Quando é feito com amor!
Tudo aquilo a que nos propomos, cada projeto e sonho perseguido, tem sempre um duplo sabor quando é feito com amor. Quanto a isso julgo que ninguém tem nada contra.
Words can change the world
Tudo aquilo a que nos propomos, cada projeto e sonho perseguido, tem sempre um duplo sabor quando é feito com amor. Quanto a isso julgo que ninguém tem nada contra.
O que procuramos e esperamos de quem nos procura, mesmo que ainda não o saiba, sobe umas quantas fasquias e faz com que desejemos quem seja capaz de superar o que tem em si, tornando-se melhor, maior e mais resiliente. O que procuramos e esperamos encontrar, são almas que se coloquem ao dispor do conhecimento que terão que acumular, para que sejam válidas, validando os sentimentos do coração e juntos possam regular os medos e o papel, infinito, do cérebro que é o de nos proteger. O que procuramos em quem desejamos, é que deseje limpar-se de tudo o que o possa afastar do propósito maior, que é o de fazer o bem, estando e sentindo que tem o que basta e bastando ao outro para que também ele se limpe do que quase o "matou".
O que me regula é o infinito, o que me permito olhar, tudo o que me disponho a aprender, apreendendo regras de conduta e vontades que não podem colidir com as dos outros, mas afastando tudo e todos quantos colidam com o meu bem estar. Não existe um único dia em que não me deixe surpreender e nenhum dos anos que já conto passaram, ou alguma vez passarão em vão, porque os vejo refletidos nos seres que generosamente me foram confiados. O que me enche de orgulho e dum prazer inexplicável, é a sabedoria que lhes parece vir de dentro, de forma natural e espontânea, mas auto regulada, porque também eles têm sede de mais e do que é maior. O que me afasta dos pensamentos menos bonitos, ou mais reais, porque a realidade é por vezes maior do que o nosso desejo de a embelezar, é perceber que fiz exatamente o que me cabia e que por isso, hoje, cabe na mente e no coração dos meus filhos, o entendimento de que o mundo também lhes pertence e que o podem querer e fazer grande. Sinto que conquistaram a resiliência que os permite distinguir o que lhes serve e que apenas permitirão por perto, o que ainda lhes acrescentar mais. O que não me deixa de querer continuar a procurar, é a certeza de que acabarei por encontrar quem e o que fará mesmo sentido.
Com ou sem roupa?
Gosto de pessoas simples, mas cheias de uma complexidade que desconstroem com imensa facilidade. Gosto de quem usa a criatividade para colocar mais cor na vida dos outros. Gosto de sorrisos francos e sem esforço e de risos que surgem do nada e por vezes do que nem tem piada. Gosto do humor algo estranho que apenas têm os que conseguem ver o mundo para lá do óbvio e que por isso carregam uma leveza que nos retira o peso dos dias mais escuros. Gosto de pessoas no geral, mais de algumas que não parecem caber em nenhuma caixa, por não procurarem validação e das que já parecem ter percebido tudo o que à maioria levará mais do que uma vida.
Em que ponto e momento te encontras agora e que expectativas colocas no que te surge, pelas mãos do acaso que nunca o será na realidade? Quem sentes ser enquanto és de formas diferentes para cada pessoa, lugar ou situação. Até onde te vês a chegar e que importância dás ao que será tão importante que até te muda, ou tão insignificante que já nem te toca? O que pretendes ter no teu percurso e o que estás disposto a fazer, ou a abdicar de, para que nada to impeça?
Gosto de respostas óbvias quando estou mais tranquila, mas também aprendo, diariamente, a gostar das que surgem e me fazem pensar e quiçá até mudar ou reavaliar. Gosto de acumular as experiências que saberei passar aos meus e para essas, na maioria das vezes, nem precisarei de sair do sofá. Gosto de gostar sem julgamentos alheios, mas esforço-me, grandemente, por gostar da forma que me torne mais gostável.
