16.6.22

Amores de faz-de-conta!

junho 16, 2022 0 Comments



Mal-me-quer, muito, pouco, nada!

Amores de faz-de-conta, parece que proliferam por aí como cogumelos. Fazemos de conta que amamos quem baixa as guardas e volta a acreditar. Fazemos de conta que precisamos de quem passou a precisar de nós, mas apenas para soltar as pontas da rede e que grandes passam a ser as quedas. Fazemos de conta que estamos resolvidos e prontos, mas fugimos ao primeiro embate, correndo de volta ao mal que conhecemos. Fazemos tanto de conta, que já não parecemos ter forma de distinguir o verdadeiro do falso.
Amores que já não se parecem com coisa alguma e que fazem tudo menos amar. Não sei a quem podemos culpar e deixei de perceber do que tanto se queixam os que aparentemente querem amar. Amores que carregam demasiada dor e doer não é o que o amor é suposto fazer. Amores que de tanto fazerem de conta já não sabem de que forma somar o que até poderiam ter e acabam divididos em demasiadas partes para importarem alguma coisa. 
Quando esbarrares num amor que faça de conta que te viu e que por isso te quer por perto, devolve-lhe na mesma proporção e faz de conta que acreditaste.

15.6.22

Não existem amores de substituição!

junho 15, 2022 0 Comments



Não existem amores de substituição. Ninguém tem o poder de te compensar pelo que não te coube, mesmo quando achavas que te servia na perfeição, porque a verdade é que perfeito será apenas o que te deixar bem e completa!

Não busques de forma incessante pela chegada dum coração novo, tudo tem o seu tempo e lugar, mas precisas de buscar vontade de manter o sonho, de contrário e com o passar da vida, verás as possibilidades reduzidas ao mínimo recomendável. Não te importunes com sentimentos que não fazem eco no que já tens dentro, porque forçar sentimentos apenas cria revoltas inflacionadas. Não desistas de ver quem te foi reservado, porque saberás, sem qualquer sombra de dúvida, quem é e ao que veio.

Ninguém certo se torna de repente errado. Nenhum sentimento genuíno simplesmente deixa de o ser apenas porque mudaram as estações. Não existem desculpas que fundamentem a incapacidade de querer verdadeiramente alguém e elas nunca deverão ser buscadas por ti, nem permitidas a quem as usar. Jamais esperes demasiado de quem entrar de mansinho, sem demasiada consistência ou determinação, porque o que não for GRANDE e INTENSO no início, jamais encontrará chão ou razão.

Quando chamo o teu nome!

junho 15, 2022 0 Comments



Quando chamo o teu nome por estar perdida no caminho que eu mesma criei, sei que não vou voltar a ter resposta. Quando choro por me sentir sozinha, mesmo que estejas comigo, porque estarás sempre, o vento passa a soprar mais forte e o coração a bater descompassado. Quando chamo o teu nome a vida deveria passar a ser mais fácil, até quando percebo que já não estarás de volta. Quando sorrio sem razão, mas tendo-te em cada uma, tento voltar ao tempo em que não contava o tempo, porque estavas sempre aqui. Quando percebo que estou errada e que estiveste sempre certo, chamo o teu nome e peço que me perdoes por não ter resistido à chuva intensa. Quando me lembro de como me empurravas para as minhas certezas e acreditavas em cada sonho empolado, quase que me perco de mim e do que deixei por fazer. Quando te peço que me abraces, em pensamento, porque já nem sei se saberia qual o sabor dos teus lábios, sento-me no chão do meu desespero e arrependo-me do que não fui contigo. Quando e de cada vez que sinto o meu coração desgovernado, solitário e sem propósito, agarro-me ao que me poderá manter agarrada à vida e busco-me, ansiosa e assustada, mas pronta para fazer o caminho que agora é apenas meu.

14.6.22

É possível conquistar a paz!

junho 14, 2022 0 Comments



É possível conquistar a paz mesmo quando as fundações fazem desmoronar tudo o resto, porque não foram bem feitas, mesmo que se tenha usado os materiais necessários. É possível sanar feridas auto infligidas se nos focarmos no outro, olhando-o como queremos ser vistos, com respeito, amor e cuidado, porque as energias positivas deixam-nos de coração mais aberto e capaz de continuar a fazê-lo transbordar. É possível reinventar o amor e encontrá-lo, numa qualquer esquina, mesmo e até quando o julgávamos já ter visto, mas percebido que não era o que nos cabia. É possível recomeçar, uma e outra vez, até que se acerte.

