14.7.16

Não quero silencios...

julho 14, 2016 0 Comments
"Que só os beijos te tapem a boca" Faculdade de Letras UFMG - Belo Horizonte:




Quero que apenas os meus beijos te tapem a boca. Desejo que a minha boca na tua te passe o que as minhas palavras não terão forma de explicar.


Lá volto eu uma vez mais aos silêncios. Caramba, é mesmo difícil explicar que existem silêncios e silêncios. Uns os "primeiros", são sinónimo de cumplicidade, de tempo comum e de desejos que conhecemos. Outros, os "piores", são os que nos matam aos poucos, levando tudo o que tínhamos conseguido incluir e destruindo a nossa vontade de lutar, porque é de luta que se fala quando se trata de amor.

Quero que entendas que os meus silêncios são pronúncio de males maiores e que depois de instalados, muito deverá ser reconstruído. Posso e consigo silenciar-me também, mas sempre contigo por perto. Desejo, mesmo que pareça cansativo, ter alguma coisa válida para dizer, porque de contrário seríamos apenas pele e toque. Pode até parecer muito, mas não chega!

Tanta gente por aí a padecer por falta de palavras, uns porque não as sabem usar, e outros porque não têm nada para dizer, mas se precisarem de umas quantas, sintam-se à vontade para pedir que eu arranjo!

Poder sentir!

julho 14, 2016 0 Comments
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Qual o verdadeiro sentimento que nos chega do poder sentir? Sentir que é contigo e por ti que acordo. Sentir que tenho um propósito maior, e que posso, verdadeiramente, tentar encaixar-te em mim, passa-me uma tranquilidade tão normal, que pareço ter estado sempre assim.

Tu tinhas que ter chegado. A tua vida precisava de se cruzar com a minha. Os nossos planos, passam, agora, por nos planearmos juntos e que bem nos sabe. Poder sentir que o que fazemos os dois é real e caminha na mesma direcção. Poder sentir que entendemos os desejos de quem nos inclui, com todos os medos que acarretam as relações novas, até mesmo as que estavam destinadas. Poder sentir que se erra cada vez menos, e que se deseja acertar cada vez mais. Poder sentir o que sente o outro, de cada vez que trocamos as palavras que nos assentam e tranquilizam.

Esta montanha russa que sobe e que desce, invariavelmente, tem que ser encarada como a superação, como o teste, porque nele só passa quem arrisca a viagem. Eu já sei o que sinto, e como o posso fazer de forma a que intas comigo, sabendo do que já sei, e lendo, sem erros, o que escrevo para nós. Eu também já sei o que sentes e o que precisas de ter para que me tenhas, não agora, não por momentos, mas para o resto do tempo que o nosso tempo tiver.

Poder sentir assim é um privilégio!

13.7.16

Tempos que passam!

julho 13, 2016 0 Comments


A Andreia está há demasiados anos sem companheiro, por escolha, por medo, por incapacidade de voltar a entender o sexo oposto, ou até por preguiça mental e física. Não sei o que importa realmente, se a razão se a acção, mas a certeza que me ficou do que tem, é que não tem nada. Esbarrou, literalmente, em alguém. Encontrou quem nunca se atreveu a procurar, porque se escudou num desinteresse que nem ela acreditava existir, mas que a deixou na prateleira tempo demais. Agora tudo o que lhe chega parece demasiado. Agora até as carícias e os beijos lhe parecem finitos e nunca sossega a alma que atribulou, ela mesma. Agora e por ora, recusa o amor físico que acredita ser demasiado intenso para quem ainda não sabe como voltar a sentir. Agora quer, desesperadamente, acreditar que pode voltar a ser amada, mas ela mesma não sabe como o fazer.

A Andreia dorme e acorda inquieta. Fala, descontrolada e desesperadamente do que o Artur poderá representar na vida que apenas deixou correr, sem muitas ambições, deambulando sem se reconhecer. A Andreia tem medo que os tempos que passam, tenham passado para ela, irremediavelmente. Talvez tenha deixado de acreditar, ou talvez tema acreditar demasiado e voltar a sofrer.

