29.1.23

Será que nos partem o coração?

janeiro 29, 2023 0 Comments

Don´t break my heart!


Será que nos partem o coração, ou seremos tão somente nós a querer e a esperar pelo que o outro não saberá nem poderá dar? Será que não fantasiamos demasiado este sentimento que apelidamos de amor e que nem sempre conseguimos retribuir? Será que o egoísmo não se cola demasiado e passamos a apenas esperar que nos completem quando somos tão pouco? Será que nunca nos ensinaram o essencial e por isso continuamos à procura do que já chegou?

O medo de nunca mais sentir medo da solidão é que me fustiga agora. A certeza perante o que sou capaz de ser e de fazer por mim, envolve-me de dúvidas no que concerne ao "poder" da pessoa a quem eventualmente amarei sem demasiados tropeços. A determinação que me assola de cada vez que sou assolada pelo receio de ser magoada, afasta-me do que tem verdadeiramente poder e que até já foi atestado, o tal do amor, mas que me manterá segura a mim, à vida que apenas eu serei capaz de viver e aos planos que nunca poderão deixar de me incluir.

Será que nos partem o coração, ou ao invés partimo-lo nós, sozinhos e envoltos em sonhos que nunca passarão disso mesmo? Será que apenas desatamos a amar qual cavalo selvagem, não considerando que o cavaleiro terá que se coordenar e que o piso deverá igualmente ajudar? Será que nos partem o coração, ou será que não o temos no devido lugar?

25.1.23

Os meus e os teus planos de hoje!

janeiro 25, 2023 0 Comments

Eu e tu!


Os planos são como os amores, crescem em desejo e diminuem perante as devidas alterações e ajustes. A vida é o que precisamos de acertar para que até os amores se acertem e os que nos abem a certo entrem e permaneçam. Os olhares que oferecemos a quem nos oferece igual entrega, desejo de sentir e de proporcionar emoções que nos enchem o coração e o abastecem do que nos torna mais fortes, é o que devemos e queremos multiplicar. Os planos que fazemos quando amamos, mesmo que algo cautelosos, fazem de nós pessoas mais sorridentes e de bem com a vida.

Tanto que precisei de te falar de mim, demonstrando-te quem sou e o que tenho para te oferecer. Tantas horas a dividir o que rapidamente se subtraia, mas cheia de vontade de as multiplicar para que me reconhecesses. Tantas vitória com sabor a dolorosas derrotas, mas tantas batalhas emocionais que nos fizeram vencer a "guerra". Tanto toque que os nossos coros agradecem e tantos beijos que carregam bem mais do que o nosso sabor, o teu sabe-me ao primeiro, porque nesse apenas residiu a vontade de o ver multiplicado, o meu saber-te-á a mim inteira, porque dou sempre o que sou. 

Os planos, a não serem demasiado longos, fazem com que nos façamos maiores para que caibam os que teriam que ter chegado!

22.1.23

O que sinto de cada vez que sorrio?

janeiro 22, 2023 0 Comments

Smiling from within!


O meu riso não é contínuo, mas o sorriso está sempre comigo e com a pessoa que desenho e melhoro todos os dias. Gosto da minha forma de gostar, porque é serena, determinada e tão natural quanto são os inúmeros sorrisos que largo. Gosto do amor que faço enquanto estou a ser amada e gosto de esperar demasiado de tudo, porque as partes pequenas de todas as coisas que me permito viver nunca me bastarão, mesmo que saiba que será com a soma de cada uma delas que me farei e sentirei grande. 

Escolhi o lado prático e descomplicado da vida porque todos os outros me roubam demasiada energia, a mesma que me forço a usar com quem me está verdadeiramente na pele. Decidi que preciso de parar com as expetativas vãs, ou de contrário passarei o meu tempo útil a ser desiludida, por mim em primeira instância, porque aos outros apenas caberá apenas o que já tiverem. Deixei de rotular o que alguns entendem por amor e passei apenas a amar como sou e com tudo o que armazenei para poder tão somente usufruir enquanto o sentir.

O meu riso é mais espontâneo hoje e já nada do antes o ensombra, porque consegui finalmente manter a liberdade em aberto, aquela que me permitirá ficar ou simplesmente terminar com o que já não me bastar. O meu riso carrega-me o rosto com o sol que mantenho dentro para os dias mais cinzentos que virão de forma teimosa e determinada, mas a luz que levo para qualquer lugar de escolha, escolherá o que for claramente melhor para mim.

