28.8.16

Gostava que estivesses aqui!

agosto 28, 2016 0 Comments
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Já o pensei e disse muitas vezes, gostava que estivesses aqui ao meu lado, a seres quem já foste antes quando apenas te sonhava, algures num tempo que já parece estar muito longe, entravas na minha mente e fazias de mim a pessoa mais importante. Lá bem atrás, quando sabia onde te encontrar, eras quem esperava e foste-o tantas vezes. No passado que se instalou em nós, tudo o que quis materializou-se, tive-te, senti-te, ouvi-te de perto e saboreei cada sabor imaginado, mas gostava que estivesses aqui e que pudesse estar contigo sempre. Os pontos em que nos encontramos por vezes não se voltam a cruzar e mesmo que os queiramos repetir deixam-nos, abandonam-nos, fazem-nos sentir o que somos verdadeiramente, pouco mais do que nada. Gostava que estivesses aqui se pudesses estar mesmo, lembro-me de o repetir para mim, no silêncio que se instalou sem que o pudesse mudar. Gostava de ver a tua face, de a beijar uma e outra vez, passando-me o cheiro que se entranhou e do qual pareço não me conseguir libertar. Gostava que estivesses aqui e me impedisses de chorar, rindo-te do que tendo a empolar. Gostava de poder repetir os momentos bons, apagando todos os maus que vieram para ficar, que se instalaram, pesados e a repetirem o que tinham prometido, porque não te podia pertencer, não era a tua pessoa certa e não te bastava.

Repeti o mesmo sozinha, no silêncio da noite e fi-lo dias-a-fio, durante penosos meses, mas nunca fui ouvida. O que quero conta tão pouco quanto contou antes. Não foi sempre bom, mas foi o possível e bebi quase tudo o que pude, porque já conhecia o final, sentia-o como ainda te sinto, apenas não sei por quanto tempo.

Gostava que estivesses aqui, atrevi-me a repetir mais uma vez, mas apenas me ouvi a mim hoje, tal como ontem...



Vai ficar tudo bem!

agosto 28, 2016 0 Comments
Visual Inspiration Day:


Primeiro precisas de acreditar, depois querer e só no final saberás o que sabes já. Tudo vai eventualmente ficar bem. Os dias podem prolongar-se e as noites ficarem tão acordadas que não te restará mais nada a não ser não dormires. O tempo como o conheces certamente que mudará, dando-te uma visão distorcida do que sentes e vives, mas asseguro-te de que tudo vai ficar bem, mesmo que não igual.


Não deixes que se metam no caminho do que sentes, julgando-te sem te conhecerem e olhando-te sem te verem. Não deixes de procurar e de querer, no teu mundo, o que o mundo todo te pode oferecer. Não deixes de amar, mesmo que a pessoa errada, fá-lo sempre que te alimentar mais um pouco e te permitir subir mais uns quantos degraus, o lugar onde, invariavelmente, deverás estar, continuará à tua espera. Não deixes que te parem, e não acredites no que te querem, à força, provar ser certo ou errado, se chegaste até "aqui", até a ti, então é porque sabes como o fazer.

Vai ficar tudo bem, é o que posso dizer para ajudar, mesmo que demore, que doa, que te faça questionar tudo e todos quantos parecem apenas estar a preencher o espaço que te faz falta. Vai ficar tudo bem porque ninguém morre de amor, até do verdadeiro, do que sentiste, na pele, na alma, na carne e corpo massacrados.

Algumas pessoas querem tudo e outras menos do que nada. Algumas pessoas sustentam o teu ego e outros querem derrubá-lo, tentando que não te atrevas a ser mais, nem sequer tu. Algumas pessoas chegam apenas para te confundir e enganar, mas também essas são válidas e te servem.

Vai ficar tudo bem, prometo que sim, sei do que falo porque já o vivi!

Falsos moralistas? Temos por aí muitos...

agosto 28, 2016 0 Comments
“Close your eyes and turn your face into the wind. Feel it sweep along your skin in an invisible ocean of exultation. Suddenly, you know you are alive.”:


Arre porra que me fazem ficar com pele de galinha, a escamar pior do que peixe rasca e a querer vomitar impropérios. Não, não vou abandalhar e não é porque me faltasse vontade, mas já respirei fundo e contei até 100. Estão seguros!


Falsos moralistas, como é que os topamos à légua? (Não tarda estou mesmo a escrever um manual de auto-ajuda para TUDO, haja talento). Opinar e considerar sobre o que fazem os outros, analisando até à exaustão o que está por norma errado, é o que sabem fazer melhor. Têm sempre uma avaliação. São donos de todas as respostas, e se fossem eles, OPÁ, se fossem eles este mundo de merda era um paraíso para todos nós, claro. É mesmo fácil moralizar sobre os outros, vendo o que mais ninguém vê, ou até o que já foi visto, mas isto só acontece nos cães alheios, como costumo dizer, "as carraças só são boas nos cães dos outros".

