5.10.24

Se desistires...

outubro 05, 2024 0 Comments

Se desistires e passares a acreditar que a realidade é apenas feita de múltiplas mentiras, a tua existência será mais carregada e sem luzes naturais. Se desistires, aceitando que o que te chegou se irá repetir e por norma desistes do que te magoa, passarás a duvidar até de ti. Se desistires de manter o coração puro, acabarás a deixar entrar mais corações empedernidos. 

Não és apenas uma pessoa em todas as situações. Não carregas apenas uma visão perante muitos cenários. Não tens apenas um sabor amargo, porque seguramente já passaram por ti uns quantos bem doces. Não és invisível para todos, apenas para os que nunca te conseguirão ver, por escolha ou incapacidade.

Se desistires da fé nos outros, das boas ações e da lealdade, sendo desleal de volta, nunca mais terás como te recuperar, nem à inocência que existe e persiste em cada um de nós. Se desistires de ser amada, conveniente, por quem já saberá como e quando o fazer, apenas te restarão as migalhas que uns quantos deixarão cair. Se desistires da beleza interior que te enfeita os lábios e ilumina os olhos, o corpo e a alma cobrar-te-ão, com juros bem altos, cada dia desperdiçado. Se te arrependeste já de alguns "ses", seguramente que terás que te voltar a reconstruir, juntando cada uma das peças que permitiste perder.

2.10.24

Que a minha luz permaneça!

outubro 02, 2024 0 Comments

Sou a luz que me reflete e inunda os outros, quando me permito senti-la. Sou bem mais tranquila, mas revolta em sentimentos que falam por mim, mesmo que nunca deixe nada por dizer, quando me escuto e solto. Sou uma versão bem mais melhorada quando e de cada vez que me permito sentir sem defesas, nem muros altos. Sou surpreendente, até para mim, quando as coisas pequenas do mundo que crio, me mostram na forma pura. Sou tão mais amor quando amo e o demonstro.

Sinto falta da menina que nunca sonhou ser mulher, porque nunca apressou nenhum dos inevitáveis processos de evolução. Sinto falta de cada vez que a reencontro e a liberto do que me aprisiona, por escolha, porque raramente solto a minha verdadeira faceta, talvez por receio de chocar, ou tão somente porque duvide, de alguma forma, que ainda me mantenha de alma pura.

Sou tão mais luz quando me ilumino por dentro, que até os sorrisos recusam abandonar-me os lábios. Sou tão mais amor quando permito que me amem de volta.

27.9.24

Quem?

setembro 27, 2024 0 Comments


Quem é que não gosta de ser gostado? Quem é que fica insensível perante palavras que nos levantam a moral e sobem o ego? Quem é que pode dizer que não precisa de ser a pessoa especial de alguém?

Os dias ficam sempre um pouco mais plenos, doces e revigorantes, se o que nos disserem souber a verdades inegáveis. Os sentimentos que juntamos às emoções de que somos feitos, fazem de nós pessoas mais tranquilas e naturalmente desejáveis. Os olhares que nos olham dentro e as promessas sem palavras, mas tão audíveis e seguras, asseguram-nos de que estivemos à espera por um motivo maior.

Quem é que não precisa de saber que faz falta e que serve, num encaixe perfeito, a quem nos escolhe sem reservas? Quem é que alguma vez poderá desistir de acreditar no amor se o conseguir ver, sem camuflagens, no olhar de alguém?

21.9.24

Deveria ser fácil amar!

setembro 21, 2024 0 Comments


Será expectável que saibamos de onde nos surgirá um novo amor, e a contecer quem é que nos garantiria que a paixão, envolta em muitos desejos de um futuro comum, seria verdadeiramente real quando esbarrássemos no, ou na tal? 

Deveria ser-nos permitido um pequeno espreitar do que nos espera enquanto esperamos por quem nos deixará de coração acelerado. Deveria, em todas as etapas, ser possível antecipar cada emoção, bem como todas as voltas e reviravoltas que acabaremos por dar por nos dar-mos tanto. Deveria acontecer, pelo menos uma vez na vida de cada um de nós, um amor maior do que alguma vez conseguiremos ser, porque apenas assim TUDO valeria mesmo a pena. Deveria ser fácil amar, logo de início, quem já nos tivesse escolhido amar.