As viagens emocionais não têm rotas definidas, nem gps, por isso vamos seguindo às apalpadelas, usando o que sabemos, o que temos e somos, mas entendendo que poderá não ser o suficiente para o outro. Os nossos lugares de eleição nem sempre cairão bem aos que quase nos caem no colo e os desejos que alimentámos poderão tão simplesmente transformar-se no pesadelo de alguém mal preparado. 

É possível curar um desamor com muito mais amor, bastando que não encerremos as portas emocionais e não nos desarredemos de viver, aqui, neste lugar indefinível por excelência, mas que para muitos será tão claro como a água. É possível acordar, num qualquer dia novo e perceber que afinal só estávamos na plataforma errada e que o comboio da felicidade ainda não tinha passado. É possível, mesmo no meio de tanta falta de amor instalado, acreditar que ele existe e que nos saberá encontrar.


Full moon!

junho 14, 2022 0 Comments

 

Sue Amado´s photo

      Lua cheia, que venha com ela todo o amor que encherá o nosso coração da mesma forma!

As inevitáveis perdas!

junho 14, 2022 0 Comments



É inevitável que se vá perdendo pessoas ao longo da vida, porque estaremos com os outros apenas pelo tempo que nos permitirem e seremos da dimensão que nos fizerem. É inevitável que se arrumem lugares e sentimentos, direcionando vontades, porque o que foi ontem, poderá deixar de o ser hoje.

As perdas serão do tamanho que lhes dermos e é a nossa capacidade de resistir a elas que nos molda o bastante para que não queiramos desistir de nós. As perdas chegam com o Adeus, aquele que se deve a quem fica para trás e assim o deixará continuar. As perdas implicam, de alguma forma, desistir, mas quando escolhemos perder, ou largar alguém, temos que saber aceitar que a perderemos mesmo para sempre.

Certamente que conseguiste, algures num momento, ser o abrigo, a alegria e o sorriso de alguém, então agarra-te a cada momento e segue confiante o teu caminho, esperando ainda vir a passar e a sentir tudo outra vez.

Se não quiseres perder outra vez, não te dês demasiado, não esperes demasiado e decididamente, não ames demasiado. Refreia-te, segura os beijos e beija apenas na proporção dos que chegarem até a ti. Não uses demasiadas palavras e não assustes quem muito provavelmente não saberá o que fazer com a tua intensidade. As tuas perdas serão tão tuas quanto souberes e fores incapaz de "jogar". Se não quiseres perder outra vez, usa uma carapaça, ergue mais a cabeça e não resvales em sentimentos que apenas te deixarão a duvidar. As perdas são parte de qualquer processo de ganho e se ganhaste algum amor, aceita que se vá quando se for e deixa que o teu se mantenha intacto e capaz de se moldar a quem volte a entrar.

As perdas só não podem incluir perderes-te de ti, isso nunca deverá ser opção!

As palavras carregam poder!

junho 14, 2022 0 Comments



As palavras carregam poder e ninguém o deveria ignorar, porque quando as usamos, de cada vez que as temos escritas pela mão de alguém, saindo bem de dentro, saberemos que de alguma forma o que foi dito lhes pertencia. As palavras dizem muito de quem as usa e bem mais de quem as recusa. As palavras fazem-nos ganhar e perder pessoas. As palavras permitem-nos viajar por mundos aos quais não teríamos acesso se não as lêssemos. As palavras devem ser ditas e escritas na medida certa, sob o risco de deixarem de ter qualquer impacto.


Conselhos que me dou diariamente:

Não te repitas, não teimes em mostrar-te vitimizada, não queiras que te entendam, sobretudo se o que dizes não vier de ti. Larga as balelas e escreve, tu mesma, com a tua mão, o que estiveres a sentir, mesmo que pareça não fazer qualquer sentido. Deixa de te segurar, porque quando finalmente quiseres deixar-te ir, já não terás palavras que bastem.

Porque será mais fácil fugires de ti mesma, quando já tiveste quem teria fugido do mundo e quem teria perdido tudo para não te perder? Porque continuas escondida de tudo o que te move, achando que apenas assim estarás realmente visível para os que não sabem nada de ti e nem sequer se importam? Porque arriscas perder o que conquistaste, pelas palavras, até teres escolhido ficar muda?

Tenho palavras que bastem para me explicar tudo e leio-as com a atenção que dispenso a mim mesma. Posso dizer, sem qualquer dúvida, que as palavras servem um propósito em tudo o que propositadamente deixarmos acontecer. Tenho palavras para mim e para ti, mas deixaram de servir, porque assim o escolhemos e porque de alguma forma nos respeitámos, com as palavras e sem elas.