29.10.14

Com a noite...

outubro 29, 2014 0 Comments




Com a noite chega a parte do dia de que menos gosto, com ela acerta-se mais um pedaço de vida que deixo de ter e de viver contigo. Estás ao meu lado durante quase todos os restantes minutos, ocupas-me o pensamento e enches-me o coração, por vezes de lágrimas, mas muitas outras da alegria que me injetas e que eu te devolvo, porque amar-te é o que me dá forças para continuar.

Ainda te estou a descobrir, o teu olhar tem jeitos que me vão indicando de que forma me sentes, o teu corpo vai-se encaixando no meu, acertando os cantos e recantos que precisamos para sermos um só, sempre e de cada vez que juntamos os corações, que nos abraçamos com medo de nos soltarmos, de nos deixarmos ir.

É na noite que sei que afinal ainda não te tenho e que faltará muito, alguns caminhos e uns quantos mundos, os que trazemos na mala e os que precisamos de juntar ainda, para nos pertencermos. É com a noite que tenho a consciência de que muito dificilmente a montanha entrará pelo mar e assim sendo, terei que me ajustar, que te incluir, que esperar e não desesperar pelo momento em que ao teu lado, numa noite que será intensa, receberemos ambos a manhã, que nos devolverá o outro, no lugar onde o deixámos, sentindo o calor que nos enche por dentro e que nos certifica de que a escolha foi acertada, de que faz sentido porque és tu e o sou eu.

Com a noite virás um dia tu, ao meu lado, como em todos os outros momentos onde já importas e mudas tudo!

26.10.14

Gosto de ti, deixas?

outubro 26, 2014 0 Comments
Artistic Photography Shadows #blackandwhiteportraitswomen


Até para se gostar parece que temos que pedir autorização. Assim e agora vamos nós!

Gosto de ti porque sim, porra. Não me apetece explicar, apenas sentir, chegar até a ti e dar-te o que tenho sem me sentir culpada e sem ter que prometer que é para a vida, mas parece uma tarefa para lá de difícil.

Gostei de ti, supostamente TANTO, que consegui magoar o corpo e a alma. Quis o que julgavas ser, mas precisei de te sentir para te deixar ir e foste porque nunca soubeste como ficar. Entendo, acredita e até consigo imaginar as tuas provações, como tudo foi tão mórbido, negro e sangrento, mas foi escolha tua, fizeste as opções que supostamente entendeste por certas e agora existe um preço a pagar, como em tudo.

Não sei se te importas com o agora que nos sobrou, porque não acredito que mudasse uma vírgula que fosse às tuas rotinas, às que instituíste e se queres saber, estou com muito pouca paciência para continuar a achar que te faria falta, que te mudaria os dias e seria a mulher, a tal. Não sou nada, nunca fui e ter entrado serviu para o que serviu, ponto final.

Estás arrumado, IRRA. Finalmente, já me começava a cansar a mim mesma, até de o pensar. Gostei de ti, quer o tenhas deixado ou não. Começou, teve um percurso lento e penoso, mas acabou, chegou ao fim. Descansemos a alma e o cérebro!


19.10.14

Nops, não sei...

outubro 19, 2014 0 Comments




Nops, não sei... Não o sabemos nós, ou talvez o saibas tu que és o resolvido, o seguro! 

Estou a caminhar num percurso novo, ao encontro de alguém com quem não me identificava, que me enlouquecia por dentro, mas que nunca desistiu de me encontrar e de me tocar. Tu conseguiste, de mansinho, reverter a minha ideia, o meu olhar sobre ti, a forma pré-concebida de te analisar, sem saber pévia do que falava e sem me conseguir preparar para o que acabaria por ter.

As horas que já usámos connosco, que temos vindo a duplicar e a exacerbar, mas por uma boa causa, estão a render, estão a fazer-nos perceber do que somos feitos e como somos feitos, um para o outro.

Não quero pensar demasiado, esperar muito, quero apenas usufruir e parar de recear. Se fôr, será. Se acertar desta, ficarei mais completa. Estou no entanto ansiosa por começar a construir, por ter um chão, um lugar e um coração preenchido.

Ainda não sei, é verdade, mas chego lá, oh se chego!


12.10.14

Dias e dias...

outubro 12, 2014 0 Comments
Feelme/Diase dias... Etiquetas: Sentimentos!

Estes dias em que a chuva se nos entra bem dentro, deixam-nos a pensar e a repensar os nossos percursos, o que poderíamos ter mudado ou simplesmente seguido com o coração!