Será expectável que saibamos distinguir o desejo do interesse que sentem os que apenas nos desejam sentir? Será realista que nos mantenhamos apenas no topo da realidade que nos salvaria de inúmeros males de alma, ou será tão simplesmente natural que nos deixemos ir, aproveitando a viagem? Será que conseguiremos sair ilesos de uns quantos desamores, por termos sido, algures, num passado agora longínquo, verdadeiramente amados?

Deveria ser fácil amar!

20.9.24

E se de repente fizer sentido?

setembro 20, 2024 0 Comments



E se de repente descobrires que tens o poder de reescrever toda a tua história, incluindo novas personagens, mudando os cenários e adaptando o roteiro? E se na força de tudo o que quase te derrubou, descobrires do que és verdadeiramente feita e fizeres ainda melhor? E se os "ses" implesmente deixarem de existir e te virares para os lados que mudarão cada um dos que, teimosamente, mantiveste escondidos? E se um dia, não do nada, alguém te voltar a recordar do quanto és especial e acreditares?

Vou percebendo, verdadeiramente e cada dia mais, que temos o que somos e que emanamos, sem qualquer margem para dúvida, o que passarmos a carregar. Talvez por isso tenha deixado de querer por metades e sobretudo a não querer ou permitir que me queiram por menos do que sou. Sinto que estou ainda mais madura e segura de que conseguirei ir onde desejar, ultrapassando qualquer desafio, por mais duro ou estranho. Vou percebendo de que forma sou vista e sentida e vou-me permitindo sentir de novas formas, ouvindo palavras que ninguém usara antes, evitando-me as desnecessárias repetições.

E se de repente perceberes que o teu "esforço" para que te entendam quando te ouvem, não acontece com quem aconteceu na tua vida? E se te deixares ir, vivendo e saboreando o que, a não ser muito mais, será uma deliciosa coleção de emoções a recordar? E se já tiveres encontrado quem te procurava?

14.9.24

E se?

setembro 14, 2024 0 Comments


Como seria uma relação sem os "ses" que me vergaram? Para onde poderia verdadeiramente olhar, sem receio do que pudesse ver e sendo olhada em todo o processo? Ao que me saberiam os beijos nos quais tivesse mesmo sido beijada, eu, por mim e comigo em cada um?

Saber quem sou, o que quero e preciso, nem sempre se afigura fácil para os que comigo se cruzam, talvez porque não entendam o quanto demorei até chegar "aqui". Saber o que tenho que repetir, até à exaustão se necessário for, torna-me mais segura e confiante, afinal de contas já são uns quantos anos a cuidar do que tenho dentro. Saber que nunca saberei tudo o que move os outros, ao invés de me derrotar, afasta-me das energias que não me servem e que fariam de mim alguém que não serviria aos seus.

Como teria sido a relação na qual me entreguei, como sempre faço, se tivesse existido o mínimo para ser considerada e que palavras teria ouvido, se me tivessem sido dirigidas?

11.9.24

O som das nossas vozes!

setembro 11, 2024 0 Comments

 


A tua voz sempre mexeu comigo, tal como a minha sempre te levou para lugares de desejo e sonho. O teu olhar, bem fixo no meu, de alguma forma sempre me desnudou, deixando-me sem defesas, ou sem qualquer vontade de me defender. A tua história sempre me intrigou, mas a minha nunca te deixou indiferente. Dizias que o nós teria que ter acontecido, ou de contrário tudo permaneceria num contínuo rodopiar sem direcção. A tua voz foi o que me acompanhou até quando não estiveste fisicamente e a minha entrou-te tão dentro, que a reconhecerias em qualquer outro mundo ou planeta, palavras tuas.

Nunca seremos indiferentes a quem nos parece destinado, tal como amais conseguiremos fugir do que antecipadamente nos entregaram, mesmo que demore. Reconheci-te de uma outra vida e percebi, no mesmo segundo, que te tinha reencontrado, não no momento certo, como se tal existisse, mas quando me fazias falta.

A tua voz foi, tantas vezes, a minha companhia ao acordar, porque me recordava de cada variação, emoção e sentimento e sempre que me deitava, pronta para me permitir estar pronta para ti. A minha voz colou-se a cada um dos sons que usaste para me "enfeitiçar" e é assim que permaneço, consciente de que nunca mais voltarei a ter uma outra que se assemelhe.