19.7.21

Sabe-me bem saber de mim e de ti!

julho 19, 2021 0 Comments



Sabe-me TÃO bem receber o que vou pedindo, por bem, para que sirva sobretudo aos que amo, porque deles depende a minha sanidade e felicidade. Sabe-me pela vida sentir que as coisas se encaixam e que tudo volta para os lugares onde fazem sentido. Sabe-me bem saber que faço parte dum Universo bem vasto, mas que tem uma posição para mim. Sabe-me bem ter e dar cada vez mais amor.

Não somos filhos dum Deus menor, temos o mesmo valor e merecemos o que fizermos por ter, dando sem olhar à quantidade, ao tempo, ou sequer a quem. Precisamos de saber como manter o foco, nunca nos desviando do que fomos sonhando e desejando, porque o como e o quando ser-nos-ão devidamente revelados.

Sabe-me TÃO bem saber que existem pessoas à minha volta que me continuam a manter com a fé em alta, agradecendo pela sua existência e continuando a existir para as honrar. Sabe-me bem verbalizar a gratidão que carrego sempre que cumpro o que sei que vim fazer e que a cada dia faço melhor. Sabe-me bem saber que o BOM se espalha de forma veloz, contrariando a onda de MAL que ainda persiste, mas que já filtro com mais sabedoria. Sabe-me bem saber das certezas que vou sendo feita, hoje bem mais do que ontem, porque apenas assim reconheço que evoluí. Sabe-me bem ter-te.

Estou finalmente de volta!

julho 19, 2021 0 Comments



Estou de volta ao ser que vim "aqui" para viver. Estou mais do que pronta para o perdão que me exigem os que não se reconhecem e apenas deambulam por este mundo, muitas das vezes pisando e escarnecendo dos outros. Estou livre dos sentimentos que me escureciam o coração e impediam de seguir em frente, sendo da importância que mereço. Estou incapaz de me voltar a zangar com quem se esvaziou, algures no tempo que não vi chegar, mas que agora está para ficar e que por isso mesmo escolho perdoar. Estou livre dos que não souberam o que fazer comigo para que fosse feliz. Estou determinada a deixar seguir os que na verdade já há muito não estão comigo. Estou na minha sintonia, sem os pesos que não pretendo carregar e aceitando que alguns nunca serão do meu formato e que jamais conseguirão ver para lá de si mesmos. Estou sarada, leve, preparada para a nova viagem e ansiosa para que comece e me leve, finalmente, para o único lugar onde deverei estar.

Estamos, muitos de nós, demasiado voltados para o que acreditamos ser o certo, sem nos darmos ao trabalho de reavaliar, olhando com atenção para o que somos e fazemos e o quanto isso impacta nos restantes seres que também fazem parte do nosso universo. Estamos, a cada dia, mais voltados para dentro e incapazes de esvaziar todo o lixo que acumulámos. Estamos a poucos centímetros de nos deixarmos totalmente sós. 

Vou partilhar convosco um poema de Valerie Cox - O ladrão de bolachas - que com a devida tradução infelizmente se perde na rima, mas que é bem exemplificativo do que vos escrevo:

Uma senhora que aguardava no aeroporto pelo seu voo que estaria ainda por horas, procurou por um livro e comprou um pacote de bolachas, sentando-se ao lado dum senhor bem careca. Foi lendo o livro e comendo das bolachas que estavam no saco entre eles, mas à medida que tirava uma, o senhor fazia o mesmo, sem sequer lhe pedir. "Se não fosse simpática, deixava-lhe com o olho negro", pensava ela do insolente. As bolachas foram sendo comidas, até que chegaram à última, a qual o senhor partiu e dividiu com ela, carregando um sorriso. Agarrou a metade oferecida, bem furiosa e virou costas seguindo para o avião. Quando se sentou, agarrou no saco, ainda de ar carregado e finalmente percebeu que tinha o pacote das suas bolachas intactas. Afinal a ladra das bolachas fora ela, pensou cheia de vergonha,  e toda a indelicadeza e desrespeito tinham sido inteiramente suas.

Estou a cada dia mais convicta de que precisamos de começar a olhar mais para a frente, em direcção a outros olhos, aqueles que poderão bem espelhar o que ainda nos falta. 

