29.10.22

Se te tivesse amado...

outubro 29, 2022 0 Comments



Se te tivesse amado como se perder-te fosse uma inevitabilidade, não te teria tomado por garantida, a ti e ao que sentes por mim. Sei que já me deste, em pouco tempo, muito mais do que algumas pessoas conseguiram numa quase eternidade. Sei do que fazes a cada dia para estares por perto e por cumprires tudo o que me prometeste, segurando-me e não apenas o corpo. Sei que o tempo me tem fugido a uma velocidade que receio não saber reverter e por isso querer-te, à tua maneira, passou a ser a minha prioridade.

Se já tivesse aprendido certamente que não terias do que reclamar e a presença que quase desprezei, achando que estarias para sempre, não estaria a rarear mesmo contigo por perto. O teu olhar de vez em quando já vagueia. O teu sorriso vem mal me olhas, mas o que os teus lábios calam assustam-me. Começas a fazer-me uma falta inexplicável, porque sinto que te estou a perder sem volta. O meu corpo arrepia-se por nada sem motivo aparente e ligo-te de imediato para me certificar de que ainda não te foste de mim, levando o que me impediria de continuar vivo.

Porque terei complicado o mais fácil? De onde tirei a ideia de que ter o teu corpo no meu seria eterno? Porque deixei fugir o tempo de que preciso agora para te provar, sem que o duvides, que não te quero perder?

Se te tivesse amado como tanto te esforçaste por me ensinar, estaríamos os dois a caminhar sob o luar, deixando que a luz nos banhasse e que abaixo de nós a noite não nos apagasse. Se te tivesse amado como tantas vezes pediste, aninhando-te em mim como uma menina de quem deveria estar a cuidar, o meu medo não circularia agora mais veloz do que o pensamento. Se te tivesse amado não existiriam "Ses".

28.10.22

O que diz o teu sexto sentido?

outubro 28, 2022 0 Comments


Não são apenas as mulheres que têm o sexto sentido apurado, mas algumas já vão tão para lá do sétimo, de tal maneira, que não tarda vão saber do que os outros são capazes, antes até de o terem sonhado. Isso é que dava um jeitaço.

O sexto sentido não é mais do que uns quantos semáforos vermelhos a piscarem sem parar. Deveriam ser capazes de nos impedir de avançar, mas como teimamos e vamos tentando olhar com atenção para todos os lados, acabamos "esborrachados" por um camião.

A cautela é realmente a arma dos sensatos, mas caramba, também temos que ir vivendo o que nos surge, esperando que não estejamos sempre erradas, até mesmo quando tudo aponta para que sim. Quem sabe, um dia, de preferência antes de estarem a ler o nosso obituário, não acertamos na avaliação de uns quantos montes de esterco que por aqui abundam, só ainda não decidi se é de vaca, de boi ou de cavalo, mas também não deve interessar nada, cheiram mal e pronto.

Devemos ou não ter atenção ao que diz o nosso sexto sentido? Sim, claro, mas teremos sempre umas quantas alternativas e uma delas passa por comer o que nos der na real gana, mesmo que no final tenhamos uma enorme crise de vesícula. Alguns males compensam os remédios. Certo? NÃO, estava só a ser irónica. Quando não presta, não presta mesmo e depois então ainda vai saber muito pior.

Não sei porquê, mas achei que estava a falar de uma coisa e acabei noutra...

Ser eu, sempre!

outubro 28, 2022 0 Comments

Sue´s Amado


A minha autoestima não me faz procurar pelos aplausos que eventualmente até poderia receber, ao invés permite-me viver sem necessitar de nenhum deles!

27.10.22

Vou continuar a falar do amor!

outubro 27, 2022 0 Comments



Tanto que se fala do amor e tanto que ainda se deixa por falar. Nada nos força a maior entrega, determinação e capacidade de reajustar rotas há muito definidas. Nada nos prova que sabemos tão pouco e que assim continuaremos se nos impedirmos de ver o óbvio. Nada, para além de nós mesmos, tem a importância que o amor carrega. Ele cura doenças terminais. Traz de volta almas perdidas, quando, por qualquer efeito da vida, se viram longe de quem amam. Nada é mais registado e documentado, sendo a antítese de tudo o que existe por aqui e que não basta se não amarmos e formos amados.

