16.1.22
15.1.22
Ainda procuras pela tua alma gémea?
Almas gémeas, uns acreditam piamente que existem e outros nem por isso, mas em algum ponto da vida, eu e tu já procurámos pela nossa suposta metade.
Será que ainda nos esperamos, ou por esta altura do campeonato apenas precisamos de alguém, não pretendendo morrer na praia, já que foi instituído que deveríamos viver as pares? Será que queremos assim tanto ter alguém, que nos aceitamos em metades, ou seremos suficientemente inteiros para não procurarmos pelo que certamente nos encontrará?
A minha pessoa certa existe, não sei por onde anda, mas deve ser MUITO longe (foi só um aparte) e na minha opinião serão os condicionalismos a levar-nos para uma ou outra pessoa, estando tudo certo, desde que nos acertemos. A nossa metade saberá o que fazer para se adaptar, para nos aceitar, entender e acompanhar. Se nos acertarmos e formos capazes de continuar, seguramente que aprendemos sobre o que fará o outro feliz connosco, ao invés de com qualquer outra pessoa.
Estou "aqui" e por isso te vi e reconheci, mas se estivesse "ali", veria um outro e seguiria na minha linha, alinhando-me com quem teria que ressoar comigo. Para resumir direi que não acredito em almas gémeas, mas sim em compatibilidades, em lugares comuns e vivências que se espelham. Se os polos se atraírem, pelo muito que terão em comum, a relação seguirá, tendo maior taxa de sucesso, mas se apenas procurarmos pelo clique imediato, arriscaremos ficar com a alma que apenas desalinha a nossa. Isto é o que acho, mas dadas as circunstâncias, vale o que vale!
Dias diferentes e iguais!
14.1.22
Estou de volta e desta vez para ficar!
Estou de volta e desta vez para ficar. Cheguei e vi o que já sabia existir, mas que me parecia demasiado difícil de atingir. Estou de volta ao lugar de onde tive que sair para aprender o que de outra forma me teria levado mais do que uma vida, esta e metade de outra.
Os anos não passaram em vão para mim, absorvi cada um, passando a usar convenientemente o que me permiti aprender. Fui boa aluna, até mesmo nos momentos de maior distracção. Revi bem a matéria, anotando mentalmente tudo o que serve no agora. Cruzei-me com imensos e bons professores, mas também fui levada ao engano pelos que pareciam saber bem mais do que eu, não porque o tivessem dito, mas porque assim o considerei, talvez pelas longas viagens, só que na verdade nada se mede apenas em quilómetros percorridos, mas sobretudo pelas paragens e ajustes de rota.
Estou de volta à mulher que sempre soube que seria e mesmo que a volta tivesse sido grande, dada ao contrário e com mais medos do que coragem, cheguei e recuperei o que coloquei no meu caminho. As escolhas couberam-me na íntegra, até quando achava não estar a escolher. Dei os primeiros passos para cada uma das entradas para onde apontei e abri as portas que me permiti ver. Estou de volta ao tempo e momento em que, e uma vez mais por escolha, já me encontro habilitada a estar na dianteira de qualquer e todo o "veículo" que me decida a usar. Estou de volta e se alguma vez tiver que voltar a partir, será apenas para onde me puder continuar a sentir.
Que desculpas usas?
13.1.22
Insiste e recomeça, se preciso for, mas depois aceita!
Quando te permites mudar de ideias, tentar, insistir e ir à luta, consegues ver o todo da situação e é depois de toda essa entrega interior que te reergues e segues em frente.
As perdas amorosas deixam-nos capazes de nos doparmos para adormecer a dor, mas tal como reconhecem os sábios, porque já o viveram, às tantas a vida muda de velocidade, metendo uma nova mudança e mostrando-nos estradas nunca antes vistas. Temos que nos permitir fazer o luto de qualquer quebra emocional, porque apenas depois poderemos olhar e ver outra vez, sem pesos nem cobranças.
Amar requer coragem, porque estar com alguém a quem queremos muito, deixa-nos num lugar de enorme vulnerabilidade e risco. Acabamos por mergulhar num oceano sem saber o que vamos encontrar e será tão assustador quanto mais gostarmos da pessoa que reconhecemos. Mas já estar apaixonado, ui, isso é o mergulho na piscina rasa, vemos o fundo, queremos porque sim, a não fazer qualquer sentido, mas permitindo que as emoções andem aos saltos, descontroladas e sem qualquer nexo, mas felizmente passa, ufa!
Quando te permites entender o sinal de stop que te enfiaram cara dentro, acabas sempre por agradecer pelo inevitável e eminente acidente.
12.1.22
Será que te sentes mesmo livre?
A liberdade não se coaduna com a dor que nos infligem os que não sabem porra nenhuma sobre o amor. Podemos, SIM, amar, respeitar, dar espaço e confiar em quem nos move o coração da forma certa. Podemos e devemos permitir que a individualidade de cada um se mantenha e que os sonhos permaneçam intocáveis, porque é através deles que continuamos de pé. Podemos ver para lá do óbvio e não interferir no que cada um já construiu.
Quando somos livres e saboreamos tudo o que nos fornece a capacidade de decidir, de estar onde nos fizer sentido e de ir e vir tantas vezes quantas as que precisarmos para poder evoluir, não damos ao outro o poder de nos roubar o que tanto tempo leva a conquistar. Quando amamos de forma incondicional, sem cobrar o que não pretendemos dar e oferecendo a felicidade que eventualmente teremos de volta, passamos a levitar ao invés de andar e se decidirmos correr, será apenas para estarmos mais cedo no lugar que nos sossega a alma. Quando sabemos o que esperamos de quem nos chega e que nunca poderá ser a responsabilidade de nos sarar as feridas, até porque não terão como saber o que as causou, amamos sem pesos nem amargos. Quando a pessoa que a nossa deseja tem a "carroça" demasiado vazia, a viagem passa a ser mais ruidosa do que proveitosa e é aí que a devemos redirecionar e continuar sozinhos.
A liberdade que a minha determinação me ofereceu é demasiado preciosa para a deixar escorrer pelas mãos, as mesmas que rapidamente largarão os que ainda não legendaram o sentimento mais poderoso do mundo. A minha liberdade emocional tem-me permitido ver com clareza os que usam a noite para esconder o que lhes falta e que por esta altura jamais terá forma de chegar, por isso e ao invés de esperar, sentada, levanto-me e mudo de lugar.