20.1.23

Já não me recordo de quem sou sem ti!

janeiro 20, 2023 0 Comments



Já não me recordo de quem sou sem ti. Já nada do que faço te deixa do lado de lá, mesmo que permaneça aqui, no lugar onde absorvo sozinha os momentos que crio. Já não sinto vontade de saber ao que sabem outros toques, beijos diferentes e olhares que começam sempre por ser novos, porque estes me enchem e preenchem de cada vez que olho e sou olhada por ti. Já não sinto necessidade de esconder o corpo que agora tão bem conheces e é com ele que me envolvo no teu, dando-te o que nunca julguei possível, mas pelo qual tanto esperei. Já não vou sem que tenha para onde regressar e nunca mais voltei sem que te tivesse tido antes.

Já não me recordo de quem sou sem ti, nem antecipo que venha a acontecer, até porque deixei de o temer. Passei a sorver cada uma das gotas que sobram de tanto amor feito e dito em todas as palavras que usamos. Deixei de esperar pelo pior querendo o melhor, agora sei que só poderei ter tudo o que me sinto capaz de dar, porque é o que faz sentido e porque o sentimos juntos.

Já não me recordo de quem sou sem ti, nem sinto saudades de quando começava e terminava os dias sendo apenas eu. Já não me forço a esperar pelo que afinal está aqui, simplesmente porque parei de questionar o certo. Já não me recordo de quem sou sem ti, porque na realidade posso ser outra, diferente, mas bem melhor. 

18.1.23

Sabes ao que sabem as certezas?

janeiro 18, 2023 0 Comments


Conheces aquela sensação de certeza que se instala de cada vez que tens razão e que pareces já ter visto tudo? Nem sempre tenho, tal como nem sempre consigo descortinar quem são os outros e que papel representam na minha escolha de vida. Sabes, por já teres sentido, do que é feito um amor tão forte que mais nada nem ninguém pareça existir ou sequer importar? Nunca tive, e mesmo que ainda acredite, considero que os dias que me restam e que serão bem menores do que aqueles que já vivi, não bastarão para que possa realmente vir a falar dele. Percebes por que motivo continuas sem entender o que move todos quantos contigo se cruzam? Acredito que a resposta seja a mesma, até porque o crescimento emocional é algo tardio e que obriga a muitos quilómetros de vida.

Por vezes sinto que me afasto, voluntariamente, de tudo o que me move da forma errada, mesmo que entenda que até isso me fará crescer. Já não se passa um único dia sem que analise todos quantos me trouxeram até aqui e o não faço por saudosismo, apenas para que não me esqueça de me lembrar da pessoa que fiz por me tornar. É um lugar solitário, com muitos silêncios sonoros, mas também com imensos ruídos silenciosos. É e será a soma do que fui carregando, por vezes sem a força que julgava ter perdido, mas apenas para entender que nunca deixei de a fazer crescer e que é isso que me acrescenta. 

Sabes ao que sabem os toques que te tocam para lá da pele e que se metem bem mais dentro do que o que se mete em ti para que te sintas amada? Ainda sonho com a resposta que darei quando parar finalmente de o sonhar e conseguir sentir.


17.1.23

Sou bem mais hoje do que ontem!

janeiro 17, 2023 0 Comments
Sou eu, do meu formato!


Sou dum formato que não parece encaixar-se em nenhuma das formas que tanto me tentam vender, mas sei quem sou e do que preciso para continuar ao meu ritmo, sentindo o que me serve e faz sentido. Sou das que ainda ama com tudo, passando-me à mesma intensidade que me alimenta e sou das recusa menos do que é suposto sentir e viver. Sou tão clara quanto os dias cheios de sol exposto, mas rapidamente escureço se antecipar tempestades que me arrancarão os sorrisos que tanto prezo. Sou uma daquelas "coisas" que encontram razão para ser tudo e que deixam de ver, à velocidade do pensamento, motivo para continuar a insistir no que nunca chegará ou o fará fora de tempo. Sou tão eu em cada processo, que dificilmente não o conseguirão entender, mesmo que acabem baralhados pelas certezas que cultivo para não viver de dúvidas. Sou o inverno que usa a primavera para ter mais sol, mas que não depende dele para se aquecer nas noites frias, porque serei sempre a estação mais longa do ano. Sou o difícil que descomplica e o fácil para quem souber do que fala, falando-me do que me mantém interessada e focada. Sou a que ainda espera por quem não esperará por mais ninguém para além de mim, sentindo que o saberei mal aconteça. Sou a mulher que quer ser a única na vida de quem viverá por mim e comigo, porque de outra forma permanecerei onde tenho estado, no meu lugar emocional seguro e do qual me alimento para continuar a ser esta, a mulher que fiz por construir enquanto me reconstruia. Sou muito mais a cada dia e por isso quero bem mais de todos os dias que ainda me restam.

