9.5.22

O que carregam as tuas palavras?

maio 09, 2022 0 Comments


As tuas palavras não podem carregar os sons dos outros. A forma como sentes tem que espelhar quem já és em cada etapa da vida que te cabe. A vontade que alimentas enquanto te estimulas e fazes por acreditar no que professas, tem que ir para lá da vontade dos que ainda não sabem no que acreditar. A tua coragem, até quando te sentes frágil, tem que se sobrepor a qualquer medo visível ou invisível. As tuas palavras carregam-te e é com elas que deves ensinar de que forma pretendes sem vista e entendida.

Cada dia uma nova possibilidade. Cada hora dos dias que poderão ser curtos para o que ainda pretendes fazer, ou demasiado longos se te mantiveres na sombra, será a soma das muitas que ainda virão na tua direção, por isso usa-as bem. 

As tuas escolhas quanto aos lugares onde ainda te desejas ver, por vezes esbarrarão nos pontos cardeais dos que planeiam, em demasia, o que fazer, onde ir e quando ficar. Os teus sorrisos escondidos, mas que te desenham a alma, apenas serão vistos por quem conseguir ler e entender cada palavra, decifrando o que sentes quando as partilhas, partilhando o melhor de ti. Os teus sonhos, dos quais nem arriscas falar, falarão, um dia, com o coração de quem saberá como sonhar contigo.

As tuas palavras sairão com tudo o que tiveres dentro e por isso usarás as que bastarão para sarares quem se magoou demasiado, ou para magoar quem se recusa a sarar do que já nem deveria magoar. As tuas palavras podem fazer magia, as minhas sei que fazem, primeiro comigo e depois com quem as sabe ouvir. 

8.5.22

Escolho continuar a escolher o que já escolhi!

maio 08, 2022 0 Comments



Escolhi, em determinada altura e por achar que devia, não voltar a sentir, afastando assim todos os que até poderiam ter entrado. Escolhi escrever o meu roteiro, mudando as personagens, os lugares e até as emoções, acreditando que estaria mais em controlo da vida que teima a entrar, sem aviso prévio, para descontrolar tudo. Escolhi ser menos para os olhares externos, enquanto me tornava em muito para mim mesma e reconhecendo-me bem mais. Escolhi velocidades mais dinâmicas, acelerando-me quando me sentisse a querer parar, mas parando-me para não desatar a acelerar sem motivo. Escolhi ser a pessoa mais importante da minha vida, concedendo aos outros a importância que precisarei que tenham para me conseguirem ter. Escolhi esta versão de mim e ainda não tive como me arrepender, nem por um minuto que fosse.

A vida não é feita apenas de momentos altos, até para os que estão em paz consigo, sabendo o que precisam de acrescentar e retirando o que apenas serviria para diminuir. A vida são desafios constantes, solavancos em estradas aparentemente seguras e pouca segurança até quando julgamos estar a vigiar todas as frentes. A vida, a nossa, é feita de tudo o que nos propusermos fazer, mas demasiado pequena se nos encolhermos perante cada novo desafio. 

Escolho ser sempre a minha melhor versão, retirando as lascas que sobrarão de tanto limar arestas. Escolho saber TUDO quanto seja possível sobre quem escolhi ser, porque não descarto o que me trouxe até a este ponto e lugar. Escolho analisar TUDO até à exaustão, mas apenas para que não precise de me cansar tanto depois. Escolho amar sem reservas, mas reservando-me o direito de apenas ser amada da mesma forma. Escolho começar, recuar, reavaliar e até eventualmente parar, mas entendendo cada motivo, porque apenas assim poderei errar menos, deixando como legado, aos meus, a resiliência, a busca incessante pela perfeição, mas aceitando-nos imperfeitos. Escolho sorrir-me mal acordo, para que me certifique de que estou e sou capaz de continuar a fazer as escolhas que me acertam. Escolho por tudo isto voltar a amar, desejando que esta nova escolha me ensine o que sozinha pareço não conseguir.

7.5.22

O que é que um sorriso não resolve?

maio 07, 2022 0 Comments



O que é que um sorriso não resolve?

O meu assegura que estou de alma tranquila e pronta para qualquer viagem ou conversa. Com o meu sorriso digo tudo o que as palavras escusam e acompanho-o, quase sempre, com um olhar que olha mesmo e bem dentro dos olhos de quem me deixa a sorrir. Sorrir é o reflexo dum estado de alma e a minha está a cada dia mais serena, até quando a desafio, querendo rever matérias há muito dadas e bem avaliadas.