Quando os tempos passam demasiado rápidos e implacáveis, temos que os saber recuperar, mesmo que apenas alguns dos minutos das muitas horas em que nos deixámos sobreviver.

Será que oiço?

julho 13, 2016 0 Comments



A multidão fala, as palavras correm velozes, de boca em boca, dizendo o que é suposto, ou não dizendo nada, e será que as oiço?

Por vezes dou comigo a seguir os lábios e a imaginar sons que me caberiam, se coubessem no que espero e desejo para mim. Por vezes dou comigo a querer que não digam nada, que apenas façam silêncios solidários, e que percebam que para chegarem a mim, ao que entendo por válido e valioso, terão que saber MESMO dizer alguma coisa. Por vezes nada me consegue importar, porque nada do que digam soa a novo, a diferente ou a melhor.

Nem sempre é fácil estar assim envolta em palavras, ouvindo o que já sei e tendo repetições que me cansam e impedem até de respirar. Nem sempre o meu aparente dom consegue facilitar-me a existência, porque me tornei demasiado exigente e porque nunca desperdiço os sons. Nem sempre entendo algumas das palavras que usam, até mesmo eu, mas talvez seja porque não as usem nos momentos certos.

Será que oiço o que me faz falta de quem preciso? Não, de todo!

12.7.16

E quando se consegue?

julho 12, 2016 0 Comments
Stunning shot..:
Feelme/E quando se consegue?Tema:Pensamentos!
Imagem retirada da internet

Haverá sempre quem consiga. Acertar nos amores. Escolher onde e como recomeçar. Regressar ao mundo real, quando o outro, aquele que ameaçou ruir quando as decisões se tornaram inevitáveis. Viver, esta vida, porque a realidade é que poderá não existir outra.

E quando se consegue encaixar alguém por quem se esperou, sem os medos do passado? E quando se consegue aceitar que também temos direito a segundas e terceiras chances? E quando se consegue perceber que é necessário parar de lutar, contra nós?

Algumas pessoas sofrem de um optimismo que contagia, contagiando todos à sua volta. Algumas pessoas querem TUDO e acabam a consegui-lo, porque sabem o preço da vitória, e o sabor que lhes fica nas bocas que outros irão beijar, sedentos. Algumas pessoas nunca se entregam e voltam ao início, quantas vezes acharem necessário, para que possam ter o que lhes pertence.

E quando se consegue querer, da forma certa, quem se tornou tão certo que parece ter estado, connosco, sempre?

11.7.16

Sim, completamente!

julho 11, 2016 0 Comments
beauty in every land:



Estou, há já muito tempo, na fase do completamente! Quero e exijo estar completamente apaixonada, mas de uma paixão que se transforme, completamente, em amor. Quero sentir-me completamente pronta para novos desafios, para as manhãs novas que o amor novo provoca. Desejo, a cada dia, continuar completamente determinada em apenas fazer o que faço bem.

Sei, porque aprendi, ensinando-me a mim mesma, que nada deve ser tomado pela metade. Percebi, enquanto tentava em vão amar quem não se deixa amar, que deveria ser tudo o tempo todo, porque de outra forma acabaria mais vazia, menos crente e a cada dia menos entregue ao que me completa.

Ninguém deveria contentar-se com menos do que merece, mesmo que merecer seja eventualmente uópico, ou numa medida que poucos entendem. Mas merecer será certamente ter o que nos deixa completamente satisfeitos, grande parte do nosso tempo útil.

O tudo ou nada também não é razoável, temos que saber encaixar o que nos chega, quando chegar, deixando ir o que não puder ficar. O tudo ou nada consome-nos demasiado e desgasta o que juntámos de nós para os outros.

Estar completamente pronta, sobretudo para ti, tem posto em perspectiva o que na realidade até já tinha pensado. Há coisas que só se explicam assim, sentindo-as completamente!