21.9.16

Lembras-te?

setembro 21, 2016 0 Comments
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Será que te lembras, no nosso passado, das vezes em que começámos e terminámos?

Eu lembro-me do som da tua voz de cada vez que te recusavas a voltar. Era demasiado agudo para que me possa esquecer. Lembras-te de quantas vezes te pedi para parares, de me magoar e de usares as palavras que me poderiam, irremediavelmente, afastar de ti? Lembras-te de quantas vezes disseste que a culpa era minha e que apenas eu nos deixava, "assim", um sem o outro? Lembras-te de quantas vezes te conseguiste esquecer do amor que sempre disse ter, por ti?

Não sei porque começámos se não tínhamos forma de continuar. Não sei onde fomos buscar tanto sentimento, se o fomos apagando, um a um, dia após dia, até que morrermos um para o outro se tornou inevitável.

Será que te lembras, agora que terminou, de como foi bom o começo? Lembras-te das horas, muitas, seguidas, sem que nos conseguíssemos fartar de nós? Não sei quantas vezes dissemos que nos amávamos. Não sei quantas vezes sofremos perante a possibilidade de não nos virmos a ter. Não sei como aguentámos tanta espera e ansiedade. Não sei como desistimos quando o mais difícil já estava feito.

Por vezes a vida mostra-nos que o controlo, o nosso, é muito limitado, ou então prova-nos que não queremos o suficiente e que a distância que criamos, é resultado dos nossos medos, da nossa incapacidade em assumir um para sempre, porque nem sempre queremos que seja até quando deixarmos de ser.

Lembras-te do sabor que eu tinha quando ainda não me tinhas provado? E ainda te lembras ao que te soube depois?

Não me quero apagar...

setembro 21, 2016 0 Comments



Não me quero apagar, adormecer ou deixar ir. Quero saber que estou viva, que agrado, que me olham e desejam!

Tenho vindo a deparar-me com pessoas verdadeiramente desesperadas perante o recomeço de novas relações. Com o medo de ficarem sós e de que não voltarem a sentir ao que sabe ser-se gostado. É assustador, mas real. Já li há algum tempo sobre esta realidade em diversas partes do mundo. Estar outra vez sem companheiro após os 40 anos de idade, pode ser um verdadeiro dilema. Mas a verdade é que se complica mais do que se devia e desbarata-se o que é realmente importante. Olhamos mais para a frente, para o futuro que o presente ainda nem sequer cimentou. Desejamos o que nem sabemos como chamar.

O que eu dava para ter a quem ligar, com quem falar acerca de tudo, do que me atormenta ou dá prazer. Gostava de ter sonhos para partilhar, sorrisos de uma face familiar. Eu matava por um abraço apertado, por um beijo demorado, sentido e vivo. Quem me dera poder deitar-me, quieta, numa cama onde não estivesse só e de onde viesse uma respiração compassada. Ter alguém em quem enrolar as pernas, ter com quem acordar de manhã, pronta para mais partilha, cuidado, carinho e muita amizade.


Não me quero apagar, quero continuar viva, acordada e empenhada em ser feliz. Quero amar outra vez até que me doa o coração, mas de amor, de muito amor!

Faz o que digo

setembro 21, 2016 0 Comments





Faz o que digo, porque se fizeres o que faço, nada vai bater com nada!


É assim que a maioria das pessoas faz. Têm SEMPRE imensas frases, de rotina, cheias das melhores intenções, mas ao vivo e a cores, são mais do mesmo, ou melhor, são MENOS, muito MENOS do que apregoam.

É tão fácil analisar o que os outros fazem de errado, apontando o dedo e repetindo, tantas vezes quantas possível - "Eu não sou assim" - POIS!

Pormo-nos no lugar do outro, sempre, percebendo de que forma nos sentiríamos em igual circunstância, essa é a melhor bitola. Não me venham é com as desculpas esfarrapadas, que vão usando, para não se assumirem. Quando queremos alguém na nossa vida, damos todas as voltas necessárias e acabamos a estar onde já deveríamos, muito antes de a envolvermos.

Querem um conselho? Falem menos quando não conseguirem acompanhar o que tanto se esforçam por fazer acreditar. Deixem-se estar quietos e não se metam com pessoas de raciocínio rápido. Sejam mais cautelosos, quando decidirem enganar alguém, porque um dia o troco vem, e depois não haverá ditado que vos valha.

" Faz lá o que dizes, uma vez que seja, para variar"!

Duelos de Titãs!

setembro 21, 2016 0 Comments
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Duelos de Titãs. Continua a ser um bom filme para algumas pessoas. Para as que se mantêm a lutar, dia após dia, sem perceberem que já perderam todas as batalhas e por consequência a guerra!

