O que há de errado com o amor que te tenho?
Não há nada de errado com o amor que te tenho e nada do que sinto pode ser visto como sendo o que nunca poderei receber porque recebo exactamente o que me faz falta.
Words can change the world
Não há nada de errado com o amor que te tenho e nada do que sinto pode ser visto como sendo o que nunca poderei receber porque recebo exactamente o que me faz falta.
Não procures ser igual a todos quando te sentes diferente. Não tentes encaixar o quadrado na circunferência, aceitando o que uns quantos incompetentes te empurram goela abaixo, enquanto eles mesmos se movimentam de forma parada. Não te inibas de mostrar quem és, provando que o que te representa é o que te cabe fazer e ser. Não recues perante os momentos inesperados, desistindo à primeira, apenas porque te tentam provar o contrário. Não aceites diretrizes de quem nunca entendeu o manual e que apenas deambula por este mundo num carneirismo impróprio para quem deseja ser mais do que um número, ou será que apenas pretendem passar pelos pingos da chuva? Não cruzes os braços quando te parecer que estás sozinho e sem razão que fundamente as razões pelas quais queres realmente fazer a diferença. Não busques a força nos fracos e mantém-te determinadamente forte até nos dias mais escuros, porque a história tem-nos mostrado que os diferentes mudam o mundo. Não sintas qualquer receio em dizer um NÃO redondo a quem apenas usa o SIM para que não precise de ser ou fazer mais do que o mínimo. Não te desiludas, não a ti, nunca a ti, porque apenas a ti deves responder pelas escolhas ou pela falta delas.
O mundo cobra-nos, a toda a hora, decisões, escolhas, lugares e status. O mundo, que somos todos nós, espera que conquistemos o que nem sempre está ao nosso alcance e por isso mesmo nos derruba e deprime, enquanto quase nos mata pela tão proclamada falha, erro ou não-concretização. O mundo é a nossa baliza para o almejado sucesso, mesmo quando e enquanto não sabemos o que isso significa.
Como será chegar ao cimo da tão desejada montanha? Que sabor terá a conquista longamente planeada e antecipada? Quem saberá estar connosco na chegada e quantos dos que deixámos para trás usarão do nosso exemplo, seguindo as nossas passadas, mas imprimindo a sua velocidade e conseguindo também chegar? Que bagagens teremos descartado e quanta nova seremos capazes de carregar, mas sem demasiado peso? Que amores começarão quando a viagem ao topo estiver completa e quantos serão empurrados ravina abaixo sem qualquer dor ou mágoa?
Sei muito mais do que antes, mesmo que não o suficiente, mas já tenho clareza que baste para que as minhas conquistas me bastem e não precise que ninguém puxe por mim.
Se cuidássemos de cuidar daqueles a quem deveríamos passar para além de vida, valores, integridade e conhecimento, provavelmente não existiriam tantos danificados, magoados e doloridos. Se ao invés de cuspirmos palavras que na maioria das vezes nada servem, usássemos cada uma com bom senso e sentido de responsabilidade, evitariamos horas de terapia, corridas paradas e sobredosagem de medos.
Quem educa tem que saber segurar o amor com ambas as mãos, enchendo o coração de humildade e respeito por quem só terá como respeitar os outros. Quem cria tem que saber como criar resistência a quem começa sempre por gatinhar primeiro. Quem entende o poder do certo, certamente nunca tomará por garantida a responsabilidade de ensinar o que depois de aprendido, jamais será esquecido.
Espero paciente, mas ansiosamente por cada vez mais boas pessoas, daquelas que tornarão o mundo um lugar mais simples e justo.
Quantos amores consegues contar que contem mesmo? Quem foram as pessoas que te ensinaram o que já és capaz de reproduzir? Que partes de ti nunca se partiram, colando as que não avaliaste convenientemente? Quem és tu agora que já colocas legendas nas inúmeras conversas sem nexo, sem entrega, sem amor que te bastasse e sem a outra metade inteira?
Tudo o que nos chega foi pedido, por muito que nos custe admitir, sendo assim, importa cada vez mais saber o que queremos, usando as palavras que nos definirão, de contrário...
