28.6.21

Será que vestes o fato que te serve

junho 28, 2021 0 Comments



Será que vestes o fato que te serve?

O nosso corpo é o templo no qual residimos, mas se não for cuidado e reconhecido, dificilmente estaremos em paz, confiantes e capazes de não permitir que o ego nos vença aos pontos. Quando percebemos que o outro também é parte de nós e que os seus feitos nos envolvem, trazendo-nos para baixo, deixando-nos zangados e descentrados, ou bem para cima e com boas energias, deixamos de nos importar e mantemo-nos numa neutralidade saudável e protectora.

Será que ainda te impedem de seres da tua forma, ou já consegues passar pelos pingos da chuva?

O segredo está em saber deixar ir, não nos ligando demasiado ao que os outros se impedem de ser, voluntária ou involuntariamente. Precisamos de nos lembrar que a nossa liberdade é muito mais importante e que não devemos nada aos outros, não em termos emocionais, para que nos usem, abusando do que lhes está em falta.

Será que ainda pedes permissão para seres tu mesma, ou já não te importas com o que tanto parece importar aos outros, mas ainda assim nada te acrescenta?

27.6.21

Por uma vez na minha vida!

junho 27, 2021 0 Comments



Por uma vez na minha vida vou querer quem me queira na mesma proporção, nem um décimo acima ou para baixo. Por uma vez na minha vida vou exigir que cubra todas as exigências com que me melhorei, ano após ano, percebendo que apenas sendo grande emocionalmente, poderia "esbarrar" em alguém igual. Por uma vez que seja vou dizer tudo o que sentir e pensar, sem pensamentos que me ensombrem, porque se não me souber ouvir nem entender, não me poderá servir. Por uma vez e por todos os dias que ainda viverei, vou querer sentir que não estou sozinha e que não terei que me explicar para ser entendida. Por uma vez na minha vida e certamente que não precisarei de mais nenhuma, vou sentir-me tonta sem me preocupar com o que poderão achar, porque quem me amar sem condições estará aberto a receber-me como sou. Por uma vez, desta vez, vou ouvir que me amam com todas as letras e sem que precise de o pedir.

Se apenas temos o que somos, então já me sinto forte e determinada o bastante para receber alguém igualmente pronto. Se já não me foco no tempo que parece ter-me escorregado entre os dedos, então posso finalmente vivê-lo como me fará sentido, ligando o corpo ao coração para que o ritmo de ambos regule a passada.

Por uma vez na vida aceitarei, sem qualquer luta interna, que quem me conseguiu ver saberá exatamente quem sou, não precisando de retirar o que quer que seja para se sentir forte e sem que nada me tenha que ser acrescentado para que tenha o que lhe bastará. Por uma vez na minha vida o amor que me chegar será simples.

Se tiver que ser assim...

junho 27, 2021 0 Comments



Pronto, se tem que ser desta forma, se a minha mudança interior e demonstração de força tiveram que chegar assim, que seja e que carregue resultados.

Não sou negativa por natureza, procuro sempre por uma qualquer janela, mesmo que apenas entreaberta, de cada vez que as portas se fecham. Não me deixo ir no embalo do medo e da descrença, creio muito em mim e nas minhas habilidades para resolver, ou deixar que o Universo me surpreenda. Não me repreendo sem tentar entender e nunca me descredibilizo, ou de contrário ficaria nas mãos dos outros, à espera das suas "generosas" disponibilidades.

Se o que tenho para aprender só pode acontecer desta forma, então deixo-me ir no embalo, aspirando todos os cheiros novos e largando o que considerava ser consistente e razoável.

Agora faço-me entender e entendo rapidamente o que carregam as palavras dos outros, ouvindo-as até quando parecem nada dizer e ensurdecendo as que nunca me trarão nem validação nem amor.

Pronto, que venham as lições e as clarificações, estou definitivamente mais capaz de as receber!

26.6.21

O que me define?

junho 26, 2021 0 Comments



Nunca mais voltarei a estar feliz na minha infelicidade, porque a partir do momento em que provei o doce sabor das escolhas, da liberdade e da determinação, passei a saber o que preciso de ser e de ter para que ninguém mos possa "roubar".

Os objectivos chegaram mal me conheci por gente e continuei a agarrar-me a cada um, confiante de que se os mantivesse na mente, também os acabaria por ter nas mãos. É sempre mais fácil saber para onde ir, aguardando apenas que o como nos surja de rompante, ou de forma tranquila e segura, o que nos servir melhor. Aprendi a programar-me e a fazer escolhas colocando-me na dianteira. Fui limpando o que me "sujava" a alma e tolhia os movimentos, mesmo que momentaneamente.