20.1.23

Já não me recordo de quem sou sem ti!

janeiro 20, 2023 0 Comments



Já não me recordo de quem sou sem ti. Já nada do que faço te deixa do lado de lá, mesmo que permaneça aqui, no lugar onde absorvo sozinha os momentos que crio. Já não sinto vontade de saber ao que sabem outros toques, beijos diferentes e olhares que começam sempre por ser novos, porque estes me enchem e preenchem de cada vez que olho e sou olhada por ti. Já não sinto necessidade de esconder o corpo que agora tão bem conheces e é com ele que me envolvo no teu, dando-te o que nunca julguei possível, mas pelo qual tanto esperei. Já não vou sem que tenha para onde regressar e nunca mais voltei sem que te tivesse tido antes.

Já não me recordo de quem sou sem ti, nem antecipo que venha a acontecer, até porque deixei de o temer. Passei a sorver cada uma das gotas que sobram de tanto amor feito e dito em todas as palavras que usamos. Deixei de esperar pelo pior querendo o melhor, agora sei que só poderei ter tudo o que me sinto capaz de dar, porque é o que faz sentido e porque o sentimos juntos.

Já não me recordo de quem sou sem ti, nem sinto saudades de quando começava e terminava os dias sendo apenas eu. Já não me forço a esperar pelo que afinal está aqui, simplesmente porque parei de questionar o certo. Já não me recordo de quem sou sem ti, porque na realidade posso ser outra, diferente, mas bem melhor. 

18.1.23

Sabes ao que sabem as certezas?

janeiro 18, 2023 0 Comments


Conheces aquela sensação de certeza que se instala de cada vez que tens razão e que pareces já ter visto tudo? Nem sempre tenho, tal como nem sempre consigo descortinar quem são os outros e que papel representam na minha escolha de vida. Sabes, por já teres sentido, do que é feito um amor tão forte que mais nada nem ninguém pareça existir ou sequer importar? Nunca tive, e mesmo que ainda acredite, considero que os dias que me restam e que serão bem menores do que aqueles que já vivi, não bastarão para que possa realmente vir a falar dele. Percebes por que motivo continuas sem entender o que move todos quantos contigo se cruzam? Acredito que a resposta seja a mesma, até porque o crescimento emocional é algo tardio e que obriga a muitos quilómetros de vida.

Por vezes sinto que me afasto, voluntariamente, de tudo o que me move da forma errada, mesmo que entenda que até isso me fará crescer. Já não se passa um único dia sem que analise todos quantos me trouxeram até aqui e o não faço por saudosismo, apenas para que não me esqueça de me lembrar da pessoa que fiz por me tornar. É um lugar solitário, com muitos silêncios sonoros, mas também com imensos ruídos silenciosos. É e será a soma do que fui carregando, por vezes sem a força que julgava ter perdido, mas apenas para entender que nunca deixei de a fazer crescer e que é isso que me acrescenta. 

Sabes ao que sabem os toques que te tocam para lá da pele e que se metem bem mais dentro do que o que se mete em ti para que te sintas amada? Ainda sonho com a resposta que darei quando parar finalmente de o sonhar e conseguir sentir.


17.1.23

Sou bem mais hoje do que ontem!

janeiro 17, 2023 0 Comments
Sou eu, do meu formato!


Sou dum formato que não parece encaixar-se em nenhuma das formas que tanto me tentam vender, mas sei quem sou e do que preciso para continuar ao meu ritmo, sentindo o que me serve e faz sentido. Sou das que ainda ama com tudo, passando-me à mesma intensidade que me alimenta e sou das recusa menos do que é suposto sentir e viver. Sou tão clara quanto os dias cheios de sol exposto, mas rapidamente escureço se antecipar tempestades que me arrancarão os sorrisos que tanto prezo. Sou uma daquelas "coisas" que encontram razão para ser tudo e que deixam de ver, à velocidade do pensamento, motivo para continuar a insistir no que nunca chegará ou o fará fora de tempo. Sou tão eu em cada processo, que dificilmente não o conseguirão entender, mesmo que acabem baralhados pelas certezas que cultivo para não viver de dúvidas. Sou o inverno que usa a primavera para ter mais sol, mas que não depende dele para se aquecer nas noites frias, porque serei sempre a estação mais longa do ano. Sou o difícil que descomplica e o fácil para quem souber do que fala, falando-me do que me mantém interessada e focada. Sou a que ainda espera por quem não esperará por mais ninguém para além de mim, sentindo que o saberei mal aconteça. Sou a mulher que quer ser a única na vida de quem viverá por mim e comigo, porque de outra forma permanecerei onde tenho estado, no meu lugar emocional seguro e do qual me alimento para continuar a ser esta, a mulher que fiz por construir enquanto me reconstruia. Sou muito mais a cada dia e por isso quero bem mais de todos os dias que ainda me restam.