Quantas vezes repetiste o que nunca te permitiste sequer querer o bastante? Conta cada uma, reavalia e reafirma com mais intensidade, quem sabe não te convences mesmo e simplesmente vês acontecer.
Quando consegues viver o teu sonho, diariamente, carregando-te não como um peso, mas com novas verdades e outras visões, inevitavelmente cresces. A tua felicidade torna-se bem mais visível e até natural. A força dobra-se e redobra-se para que tudo não passe de apenas mais um obstáculo, de pequenas pedras, a cada passada mais previsíveis. Quando o que é importante é colocado em perspectiva, os pequenos, os indecisos e os de alma pequena esfumam-se. Quando te arrumas, avanças e nunca mais te cobras, não o que nunca serás capaz de ser ou de fazer. Quando estás no tempo e no momento certo, tudo o que precisas chega.
Acordar diferente está a ser um privilégio. Entender que posso mesmo mudar, sendo a mesma, mas diferente, porque a cada mudança, o melhor de nós cresce e muda tudo ao nosso redor, sobretudo a energia. Acordar a perceber que é possível renovar, renascer, reaprender e melhorar, melhora os sorrisos e mantêm-nos por mais tempo.
Acordar depois de noites restauradoras faz-me crescer emocionalmente e desejar por novos caminhos espirituais. Acordar mais inteira, deixando para trás fracções e porções de mim que me limitavam, liberta-me e torna-me ainda mais segura. Acordar depois dum dia naturalmente bom, torna todos os outros ainda melhores.
São cada vez mais os que se imortalizam em dores invisíveis, mas que atiram aos outros, fazendo questão de os atingir mortalmente. Nada fazem para se curar, até porque recusam a doença que os corrói e os faz arrastar as pesadas correntes da mágoa, da culpa dos outros e das inverdades.
Já me sinto algo cansada de tantos avanços e recuos, mas que nunca servem para que cheguem a um só lugar que seja. Carrego diariamente as baterias da tolerância. Inspiro fortemente o ar que tenho que expelir para não me esgotar, mas esgotam-me as pessoas que nunca sentem o sol nem aceitam a chuva. Pesam-me os seus pesos porque continuam a colocar mais pedras, umas sob as outras, mas nada constroem, apenas se destroem e aos que arriscam amá-los.
São cada vez mais os de alma doente e coração fechado. São cada vez mais os que já desistiram muito antes de começar.
Dizem que passa, que estou apenas em transição e que em breve estarei pronta e sarada, mas depois de saber que levaste tudo contigo, cada um dos meus dias bem como todas as noites, sinto que nunca mais nada poderá ser igual. Dizem que não morremos de amor, nem sequer da falta dele, mas as saudades que se embrulham na impossibilidade de te voltar a sentir, fazem com que me sinta vazia e permanentemente danificada. Dizem que não perdemos o que nunca tivémos, mas sei que te tive, mesmo que por breves segundos, aqueles que soube multiplicar enquanto te dividia com todos quantos te roubavam de mim. Dizem sempre muito, como se soubessem de tudo, mas até eu que julgava saber porque razão te queria tanto, continuo sem perceber nada. Dizem que não nos servíamos, mas o coração soube sempre o que nenhuma palavra foi capaz de explicar, nem antes e muito menos agora.
Olá meu filho Ruben Paulino,
Primeiro que tudo parabéns por mais 1 ano, saber da tua força, determinação e montanha de desejos, todos para concretizar, sossega este coração de mãe TÃO abençoado. Chegaste cedo, logo pela manhã e contigo vieram novos desafios, aprendizagens e uns quantos medos, porque como podemos todos perceber, a vida, o mundo, o universo e tudo o que não controlamos, prega-nos umas quantas partidas.
Há algumas décadas passadas, aos 21 atingia-se a maioridade, mas "maior", "grande" e dono dum coração extraordinário, já és desde que te conheço por gente.
Já peço muito pouco, mesmo que saibamos que as mães têm sempre pedidos gigantes, mas os maiores, que até poderiam parecer simples e naturais, passam pela tua felicidade, bem-estar, sonhos diários e MUITO amor, porque a mulher que te conquistar, terá tudo de ti (disse-me um passarinho que ela já chegou à tua vida😉).