Começo a ficar enjoada de gentinha pequena, daquela que até encontra a ervilha debaixo dos 7 colchões, ou serão 10? Já nem das histórias de infância consigo lembrar-me. Garanto-vos que não vou vomitar, é que tenho um raio de um estômago que aguenta até granadas e nunca deita nada fora. "Mau feitio"? O facto evidente é que eles nunca irão desaparecer, mesmo que lhes digamos que olhem lá bem para os seus rabos e percebam se valem o esforço de serem espancados até ficarem vermelhos. Não deve adiantar, quem perde demasiado tempo a ver para fora nunca se olha, nem ao que tem à volta. Esta já é uma estratégia assumida, porque a acontecer perceberiam que são feitos de uma massa pastosa que nem para colar papel serve. Olhem que nem sei de onde é que de repente me saiu tanta aparente revolta. Por vezes sou mesmo um caso grave de insanidade temporária, mas também nunca estou muito longe da verdade. Infelizmente!

O que é melhor do que amar?

agosto 28, 2016 0 Comments
Black and White photography- Art & Photography:

O que é melhor que amarResposta simples,  é ser amado, o resto já não será assim tão simples, porque raramente se sente o amor que se dá e mais raramente ainda sentimos que vale a pena amar de forma genuína, com entrega e sem cobrar. O que é melhor que amar? É saber que do outro lado, num ser que reconhecemos, está quem precisamos e vemos a partilhar connosco tudo. Será que ainda existem amores assim, na mesma sintonia? Quando deixar de acreditar retiro-me, mudo de planeta, vou só ali morrer e já não volto. Mesmo que não saibam como continuar, no dia imediatamente a seguir àquele em que descobriram o impensável, pelo menos tentem com coragem e respeito por quem planear seguir-vos. Se, e o se é permitido em todos os estágios do amor, se não forem capazes, se não quiserem, pelo amor da santa, seja qual for o nome dela, deixem ir, saiam de cima, vão vocês também ali morrer e não voltem.

Dar é bem mais difícil do que receber. Ser, muito mais complexo do que ter. Querer, ui, querer é dose para muitos. Nós até que queremos, mas à nossa medida, com as nossas regras e pensando muito pouco no que quer o outro. O amor não tem apenas uma definição, todos o sabemos, mas certamente que em nenhuma das conhecidas estará implícito apenas o EU. Eu quero. Eu sei. Eu digo. Eu preciso. Eu...Eu...Eu...

Se ainda não sabem como se ama, vão aos treinos mais vezes e esforcem-se para estarem prontos antes do fim do mundo, não do dia em que ele termina, mas naquele em que terminam vocês, porque o amanhã pode muito bem já não acontecer.

Em que mundo vivemos?

agosto 28, 2016 0 Comments
Una ciudad se hace un mundo cuando uno ama a uno de sus habitantes.:

Qual o mundo novo em que agora vivemos? O que mudou desde que fomos também nós mudando? Porque já não conseguimos encontrar pontos de referência e sentimos que tudo o que era está a deixar de ser? As mudanças são visíveis e todos parecemos queixar-nos constantemente delas, mas a verdade é que também participamos, de uma forma ou de outra, neste processo. O tempo muda, as estações encolhem, os dias aceleram e nós ficamos mais pequenos, mais sós, menos realizados, mesmo com toda a realização que conseguimos. As relações passam a ser menos importantes e o que sentimos até alvo de alguma brincadeira. Se choramos a ver filmes, ou apenas com um abraço vindo de quem nos faz falta, somos lamechas e propensos a mais sofrimento. Se não rodamos, como parecem agora rodar todos, somos obsoletos e não sabemos o que é viver. Se queremos ficar no nosso cantinho, aquele que nos permite sermos mesmo nós, o tempo todo, chamam-nos de bichos-do-mato.

O mundo mudou e muda a cada dia e é bom que saibamos adaptar-nos para não ficarmos para trás. Este parece ser o lema, mas caberá a cada um mudar apenas na proporção que lhe fizer sentido. Em que mundo vivemos agora? Será naquele em que o outro importa muito pouco e apenas o que nos importa passa a importar? Será que perdemos a capacidade de incluir e de manter quem nos chegar, com medo de sermos absorvidos, engolidos e deixados para secar por dentro?

Adaptar, acompanhar, mas resistir a tudo o que não seja como somos nós. Não teremos que "comer" do que comem os outros, podemos mesmo mudar alguma coisa, bastando que nos mudemos, dia a dia. Este é o mundo em que vivo, mas assim como há muito dele que me motiva e melhora, também há muito que não aceito, porque me respeito, porque sou a pessoa mais importante da minha vida e porque lhe exijo mais, muito mais. Mereço, ponto final!