24.7.22

A felicidade tem muitas caras!

julho 24, 2022 0 Comments


Não existe apenas uma forma ou formato para a felicidade, ela tem mesmo muitas caras e com cada uma podemos ter tudo, ser tudo e sentir verdadeiramente o que merecemos. A felicidade maior vem da paz que carregamos quando estamos bem connosco e com o mundo que nos interessa. A felicidade está em ti e em ti também, quando és a pessoa que a minha pessoa reconhece.

Sinto-me sempre estupidamente feliz, do acordar ao adormecer, porque sou igual ao meu reflexo e porque reconheço quem está do outro lado de mim quando me olho. Sinto-me pronta para qualquer voo, não importa o tempo ou a distância. Sinto-me capaz de conquistar o mundo, porque vivo nele e faço por respeitar o tempo, a natureza, os animais e até as pessoas, mesmo as que me inspiram pouco respeito, mas a essas desejo luz na alma e paz no coração, porque quem sabe assim não deixam de apenas ocupar espaço. Sinto-me capaz de responder a qualquer pergunta, as que me vão fazendo, porque as minhas são uma a uma, respondidas por mim. Sinto-me de coração cheio e pronta para amar a pessoa que me está reservada e essa já sabe que existo.

A felicidade tem muitas caras e é por isso que lhe sorrio quando escrevo, quando danço, canto ou falo, sorrio-lhe sempre para que ela se mantenha por perto. A felicidade tem tantas caras quantas a minha for capaz de reproduzir enquanto vou sendo feliz e tratando de soprar felicidade a todos quantos aceito e reconheço!

22.7.22

Como é que chegaste até mim?

julho 22, 2022 0 Comments



Chegaste de mansinho, passo a passo, olhando-me com a firmeza que fez parar os meus movimentos. Vi-te aproximar tanto e com tantas certezas, que quase me impedi de respirar. A tua boca estava tão próxima, mas mantive os meus olhos para baixo, conseguindo ver a covinha do teu queixo e o arfar que movia o teu peito. Senti que rangias os dentes e que te tentavas controlar e foi o que fizeste até te perderes e me laçares pela cintura. Já não estou preocupada com os que pararam para perceber o que estava a acontecer, agora só quero ter de volta o que um dia permiti que se fosse. O beijo foi longo, doloroso e desesperado. Apertaste-me tanto que só não gritei porque a minha boca estava na tua. Senti cada um dos meus músculos retesarem-se e quase que me perdi ali mesmo, onde não éramos apenas nós, não fisicamente, mas onde o mundo parecia ter parado de girar.

- Onde tens andado, mulher que me enlouquece?
- Aqui, onde me deixaste.

Nada em nós e connosco é morno. Tudo o que fazemos carrega duas vontades que juntas matam quem arriscar estar no nosso caminho e reavivam quem até já morreu antes. Nada connosco é em demasia e quase que nos fazemos implodir, se não nos segurarmos.

Chegaste, quando já desesperava com a espera e só conseguiste certificar-me, se é que não o sabia já, que sem ti sou muito pouco de mim. Chegaste para que sinta outra vez esse amor que fiz tanto por merecer.

- Estão a olhar para nós.
- Lamento, mas não os quero beijar, não como te vou fazer. 

Chegaste de mansinho, mas determinado e é apenas isso que preciso de saber por agora.

20.7.22

Aberta ou nem por isso?

julho 20, 2022 0 Comments


Estava para aqui a tecer considerações e lembrei-me de perguntar se alguma de vocês conhece ou já teve a "sorte" de esbarrar num D. Juan de esquina? Vou falar do protótipo masculino porque sou mulher, mas existe igual modelo no feminino, não se iludam.

O que querem afinal de nós os que chegam a parecer que nos querem, passo a redundância, quando aparentemente também deitam os olhos a mais umas quantas? Talvez porque não se queiram afastar demasiado dos planos B e C, não vá o A do momento falhar. Agora fora de brincadeiras, mas ainda meio a brincar com estes novos modelos de "relações" e muito provavelmente por já ter atingido a dita idade da maturidade, ou porque tenha sérias dificuldades em entender os homens e as mulheres de agora:

. Quando gostas de alguém e estás interessado em fazer crescer os sentimentos que te envolvem, o normal será que te envolvas inteiramente com essa pessoa, afastando todas as outras, nem que seja por um período determinado, se ele é curto ou não, já dependerá do teu poder de encaixe;

. Quando tens planos, mesmo que planear seja um enorme luxo sujeito a muitas variáveis, o mínimo é que os mantenhas e te passes como desejas ser visto; 

. Quando esperas que o outro te tenha como foco, será conveniente que te mantenhas igualmente focado nessa pessoa, a não ser que estejam ambos abertos à tão falada e aparentemente desejada, relação aberta;

. Quando decides fazer exatamente o oposto do que apregoas, colando-te às palavras que aparentemente o outro deseja ouvir, será que te ouves, por uns minutos que seja e nunca receias estar também a receber o mesmo? É que nem sempre os tranquilos são tolos, mas isto é só uma observação.

"A ética é tudo aquilo que fazes quando te estão a ver, mas já o caráter, esse apenas se revela quando e aparentemente ninguém vê"!

Meus amigos e amigas, LONGE vão os tempos em que o que se fazia em Vegas ficava em Vegas, ou num qualquer outro ponto interessante do planeta, hoje temos algo bem global e imediato e por isso dizemos que uma vez na internet, para sempre na internet. Se não sabem caminhar sem apagar as pegadas, andem com as mãos. Se vão deixar que se sinta o cheiro forte do fumo, não façam fogo e se não querem, MESMO, gostar o suficiente de alguém no singular, por desinteresse ou incapacidade, não sujem demasiado a única coisa que terão que carregar para o resto da vida e que é o vosso nome. Just saying!