Conhecem certamente a expressão "malhar em ferro frio", não deve ser nada agradável do ponto de vista físico e emocionalmente terá um enorme desgaste, porque a sensação de nunca chegar a lado nenhum é absolutamente corrosiva. Meus amigos e minhas amigas, quando as relações dão mais trabalho do que prazer. Quando os dias são passados numa guerra aberta onde ambos os lados tentam ter sempre razão e vendo isso como a obtenção de um troféu, então nada está certo, nada vale a pena e não há nada numa relação assim que possa ser chamada de amor.

Façam-se palestras sobre como amar e ser amado e sobre a verdadeira responsabilidade que nos caberá inevitavelmente na felicidade do outro. Se não pudermos fazer alguém feliz, não adianta, que logo nós, a pessoa que escolheram, lhes transforme o Universo num inferno. Na grande maioria das vezes, se não sempre, desistir porque não servimos é a atitude mais correta. Só muda mesmo a forma como o fazemos, porque aí sim se distinguem os bons dos maus e os correctos dos trastes, mas isso também já serão outras guerras.

Amem-se caramba e não se desgastem a querer o que nunca virá. Quando os sinais estão todos lá e apenas nos recusamos vê-los, as dores irão sempre ser muito maiores e no final das contas, será que adianta?

Esperei, mas não me chegou!

setembro 21, 2016 0 Comments
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Esperei pelo que não me chegou! Fiquei com esta frase a martelar-me o cérebro dias-a-fio, tanto que ainda hoje me decido a analisá-la. Quanto egoísmo está incluído em cada sílaba. Quanta desatenção e falta de cuidado. O olhar para dentro, apenas para nós, deixa-nos incapazes de ver o muito que se passa à volta, e alguém terá que nos lembrar.


Esperarmos pelo que não nos chegou, quando tivemos sempre tanto, certamente que só poderá deixar o outro incrédulo e inevitavelmente infeliz. Quando alguém recebe amor, cuidado, colo, toque, um corpo que se vai ajustando a cada tentativa, palavras tranquilas e olhares profundos, o que mais, exactamente, poderá esperar? Pode até querer e esperar TUDO, é a isso que temos direito nas relações, mas e onde fica o dar?

E o que foi que sentiste ter dado para que ganhasses o direito a receber mais? Será que quando viras as armas sempre para o mesmo alvo, tens o cuidado de perceber quem é o teu verdadeiro inimigo? Quem mais senão tu mesmo? Será que quando acusas, na maioria das vezes baseado em coisa nenhuma, pensas nas acusações que te podem ser feitas? Será que consideras que apenas a ti estão reservados os direitos e que não te cabem os deveres?

É curioso ler e reler o muito que se escreve, até porque se descobrem facetas que foram apenas encenadas, que sabiam e cabiam bem na altura, mas que não teriam consistência para subsistir. Ter alguém à altura da nossa capacidade de debitar palavras, é deveras um desafio, mas estar à altura é começar, manter e continuar. Estar à altura é não desistir de as usar, sobretudo quando se jura a pés juntos, que se tem razão?

Ai o raio da vontade. O estúpido do amor encenado. A tonteira do desejo de alguém que nunca se quis verdadeiramente... Esperei, mas também não me chegou. Nunca tive, de nenhuma forma e na verdade fui a que menos reclamou. Não deixa de ser interessante!

Perdeste-me, agora deixa-me ir!

setembro 21, 2016 0 Comments
Between what is said and not meant, and what is meant and not said, most of love is lost. Khalil Gibran:



Perdeste-me, agora deixa-me ir. Aceita, já não estou mais aqui, perdeste-me. O amor que te tinha antes consumiu-me toda e não deixou nada, já não restaram sequer migalhas.


Já houve um tempo em que moveria montanhas para te ter, para que me visses e pudesses aceitar. Já tive horas em que deixei de importar, em que cada movimento era feito para ir na tua direcção, para que me conseguisses dar, só que fosse, um terço do que sempre te dava eu, amando-te como ainda ninguém o fez.

Agora vais ter que ser tu a aceitar e a deixar-me ir, a não esperares que te toque, que te ligue, de voz doce, a passar-te tudo o que tinha dentro e que te pertencia. Tanto que já precisei de ti, tanto que desesperei com as tuas indecisões, porque não foi assim que começaste, não foi vazio que me encheste, não foi calado que me falaste do amor que dizias sentir por mim, talvez para te enganares a ti, talvez por também desejares um sentimento que nunca conheceste.

Já não te pertenço, subi à minha montanha e é onde me manterei, bem distante de ti, olhando-te, pequenino a desaparecer do meu horizonte, a perderes a importância que precisei de te dar, mas que agora tiro, libertando-te, e a mim.

Deixa-me ir, mas não olhes enquanto o faço, porque te irás arrepender. Um dia saberás do que era realmente feita, no dia em que quem estiver ao teu lado seja apenas metade do que já fui!