27.7.22

Será que se acreditares consegues?

julho 27, 2022 0 Comments

 


Quando o que te dizem te toca e faz sentido, passas a acreditas em cada palavra, conseguindo superar pequenos, grandes nadas, ampliando a tua disponibilidade, aceitando e incluindo mais um. Os que estão na fase dos recomeços e os que terminaram, achando que não voltariam a desejar ou a serem desejados, entendem do que falo!

Chegamos a uma fase, alguns de nós, em que apenas queremos TUDO, não aceitando menos de nada, mas arriscando a nunca chegar, a nunca ter e a nunca encontrar. Queremos o que não conseguimos ter antes; Queremos emoções que se diferenciem de tudo o resto; Queremos ser apenas nós em tudo o que pertence ao outro e queremos não duvidar, sentindo que nos conseguem entender de cada vez que alguns medos se instalam, mesmo que infundados. Porque é que complicamos o simples? Porque é que magoamos quem nunca nos magoou, abandonando quem nos ama? Porque deixámos afinal de acreditar? Talvez porque tivéssemos permitido que o cinzento do inverno ofuscasse as cores do verão, ou tão simplesmente porque nos cansámos de querer o que ninguém parece ser capaz de dar.

Se acreditar fosse fácil, se ouvir trouxesse os sons que esperamos e se aceitar o outro nos sossegasse... Tantos "ses", os mesmos de sempre! 

Se acreditares conseguesfoi sempre o que me ensinaram e é o que oiço repetir até à exaustão. Se acreditares consegues deixar-te ir, permitindo que pensem um pouco por ti, o bastante para que parte do teu peso, o de querer sempre fazer bem, se aligeire. Se acreditares consegues perceber que haverá quem te queira realmente e precise de te incluir para que fiquem ambos no lugar certo. Se acreditares consegues ser bem mais feliz do que és agora!

26.7.22

Barragem do Castelo de Bode!

julho 26, 2022 0 Comments

Sue Amado´s photo


As noites nunca são iguais, algumas ficam na memória pelos lugares, outras pelas emoções, desilusões, sonhos concretizados e esperas que também desesperam, mas as noites irão sempre acontecer, pelo tempo que cá estivermos.

A pequenez de que NÃO sou feita!

julho 26, 2022 0 Comments


Já há muito que desisti de explicar a sensação que se cola, de forma impiedosa, sempre que tenho razão. Desisti porque a solidão que se instala quando sou desapontada, sabendo que o seria eventualmente, é apenas isso, solitária e demasiado real. Desisti porque sou forçada a aceitar, dia-após-dia, que existem pessoas com uma fragilidade que lhes fragiliza o carácter e a vontade de serem melhores todos os dias. Desisti porque não posso tomar as dores que não me pertencem, mesmo que me magoe a pequenez e a incapacidade de se olhar para o outro, vendo-o. 

Há muito, muito tempo, a escuridão quase que me consumiu e tentou roubar a minha tranquilidade, a que coloco em tudo o que faço, porque a sensação de liberdade que conquistei faz de mim a pessoa que pode verdadeiramente ser livre. Há muito que aprendi a reconhecer os que já não têm salvação, mesmo que os seus graus de perdição ainda me surpreendam. Há muito que passei a conseguir perdoar todos os que não quero no meu caminho, seguindo com o que tenho que continuar a fazer. Há muito que tomei nas minhas mãos o dever de manter seguros os que amo, guiando-os para que também eles saibam o que significa saber quem é importante, amando-os, respeitando-os e oferendo-lhes o tempo que receberão de volta. Há muito que aprendi a dizer NÃO de cada vez que sentir que o que me oferecem não me melhora.

A pequenez de que NÃO sou feita impede-me de ser isso mesmo, pequena, quieta quando deveria estar a esbracejar e revolta sempre que o mar estiver demasiado parado. Agora sou tudo a que tenho direito, porque o que tenho dentro de mim apenas a mim pertence. Agora cumpro as minhas promessas e vou só até onde tenha como voltar, a mim. A pequenez de que NÃO sou feita permite-me ser grande o bastante para não olhar duas vezes para o mesmo lugar escuro e sem vida.

25.7.22

Simple life!

julho 25, 2022 0 Comments

Sue Amado´s photo


Por vezes apetece ser a árvore cujas folhas permanecem, independentemente da estação do ano, ou o sol que nasce e se põe quando é suposto, quer o desejem ou não!

Foi-se embora sem chorar!

julho 25, 2022 0 Comments



Os amores vão e vêm, tal como algumas dores chegam e instalam mas também conseguem sair se as quisermos deixar ir!