Neste aniversário não estaremos juntos, mas o ser que tive a honra de receber nesta dimensão, porque me escolheu, compensa qualquer ausência. Usufrui de todos os dias e não tomes nenhum por garantido. Dá sempre na proporção do que pretenderes receber e acredita que deste lado da tua vida, estará, para ficar, o amor incondicional da pessoa a quem chamas de mãe, porque não estás apenas no meu coração, estás gravado na minha alma, aquela que me acompanha em todas as vidas.
Adoro-te meu filho,
Eu, a mãe
Não gastes o teu precioso tempo a tentar que te vejam como já sabes que és. Não esperes pela aprovação de todos, terás que te ficar pela tua, porque é bem mais confiável. Não te diminuas para caber em mundinhos, se te queres grande, sê grande e encontra o que te define verdadeiramente. Não desistas de tentar, porque assim que conseguires, mal te posiciones no único lugar que te pertence, os outros serão apenas eles mesmos, sem ingerências ou avaliações vazias. Não deixes de usar a palavra NÃO sempre que o SIM já não te servir.
Já me considero mais habilitada a entender os que sentem medo de todo o medo que eventualmente o amor lhes provocará. Já consigo lidar melhor com todos quantos fogem do que não conseguem controlar, porque uma vez tendo um pé no limite da pessoa que nos tocou, recuar e deixar de sentir passará a ser uma utopia. Já sou mais serena quando percebo que alguns simplesmente nunca terão o que tanto jeito me daria, porque a verdade é que apenas a mim me cabe carregar-me do prazer que depois poderei dividir, multiplicando o que aprender quando e de cada vez que me autorizar a sorrir. Já me permito aceitar que o que entendo por perfeição não se encaixará em todos.
Quando colocas tudo em perspectiva, percebes os inúmeros minutos de todas as horas que perdes, gastas, deitas fora e tomas por garantidos. De cada vez que olhas, verdadeiramente, para o que tens e ainda podes fazer, enches-te de energia e fazes muito mais. Sempre que consegues colocar emoção na razão que empunhas qual bandeira, entendes que tem que existir equilíbrio entre ambos, de contrário passarás metade do teu tempo útil a concluir inutilidades.
Viver intensamente, mas igualmente devagar, com a calma que se impõe, pacificando medos infundados ou não, terá que ser uma rotina, um aplicar diário de medidas emocionais, para que o importante o seja realmente e o acessório se retire da equação. Viver com o coração leve, afastando o que nos afasta de nós e de todos quantos amamos, ensina-nos muito sobre o amor e a capacidade infinita de o multiplicar. Viver enquanto se vive, recuperando sonhos de sempre, permitirá muitos mais, bem como a felicidade de os ver realizados.
Quando deixas de reclamar de tudo e começas a agradecer com convicção, mudar passará a ser a mudança inevitável.
São as coisas pequenas que mais me movem agora. É a capacidade de ouvir e filtrar que me impede de ser uma esponja agora.
Passaram a ser os outros a servir-me de bitola, para que nunca repita o que afinal tanto fazem questão de repetir. É a minha determinação e todas as certezas nas quais me envolvo, que me afastam de todos quantos se envolveram no que os "mata" aos poucos. São os meus, aqueles que me tornam e mantêm forte, que me impelem a continuar. É o sol em cada dia, até nos dias em que não nos espreita, que me aquece a alma madura e me afasta dos invernos da vida e sou eu a escolher, sempre e para sempre, quem preciso de ser para que me reconheça até quando durmo.
Ainda continuas focada no teu pequeno umbigo, achando que o mundo deixa de girar, ou o fará ao contrário se não fôr tudo à tua maneira? Ainda acreditas que existem conspirações que te são dirigidas, mesmo que apenas tu as vejas e por isso continuas com dores que não consegues sarar? Ainda insistes em caminhar no lado contrário da estrada, sabendo que assim não terás forma de receber o que afinal até te é dirigido? Ainda esperas que alguém se diminua, definhe e te dê a importância que julgas ter, para que sejas verdadeiramente importante? Ainda esperas pelo dia em que pararás de esperar, para que finalmente agarres a vida e a vivas em pleno?
