12.2.13

Filmes!

fevereiro 12, 2013 0 Comments


Ontem vimos "O Impossível" em família, bem, faltava o primogénito, e gostámos imenso. No entanto ficou no ar algum desconforto, fomos conversando ao longo da sessão, atenção que estávamos em casa, porque os miúdos que até se gabam de ver filmes de terror e "fortes", permitiram-se impressionar, sobretudo com a ferida na perna da mãe. A minha visão da coisa, é que eles se conseguiram colocar no lugar daquela família, foi um caso real, sentiram o quanto somos na verdade importantes uns para os outros, e como poderemos desesperar perante a ideia de nos perdermos.

Em situações extremas, os alegadamente fracos tornam-se fortes, o nosso sentido de protecção e de sobrevivência acaba a sobrepor-se a tudo o resto.

Não quero sequer sonhar no que seria ver os meus filhos em perigo, e não os poder ajudar.

Existe lá pesadelo maior...

10.2.13

Nós reconhecemo-nos e cuidamo-nos!

fevereiro 10, 2013 0 Comments



Preparaste-nos um banho maravilhoso na banheira gigante do hotel, já me esperavas quando entrei na casa de banho com uma fantástica vista sobre o mar. Estendeste-me a mão e eu presenteei-te com um pequeno mas emocionante strip. Tinha apenas o robe e por baixo o que te enlouquece, o corpo ao qual dás tanto prazer e com o qual te retribuo toda a minha essência, desejo de te amar, de te proporcionar tudo!

- Assim enlouqueces-me, entra, anda cá.

De mansinho pus uma perna, depois outra, e totalmente confiante fui-me baixando,  a olhar-te, sempre. Não me canso de ti, o meu corpo quer o teu a toda a hora, usufruindo de todos os segundos que temos juntos. Ontem foi maravilhoso, já há muito que não tínhamos tempo só nosso e a vontade um do outro deixou as palavras para trás. Atendemos aos pedidos dos corpos sedentos, fomos-nos mexendo e remexendo acompanhando o desejo que já nos enlouquecia.

Criámos a rotina de darmos escapadelas da vida, dos filhotes e da falta de tempo que nos rouba a sensualidade, o desejo latente, tudo o que permite a um casal manter viva a chama. De quando em vez, somos apenas dois seres que começaram por se querer e amar tanto, e que ainda hoje, doze anos depois, conseguem ter olhos e vontade apenas um para o outro e um do outro. Nessas alturas solto-me, gemo e grito alto, satisfaço as tuas fantasias e cedo aos teus desejos. Nessas alturas, tal como hoje, estamos juntos, de corpo e alma, esquecemos por completo o tempo lá fora, e mesmo que seja para apenas ficarmos abraçados, não contamos minutos, recusamos dividir-mo-nos, partilhar-mo-nos.

Em alturas como esta, fazer amor contigo é o que sempre conheci, é autêntico, é nosso, é bom!

9.2.13

Sol!

fevereiro 09, 2013 0 Comments
Feelme/Sol!Tema:Me!
Imagem retirada da internet
SOL, I love it!

Quem me conhece sabe que os dias de sol me deixam com a libido incontrolável, fico com vontade de deitar cá para fora o meu verdadeiro eu, aquele que tão ciosamente escondo para não chocar, para que espelhe uma faceta e um sentir que não são os meus, mas que me permitem segurança e credibilidade, no entanto em dias assim...

Já me fartei de dançar, sozinha, movendo-me sem receio de que me olham surpreendidos pelo o que o meu corpo consegue fazer. Os movimentos espelham bem o que sinto, a forma como me sinto, a minha capacidade de dar tudo, de deitar para fora as emoções, sensações, desejos!

Mudo de pele quando o tempo aquece, quando o sol me mostra porque razão é a nossa maior fonte de energia, afinal de contas nasci num país junto ao equador, com 40 graus à sombra.

Hoje vou parecer diferente, mas igual a mim mesma, vou até deixar que os olhos brilhem com mais intensidade, e quem por mim passar, estou certa que me sentirá e verá também de forma diferente. Caminharei menos escondida, mais exposta, mais livre.