Não te agarres ao que não tens forma de mudar e nunca deixes de ser tu nem por uma boa causa, porque igual aos outros, mais do mesmo, não serve, não preenche e no final tem custos demasiado altos.
Não te afogues agarrando a mão de quem se deixa ir para o fundo, salva-te primeiro. Não cries ilusões e não esperes que te vejam se nunca te souberam olhar.

Desta vez ela soube como se ir embora, sem chorar e sem nunca olhar para trás. Desta vez soube libertar-se dum amor destrutivo, porque nem sequer era o dela. Desta vez conseguiu acreditar no que viu, porque para lá do olhar só estava o vazio. 

lentidão dele contrastou demasiado com a velocidade que já imprimira à sua vida e a duas velocidades diferentes ninguém pedala, não para um lugar que valha a pena. Alguém conseguiu finalmente ensinar-lhe alguma coisa e absorveu bem a lição, usando-a como nunca acreditou ser capaz e por isso foi-se embora e desta vez sem chorar, porque percebeu que os amores não se conseguem impor. Ele sentiu que não adiantaria, porque não estava pronto. Conseguiu segredar-lhe um adeus e ficou inerte, quieto, calado, como fizera sempre, sabendo que seria desta vez. Ela sorriu-lhe com a quietude e a generosidade que sempre conseguem ter os que se reencontram e assumem a sua própria felicidade.

Esta história teve um final feliz, o mesmo que tantas precisam para que não se apague a chama que vem de dentro, porque uma vez morta, não haverá forma de a reacender e porque se estamos vivos temos mesmo que saber viver.

24.7.22

A felicidade tem muitas caras!

julho 24, 2022 0 Comments


Não existe apenas uma forma ou formato para a felicidade, ela tem mesmo muitas caras e com cada uma podemos ter tudo, ser tudo e sentir verdadeiramente o que merecemos. A felicidade maior vem da paz que carregamos quando estamos bem connosco e com o mundo que nos interessa. A felicidade está em ti e em ti também, quando és a pessoa que a minha pessoa reconhece.

Sinto-me sempre estupidamente feliz, do acordar ao adormecer, porque sou igual ao meu reflexo e porque reconheço quem está do outro lado de mim quando me olho. Sinto-me pronta para qualquer voo, não importa o tempo ou a distância. Sinto-me capaz de conquistar o mundo, porque vivo nele e faço por respeitar o tempo, a natureza, os animais e até as pessoas, mesmo as que me inspiram pouco respeito, mas a essas desejo luz na alma e paz no coração, porque quem sabe assim não deixam de apenas ocupar espaço. Sinto-me capaz de responder a qualquer pergunta, as que me vão fazendo, porque as minhas são uma a uma, respondidas por mim. Sinto-me de coração cheio e pronta para amar a pessoa que me está reservada e essa já sabe que existo.

A felicidade tem muitas caras e é por isso que lhe sorrio quando escrevo, quando danço, canto ou falo, sorrio-lhe sempre para que ela se mantenha por perto. A felicidade tem tantas caras quantas a minha for capaz de reproduzir enquanto vou sendo feliz e tratando de soprar felicidade a todos quantos aceito e reconheço!

22.7.22

Como é que chegaste até mim?

julho 22, 2022 0 Comments



Chegaste de mansinho, passo a passo, olhando-me com a firmeza que fez parar os meus movimentos. Vi-te aproximar tanto e com tantas certezas, que quase me impedi de respirar. A tua boca estava tão próxima, mas mantive os meus olhos para baixo, conseguindo ver a covinha do teu queixo e o arfar que movia o teu peito. Senti que rangias os dentes e que te tentavas controlar e foi o que fizeste até te perderes e me laçares pela cintura. Já não estou preocupada com os que pararam para perceber o que estava a acontecer, agora só quero ter de volta o que um dia permiti que se fosse. O beijo foi longo, doloroso e desesperado. Apertaste-me tanto que só não gritei porque a minha boca estava na tua. Senti cada um dos meus músculos retesarem-se e quase que me perdi ali mesmo, onde não éramos apenas nós, não fisicamente, mas onde o mundo parecia ter parado de girar.

- Onde tens andado, mulher que me enlouquece?
- Aqui, onde me deixaste.

Nada em nós e connosco é morno. Tudo o que fazemos carrega duas vontades que juntas matam quem arriscar estar no nosso caminho e reavivam quem até já morreu antes. Nada connosco é em demasia e quase que nos fazemos implodir, se não nos segurarmos.

Chegaste, quando já desesperava com a espera e só conseguiste certificar-me, se é que não o sabia já, que sem ti sou muito pouco de mim. Chegaste para que sinta outra vez esse amor que fiz tanto por merecer.

- Estão a olhar para nós.
- Lamento, mas não os quero beijar, não como te vou fazer. 

Chegaste de mansinho, mas determinado e é apenas isso que preciso de saber por agora.