26.4.22
25.4.22
Quem é que define o que sentes e como?
Quem é que define o que sentes e como?
Quando percebes que paraste de fugir e que os pés apenas se movem para te levar onde decides ir, vais com mais convicção. Passas a ver as partes de ti que provam o quão boa, forte e importante és na realidade, mas também esbarras nas outras, nas menos boas, nas duras e as que forçam a que tenhas uma determinação tantas vezes superior ao teu tamanho. Quando deixas de te focar no que te trouxe até ao hoje e vives, verdadeiramente, no momento, respiras de forma mais compassada e regular, olhas com mais atenção para o que te entra corpo e alma dentro e acreditas ser capaz de superar TUDO com melhores resultados, porque o sonho terá que ser SEMPRE maior do que o medo.
No final de cada dia, o que na verdade vai importar, é o que fizeste por ti, de que forma melhoraste os que te importam e como te dispões a receber o amanhã, para que não repitas erros e aprimores as habilidades. A paz de espírito, o respeito pelo teu tempo interior, a vontade de continuar a ter vontade de ser ainda melhor e maior, injeta-te um ânimo que ninguém suprime ou desvia por falta de compreensão.
Quem é que te empurra de mansinho, mas com "carros de mão" cheios de amor, para que sejas a tua melhor versão, cuidando da tua casa interior e sentindo que estarás bem não importa onde, desde que estejas contigo? Seguramente que os que embarcaram na mesma viagem e que nela permanecerão até que o teu tempo dite o final, mas o fim nunca apague o que te permitiste escrever. A tua história obriga a que entendas o roteiro e alteres as personagens, sentindo que tudo se encaixará quando já souberes de que forma representar, mas sem que deixes de ser a personagem principal.
Quem é que ainda permites que escolha por ti, quando já percebeste que existe um mundo de escolhas que te pertencem por direito? Espero, sinceramente, que a resposta seja, - ninguém para além de mim mesma!
24.4.22
Acordei do sonho com sabor a pesadelo!
Acordei do que começou por parecer um sonho, mas rapidamente me arrepiou ao ponto de quase sufocar nas dúvidas que se instalaram. Eras tu, estavas ao meu lado e conseguia sentir o cheiro que tão bem conheço. Eras tu e o teu sorriso mostrava o quanto te inundava de prazer. Estavas totalmente pronto para cada uma das experiências que claramente te ligavam todos os botões. Eras tu, com os lábios que tantas vezes me beijam e asseguram de que me queres tanto quanto te vou querendo, eras tu, mas a boca que te beijava não era a minha.
Acordei cheia de um suor frio que me enregelou até a alma, porque percebi que mais alguém te enchia e preenchia dum prazer que não me carregava. Acordei a duvidar do que foi apenas um sonho, mas que a ser verdade me mataria numa morte lenta. Acordei ainda mais determinada na certeza de que apenas poderei ser eu porque és quem me assegura de que o amor vai, mas volta para nos manter vivos. Acordei dorida, sem a força habitual, por te ter sentido reagir ao que ainda não consegui provocar. Acordei sem vontade de voltar a sonhar, não assim e nunca mais com um cenário que me afaste do que preciso e quero viver contigo.
Quando somos nós e já o fomos algumas vezes, parecemos bastar-nos e é o que me tem bastado, por isso excluo, inteiramente, que precises de mais, do que não sou nem tenho e que tenhas o que te quero proporcionar sem mim. Quando o que aceitamos não nos define, a única definição possível é a recusa e recuso, terminantemente, a partilhar-te.
Desafios diários, sucessos em crescendo!
23.4.22
O teu amor salvou-me de mim!
