17.6.21

Não brinques com ninguém...

junho 17, 2021 0 Comments



Não brinques com as palavras que não souberes usar. Não roubes aos outros o protagonismo que desejas ter, achando que assim brilharás. Não te vistas com roupas bonitas se não puderes ser polido. Não atires ao vento o que acreditas poder ser e fazer, porque se existe verdade universal testada, é a de que tudo o que fazemos recebemos de volta.

Nem sempre os calados são fracos e nem todos os que gritam a plenos pulmões tudo o que julgam saber, sabem realmente algo que valha a pena. Nem sempre os risos são genuínos e por vezes alguns choros carregam uma felicidade que apenas assim poderão deixar correr. Nem sempre sabemos do que sabem os que têm uma alma velha, mas podemos olhá-los com atenção e quiçá aprender algo de valioso.

Não desvalorizes o que para os outros representa o único ouro que acumularam, ao invés usa a sensibilidade para reencontrares o bom-senso, sem nunca quereres que te vejam se te manténs cego. Não acredites em tudo o que vês, deixa margem para poderes acreditar no que não cabe nas mãos, mas certamente até falará ao coração. Não te deites sem reavaliares o dia que passou, agradecendo antecipadamente pelo que esperas ainda poder ver.

Não brinques com o que não souberes dizer sem margem para dúvidas e aceita que és apenas uma parte de muitas outras, sendo tão pequenino quanto te desejares incluir e tão grande quanto a generosidade que souberes estender.

16.6.21

Como responder ao desamor?

junho 16, 2021 0 Comments



Nunca parecem existir respostas suficientes às perguntas sobre o desamor. A sensação que nos fica é a de que o que quer que se explique acerca das poucas explicações que escolhem dar os que não amam, ou o fazem da forma errada, não conseguem convencer os outros. Não existem fórmulas mágicas, nem sequer manuais de comportamento amoroso, mas o bom-senso deveria bastar para que se parasse de infligir dor aos mais vulneráveis de forma gratuita.

Nunca parecemos estar preparados para os que nos irrompem coração dentro, mas que depois não sabem o que fazer dele. Chegam mal preparados, com teorias usadas vezes sem conta, mas que não funcionam e ainda assim vamos permitindo que se alojem e estraguem o que a pulso construímos, derrubando os muros que nos protegiam.

Nunca de deve fugir da vida, mas alguns dos caminhos escolhidos já têm demasiados sinais vermelhos e se insistirmos em os ignorar, acabaremos de cara esborrachada no chão e com o único orgão que nos alimenta feito em mil pedaços.

Nunca parecem existir dores suficientemente grandes que nos impeçam de continuar a tentar ser amados, compreendidos, vistos e admirados pelo que carregamos, talvez por isso regressemos sempre ao ponto de partida e nos preparemos para a corrida seguinte, na esperança de que seja a definitiva.

Como sossegas o coração?

junho 16, 2021 0 Comments



A capacidade de sossegar o coração, permitindo que o corpo inteiro se mova numa outra velocidade, obriga a uma formação intensiva, cheia de dedicação e determinação. Nunca nada do que é positivo e necessário se consegue num estalar de dedos. Qualquer mudança, por mais pequena, tem que ser visualizada e aceite no ritmo que chegar.

O mundo passou a viver a uma velocidade estonteante, trazendo o que nem sabíamos querer, o que muito provavelmente não precisávamos, levando-nos o tempo de qualidade, a saúde física e mental e  empanturrando-nos de expectativas desmedidas. Já sabemos de tudo isso, então o que estamos a fazer para mudar e acertar?

Sei que estou muito mais focada nas viagens do que nas chegadas, mas sei que chegarei a qualquer lugar que me propuser, desde que me mantenha firme no propósito de ir vivendo cada etapa sem saltar nenhuma. Sei, agora muito mais do que antes, que o que não sentir ou cheirar hoje, amanhã já não terá o mesmo tempero. Sei que preciso de me ouvir mais e de ir ouvindo com atenção as palavras que os outro usam, porque apenas dessa forma poderei descartar os que não servirem e manter os que há muito já estavam para ficar.

14.6.21

Melhoraste com o tempo?

junho 14, 2021 0 Comments



O que é que consegues fazer de ti, contigo e do teu tempo? TUDO, literalmente TUDO, desde que te conheças o suficiente, os teus momentos altos, os picos de produtividade e o empenho que colocas em cada tarefa, depois disso, NADA te impede de ires onde te fizeres falta.

