17.3.22
16.3.22
Sei o que estás a lamentar!
Sei que estás apenas a lamentar o que deixaste escapar e te deixou a descoberto. Sei que já sabias o que pretendias fazer e que não ficaste com nenhum pingo de remorsos. Sei que não aprendeste nada sobre o amor, mas também sei que não me cabe ensinar-te.
Quando não somos a parte que acerta o outro, nada do que fizermos alguma vez será bem feito. Há tanto que deve ser visto e revisto em cada reinício, que se o falharmos, as chances de falhas monumentais serão maiores. Somos feitos de massas específicas, queremos o que poderá não fazer sentido para quem não quer de igual forma e não raras vezes dizemos o que não soa a coisa alguma, não a quem diz o oposto. Quando o que vemos no nosso futuro está, há muito, no passado de quem se cruzou connosco num presente que apenas servirá para que nos possamos reavaliar, avançar será tão errado quanto esperar pelo que não poderá acontecer.
Sei que estás apenas a lamentar que tenha descoberto quem és e o que carregas, mas que muito provavelmente terei tão somente atiçado a tua capacidade de dissimulação e que regressarás mais forte do que antes.
15.3.22
Dias diferentes!
E se estivesses mesmo aqui?
Se ao menos sentisse que a minha ideia de perfeição se encaixava e que conseguiria ser para ti o que representavas na minha vida, tudo o que sempre desejei já se teria instalado. Se o tamanho do amor que me dizias ter fosse realmente grande, nunca me teria sido dada a possibilidade de duvidar, quando o que sempre quis foi a pessoa que parecias representar, mas o que mais querias era tão somente que te quisesse. Se o que temos dentro bastasse para tocar quem nos toca, e chega sem aviso, mas numa espera que se eterniza, todas as estradas que percorremos, muitas delas sem saída, passariam a ser as certas. Se tudo o que fui considerando poder ter fosse mesmo meu, hoje, ou algures num tempo possível, o coração que continua a bater de forma inquieta, sossegaria, deixando-me bem mais pronta e tranquila. Se a forma como chegaste contrariasse o que nunca consegui ter, nem sequer de ti, não estaria apenas a falar do que sobrou.
E se estivesses mesmo aqui? E se tudo o que prometeste, quando nem sequer soava a promessas, mas tão somente a confirmações, tivesse sido cumprido, quem seria eu e em que lugar emocional estaria? E se nunca tivesses considerado desistir, será que ainda me manterias por perto, sabendo que uma vez contigo, dificilmente estaria com mais alguém? E se não me tivesses roubado a capacidade de voltar a amar, quem amaria hoje e de que forma estaria a receber o que me recusaste?
Se ao menos tivesse bebido menos de todas as palavras que usaste, ouvindo-as com atenção, menos coração e mais dúvidas, certamente que hoje não estaria a duvidar de todos quantos passam, mas não ficam porque não permito. Se ao menos não tivesses levado o que me pertencia e acreditei bastar para que me recompusesse do que não bastou, porque um amor que nos liga todos os botões é tão raro quanto serão os que amam sem condições, já não precisaria de escrever sobre ti. Se ao menos soubesse porque motivo me impediste de te oferecer tudo o que dizias precisar e que até tinha, não me negaria os corpos que poderiam manter o meu vivo. Se ao menos já tivesse parado de doer e as perguntas se sumissem como foste capaz de o fazer, deixando-me tão vazia que mais ninguém parece conseguir que consiga ser eu outra vez, o que vim fazer já estaria feito. Se ao menos não tivesse respondido à pergunta que mudou todo o meu percurso emocional, a tua presença nunca validaria a ausência que impuseste. Se ao menos soubesse como te esquecer...
14.3.22
Quem é a mulher que vejo?
Quem vejo agora e de cada vez que me atrevo a olhar-me com atenção?
13.3.22
Que sensações te passam os sonhos?
Que sensações te passam os sonhos? Será que consegues sentir-te e a tudo o que te desperta os sentidos, mesmo que pareçam adormecidos? Ao que cheira a pessoa que te toca o corpo pronto e que sons te rodeiam enquanto fazes amor? Porque a verdade é que também o fazes mesmo que a sonhar. Qual será a música que ouves uma e outra vez enquanto acordada e que não te sai da cabeça até quando te tentas focar no que passa a acontecer, lá, no sonho?
Somos a extensão de todas as emoções que nos permitimos alimentar e alimentamo-nos, frequentemente, do que nunca será nosso, mas que ainda assim nos sabe aos sabores reais que parecemos já ter tido. Somos muito mais do que as 24 horas de cada dia, porque conseguimos estende-las para um mundo no qual também aprendemos umas quantas coisas, se estivermos atentos, mesmo que não acordados. Somos a parte certa de alguém e é por esse motivo que a reencontramos, com menos ou mais frequência, nos sonhos que tornam tudo possível, mais claro e sem barreiras. Somos, ao sonhar, plenos de coragem, concretizando todos os desejos e deixando as portas mal fechadas para cada regresso.
- Que sensações te passo sempre que sonhas comigo?
- Todas as que acordada ainda não tive coragem de te pedir.
- Quem sou enquanto não pareço ser nada e não te consigo sentir da mesma forma?
- És a pessoas pela qual esperei, sem nada que me desvie a atenção do que estou a viver e mesmo que apenas me seja permito viver contigo assim, mil vezes em sonhos do que vez nenhuma pela vida que me sobrar.
É a sonhar que amo da maneira certa e que nunca preciso de reclamar do que não tenho, porque passo a ter tudo e a sentir o que ainda nenhum homem conseguiu. É nos sonhos que te incluem que sei o quanto te faço falta. Não usamos de qualquer palavra. Não nos desgastamos com perguntas e nunca precisamos das respostas que qualquer um poderia dar, mas que seguramente não nos bastariam. É de volta ao sonho onde me esperas, de sorriso aberto, tal como ficam os teus braços até que me envolvas, determinado e seguro, que me asseguras de que nunca partirás, bastando que te continue a desejar.
12.3.22
Dias de chuva!
A chuva não pode servir de desculpa para nos impedirmos de continuar e é quando cai, fria e intensa, que nos deixa perceber o quanto é importante que valorizemos tudo o que chega, porque será sempre no momento certo e nem um minuto depois. A chuva de hoje já foi um sol radiante "ontem" o que significa que ainda continuas por aqui, por isso agradece.