23.3.22

Se é para querer, quero tudo!

março 23, 2022 0 Comments


Agora decidi que quero tudo. Quero a tua disponibilidade emocional e tempo para que te possa ter sem pressas. Quero que saibas de que forma usar tudo o que já sei em nosso benefício e quero ser a pessoa à qual a tua não resiste, nem vive sem. Se é para querer, quero tudo!

Quero saber quem és e não para os outros, porque se te abrires, confiando, saberei mesmo tudo e não precisarei de fazer perguntas em vão. Quero que nada te impeça de me quereres, porque preciso que o faças sem exclusões ou medos infundados. Quero poder abraçar-te sentindo que cada pedaço de corpo e toda a pele que o cobre me pertence. Quero o que mais ninguém foi capaz de ter e que me queiras sem duvidar. Quero que me permitas querer com a intensidade de que sou feito e que não a receies de cada vez que parecer enlouquecer com a tua falta. Quero continuar a querer-te assim, porque de outra forma não me sentirei vivo.

Estou pronta para te querer como pareces precisar, até porque preciso bem mais de ti do que digo. Agora também decidi que quero tudo e que tenho direito ao que ofereces, sem questionar e sem olhar para o que recebi lá atrás e que não te define. 

Quero que saibas, por mim, quem sou e que os outros não te fustiguem com o que recebem de mim, porque nunca será igual. Quero que nada me impeça de juntar o corpo que apenas tu podes tocar e que de cada vez que cada pedaço de pele se arrepie com os beijos que me recordam do quão viva ainda estou, saibas que foi por ti e contigo. Quero os teus abraços fortes e destemidos. Quero manter o prazer que sinto por saber que me queres tanto e quero que a minha falta nunca te impeça de saberes que estás bem vivo em mim. Quero e preciso que continues a querer-me da forma que sabes mostrar e quero poder mostrar-te que já recebi o que me pertencia.

Se é para querer, então vamos lá querer tudo juntos.


Dias que não mudam o foco!

março 23, 2022 0 Comments
Sue Amado´s photo


 Embora lá correr que a chuva apenas molha!

😉É oficial, sou viciada em desafios físicos, mas a satisfação com os resultados é tão grande, que não tenho como o lamentar.

22.3.22

Não tenho paciência para o vitimismo!

março 22, 2022 0 Comments

Deviant Art


Não tenho paciência para o vitimismo instalado, nem para as doses exageradas de impossibilidades emocionais, nas quais se culpa até o chão que é torto e que por isso impede de dançar!

No geral tivemos uma educação baseada na culpa, na cobrança e nas expectativas, muitas delas impossíveis de alimentar, que nos forçavam a escolher caminhos diametralmente opostos aos que seriam certos. Mas cabe-nos fazer escolhas, escolhendo-nos em primeiro lugar. É da nossa inteira responsabilidade ter a sensibilidade necessária para nos colocarmos no lugar que nos fará sentido, porque apenas assim seremos suficientemente fortes. Precisamos de saber quem somos, para que os revezes do mundo e dos que andam por aqui apenas a destabilizar, não nos destabilizem. É de extrema urgência que saibamos de que forma curar as dores internas, exteriorizando-as e fazendo a catarse do que nos poderia adoecer. 

Não tenho respostas para dar aos que nem sabem fazer perguntas, não as certas e não sobre o que me interessa. Não concebo uma vida baseada no que acreditam ouvir sobre mim, quando o que digo não é de todo semelhante. Não vou apenas porque me pedem ou mandam, vou se me fizer bem, mas rapidamente volto se deixar de o fazer. Não sei o que esperar deste novo modelo de mundo, mas sei que não preciso de me encaixar, seguindo cegamente tudo aquilo em que não acredito, simplesmente porque não tenho paciência para o vitimismo.