Hoje é um dia tão bom quanto qualquer outro para seres do formato certo, bastará que te munas de certezas e soltes o que já há muito deixou de te servir. "Go for it".
Ainda me lembro de quando te pedia, rogava e chorava para que me dissesses, de forma a que entendesse mesmo, porque já não dava mais. Ainda tenho, lá no fundo das memórias que guardei, o empenho, o amor e a entrega em tudo o que te dei e fiz para que também fizesses algo por mim. Ainda sinto alguma da dor que me infligiste, alegando que era a ti que te doía. Ainda encontro alguns dos recados que espalhava pela casa, pela nossa casa, num receio inexplicável de deixar alguma coisa por dizer e foi tanto o que te disse.
Ainda me lembro de como era bom saber-me tua mulher e acreditar que eras o homem que ficaria do meu lado. Ainda mantenho, apesar de tudo, a fé no amor que soube conservar para que um amor certo possa chegar. Ainda continuo capaz de sonhar e sonho sempre muito, porque é apenas sonhando que a minha vida, tal como a desejo viver, poderá mesmo acontecer.
" O silêncio é a forma mais econômica de mentir" - Eduardo Sá.
Os fracos e os pequenos, remetem-se ao silêncio sempre que se sentem incapazes de assumir o que decidiram, de forma fundamentada ou não. De cada vez que escolhemos o silêncio, permitimo-nos cobrir com uma capa de liberdade aparente e ilusória, porque a verdade é que nunca poderemos ser livres se não falarmos do que somos e temos dentro. Presentear alguém com silêncios encolhe-nos e resume-nos, mas TÃO bem que os entendo, aos silenciosos, é que falar, contar, dizer o que é e como, obriga a uma estrutura emocional bem conseguida. O que resta ao objeto dos silêncios, é ser grande o bastante para conseguir ouvir sem sons e para responder às perguntas que nunca serão feitas. Quem já viu a meta muito antes do início da corrida, vai dispensar as palavras, porque terá como certa a visão do "prisioneiro", mas não ser capaz de enfrentar o que se decidiu, é seguramente decidir erradamente.
O silêncio, quando já tudo foi dito, é no mínimo ridículo.
Fica onde fores feliz e foge, corre desalmadamente de tudo o que não te souber a certo!
" Nem sempre se pode" - responderão alguns, mas a vida ensinou-me que se pode sempre, mesmo que não no imediato, mas de cada vez que estabelecermos uma meta e não recearmos tudo o que teremos que caminhar para que seja cruzada.
Desvia-te do que apenas colide contigo para te abanar as estruturas e firma cada um dos teus desejos, reafirmando a vontade de não desistir de nenhum.
Quando sentires que o que te fazia feliz se esbateu, reforça as cores e começa a pintar um novo quadro, o ontem nunca poderá servir de desculpa para não teres um amanhã à tua escolha.
Quanto mais me cruzo com as vidas que se "encostam" à minha, mais sorrio a tudo o que já vivi e fui capaz de sentir. Estar num lugar emocional que me tranquiliza o bastante para que nunca mais me apresse ou permita que me queiram pressa, enche-me de certezas, levantando o fino véu que já me cobria. Quanto mais oiço as palavras que eu mesma já repeti antes enquanto repetia um padrão de auto-sabotagem, menos me perco em considerações que sei bem onde levam, mas só me resta lamentar pelos que se cegam voluntariamente.
A felicidade é claramente um estado de espírito e não está sempre nem para sempre, mas quando nos irrompe alma dentro, sabemos exactamente por que razão não voltaremos a abdicar dela, não por qualquer migalha e nunca para que nã a possamos saborear em pleno.
Quando já andamos por aqui há tempo suficiente, usamos do nosso tempo como bem nos der na real gana e ninguém terá do que cobrar, até porque a acontecer, não teriam meu nem um "cêntimo".
Sou corajosa, é um facto, mas isso não significa que tenha afastado os medos. Sou corajosa porque mesmo sentindo medo, vou, sou, faço e nunca desisto.
