensinar. Sonho mais vezes com o que seríamos e quase que me desligo da realidade que não nos parece bastar, por que na verdade bastaria apenas que nos tivéssemos reconhecido antes e o agora já não poderia ser questionado.

Onde estiveste a minha vida toda, enquanto esperava por um amor sem condições e na qual apenas nos cobraríamos mais amor? Quem te roubou de mim e para que lados olhaste sem nunca me veres? Quantas vezes sorriste às alegrias que viveste e de quem escondeste as lágrimas que teria sabido limpar? Como foi  amor que fizeste e que prazer te passou quem chegou antes de mim? Onde estiveste a minha vida toda e o que poderíamos ter mudado se ao menos soubéssemos que teríamos que nos pertencer?

Não tenho como apagar o que foste enquanto o eras sem mim, por isso escolho lavar-me do que não me pertenceu e tento que o tempo que ainda nos resta cresça o bastante para que nos baste.

16.4.21

De que forma o tempo passa?

abril 16, 2021 0 Comments



O tempo passa e com ele passam muitos dos nossos sonhos, alguns por que se desajustam e outros tantos para que novos possam entrar. O tempo mostra-nos o quanto somos tolos no que diz respeito ao amor, mas fornece-nos ferramentas novas para que o possamos sentir da forma certa e com a pessoa que se encaixa. O tempo dá-nos almas que reconhecem a nossa, mas também nos "impinge" as que não têm NADA a ver com o que somos, desejamos, ou somos capazes de espelhar e levar para outras vidas.

O que estamos dispostos a receber para que o inevitável aconteça? Quem queremos, mesmo, que nos queira, para que o possamos deixar entrar? Para onde nos levamos quando o lugar deixa de ser suficiente e certo?

O tempo deixa-nos com o melhor que temos dentro, roubando-nos o que somos por fora, mas de repente, em menos de nada, apenas vai importar o que usámos para nos mobilarmos, até porque será apenas isso que levaremos connosco. O tempo será tão nosso amigo quanto o soubermos ser connosco e tão duro e impiedoso quanto as mentiras que nos contarmos, achando que eventualmente se esfumarão. O tempo vai passar, aceita-o e reajusta as tuas rotas para que te sirva em pleno.

15.4.21

E quando olho para trás?

abril 15, 2021 0 Comments



Olhando para trás, vendo o que já caminhámos e os lugares que agora pisamos, percebo que o soubemos sempre e que não poderia ter sido de nenhuma outra forma. Fazendo balanços iniciais e continuando pelo que só se poderá manter, entendo por que fazes de mim a mulher que sempre quis ser. 

Sempre soube que o meu cansaço emocional terminaria mal chegasses e não tive forma de me enganar, talvez por que também já estivesses certo. Sempre soube que não existia nada de errado comigo e por isso mesmo nos soubemos ao que saberia o amor que fazemos e nos acertámos para que cresça a cada dia, enquanto e pelo tempo que nos pertencermos.

Olhando para trás entendo por que razão foste capaz de ir buscar a minha alma aos perdidos e achados, achando que teria que ser eu, que apenas faria sentido se fosse eu e dizendo-me a cada hora para que nunca me esqueça. Olhando para trás deixo que a surpresa se esbata e permito que as certezas tomem o lugar do que há muito deveria ter chegado. Olhando para trás, sei que não deveria ter mudado nada e que apenas assim me mudei para te receber.