21.3.22

Dia mundial da poesia!

março 21, 2022 0 Comments



Existem sons que apenas eu vou conseguindo ouvir

E tantos os poemas que só escrevo depois de partir

Mas é apenas quando parto que finalmente te deixo saber

Que uma vez do outro lado nunca mais me voltarás a ter


Existem corações que se estendem para que entendam

O que muitos outros não têm como sozinhos vislumbrar

E é assim que os primeiros curam o que os outros remendam 

Já os segundos nem sabem do que padecem para se poderem curar


Existem momentos que não se repetem pela intensidade

Mas tantos outros que nem me esforço por recordar

Existem amores que precisavam de doses de pura amizade 

E amigos a quem me saberia tão bem poder simplesmente amar


Existem dias que concentram tantos outros grandes dias

Mas existem semanas que em meses se ameaçam tornar

Tomara que os anos em que me deixaste porque querias

Também em ti crescessem séculos sem quem te soubessem amar

Acordei e já não estavas aqui!

março 21, 2022 0 Comments



Acordei com um silêncio estranho que me enregelou mesmo antes de me destapar. Acordei a sentir que algo se passava, mas cheia de receio de descobrir o óbvio. Acordei para uma casa vazia e todas as minhas entranhas se revolveram, deixando-me capaz de deitar fora o que me sufocava, mas ficando com tudo o que já só ficaria comigo. Acordei e coloquei os pés no chão frio e todo o meu corpo estremeceu. Acordei e já não estavas mais aqui.

Nada do que era teu permaneceu e todas as promessas de viagem sem volta acabaram cumpridas. Nada do que te disse, vezes sem conta, serviu para que mudasses de rota e aceitasses o lugar que desejei poder ser teu. Nada de mim pareceu contar para que contasses connosco juntos e por isso partiste, mesmo que tivesse pedido que jurasses nunca o fazer, cimentando o amor que me dizias ter. Nada do que me deste bastou e agora, de repente, num dia que não vou querer recordar, fiquei sem ter o que fazer e ninguém para me impedir de sufocar.

Acordei e o nada instalou-se. Acordei e tudo o que me pertencia, até o mundo como o imaginei, foi-me levado. Acordei, sabendo que a dor permanecerá por muito mais tempo do que tu e não tendo como a fazer sair, porque não a levaste e não quiseste ficar. Acordei e no mesmo minuto soube que nunca mais nada voltaria a ser igual e que a tua partida me mudaria para sempre. Acordei apenas para perceber que te perdi.

20.3.22

Não quero um amor assim...

março 20, 2022 0 Comments


. Quem foi que te endureceu ao ponto de permaneceres uma eterna fugitiva?

. Só fujo do amor, mas estou disponível para tudo o resto.

. Porquê do amor, do que tens medo?

. Das amarras invisíveis, dos cadeados nas pontes, da simbologia que carrega quanto ao sempre, porque    na verdade nada é eterno, mas não me venhas com a teoria das mágoas infligidas por amores mal sucedidos que comigo não colam, nem me representam. Decidi tão somente fugir do que não me permite ter o controlo e de todos quantos anseiam pelo que não tenho forma de dar, não agora e provavelmente que também não lá para a frente. 

"Não quero um amor civilizado, com recibos, ou tempo no sofá. Não quero que regresses no tempo e chegues do mercado com vontade de chorar. Não quero tardes de domingo. Não quero um baloiço no jardim. O que quero, coração cobarde, é que arrisques a tua vida por mim, porque eu morreria contigo se te matasses e matar-me-ia se morresses. Porque o amor não morre, ele mata. Porque amores que matam nunca morrem". (Alejandro Sanz - Contigo).

Quem foi que definiu as regras do amor e armadilhou os caminhos dos que tentam contorná-las, tornando-as mais próximas do que ele deverá ser na verdade? Quem é que nos garantiu, lá muito atrás, num passado que já não se encontra com o presente, que só se poderia chamar amor ao que se parecesse com amor, quando por vezes ele chega sem que se pareça com nada conhecido, mas ainda assim mudando-nos irremediavelmente por dentro? Quem é que ainda tem no amor a razão para estar vivo e sente que nada teria se não o pudesse sentir? Quem é que ainda acredita poder vir a encontrar um amor que não cobre ou defraude a expressão máxima que parece carregar? Quem é que ainda sabe o que é amar, não querendo menos que tudo, mas tendo tudo por se sentir a amar?