Este ano não passará em vão e NUNCA será apenas um ano mundialmente assustador e imprevisível, não para mim que soube como usar dos silêncios impostos, da quietude e do afastamento social, para crescer interiormente e para me escutar. Nem sempre escutamos com atenção o que ouvimos, tal como falhamos ver o que tantas vezes olhamos, achando que estará sempre "lá". Este ano aprendi imenso sobre mim, do que sou verdadeiramente capaz de ser e de fazer para nunca mais me defraudar. Este ano testei os meus limites internos e sobrevivi a cada um, mas fui acordando cada dia mais corajosa.
Ter coragem não significa que conseguimos estupidificar emoções, mas passamos, sim, a colocá-las em perspetiva, sabendo, de forma clara, que TUDO passará SEMPRE pela nossa capacidade de nos superarmos e vencermos. Ter coragem é arremessar o NÃO quando tivermos que nos proteger, oferecendo o SIM apenas e quando fizer sentido.
"Sou uma Mulher adulta e posso fazer tudo o que quiser", assim se ouve na música da Beyoncé. Ser uma Mulher adulta, sendo e fazendo o que nos define enquanto definimos o nosso percurso, carrega uma ENORME sensação de poder. Sermos nós em todos os momentos, dizendo como, quando e com quem, deixa-nos com uma fabulosa ligeireza, plenas de certezas e certas de que estamos ao comando, no leme. Sermos quem dita as regras e define cada um dos momentos de que são feitos os nossos dias, remete-nos para o nosso lugar e de lá ninguém nos arrancará. Ser uma Mulher adulta não vem sem pesos, mas cada um será carregado à nossa maneira e sem pedir licença. Ser uma Mulher adulta não passa pela idade biológica, mas sim pelo respeito que nos devotamos, e com ele virão os sorrisos pela manhã quando nos olhamos ao espelho e sabemos exatamente quem está representado no seu reflexo. Sentir-me uma Mulher adulta, agora, neste ponto e momento, passou a ter um sabor demasiado especial para ser ignorado.
Já amei muito, já amei intensamente e já amei a achar que nunca seria capaz de voltar a amar de igual forma. Já amei consciente de que o amor que dava estava a ser em demasia, mas soube-me bem amar por dois, até perceber que o amor nunca é apenas dum e que a acontecer não tem DEFINITIVAMENTE esse nome. Já amei as pessoas certas e as erradas, sabendo-o à partida, nunca por avaliação errada, mas por erradamente assumir que não importava...
Se ficares à espera que as pessoas se comportem de forma a não gorarem as tuas expectativas, certamente que acabarás a deixá-las cair para bem fundo. Não coloques respostas na boca de quem ainda não formulou as perguntas certas e não entregues aos outros a tua paz e cada um dos silêncios que mantêm o mundo lá fora. Se continuares a medir os outros pelo teu peso emocional, achando que poderão crescer e ser do teu formato, vais apenas conseguir que o coração bata de forma descompassada, pelas piores razões, e que o cérebro se movimente em modo de total protecção. Se continuares a achar que a razão é bem mais importante que a emoção, não equilibrando as duas, a felicidade fugirá do teu controlo, quando já deverias saber que ser feliz é verdadeiramente o que importa. Se largares os consecutivos "ses" da vida, viver passará a ser uma realidade plena.
Conseguiu regressar ao baú das memórias, mas desta vez, curiosamente, não sentiu qualquer dor ou mágoa, apenas pairou sob os acontecimentos dum passado demasiado recente, ou talvez não tanto assim, mas que para variar lhe souberam bem. Conseguiu perceber que finalmente existia uma conclusão e que o amor que vivera de forma tão intensa, tinha sido mesmo real e por isso mesmo não conseguiu deixar de se sentir afortunada.
Quando deixas de recear o hastear consistente da bandeira que reflete a tua coragem interior, porque o medo dos outros já não te afeta, sentes que a energia boa flui de forma mais consistente e que até os teus sonhos mais loucos começam a materializar-se. Ser uma pessoa resolvida e segura não vem sem mazelas ou uns quantos dedos apontados, por ignorância ou inveja, mas que consegues entender e desvalorizar, porque subir patamares leva o tempo que decides dar-te e quando estás para lá de meio, mais NADA te faz "descer".