Sorri para validares, incluir e aceitar. Sorri quando nada de bonito te cruzar os lábios e sorri sempre em alternativa ao silêncio que também se impõe, mas suscita dúvidas. Sorri por dentro e por fora e vais sentir que te sentem melhor. Sorri ao invés de reclamar, porque é mesmo verdade que um sorriso tudo resolve, até os maus humores alheios, revertendo as suas incapacidades de sorrir sem esforço. Sorri para que saibam que o sim é possível, mas sorri também quando o não for inevitável, porque não precisas de escurecer, ainda mais, o que não carregará sorrisos regeneradores. Sorri para mim, com vontade e só poderás ter o meu sorriso de volta!

6.5.22

Preciso de ti!

maio 06, 2022 0 Comments


Precisamos sempre de tempo para termos mais tempo um para o outro. Precisamos de aprender a ler instruções sem palavras, a tocar sem resistência ou receios e a sentir do que sente a pessoa para quem olhamos.

Preciso de ti, é um facto e preciso sobretudo de confirmar a necessidade que sentes de mim, porque é isso que nos assegura do que ainda não sabemos ser certo. Preciso do tamanho do teu amor, porque o meu já é suficientemente grande. Preciso de te sentir seguro, porque disso depende a minha segurança, arrojo e confiança. Preciso de continuar a precisar de ti assim, sem medidas, nem restrições.

Temos que nos focar mais na viagem, ao invés de ansiar tanto pela meta. Temos que nos ter como apenas nós sabemos e da forma que sabe bem ao outro, porque temos tudo para dar certo, até no que ainda é errado. 

5.5.22

Aprender a viver no hoje!

maio 05, 2022 0 Comments



Aprender a viver no hoje é cada vez mais premente, porque nada do que possamos ter tido ontem nos bastará, se não o sentirmos no único momento que temos e que é o agora. Aprender a interpretar os sinais, sobretudo os nossos, poderá livrar-nos de muitos males desnecessários e seguramente que passaremos a ler melhor os outros, ajustando as suas palavras ao que  verdadeiramente são. Aprender a aceitar os inevitáveis avanços e recuos necessários a qualquer início de relação, também nos deixa mais capazes de avançar sempre que nos soe bem e a recuar quando já não fizer sentido.

Quem disse que sermos dois era fácil, ou mais previsível para os que pensam, sentem e vivem em moldes idênticos? Ninguém, porque nenhum tolo o poderá jamais garantir. Onde andam os que já deveriam andar juntos, a viver o que ainda não lhes tinha sido permitido, mas que lhes cabe por direito? Que lugares os levaram para tão longe que não se souberam ver, mas que os aproximaram pelo que ainda teriam que viver?

Precisamos de aprender a escutar com atenção tudo o que ouvimos, afastando o que por vezes nem sequer é dito e dizendo apenas o que fizer sentido no momento, porque é o que nos segurará quando as dores forem demasiado fortes. Temos que aprender a entender os motivos que subtraem as palavras que julgamos merecer ouvir, mas que acabarão por surgir, quando fizerem mesmo falta. Apenas aprendendo o suficiente sobre o outro saberemos como nos passar à velocidade que lhes saberá a certo e apenas assim estaremos realmente a viver cada nova experiência.




4.5.22

O que sou para ti de cada vez que me tocas?

maio 04, 2022 0 Comments



O que sou para ti de cada vez que me tocas? De que forma vês cada parte de mim, será que separas as que não te movem, assustam ou impedem de funcionar, ou apenas as misturas, desejando que te façam eventualmente sentido? O que sou, mesmo, para ti, quando e de cada vez que sinto que não estou a ser o suficiente? O que precisas de ter, pensar, sentir ou fingir, para que sintas algo comigo?

Já estivemos no mesmo ponto e momento. Já fomos tão cúmplices que nenhuma intimidade nos afastou, tal como a falta dela não nos demoveu de sermos e termos mais. Já acreditámos no que parecia ser natural, certo e capaz de espicaçar a nossa capacidade de nos bastarmos. Já percebemos que o nosso amor nos impede de procurar por um outro, mas parecemos perceber cada vez menos deste modelo de emoção, que parece envolto em mais dúvidas do que certezas. Já me despi de corpo e alma, mas ainda te vejo cheio de roupa e de armaduras, a deixares escapar pouco do que provavelmente explicaria tudo. Já te quis longe, sem as dores que me infliges por seres incapaz de me sentir e reconhecer, mas continuo a querer-te perto o bastante para perceber do que afinal percebo de mim, de quem sou e do que terei que me permita ter-te. Já me encolhi no chão, no canto oposto aquele de onde me vejo e para onde olho quando me quero ver. Já acreditei ser muito mais do que aquilo que mostro, mas e se for mentira, a minha mentira assumida e que me impede de aceitar que ainda não me aceitaste?

O que será que sou para ti de cada vez que julgo estar a ser tudo?