19.7.22

Ainda abres as tuas caixas?

julho 19, 2022 0 Comments


Quando abrimos a "
caixa" e de cada vez que vasculhamos vidas já guardadas e postas de lado para que as pudéssemos permitir continuar, acabamos por encontrar o que já se deveria ter esfumado!

Não há que ter medo de olhar para trás e enfrentar só pode ser a melhor escolha, porque até os monstros se encolhem, o escuro clareia, os sons ficam familiares quando conseguimos sorrir perante o absurdo, porque afinal o que já sabemos estivera sempre tudo lá, apenas com um nome diferente. No entanto, quando reabrimos a caixa que deveria estar bem fechada e devidamente arrumada, estamos apenas a trazer para a luz o que não poderia, nem deveria voltar. Quando nos atrevemos a dar mais uma oportunidade, ou a consumar a que antecipámos de alguma forma, abrimos a caixa e ela por norma é mesmo de Pandora e olhem que não estou a falar da minha marca favorita de joias. Quando a caixa passa a absorver o resto da nossa vida, talvez tenhamos mesmo que a abrir, vivendo até os momentos mais obscuros, mas no final, por favor, no final terá que ser fechada, porque se a reabrirmos regularmente, iremos certamente provar sabores bem mais amargos que antes.

Todos temos caixas, alguns até formarão pilhas, mas se usarmos as coloridas, ou se as customizarmos, conseguiremos que se transformem em adornos. Não há como livrarmo-nos dos seus formatos; Não há como ignorar que existem; Não há como queimar o conteúdo, porque antes de estar na caixa, esteve em nós e connosco, moldando-nos. É a isto que chamo viver, correr riscos, espreitar para lugares sem luz, tateando à procura de solo familiar. Quantas mais caixas, mais experiências. Quantas mais caixas, mais nos teremos oferecido. Quantas mais caixas, mais histórias para contar.

Nunca sinto vontade de reabrir as minhas caixas, porque nunca decido recomeçar o que terminei. Nunca me iludo o bastante para arriscar ter que guardar o resto numa caixa ainda maior, mas vou olhando para cada uma sempre que fizer sentido, ou de cada vez que esbarrar nela, fazendo-o de forma construtiva e sem me arrepender do que acreditei um dia ser possível.

18.7.22

Magic everywhere!

julho 18, 2022 0 Comments

Sue Amado´s photo


A magia, para mim, não está apenas nas palavras que uso até à exaustão, ela anda sempre de mãos dadas com os lugares e os olhares que uso para ver mesmo!

Os dias que te mudam!

julho 18, 2022 0 Comments



Os dias têm uma forma natural de te fazer ouvir, sentir e olhar para o que te faz verdadeiramente falta. Cada dia carrega os que foste deixando passar, dispensando decisões que te impediriam de te adiares, porque és sempre a que conta. Este dia, tal como os que agora me vão chegando, chegou a recordar-me de quem sou e a verdade é que sou muito, sobretudo para mim.

Se desatares a querer mais do que te pertence, acabarás por sentir que tudo o que é externo a ti terá o poder de te revolver o interior. Se te souberes sossegar do que na verdade não controlas, o controlo de ti passará a ser maior e todos os minutos do dia serão melhor usados para que te sintas como és na essência. Se permitires que as pequenas coisas da vida, mas que na realidade são maiores do que tudo o resto, te envolvam, acabarás inevitavelmente envolta numa luz que te ilumina por dentro e te torna bem mais bonita por fora.

Os dias, quando estás atento, têm exatamente tudo o que ainda te falta ler e entender. Os dias terão a dimensão e a importância que te deres e de cada vez que te visualizas no leme do barco, o destino só poderá ser o certo, por isso usufrui de cada nova viagem. Os dias nunca se repetem, por mais importantes e desafiadores e nunca terás forma de viver duas vezes a mesma experiência, então usa e abusa do poder, momentâneo, de estares exatamente onde precisas, de contrário precisarás sempre de recomeçar outra vez. 

17.7.22

Agora és meu amigo?

julho 17, 2022 0 Comments


Pior do que seres o meu ex, aquele que não ficou e a quem a vida levou de mim, é seres meu amigo, porque como amigo não te posso cobrar o que não tiveste vontade de fazer. Ao seres o amigo, as palavras, ou metade delas, terão que permanecer guardadas em mim por muito mais tempo, quem sabe para sempre. Se me escolheste para amiga e se te aceitei neste novo papel que ainda preciso de saber representar, os abraços poderão até voltar a acontecer, mas mais frios e condescendentes e não terei forma de os recusar.

Tanto que te queria como a pessoa que já foi e que deixou de ter um rosto no presente. Tanto que precisava de já não ter que precisar de ti, não nesta nova versão aparentemente moderna e na qual não gastamos tempo com as mágoas e os amargos de boca. Tanto que precisava de te poder abanar, cobrando-te o que nos impediste de ter. Tanto que sinto ainda, enquanto me forço a fingir que deixei de nos sentir e que estou resolvida e tranquila, serenando a mente que não cessa de me espicaçar e perguntar o que deixei de saber responder.

Pior do que simplesmente me forçar a esquecer-te, é lembrar-me, todos os dias, que continuas por aqui, querendo ser o amigo que protege, vigia e se certifica de que me mantenho de sorriso nos lábios. Pior do que te odiar, porque é o sentimento certo em oposição ao amor, é precisar de fingir que gosto o suficiente de ti para te considerar um amigo.