Sete anos de mau sexo, dizem que é a maldição inevitável que se abate sobre todos aqueles que não brindam olhos nos olhos. Felizmente que não brindo muitas vezes, até porque não bebo bebidas alcoólicas, mas também não me queixo de mau sexo, nem por tantos anos, mesmo que não tenha sexo nenhum, nem bom nem mau e já bem a caminho dos sete.
Mal percebi que me cabia por direito escolher, desatei a fazer escolhas que me incluíssem e se em alguma tivesse que deixar para trás alguém, fazia-o, consciente de que me estava a escolher a mim. Também tive a minha dose de más escolhas, mas arquei com cada uma estoicamente, responsabilizando-me pelo tempo e momento em que vi o que não existia. Mal percebi que os anos não poderiam simplesmente passar por mim, não sem que tivesse uma palavra a dizer, disse-me tudo o que precisava de ouvir, baseada em estudos, em pessoas para as quais olhava com admiração e em memórias que não apaguei até que criasse novas.
Seis anos de abstinência em termos de relações com substância. Seis anos de muito mais crescimento emocional e seis anos que se revelaram essenciais à minha perceção do outro, da vida, dos lugares que me receberam e do quanto precisava de ter o meu, interno, para não estar sujeita às mudanças inevitáveis. Quem sou volvidos seis anos? A pessoa que encontrou respostas para muitas das perguntas que não me saiam da cabeça, mas que teimava manter. Sou muito mais crente no amor, mesmo que continue sem o entender, não porque seja complicado, mas porque o complicam sem que nada possa fazer para o evitar. Sou mais tranquila e por isso regenero-me à velocidade da luz. Continuo lamechas e já só choro pelo que me parece importante, mesmo que abra as torneiras quando vejo filmes com histórias bem reais. Desafio-me sem receios e passei apenas a recear que o exterior me condicione, impedindo-me de correr, porque caminhar já não me basta. Encontro explicações para muitas das coisas que antes me pareciam distantes e incompreensíveis e já não culpo ninguém, seja o mundo, Deus ou o Universo, pelo que falhei ver, quando supostamente estaria a olhar para o lugar certo.
Sete anos de mau sexo e muitos mais, terão os que permitiram que a vida os sufocasse, esquecendo-se do quanto pode ser bom dar e receber prazer. Sete anos de mau sexo desejo aos que o têm diariamente, mas que ainda assim escolhem não o ter de todo. Se ao menos se focassem nos benefícios, sobretudo as mulheres, iriam perceber o quanto poupariam em terapia, em cremes e massagens que só lhes massageiam o ego. Sete anos de mau sexo, ou quase sete de sexo algum? Venha o Demo e escolha!
Escolhi lembrar-me de ti à minha maneira. Escolhi percorrer todos os passos que nos faltaram, acrescentando os que seguramente teríamos escolhido em comum, se não tivesses escolhido não me escolher. Escolhi ver-te de uma forma bonita, retirando o formato que nunca me poderia ter servido, porque estavas demasiado danificado para me conseguires ver. Escolhi seguir em frente e mesmo que aches que te estou a magoar, lembra-te do quanto o fizeste primeiro.
O tempo sem sons não se restaura quando os decidimos usar. As palavras que oferecemos, como se de um prémio se tratasse, a quem nunca fugiu delas e as usou para que o vazio não se instalasse, já não terão forma de chegar ao lugar para o qual apontamos, não quando deixámos de apontar na direção certa.
Escolhi entender do que não entendias, libertando-me do peso de ter que me explicar uma vez mais e muito provavelmente para lá da minha capacidade emocional. Escolhi a paz, deixando para ti a razão, qualquer que tivesses tido e sei que saí a ganhar. Escolhi sorrir ao que me ensinaste e resolvi aprender, sem prazos impossíveis de cumprir, que a vida é possível sem quem julga que julgar é a solução, esquecendo-se de apenas usufruir da viagem. Escolhi escolher-me e o resultado disso resultou na mulher que hoje sou, tão bonita por dentro, que dificilmente não seria visível por fora.