As tuas previsões revelaram-se certas, mesmo que tenhas errado no essencial, porque tudo o que vivi foi essencialmente por falta do amor que me tinha. Conseguiste ver para lá de tudo em que me foquei e tentaste, uma e outra vez, que mudasse de direção e parasse para repensar o que me magoava bem mais do que melhorava. Lutaste pela minha sanidade mental e tentaste, mentalmente, mas com muito toque, cuidado e até colo, que não caísse tão fundo que salvar-me te forçasse a perderes-te um pouco também. Ouviste-me chorar demasiadas vezes, mas o teu sorriso conciliador nunca te abandonou os lábios que agora usas para me beijares, é que na verdade o teu amor esteve sempre aí, contigo, à espera que o meu se juntasse. Foste a força que acreditava ser minha, quando em cada reinício te prometia que seria o certo. Lambeste todas as feridas autoinfligidas, deixando-te em segundo plano tantas vezes para que brilhasse. Paraste de ser para que me levasses a sentir o calor e o brilho do sol, esperando que percebesse quem me vira em primeiro lugar e nunca deixara de me olhar. Defendes-me até quando não tinha defesa possível e subiste, várias vezes, à mesma montanha para me levares mais alto, impedindo-me de olhar para os que eram tão mais pequenos do que eu. Usaste a tua serenidade e confiança para que confiasse em mim e pudesse tão somente perceber o óbvio. Nunca desististe e por isso hoje, depois de muitos mares de lágrimas e dores que me retesavam o corpo cansado, podes finalmente insuflar-me do mesmo ar para que nunca mais me sinta incapaz de respirar. As tuas previsões estiveram sempre certas, mas como já parei de errar, procurando pelo que afinal sempre tive, não te voltarei a dar razão e quero apenas que nunca mais precises de me salvar.
22.4.22
Perfeita ou imperfeita?
Porque é que a minha ideia de perfeição me faz sentir tão imperfeita?
É tanto o que credito ser capaz de dar, porque o sinto, que sentir-me menos para quem poderia receber tanto, me deixa a refletir sobre cada uma das escolhas, dos momentos que me roubei e de tudo o que me impedi de fazer. Sei, agora mais do que antes, que sei muito pouco ainda, do amor, do que o move, o que provoca se for verdadeiro e o que não suportará se não houver entrega, atenção e cuidado diário. Percebo que me permitiram perceber muito pouco e que ao fechar-me na minha concha de certezas, porque me dava algum jeito acreditar que as tinha, perdi umas quantas valiosas lições.
Porque é que a minha vontade de poder simplesmente ter vontade de "ti", não se sobrepôs ao receio de "te" vir mesmo a encontrar?
Fui vivendo nos meus termos, sem fazer por incluir as variáveis que não controlo, mas preparando-me interiormente para o dia em que todas passariam a fazer sentido. Fui sendo à minha medida, escolhendo a forma e o formato, sem ter que me explicar e sem que qualquer explicação me fosse pedida. Fui acreditando que seria sempre mais fácil, mas num dia qualquer, sem que o tenha sequer antecipado, chega a parte de mim que já me faltava e tudo passa a ser reavaliado.
Porque é que sinto que ainda não tive o suficiente para "te" poder bastar?
20.4.22
Ainda sabes ao que sabe estar apaixonado?
Apaixonarmo-nos é fácil, o difícil é mantermo-nos apaixonados!
Não podes ser cínico no que toca ao amor e ainda assim esperar atraí-lo. Fecha primeiro muito bem as tuas gavetas, permitindo que o passado fique no passado e seguindo em frente, sem julgamentos nem expetativas desmedidas. Abre-te a novos começos e mesmo que sintas medo do desconhecido, espera até que ele eventualmente deixe de o ser.
Que pessoa pretendes que a tua outra pessoa encontre? A quebrada, amarga e incrédula, ou a sarada, resolvida e pronta? O amor é sobre arriscar, recomeçando tantas vezes quantas nos sentirmos ainda habilitados a amar, porque a dor na vida é inevitável, mas o sofrimento é totalmente opcional. Não tem que ser mau, nem precisa de te fazer regressar ao "buraco" emocional onde te escondes quando não acertas. Pode ser apenas sobre boas experiências, lugares novos, toques que te renovam e sorrisos que te deixam outra vez a sorrir sem motivo aparente. Pode ser a pitada que faltava para que tudo o resto tenha mais sabor e pode até ser uma ponte para a próxima viagem, mas se não a iniciares, nunca terás forma de o saber.
De que forma amaste no passado e porque motivo não bastou? Quais as tuas expetativas para um amor novo e que sonhos te dispões a partilhar?
Por vezes a única coisa que te falta é fazer as perguntas certas, porque depois de cada uma, as respostas bastarão para que decidas o que te serve e é apenas nessa altura que te servirás melhor, dando na proporção do que já souberes receber.