Nunca mais voltarei a desrespeitar a vontade com que acordo diariamente, porque os meus dias apenas seguem de forma serena se me serenar. Sou declaradamente mais afoita e curiosa perante o que me rodeia e talvez por isso mesmo me tenha apenas rodeado de almas boas. Nunca mais deixarei de dizer nunca aos que fingem não ouvir, porque eventualmente acabarão por me ouvir.

Joguinhos de sedução!

junho 26, 2021 0 Comments



É nesta altura que percebo que já passei para a outra fase da vida, ai que coisa...

Ter paciência para os jogos de sedução, estar disponível para fingir emoções, largar sorrisos e parecer, SEMPRE, que acordo linda e maravilhosa, ninguém aguenta. Esperamos tudo nos inícios, corremos e galgamos barreiras para chegar a tempo, antes do outro sequer pensar e para estarmos lá no alto, capazes e suficientemente empenhados para que a "coisa" se dê. Os jogos de sedução cansam a beleza até de quem acorda bonita. Temos horários definidos, timings para as respostas às mensagens e emojis adequados. Os dias arrastam-se pela pessoa que nos irrompeu vida dentro e mais nada parece ser necessário ou fazer sentido. 

Quando analiso as análises alheias, entendo que já deixei há muito de entender o que se deve ser e fazer, sobretudo para quem como eu já saiu de circulação.

Ter jogo de cintura para ouvir e dançar outras músicas. Ficar a saber do que jurávamos não dar a mínima importância. Parecer a pessoa mais culta e interessada, ou então simples e adaptável. Fingir que não nos importam os atrasos e que as distâncias são apenas números. Desvalorizar tudo o que fique no caminho e arremessar para bem longe as pedras grandes, não nos assustando com nada, porque afinal o "amor" supera tudo. 

Deus que me ajude e dirija nesta viagem, porque mesmo com GPS não me parece que encontre o caminho tão cedo.

25.6.21

A música na alma!

junho 25, 2021 0 Comments



Aprendera a tocar piano ainda uma miúda, mas o som das teclas dizia-lhe tanto e entrava-lhe tão dentro, que passeava os dedos por cada uma sempre que estava triste ou feliz. 

A música é um bálsamo para quem não se sossega sozinho. Os sons que nos movimentam o corpo, abastecem-nos a alma. Os ritmos que cada um descodifica à sua maneira, elevam-nos muito mais do que ambos os pés.

Sabia como dançar quase antes de andar com firmeza. Era desenvolta, esguia e determinada. Encontrava na música o bálsamo para todas as dores e nunca se mantinha triste demasiado tempo. Percebera bem cedo que a positividade nos torna mais bonitas, até aos olhos dos outros e assim foi, positiva, aguerrida e  cheia de sons que iam muito para lá das músicas que cantava e dançava.

Aprendera a tocar as músicas que sempre ouvira, ao colo do pai e reproduzia-as agora, segura e certa de que iriam permanecer na sua vida, definindo-a.

Até que a vida nos separe!

junho 25, 2021 0 Comments



De quanto dependes do teu significativo "outro" para estares bem?

Estou bem se estivermos bem. Estou miserável e infeliz se o "nós" se danificar. Não sei quem sou sozinha e mesmo gostando de estar casada e de me sentir protegida por ter alguém, precisava de voltar a ser apenas eu. Que estranho é perceber que vivi tantos anos sem qualquer medo da solidão, achando que me estava a armar das ferramentas certas. Estive na faculdade, fiz Erasmus, viajei por meio mundo e conheci outro meio, mas de repente, quando passei a ser apenas a mulher de alguém, mesmo sentindo que na maioria dos dias sou o ser mais miserável à face da terra, não me consigo divorciar.

Há muito que deixámos de partilhar a mesma cama e estamos em quartos que o outro não povoa. Comemos em silêncio e já quase que me esqueci da cor dos seus olhos, mas quando finjo não os estar a ver, vejo apenas um enorme vazio que quase me arrasta para bem dentro da sua alma, porque também ela deve estar exausta de tanto desamor. Para onde viajou a paixão que nos juntou? O que fizemos de todos os planos e desejos comuns de vida? Agarrámo-nos à educação dos filhos e cuidámos deles inteiramente, descuidando-nos. Algures num tempo que já perdi, perdemo-nos do amor que sentimos mal nos abraçámos e saboreámos o que nos parecia ser apenas um beijo de muitos.

Do que precisas para deixares de depender do outro e passares apenas a precisar de estar bem para te dares na proporção certa?