6.12.21
5.12.21
Não à desumanização!
Decidi que no final de cada dia, cada semana e seguramente no final da minha vida, quero ter contribuído mais do que criticado. Se não puder agir de forma construtiva, então vou-me calar, afastar-me do negativismo e simplesmente deixar a vida correr. Não estou disposta a desumanizar, a derramar azedume e a envergonhar quem quer que seja, mas aqui estarei para responsabilizar, mesmo que não seja tão "divertido", porque isso sim será contribuir.
4.12.21
A vida continua a passar!
3.12.21
Foi a tua voz que me recebeu!
A tua voz era a mesma, suave e conciliadora, talvez por isso a tenha reconhecido de imediato. O teu sorriso assegurou-me de que não eras uma visão e que vieras para me levar de volta a casa. O teu calor encheu-me a alma que gelara com a tua partida e foi sem questionar que te segui, determinado e finalmente feliz.
Ainda me lembro do dia em que me apaixonei, irremediavelmente, pela mulher que me acompanhou em tantos invernos e com quem tive o melhor de todos os verões. Fui um ser afortunado até ao dia em que me roubaram o chão e percebi que as restantes estações de todos os anos que me restavam, teriam que ser percorridas sozinho. Ficaram gravadas na pele e nas entranhas, todas as lágrimas que derramei com a tua perda, bem como a dor que me invadiu por não saber se te amara como merecias. A tua voz, a que ouvi tantas vezes nos sonhos, chamava-me agora para a única realidade que desejava viver.
O corpo já ameaçava desapegar-se há algum tempo e os pensamentos, esses, apenas se fixavam nos momentos em que te tive, tudo o resto deixou de me importar e até a minha aparente importância se desvaneceu no dia imediatamente a seguir à tua viagem sem regresso. Mas aqui estás hoje, de mão estendida e ainda mais bonita, se é que tal é possível, e eu, obediente e sequioso de ti, sorrio-te de volta, assegurando-te de que estou pronto.
1.12.21
O sol é vida!
Eu, tu e tudo o resto!
Somos o somatório de tudo o que guardamos dentro, das pessoas, das palavras e dos inúmeros actos de bondade ou de maldade gratuita. Somos a limpeza constante do que nos suja a alma e escurece o coração, ou a manutenção determinada do que nos faz sentir mal, achando que nos devemos ficar no que já conhecemos. Somos verdadeiramente pobres quando incapazes de doar o que nunca nos fará falta, ao invés deixará mais puros e disponíveis para que o bem nos invada. Somos de uma riqueza extrema quando oferecemos sorrisos, toques que tranquilizam o outro e toda a energia que sopramos, mas que também nos restaura.
O mundo é um lugar extraordinário e é povoado por uns quantos que nos acrescentam e por outros tantos que nos certificam de que nunca os desejaremos igualar ou seguir. A nossa missão já foi escolhida, mas terá que ser reconhecida e aceite, de contrário nada nem ninguém nos conseguirá valer nos momentos difíceis.
Somos bem mais fortes quando nos distanciamos da injustiça e da escuridão, no entanto tivemos que as sentir para mudar o que apenas nos levaria pelo caminho errado. Somos bem mais bonitos quando permitimos que a paz nos invada e alimente os que eventualmente se cansarão de remar ao contrário. Somos, hoje, tudo o que decidimos guardar e seremos, amanhã, tudo o que não formos capazes de limpar. Que nessa altura algo ou alguém nos proteja de nós.