23.8.22
Será que se espera?
Ainda não sei e muito provavelmente nunca chegarei a saber, se esperamos mesmo por alguém, pela pessoa certa, ou se apenas seguimos a corrente recebendo o que estivermos preparados para ver!
22.8.22
Algures na noite!
Continua a fazer escolhas!
Quando não lidas bem com o outro, é porque não estás a saber de que forma lidar contigo!
Dá-te amor e recebe todo o que te é reservado. Abraça até que te doam os músculos, mas a alma sossegue e o coração deixe de ter dúvidas. Beija, beija muito e sente na tua boca os lábios que te regarem do doce sabor da vida e dança ao som das músicas que te movem para além do que já sentes dentro. Sê diferente, mas sempre igual ao melhor de ti e espalha aos quatro ventos tudo o que acumulaste e poderá servir aos outros tal como a ti mesma.
Quando desistes rapidamente achando que te estás a proteger, apenas recuas ao invés de avançares na direção do que te espera e te pertence.
Recebe sem cobranças. Aceita, com a mente aberta o que até sabes ser certo. Ouve as palavras que tantas vezes repetiste e guarda-as porque também te são dirigidas. Abre as mãos para as que se envolverão nas tuas com determinação e assegurando-te de que serão para o sempre possível. Vai sem rotas definidas ou sequer antecipadas e volta apenas quando te sentires cheia do que te permitirá continuar amanhã, depois e mais um dia, até que nos restantes mais nada te reste do que ser feliz.
Quando achares que ainda não estás pronta, pensa outra vez e quem sabe a segunda volta já trará o que sabes ser teu.
Chora se rir já não for possível, mas usa as gargalhadas quando chegarem, para que te continues a sentir viva, válida e capaz de ainda tocar alguém. Acredita até quando duvidares, mas nunca duvides do que conseguires sentir, redireciona-te apenas e recomeça do ponto que já tomaste como partida, partindo para a viagem que terás que fazer se realmente quiseres concluir o que te trouxe aqui. Deixa-te ir uma vez que seja e sê o que te der na real gana, mas depois volta para que tenhas ainda mais, porque afinal de contas até mereces.
20.8.22
Vinte e uma primaveras!
Há muito pouco que uma mãe não consiga fazer quando é movida a amor e quando o que sente por um filho é TÃO natural e incondicional, que lhe basta um sorriso sincero para que todos os seus supostos "dramas" se esfumem!
Ontem, dia 19 de Agosto, o meu caçula fez 21 anos e não poderia estar mais feliz perante a possibilidade de usufruir inteiramente de um dia que já acrescentei ao meu calendário de memórias. Tanto que aprendo com os seus silêncios, com o respirar que já sei descortinar, porque nem sempre é agitado e com todos os sorrisos que esconde do exterior, mas que lhe enfeitam os olhos para os quais nunca me canso de olhar. É o terceiro duma linha que me tem enchido de orgulho, porque se tornaram todos BEM maiores do que alguma vez juguei ser possível. O Eduardo foi igualmente abençoado com dois irmãos que o guiam, protegem e amam de uma forma tão bonita, que o meu coração já vai conseguindo sossegar perante o escudo visível que se forma por laços que apenas o sangue consegue. O meu papel é bem mais suave agora, porque estou ladeada de homens incríveis que me certificam de que fiz exatamente o que deveria, quando era suposto e com a enorme sabedoria que acreditava possuir, mesmo que duvidasse sempre, não de mim, mas do que o mundo lhes forçaria e forçará a cada dia.
Já não desvalorizo o importante, mas deixei de valorizar o que importa tão pouco, que consigo finalmente saborear todos os minutos, estando apenas no presente e sabendo que o futuro só poderá reservar-nos mais do que somos todos capazes de dar. O nosso pequeno núcleo começa a crescer e estou segura de que apenas virão os que já carregam o amor que ampliará o nosso.
Parabéns meu filho, por ti e para ti, sou e serei sempre a mãe que escolheste.
18.8.22
Mais calor, ufa!
17.8.22
Leva-me para casa!
Leva-me para casa. Segura-me as mãos e diz-me que vai tudo ficar bem. Aperta-me forte nos braços que sempre me abraçaram mais do que o corpo que sinto frágil e sem que o reconheça, porque me susteve corajosamente todo este tempo. Leva-me para casa, mesmo que não saiba o que representa e que morada escrever para que me reencontre enquanto finjo não estar em lugar nenhum. Tira algum do peso que me verga os ombros e mantém-me de pé, porque não posso cair, não ainda e sobretudo não agora. Leva-me para casa já que pareces saber onde fica e até dizes ter-me reconhecido enquanto abria a porta que o meu coração tanto desejava fechar. As janelas já não pareciam deixam passar a luz e as cores das paredes, as de dentro e de fora, estavam a escorrer como se o quadro tivesse sido mal pintado, mas foi assim mesmo que me viste e tens sido tu a manter-me acordada, até quando os sons não me chegam, ou acabam por ser tão altos que nem ouço o coração bater. Leva-me para casa enquanto consigo quere-lo, querendo que o que me afastou me deixe regressar. Leva-me para casa, nem que seja ao colo, mas não me deixes continuar por aqui, assim, muito mais tempo.