Quando é que sabes de ti?
Só sabes o que te danificou quando a paz te é roubada e os dias desatam a correr ao contrário. Apenas entendes do que afinal não conseguiste entender, quando falhas dar-te as respostas às tuas próprias perguntas. Só percebes o quanto já caminhaste, quando finalmente olhas para trás e vês o quão muito ou pouco conseguiste percorrer.
Não saltes etapas e não aceites amores que te deixem sem qualquer amor-próprio. Não te revolvas na cama que deveria estar a albergar bem mais do que desejo, porque quando dois corpos se tocam para duplicar o prazer, sentindo-se para lá do coração e lendo a alma sem legendas, acabam por se transformar em tudo o que se pretende manter por perto. Não sintas receio de usar os NÃO que te salvarão sobretudo de ti e NUNCA tomes como certo o "demasiado tarde", porque para estares bem contigo, respeitando-te em cada etapa, estarás sempre a tempo.
Só sabes que afinal sabias muito pouco, quando e de cada vez que te rendes aos lugares que nunca conservam o sabor e aos sons que desaparecem à velocidade do teu pensamento, Apenas te recuperas quando percebes que, algures num tempo e momentos que ainda não eram os teus, deixaste de ser tu mesma.