18.7.21

Não e pronto!

julho 18, 2021 0 Comments



O NÃO é das palavras pequenas, a mais poderosa que o mundo tem!

Aprendi a usá-la lá para metade da minha vida útil, aquela em que sentia, com real intensidade, o que conseguia conter. Fui descartando os "nins" e os "sim" dissimulados e aprendi a ensinar aos outros o que significava recusar-lhes o que me fazia mal. Um NÃO bem usado recarregava-me as baterias, aliviando-me a alma e sossegando o coração por vezes cansado de gente tão pequena. Mal percebi que sou muito mais capaz e válida quando faço apenas o que ressoa com a minha forma de estar e princípios, termino com os que não me enchem de nada que valha a pena guardar. São tantas as almas perdidas, os egocêntricos e narcisistas, que se não tiver na manga, pronto a usar, um NÃO redondo e bem soletrado, ficam a achar que sou feitos de caca de galinha.

Já tive ocasião de dizer que o meu lema de vida é "viver e deixar viver", por isso afastem-se lá os que me fazem sombra ao sol e trazem a chuva carregada de bolas geladas. Estou no meu processo de evolução, correndo atrás do que me permite continuar a crescer e pisando o chão que já conheço, mas estando aberta a novos e sou do meu formato, gerindo a forma e escolhendo os tempos, por isso não existe nada que preze mais do que a liberdade emocional, porque apenas ela me permite dizer e fazer o que me representa. 

O NÃO que antes usava com os meus filhos, explicando-lhes de forma bem clara que teriam que o ouvir porque lhes endureceria a personalidade, passou a estender-se aos que não tenciono ensinar a viver, nem pretendo que cresçam apenas porque considero que estagnaram e escolheram a burrice como principal arma. O NÃO tem apenas 3 letras, é simples e pequeno o bastante para que me levem a sério sempre que o usar, porque na verdade e para que não me cataloguem sempre de demasiado dura, fui condescendendo até me saltarem as diversas tampas que me cobrem um cérebro bem amadurecido. Graças a Deus e a mim que trabalho diariamente para merecer o ar que respiro, por isso um NÃO redondo aos que já deixaram de estar em mim e comigo.

16.7.21

Como é que sou hoje?

julho 16, 2021 0 Comments



A necessidade constante de perfeição, deixa-nos TÃO imperfeitos!

O meu amadurecimento emocional tem vindo em crescendo e é tão visível, para mim que me conheço verdadeiramente, que já dou comigo a analisar tudo o que fui, o que fiz e o que deixei por fazer. O blog nasceu da necessidade de perceber se escrevia alguma coisa que pudesse interessar, mas foi muito para lá disso e passou a ser como que o espelho da pessoa que me fui tornando.

Já fui tipo formiguinha, fazendo tudo, correndo para todos os lados e cuidando de toda a gente. Já corri para lá da meia-noite por não conseguir queimar as energias do dia; Já li 3 livros em simultâneo, enquanto mantinha 2 empregos bem exigentes, sendo empreendedora e fazendo acontecer a vida de 3 filhos; Já cheguei a levantar-me da cama de gatas por estar totalmente exausta e achando que não iria suportar o dia que nascia; Já embrulhei imensos projectos, todos diferentes e muito apaixonantes, tal como um programa em directo na rádio, a colaboração numa revista online e a participação num grupo de Mulheres  empreendedoras. Já fiz TANTO e durante tanto tempo, que chego a duvidar se não seríamos duas.

Hoje estou focada em mim, no meu crescimento emocional, espiritual e físico. Hoje estou quase de ninho vazio e por isso vejo o mundo duma outra perspectiva; Hoje vivo mais devagar, gostando e reparando em tudo o que me rodeia; Hoje tenho uma quase fixação com a saúde e manutenção física, fazendo cerca de 10 quilómetros por dia, todos os dias, quer chovam pedras ou o calor quase me queime os miolos; Hoje quero muito mais de mim e espero tudo dos outros, porque ou são como preciso, ou então podem seguir viagem; Hoje tenho mais poder e não tenho medo de nada que me envolva.

A plataforma de escrita que uso, tem-me aberto horizontes e deixado com vontade de viver apenas do que produzo, sendo dona de mim mesma, indo onde me der na real gana e criando o que passará para outras mulheres uma visão de vida possível e que nos deixa cheias de poder. Quero escrever muito mais, sobre muito mais vida e experiências e estar na posse de informações fidedignas e fazíveis.

