Será que chegaremos a querer o mesmo?
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Eu quero, tu queres e parecemos querer ambos, seguramente que não o mesmo, mas estou certa de que o determinaremos um dia!
Quero o que me move para que me saiba mover de forma segura, primeiro comigo e por mim e depois na direção de quem eventualmente me faça sentir que sou vista. Quero um coração que bata descompassado, mas cheio de sentimentos bons e de emoções que o alimentem e mantenham sarado. Quero esbarrar em quem me consiga querer, sem que para isso o mundo precise de mudar a rota. Quero a normalidade inquieta e a inquietude que deixa tudo com sabor a normalidade e quero saber onde e como estar com quem esteja comigo. Quero tanto e tão pouco, que passei a usar de uma bitola que me defina sem que precise de me questionar ou permitir que me questionem.
A maturidade é muito mais do que todos os números que nos esfregam na cara para justificar o que ainda não conquistámos, ou o que até já conseguimos perceber. Ter nas mãos o poder de ir e voltar quando e sempre que se justificar, amadurece-nos, mas também nos verga se nos arriscarmos a ignorar o que se entra olhos dentro. A maturidade que vejo crescer, emocionalmente, mostra-me os lados cheios de luz, mas também os que escurecem a cada dia pela inércia e incapacidade dos que se recusam a amadurecer, mas desses estou totalmente protegida. A maturidade, como a vejo, permite-me ver para lá do que dizem ser e ter e é nela que me apoio para cair menos vezes, mesmo que não me consiga impedir de sentir a dor que cada tropeção originar.
Quero continuar a andar por aqui com umas quantas passadas firmes, mas mesmo que algumas sejam plenas de dúvida e constante busca, saberei sempre o que ser e o que fazer no final.