Não me faças perguntas sérias!
Se não me fizeres perguntas sérias, não precisarei de te mentir!
Não esperes demasiado do que não tenho para dar, porque já decidi, muito lá para trás, que apenas serei o que me deixar bem e nunca mais voltarei aos lugares onde não pude ser eu, à minha maneira. Tenho estado TANTO em controlo do que preciso de ser e de fazer, que já não faço menos do que me cabe, rejeito o que não me levanta os pés do chão e não embarco em viagens sem saber quando e de que forma regresso.
Se me perguntares o que me importa verdadeiramente, terei que dizer que sou eu, porque já estive na segunda e terceira filas e porque entrar na "sala" da vida que me reservaram, deixou-me apenas a ver o filme que não me movia. Se quiseres saber o que espero de quem terá que ter estado à minha espera, responderei TUDO, o que pensei, sonhei, escrevi e desejei. Já não me contento com uma grama a menos do que me pertence por direito e quando o amor me atingir, quero que esteja sempre comigo, que me faça acordar a ver o sol até quando se esconde e a adormecer a sorrir sem qualquer controlo. Quero as borboletas na barriga, o corpo a estremecer sem que o consiga impedir e os lábios sempre envoltos nos que me beijarão até me arrancarem o ar.
Se me perguntares quando voltarei a amar, vou responder que há muito não busco pelo que já tenho, afinal de contas amo-me como outro terá que saber fazer, sem fugir a nenhuma vírgula ou ponto de interrogação. Se me perguntares se é difícil e demasiado ambicioso, ouvirás a minha gargalhada de "I don´t give a shit", ou é à minha maneira, ou simplesmente nem fará parte da equação. Se me perguntares se mudei, a resposta será um CLARO envolto na maior clareza que já tive.