This is what the sun can do to me!

5.2.13

E se te fizerem um convite?

fevereiro 05, 2013 0 Comments





E se de repente, a pessoa que vos traz pelos beiços, vos oferece uma viagem de sonho?

Parece um pedido irrecusável. Sair durante 8 dias da loucura diária, deixar para trás as preocupações, os minutos contados, os filhos que nunca sabem onde está o quê, os horários de trabalho intermináveis. Quero pois, mas...

Here we go!

Não, ainda não sei como me libertar das rotinas, das minhas responsabilidades e apenas gozar, usufruir. Isso também terá que ser um processo, natural, espero.

O homem ficou incrédulo, parecia uma proposta de casamento, daquelas em que a mulher diz logo um SIM redondo, mas eu engasguei-me, não estava à espera e procurei, veloz, as palavras certas, mas elas não existiam.

Seria um tempo só nosso, em que adormeceríamos e acordaríamos juntos, após noites de muito amor, sedução, sexo sem pressas, onde nunca teríamos que nos levantar e deixar o outro de olhos intensos e sequiosos de mais. Eu sei que só poderia ser bom, mas ainda não disponho de capacidade mental para me abstrair da vida que construí.

- Ainda não tens espaço para mim, a verdade é essa!

Talvez seja assim, mas eu pretendo diferente, quero ser a mulher que ele escolheu e dar-lhe o que espera de mim, neste caso seria eu mesma, dar-me apenas a mim, toda.

I´ll wait for the next invitation!

1.2.13

A.P.

fevereiro 01, 2013 0 Comments



Finalmente acedi a visitar o ter apartamento, o teu refúgio, como lhe chamavas. Dizias nunca ter outra mulher lá entrado, e eu entendia ser isso uma tanga, conversa de gajo para que as gajas caíssem, mas pude verificar que era mesmo verdade. Tinhas uma casa de bachelor, nada evidenciava que jamais outra mulher tivesse pisado os teus maravilhosos tapetes negros. A decoração era basicamente em pretos e brancos, muito minimalista, com fotos tuas, dignas de um book e de trabalhos de modelo. Como poderia um homem assim ainda não ter ninguém? Não serias demasiado bom para ser verdade?

Deixaste-me ver tudo com calma. Mostras-te-me todas as divisões, adorei o escritório, era bem mais descontraído, muitos livros espalhados, mais cor, muitas fotos tiradas por ti e largadas de forma algo desarrumada, mas convenientemente posicionadas. A tua casa de banho estava imaculada e pareceste ler os meus pensamentos ou reparar na minha expressão facial.

- Tenho uma emprega diariamente e ela é bem mais exigente do que eu em tudo o que faz.
- Fantástico, também quero uma assim.

O quarto foi deixado, julgo que estrategicamente, para o fim. Uau! Adorei-o, cama king size, muita luz, muito azul e um retrato teu pintado e aqui mais uma vez, antes que eu falasse...

- Foi a minha mãe, herdei dela o jeito para os pinceis!

De repente começaste a acariciar-me os cabelos, olhavas-me fixamente, como que se me visses pela primeira vez, estavas tão perto que te conseguia ouvir respirar. A tua mão foi percorrendo todo o meu corpo e face, tocando e descobrindo o que já deverias adivinhar. Eu tentava controlar a minha vontade de te pedir que me fizesses tua, ali, naquele momento em que também percebera o que nos movia a ambos.

Foste muito meigo, tranquilo e mostraste-me o quanto me querias. Nunca falámos, sentimo-nos apenas e tivémo-nos. Foi mágico, no teu canto, que abriste para mim, para me teres. Fui tua e sei que o serei muitas mais vezes, porque já entrei na tua vida!.