Por vezes acordo com saudades tuas, a recordar a tua vontade de mim, a que dizias ter, mas que de repente te levou, à mesma velocidade que te trouxe. Sinto saudades da forma como dizias gostar de mim, os milhares de palavras que jorravam de ti e me faziam seguir-te...

Hoje acordei com saudades tuas, não das que fazem doer, mas que me deixam a questionar sobre o porquê da tua vinda, que propósito poderá ter existido em teres entrado assim, arrebatando-me do chão, apenas para me abandonares outra vez.

O desamor leva tempo a curar, deixa-nos vazios por dentro, sózinhos. Já não tenho porque me sentir assim, reencontrei quem procurava, mas não te tirei de mim, nem o farei, porque o amor, esse também leva tempo a conquistar, a receber e se o tive de ti, se te o dei de volta, vou manter as emoções, vou continuar a recordar o que mudou em mim e o que descobri depois de te ter tido.

Se me pudesses ouvir, se conseguisses parar de fugir, de ti, dir-te-ia que te amei como precisavas, mas não me deste tempo para te convencer.

Já não estou sozinha, mas continuo a sentir a tua falta!

2.10.14

Quem é que sabe de mim como eu?

outubro 02, 2014 0 Comments
Ariel as soon as she turns human, the hair could have been auburn, though...


Quem consegue sentir e pressentir quando é que estou "down", sem força, a mostrar uma face que não é a minha e a dar o que não tenho? NINGUÉM! Não foi porque o não tivessem tentado, mas  porque achei que teria de me proteger. Teria que manter a minha identidade e assim manobrar a ideia que fizessem de mim. Ser transparente, demasiado visível nunca foi opção, mas começo a lamentá-lo agora, sobretudo por mim.

Precisava que desse lado soubesses de mim como o sei eu. Precisava que apenas com o olhar falássemos os dois e nos entendêssemos ao toque, conhecendo os sabores e medindo as temperaturas que atingimos de cada vez que nos aproximamos. Precisava que o mundo não importasse e que apenas tu me movesses e completasses.

Ninguém me conhece, nem como a menina que fui outrora, nem como a mulher que chegou até aqui, num presente que por vezes me quebra e mostra que preciso de ti, mas não te tenho, como nunca tive antes, porque ainda não me conheceste. Nunca o permiti!

Teremos sempre facturas a pagar, preços mais ou menos altos, como o estarão algumas fasquias. Algumas virão inflacionadas, cobrando-nos até a alma. Mas tenho vindo a amar-te desde que me conheço como a mulher que desejo para mim, há demasiado tempo talvez e percebendo que afinal não sabes quem eu sou realmente. Quem saberá?

Vá lá, mais um esforço...

outubro 02, 2014 0 Comments
El amor es como una mariposa, si lo persigues se te escapa, pero si lo dejas volar, derrepente llegara a ti.

Vá lá, mais um esforço, mais uma braçada e tudo valerá a pena no final, sou eu que garanto!


Empurro, motivo e faço acontecer, mas tens que reconhecer que uma relação serão sempre duas pessoas, no mínimo e porque advogo a monogamia. Não vou ser eu a liderar a cada momento, também mereço o descanso do guerreiro, mereço ser olhada e vista, por ti a quem escolhi. Mereço que me desejes, ames e queiras ver no teu amanhã. Não fui eu que escolhi, não me perguntaram se deveria continuar a amar pelos dois, perdoando-te as incapacidades naturais. Ninguém me perguntou se estaria disposta a adormecer e a acordar sem que te pudesse tocar, sentir, sem que o teu cheiro se me entranhasse, não por estares em mim, mas por o ter retido com medo de que te sumisses, do meu pensamento, da minha pele, da minha alma.

Bastariam umas quantas palavras, as que eu nunca receio usar, porque de mim terás sempre mais do mesmo, o que sou, inteira, admitindo as minhas fraquezas, mas provando, se preciso for, que a minha força terá como afastar as nuvens mais cinzentas, para que eu prosseguisse ou ficasse por aqui, mas tu manténs-te, confortavelmente, em cima do muro à espera de que não desista e que te dê o tempo que te arriscas a perder, confiando que o que sinto perdurará.

Vou ser crua e dura hoje, não porque me sinta magoada, mas porque estou a ser vencida pelo cansaço. És pequeno e egoísta. Não tens espaço para me querer com a intensidade que exijo, porque te perdeste por aí algures nessa mágoa que insistes em manter contra o mundo. Estás a gastar o nosso precioso tempo e a empurrar para uma outra vida o teu crescimento e a força que por esta altura já deverias ter construído, mas não te iludas por favor, porque um dia destes eu acordo, sorrio-me e caminho sem olhar para trás e esse dia até poderá ser hoje!