A necessidade constante de pertencer a um grupo, sendo dum formato padronizado, não é de todo a minha forma de vida e por isso saio da norma sempre que me parecer certo e me apetecer, porque sou dona de mim mesma e isso chegou após muitas toneladas de palavras usadas no tempo que demorei a amadurecer, fez de mim a mulher que reconheço.


15.7.21

O que vai, volta!

julho 15, 2021 0 Comments



Será que já sabes que não te basta repetires algo, uma e outra vez, para que passe a ser verdadeiro?

A realidade é que a grande maioria das pessoas usa as palavras que lhes soa bem e que camufla o que fazem de errado, para se darem crédito, mas uma vez que não somos apenas nós a povoar o mundo, a informação não reside apenas no que somos e temos, os outros também são filhos de algum Deus e merecem as mesmas oportunidades para terem uma identidade e valores.
Os narcisistas continuam a proliferar qual cogumelos selvagens e tóxicos e para os outros, os que apenas pretendem viver, permitindo que vivam, o melhor passará, inevitavelmente, pelo afastamento, de contrário estaremos metade do nosso tempo útil a tentar explicar o que nunca serão capazes de entender.
Será que alguma vez irás saber que o que vai volta mesmo?

Qual é o meu lugar?

julho 15, 2021 0 Comments


Que estranha me sinto quando bem dentro de mim corre esta sensação de não correr nada familiar, sobretudo o lugar, aquele onde poderei estar e ser, com algumas raízes ou sequer memórias. Que sortudos são os que sabem de onde vieram e onde se encontram, mesmo que a mobilidade e o desapego me deixe mais solta, a idade pesa nas opções e as escolhas começam a estreitar-se. Onde devo estar? A quem farei mais falta? 

Uma vez mãe, sempre mãe e por isso é muito difícil, pelo menos para mim, envolver-me num egoísmo legítimo e seguir com as minhas opções sem olhar para trás. Quero o que também os incluir, mesmo que aceite a sua autonomia e respeite cada decisão. Tento, com algum esforço, não esperar numa espera desgastante pelo que não lhes cabe dar, mas que tão bem me saberia. Sei que a vida não irá parar e é ao sabê-lo que me refreio, tentando descobrir quem sou sozinha.

Tenho todas as ferramentas para ser o que quiser, não importa o lugar, só preciso de descobrir em qual me sentirei mais eu. 

14.7.21

Não me faças perguntas sérias!

julho 14, 2021 0 Comments



Se não me fizeres perguntas sérias, não precisarei de te mentir!

Não esperes demasiado do que não tenho para dar, porque já decidi, muito lá para trás, que apenas serei o que me deixar bem e nunca mais voltarei aos lugares onde não pude ser eu, à minha maneira. Tenho estado TANTO em controlo do que preciso de ser e de fazer, que já não faço menos do que me cabe, rejeito o que não me levanta os pés do chão e não embarco em viagens sem saber quando e de que forma regresso.

Se me perguntares o que me importa verdadeiramente, terei que dizer que sou eu, porque já estive na segunda e terceira filas e porque entrar na "sala" da vida que me reservaram, deixou-me apenas a ver o filme que não me movia. Se quiseres saber o que espero de quem terá que ter estado à minha espera, responderei TUDO, o que pensei, sonhei, escrevi e desejei. Já não me contento com uma grama a menos do que me pertence por direito e quando o amor me atingir, quero que esteja sempre comigo, que me faça acordar a ver o sol até quando se esconde e a adormecer a sorrir sem qualquer controlo. Quero as borboletas na barriga, o corpo a estremecer sem que o consiga impedir e os lábios sempre envoltos nos que me beijarão até me arrancarem o ar.

Se me perguntares quando voltarei a amar, vou responder que há muito não busco pelo que já tenho, afinal de contas amo-me como outro terá que saber fazer, sem fugir a nenhuma vírgula ou ponto de interrogação. Se me perguntares se é difícil e demasiado ambicioso, ouvirás a minha gargalhada de "I don´t give a shit", ou é à minha maneira, ou simplesmente nem fará parte da equação. Se me perguntares se mudei, a resposta será um CLARO envolto na maior clareza que já tive.