14.1.23

Vamos reverter o contador e pô-lo a zeros?

janeiro 14, 2023 0 Comments

Starting fresh!


Vamos reverter o contador e pô-lo a zeros? Já comecei e estou de alma lavada por saber que tenho o que me faz falta, quem sou e quem mereço. Sei que preencho qualquer falha e que não me desbarato. Sei que não divido camas apenas por me sentir só, sou EU em todos os momentos, até com as minhas recusas, mas sou EU e ninguém terá porque duvidar.

Já respiro melhor. Já caminho mais confiante e dou comigo a sorrir por dentro tanto, que não me impeço de sorrir por fora. Deixei, no lugar certo, os que nunca se atreveram a sair das sua zona de conforto. Deixei de me importar com a incapacidade de chegarem até a mim e de ficarem realmente, mas deixei também de ter medo de passar a ser apenas EU para sempre, porque seguramente que me bastarei.

Estou a recomeçar do zero, a saber que estou tão reconstruída, que o próximo amor se encaixará de forma natural, como se tivesse estado sempre assim, aqui, comigo. 

Quem tivesse que ter ido já foi, mas fiquei EU e estou pronta a recomeçar, começando pelas partes que me permitirão continuar.

13.1.23

Olá minha menina-mulher!

janeiro 13, 2023 0 Comments

És a minha mulher!


Olá minha menina-mulher!

Como estás hoje querida? Como está a ser o dia sem mim, sem que sintas o que te dou com todas as palavras de que sou feito desde que te encontrei? Como foi que dormiste, será que o sonho que dizes sonhar sempre comigo te deixou repousar? Continuas a ser a mulher que carrega ainda tanto de menina, que quase não consigo dissociar as duas e que bem me sabe. Sinto que a forma como te estou a sentir fala pelos dois. Sinto-te tão próxima agora, mesmo que fisicamente longe e como ainda te manterás até que te volte a tocar, que se me cola a certeza de que já tive o teu corpo em algum outro passado, não sei quando, nem como, mas tive, só poderia, porque me sabes a um sabor tão simples e real quanto é o amor que te tenho.

Olá minha âncora, força que amplia a minha e me permite superar até o que julgava não poder. Deixa-me provar-te o quanto fazes de mim o homem que sempre fará de ti o ser mais completo, mais feliz e mais bonito, para além de toda a beleza que já te reconheço. Quero que saibas tudo o que sei de mim. Quero que nunca tenhas fome de mim, porque estarei onde estiveres e porque te darei na proporção do que me deres. Quero planear cada dia com todas as vírgulas e pontos que sempre usas para que se saiba do que falas. Quero que os meus olhos se mantenham a olhar para quem consegui conquistar, mas que me conquistou muito antes, tão lá atrás que só poderíamos estar agora aqui, eu a olhar para esses olhos de ébano e tu a olhares para o homem que te ama assim.

Olá minha menina-mulher, quero apenas dizer-te que estou contigo sempre e que o farei até quando já não puder permanecer.

11.1.23

De onde nos vem a irracionalidade nos sentimentos?

janeiro 11, 2023 0 Comments

Amor não correspondido!


De onde nos vem a irracionalidade nos sentimentos? Por que motivo escolhemos ver motivos que nos servem em quem não saberá o que lhe move, ou que se moverá em direções opostas? Para que queremos que quem não nos quer mude de ideias e nos desate a amar, do nada, ou depois de demasiado esforço? O que é que ainda precisamos de aprender sobre a natureza humana para que não sejamos apanhados com as defesas em baixo?

Inventem-se novos formatos de inteligência emocional, aquela que temos a obrigação de passar aos nossos, abrindo-lhes os caminhos que serão menos duros e sinuosos. Ensinem-se modelos mais eficazes de lidar com quem ainda não aprendeu a lidar com o próximo com integridade, generosidade e respeito. Criem-se manuais de sobrevivência para os que padecem de falta de amor, sobretudo próprio e reciclem-se normas, ditados e palavras obsoletas, porque poucas se aplicam a esta nova realidade que agora é demasiado veloz, mas que desacelera quando se trata de quem muito provavelmente cuidará um dia de nós. Assumam-se sentimentos genuínos e encontrem-se portais de amor incondicional, porque não tarda padeceremos todos do que até abunda, mas que escolhemos não ver. 

De que forma nasce o amor não correspondido e o que é suposto fazer para que correspondamos ao que a vida espera de nós? Que razões ou motivos tem ela (a vida) para nos dificultar o acesso ao que deveria estar disponível para todos, em qualquer momento? O que foi que ainda não percebemos sobre o frágil equilíbrio entre o ser, o querer e o poder? Quem é que precisamos de passar a ser para que nenhuma lição volte a ser demasiado dura e para que os amores possam apenas permitir-nos amar?