A sabedoria cresce com a idade, mas também com o empenho e a determinação. As habilidades são aprimoradas e desenvolvidas com taxas de sucesso muito superiores, quando já falamos melhor a nossa linguagem interna. As vontades e os planos desenrolam-se a velocidades quase de cruzeiro, porque deixamos de nos focar no pequeno e no dispensável.

O que percebes já ser muito diferente do antes e até melhor?

Deixei de me assustar com o avançar da idade que nunca terei forma e evitar, ao invés, uso e abuso das legendas que chegaram com cada novo somar de anos e passei a subtrair desinteresses, conversas vãs e lugares onde poderia estar sem que me sentisse lá.

Sentes que melhoraste com o tempo?

Rugas à parte, tal como alguma perda de flexibilidade, confesso que gosto MUITO mais de mim hoje e que a pessoa que me tornei é bastante fiel à imagem que me atrevi a criar.

13.6.21

Quando deixamos de ser estranhos?

junho 13, 2021 0 Comments


Somos estranhos até o deixarmos de ser. Fazemos perguntas que fazem sentido e outras que nem por isso, até que já mais nada exista para perguntar. Escolhemos imaginar o que não existe, na ânsia de termos razão, mas nem a querendo ter, não quando encontramos mais do mesmo. Percebemos quem está à nossa frente depois de a conseguirmos olhar e ver realmente, nunca antes.

Em que idade será supostamente mais fácil encetar uma relação?

Quem souber responder que ponha o dedo no ar, mas quem ainda não souber que vá apenas vivendo cada etapa, sem demasiados quês nem porquês, até porque só serviria para nos arrancarmos o melhor da vida.

O que precisamos de já ter aprendido para sermos capazes de conduzir bem os inícios?

A ter calma, a saber esperar pelos momentos certos; a escutar com atenção tudo o que nos dizem e a entender que o outro nunca terá tudo o que nos falta, porque essa parte é uma responsabilidade que nos cabe por inteiro.

Somos pessoas novas para quem chega de novo e devemos evitar que o velho e datado se nos cole demasiadamente à pele, é que de contrário os reinícios serão apenas cópias do passado e ele já não tem como voltar a estar aqui.



11.6.21

Quem te irrita, domina-te.!

junho 11, 2021 0 Comments



Quem te irrita, domina-te e realidade é basicamente esta. Quem te tira do sério e te obriga a explicações que não pretendes dar, está a roubar-te o sossego e a gastar o teu precioso tempo.

Todos nós passamos por momentos na vida nos quais achamos que precisamos de nos justificar, colocando cada vírgula no lugar certo para evitar possíveis dúvidas, mas percebendo que com algumas pessoas nunca irá resultar. Assim sendo a solução passa por lavar daí as mãos e seguir viagem. Deixei de me explicar quando até já sei que falo com clareza. Parei de querer estar à altura das expectativas dos outros, porque apenas as minhas me importam. Larguei, algures num lugar bem remoto, todas as mágoas com que me tentaram envolver, em vão, e apenas trilho os caminhos que me levam inteira.

Quem te irrita testa-te até ao limite e a verdade é que não tem que ser assim, porque ninguém tem mais importância do que tu mesmo. 

Segundo vou percebendo, algumas pessoas foram colocadas no nosso caminho apenas para nos ensinarem de que forma NUNCA deveremos ser, mas ainda assim,  e mesmo tentando estar ao nível máximo da minha benevolência, continuo a considerar que não me fazem falta e que não me servem para porra nenhuma.

Quem te irrita impede-te de fazer escolhas e de gerires a tua vida como melhor te servir e isso não é de todo aceitável. Right?

10.6.21

Nunca me engano...

junho 10, 2021 0 Comments



Sempre que oiço a minha voz interior, nunca me engano!

Sei quem sou, melhor do que todos os outros. Sei do que preciso quando estou a precisar de mais alimento emocional. Sei o que deveria já ter aprendido, enquanto me ensinava o que fazer em determinados momentos da vida que me tenho esforçado por viver bem.

Sempre que permito que o silêncio não me ensurdeça, acabo mais cheia de todas as informações que me revitalizam corpo e alma. 

Nunca direi que estar sozinha é fácil, mas é seguro, tranquilo e motivador o bastante para apenas promover as companhias que me acrescentam. Nunca, em momento algum, passarei ao lado duma vontade inata e bem fundamentada, porque demorei muito tempo a saber ler-me sem legendas. Nunca mais deixarei um "NÃO" por dizer, porque a minha vontade é a que me basta.

Sempre que me digo que o tempo de seguir numa outra direcção já chegou, então apenas me resta continuar, iniciando um nova viagem.