Vou continuar a falar do amor, porque tenho sempre um pouco mais para dizer e porque sei que provoco as sensações que muitos perderam, ou desistiram de procurar. Quero ter o amor que me faz falta e sei que ele vai chegar pelas mãos de quem já sabe que existo, mas ainda não me conseguiu encontrar. Quero ter o sabor que o amor provoca, uma e outra vez, enquanto o meu não se instala e me sossega a procura tranquila, mas premente. Quero que do outro lado de mim venha quem saiba tanto quanto fiz por aprender. Quero um homem grande o bastante para não medir forças comigo e não receando o que tenho, porque apenas lhe estarei a acrescentar o que já é. Um homem que me mantenha tranquila por saber que me pertence e não precisa de continuar a procurar. Vou continuar a falar do amor até que os mais céticos troquem o que não sabem sentir pelo óbvio.

Se tanto se fala e escreve sobre o amor, não deveríamos saber já o que significa?

26.10.22

De que forma nos beijamos?

outubro 26, 2022 0 Comments



Os meus beijos já não são iguais porque melhoraram, levando-me mais intensamente até a ti, porque gosto da sensação que deixas na minha boca e é de forma bem mais sensível e intensa que te beijo, tendo-te todo de volta. Os toques parecem tocar mesmo e já nem as cobranças fazem parte da equação. Os olhares que te dispenso permitem-me ver-te de todos os ângulos e é com mais certezas que sei que me vês. 

Cada reencontro carrega um sentimento novo, porque somos mais inteiros em tudo o que fazemos, parecendo precisar de recomeçar após cada terminar e a verdade é que temos terminado muitas mais vezes!

Se beijar bastasse e nos sossegasse, nada do que nos envolve e tem afastado levaria as partes que seguramente ainda nos irão fazer falta. Se ao beijar-te sentisse o que sentes realmente por cada beijo que te roubo, mas também ofereço, a minha boca nunca sairia da tua. Se é pelos beijos que tudo começa, só temos que começar a programar o que deverá vir depois de cada um.


25.10.22

Algumas histórias...

outubro 25, 2022 0 Comments



Algumas histórias nunca poderão ser escritas, apenas vividas, sentidas e mantidas em nós. Algumas histórias, as que arriscámos viver, talvez nunca venham a ser conhecidas, mas certamente que serão as mais fortes e profundas. Algumas histórias acabarão a definir-nos, deixando-nos ir, ou impedindo-nos de continuar. Talvez nada seja certo. Talvez nunca se saiba como ser e fazer e talvez "a minha pessoa" nunca chegue realmente, mas as minhas histórias, as que tive a coragem de viver, estarão no lugar certo e nos pedaços de vida que apenas eu entendo.

Amores, desamores, projetos bem-sucedidos e falhas monumentais. Tentativas que muito dificilmente resultariam, mas que não segurei nem sequer impedi de acontecer. Tempos que o meu tempo rejeitou e passados que o meu futuro nunca carregará. Sonhos que apenas eu sonhava. Sonhos que levei, determinada e convicta, até ao porto de onde vi partir alguns e chegar os que não me reconheceram. Solidões carregadas e lágrimas sufocadas que teriam que esperar por quem não esperava por mim. Medos quase sobrenaturais, mas que me pareciam tão reais que temia não os saber arrumar. Incapacidades de que fui feita até me fazer assim, a mulher que reconheço e da qual aprendi a gostar.

Algumas histórias continuarão a ser apenas isso, histórias, que para alguns não farão sentido, mas que saberei em todos os momentos que foram minhas e que as vivi como era capaz. Histórias que a minha história carregará até que deixe de andar por aqui!