És o que pensas e por consequência atrais tudo o que tens dentro. Posto desta forma, então terás apenas que aceitar e abraçar cada uma das pessoas e circunstâncias que vieram até a ti.
Hoje olhei para trás, foi apenas um espreitar rápido, mas que serviu para me iluminar o dia, aquecendo-o bem mais do que o sol que também veio para me presentear. Aceitar que tudo o que me chegou, parte do que não ficou e até o que ainda se mantém, teve e tem um propósito maior do que a minha anterior capacidade de análise, deixa-me mais analítica e permite-me uma compreensão gigante de mim mesma.
Se amanhã fosse o dia do julgamento final, tenho a certeza que escolheria passá-lo contigo!
Cuidado com o ponto, a base e o momento onde colocas o teu ouvido. Cuida de armazenar o que te manterá sábio, mas foge da informação que não serve os teus propósitos e que te desvia de ti mesmo. Mantém a tua vibração alta para que não sejas sugado por tudo o que ao segundo te bombardeia coração, alma e mente. Cuida do teu próprio prazer, das tuas intenções, sonhos e vontades, sem entrares em avalanches de negatividade, porque se não fores suficientemente forte, acabarás engolido e cuspido quando já nada de ti restar.
Presta atenção ao que te irrita e perturba,invés de te atirares de cabeça à espera de conseguires "rebentar" com paredes de burrice e falta de integridade, recua, reavalia e fornece-te o conhecimento que fará de ti alguém resistente o bastante para que outros muros caiam ao invés do teu. Volta a ti todos os dias. Volta à criança que foste e que sabia o que lhe bastava no momento e sê genuinamente feliz.
Se chovesse na minha alma, arrastando tudo aquilo de que já é feito o meu coração, como chove hoje, certamente que restaria muito pouco de mim!
Não preciso de te ver para te querer, posso bem usar cada um dos sentimentos que usei em cada amor passado para construir um novo.
Querem saber o que me cansa?
Por vezes escolhemos acreditar que se nos encolhermos um pedacinho, se cedermos espaço e tempo ao outro, eles conseguirá encaixar-nos no seu mundo, vendo-nos verdadeiramente. Grande parte das vezes espartilhamo-nos, corpo e alma, esperando que a espera eventualmente termine e possamos simplesmente começar a ser quem afinal somos. Na maioria das vezes desculpamos o indesculpável, achando que se o fizermos o outro mudará algo que já não nos impeça de mudar constantemente para que nos aceite. Não raras vezes, fingimos não ver o que escancaram, descaradamente, escudando-se na importância que acreditam ter, mesmo que lhes afirmemos que o mundo não gira em torno de ninguém, apenas do sol e esse sim é vital à nossa sobrevivência.
O tempo passa e o amor com que me envolvo parece querer envolver, ainda mais, aqueles que amo verdadeiramente. O tempo que ficou lá atrás já me passa apenas sorrisos, porque escolho afastar os fantasmas que me sopravam os erros, as escolhas que deveriam ter sido feitas e os medos que pareciam tão reais. O tempo mostra-me que fiz EXACTAMENTE o que me cabia e da única forma possível. O tempo trás de volta os que estiveram sempre no meu tempo, muito antes de existirem e depois de perceber que teriam mesmo que ter chegado, de contrário não seria nem metade do que sinto hoje. O tempo deixa-me a dançar músicas de agora, mas que bem poderiam ter sido dançadas com quem tive. O tempo por vezes embrulha-se nas minhas noites, misturando a realidade que vivo com a quereria ter vivido antes, mas apenas para que durante o dia aceite que tudo o que tenho foi desejado por mim. O tempo acerta as horas, devolvendo a cada minuto a importância que terá para que já não me volte a atrasar. O tempo é este e está aqui, à espera que me acerte com ele e o viva de sorriso nos lábios. O tempo é e será sempre a minha maior arma de desenvolvimento!
Por vezes sinto pena dos que ainda não me conhecem, porque poderiam levar TANTO mais do que aquilo que pedem!