29.1.13

Estou aqui...

janeiro 29, 2013 0 Comments



Estou sentada na cama, finjo ler, uso o teu perfume favorito e vou respirando fundo. Provoco-te, mas há muito tempo que te deitas sem sequer me olhares, sem me procurares, sem me dizeres boa noite e eu fico aqui, desejosa de ti, a querer-te. Não sei se me estás a castigar, porque me conheces, preciso do teu corpo todos os dias, de contrário o meu deixa de funcionar, mas paraste de me tocar, já não sei quando, apenas que há demasiado tempo. Sinto as minhas pernas estremecerem e agarro-as forte, apetece-me gritar que te quero, mas os sons não saem, não entendo, não te entendo.

Outrora, no que já me parece uma eternidade, assim que me olhavas, lançavas aquele sorriso de luxúria, de fome de mim e puxavas-me pelas pernas até ao fundo da cama, onde me esperavas, sequioso do que dizias só eu te poder dar, mas agora, agora passo as noites com suores frios, evitando encostar-me a ti porque me rejeitas, cheirando o teu cabelo e sentindo todo o meu corpo reagir. Agora as minhas noites são em claro, pensando em tudo o que se passará contigo, será outra mulher? Eu não iria aguentar, não, tudo menos isso.

Cansada, resolvi dormir no sofá, pelo menos não te sentiria e já começava a acusar desgaste físico e mental. Consegui finalmente adormecer, mas de repente o calor invadiu-me, o teu peso quase que me esmagou, os teus lábios pressionaram os meus roubando-me o ar. Magoaste-me, deixaste-me a arder, nem me permitiste preparar, "comeste-me", louco, a tua respiração assustava-me, mas eras meu outra vez, voltaras de onde quer que tivesses estado. O meu corpo agradecia e a minha mente sossegava.

- Artur..
- Shiu, estou aqui, goza, sente.
- Amo-te, tu sabes.
- Sei sim querida!

28.1.13

Olhares...

janeiro 28, 2013 0 Comments


Já o tinha visto antes, cruzamo-nos nos mesmos lugares que frequentamos, no entanto está sempre absorto, tecla o seu ipad, bebe o café com natas que a empregada lhe trás sem que o peça, vai virando distraído, as páginas de uma revista que presumo de especialidade, e não vê nem olha ninguém.

Vou construindo ideias sobre ele, de onde será, a sua profissão, onde será a sua casa, uma vez que o encontro sempre pela manhã...

Já não há dia, se o dia não começar com ele, olhando quem não me viu ainda. Fantasio-o como só as mulheres sabem fazer e sorrio perante a imagem da sua proximidade, do dia em que olhará para mim e em que virá perguntar sobre mim.

Fui resistindo, mas acabei a bombardear a empregada, e ela vomitou tudo, tudinho.

- É um charme de homem, separou-se da mulher porque ela o trocou por outro, ela também é linda, sofisticada, demasiado nariz empinado, mas pronto. É consultor numa multinacional, a empregada do apartamento dele, no 124, vem sempre aqui buscar as chaves, ele conhece bem o patrão, são da mesma terra. Ela diz que a casa é linda de morrer e que cheira a homem.

Ainda tagarelámos uns quantos minutos e ela sorriu perante o meu interesse, como que admitindo que eu deveria investir, tentar, fazer-me notar.

Assim continuei, quase quatro meses, sem vacilar, sem esmorecer, mas julgando que seria totalmente invisível para este homem. Eu que sempre me habituara a virar cabeças, estava a ser ignorada pelo único homem que me interessara desde que o João partira.

- Olá, bom dia, posso sentar-me aqui?

O meu coração quase que parou, a minha boca abriu-se e senti-me tola, infantil... parecia-me bem mais alto.

- Sim, claro, força.
- Julgava que ainda a não teria visto, foi? Isso seria de todo impossível com uma mulher como a...
- Ana, o meu nome é Ana.
- Eu sou o Pedro e acho a Ana uma mulher lindíssima e muito interessante, a quem vou querer
  conhecer muito bem.

Ainda existem homens que nos surpreendem, pela positiva, e estou ansiosa pelos desenvolvimentos. Quero perceber se este homem é quem eu fantasiei, se vamos conseguir chegar a algum lado, quero saber como me olhou, como me viu...