10.10.16

Haverá sempre quem nos cure!

outubro 10, 2016 0 Comments





Mesmo que o sol não rompa e até quando a chuva se mantenha, teimosa, a escurecer os nossos dias, poderá sempre aparecer quem nos venha curar!

Um dia, de onde menos se espera, uma mão, um olhar, um rosto, chegará para nos ajudar a entender e a prosseguir. Há muito que parei de afastar os outros, porque percebi que cada um tem a sua missão na terra. Hoje sou eu a precisar e alguém estará, aqui, para mim. Amanhã certamente que poderei fazer o mesmo, permitindo que um outro, algures, se sinta menos só.

Obrigada pelo cuidado, pelo tempo. Obrigada pelas passadas ao meu ritmo, por teres corrido mais devagar e por teres fingido não ver o meu semblante triste. Obrigada, simplesmente  por me teres procurado, achando que a minha voz estava diferente, não me permitindo sequer a recusa. Obrigada por não teres procurado respostas e por não teres tentado saber do que nem eu sei.

Disseste-me, com o olhar, na despedida, que estavas pronto para quando eu voltasse a precisar. Sorriste para me encorajar e piscaste o olho malandro à espera que te sorrisse de volta,

Haverá sempre quem nos cure as dores invisíveis aos olhares menos atentos. Haverá sempre quem se preocupe, mesmo, connosco. Haverá, ao longo da nossa vida, quem já tenha sentido o mesmo, e perceba por onde se deverá andar até que passe. Haverásempre, quem nos consiga relembrar que os amores existem para que os tenhamos, para que nos deixem mais completos e não para nos fazerem sofrer.

Para um dia que se avizinhava tão negro quanto está a minha alma, até que fui abençoada. Mesmo achando, antes que podia reclamar, perdi o direito de o fazer quando senti que tenho TUDO o que preciso e que sou bem mais do que alguns conseguem ver

Nada acontece por acaso, não na minha vida e nela haverá sempre espaço para quem me reconheça!

Será que já sabes que perdas conseguirias aguentar?

outubro 10, 2016 0 Comments




Sabes de que forma conseguirias lidar com uma perda, daquelas que arrancam cada pedaço de nós, que nos atiram para um espaço sem mapa ou roteiro e nos esventram enquanto ainda respiramos?
Tudo se torna suportável quando tem volta, quando existe uma solução e de cada vez que sabemos que mesmo a doer, eventualmente passará. Mas já perder para sempre, ficando sem a pele de quem nos confortava, do olhar de quem nos conhecia por dentro, das mãos sempre suaves que nos tocavam para nos tranquilizar e para nos forçar a mover, dessa perda ninguém nos fala, não as vezes suficientes para que a consigamos saber aceitar melhor.

Perder-te, sentir que me eras levado, mudaria toda a perspectiva de mim mesma, porque até que já aguento a tua distância e ausência, mas não aguentaria a perda definitiva, não aguentaria o vazio, o silêncio, a procura incessante, mas sem resultados de um corpo que me pertence e sem o qual não iria querer continuar. Perder-te seria admitir que és finito, que não tens forma de me prometer que nunca te afastarás de mim, não por mais do que o tempo necessário. Perder-te seria perder cada momento que ainda planeio viver contigo, até porque já os consigo sentir e saborear, tal como sei, mesmo de olhos vendados, qual o sabor da tua boca.

Ser forte tem um limite, vem com um código de barras, mas a leitura não é feita por nós. Ser forte é termos de quem falar e a quem chamar quando a sua falta testar a nossa resistência. Ser forte quando nos arrancarem do chão e de nós mesmos bastando um estalar de dedos, ou de destino, isso sim será força, tudo o resto passará apenas por momentos menos bons.

Será que já sabes que perdas conseguirias aguentar?

Histórias que de que somos todos feitos!

outubro 10, 2016 0 Comments
Portrait of beautiful young woman laughing in the car. Woman taking a break on road trip. #lifestyle #photography #woman #adventure #travel #vintage #happy


Histórias, existem muitas e até nos contam algumas, desde a infância. A mais comum é a da felicidade eterna, a procura e o desejo da mesma. Ainda agora comecei e já me estou a rir. Perdoem-me, mas na realidade tenho que admitir que estou cada vez mais azeda. Já fui acusada disso mesmo por duas vezes a semana passada. Não é forçosamente mau, até porque na terra onde nasci existe um fruto que se chama azedinha e garanto-vos que é deliciosamente azedo.

Mas voltemos à felicidade. Tal nunca será possível, mesmo que o desejemos, com toda a nossa boa vontade, para quem largámos, para a pessoa que ficou pelo caminho, isso é utópico, não existe. Quando duas pessoas se amam, apenas serão felizes juntas, a felicidade de uma sem a outra é guturalmente impraticável, a não ser que fossemos irracionais. Se uma entende que é capaz de desejar a maior felicidade à outra, numa nova relação, num novo caminho, longe do que sentia antes, então ou já não ama, ou não sabe o que é amar e por consequência nunca amou.

Sejamos honestos quando estivermos a lidar com sentimentos. Todos somos dignos de respeito, por isso não usemos nomes que não existem para o que já foi inventado. Ir-se directo ao assunto ajuda bem mais o que fica para trás e é tão simples. "Não te quero". Três preciosas letrinhas e que não obrigam a mais nenhuma explicação.

A cada dia que passa vou tropeçando em mais pessoas mentalmente desarranjadas. Parecemos estar perante uma nova patologia, talvez originada pela mudança brusca das condições climáticas, porque na verdade é tão extrema que ninguém encontra equivalência ou sequer entendimento. Não estou a fazer sentido? Às tantas já fui contagiada e não tarda começo também a contar histórias. Só não podem é ser da Carochinha, serão de amores mesmo, daqueles que não sendo até são e que mesmo não estando, estarão. Ok desisto, estou oficialmente infectada...

Não saber perdoar sobretudo a falta de amor...

outubro 10, 2016 0 Comments
corridor / Black & White Photography:


Isto de sermos humanos por vezes faz com que a parte mais primitiva de nós venho ao de cimo e por consequência não sejamos capazes de perdoarNão saber perdoar resume-se à incapacidade de entender contornos esquivos e dúbios de quem não sabe o que quer e espera da vida. Não saber perdoar acontece quando se percebe que o esforço para manter quem supostamente se amava, não é nenhum e que nunca houve comprometimento, apenas palavras vãs e ocas.

Pode-se perdoar a faltar de amor. O fim do amor e até a incapacidade de amar da mesma forma, mas o que não se perdoa são os subterfúgios, as desculpas esfarrapadas e as fugas para parte alguma. Sou uma afortunada porque não odeio ninguém. Não existe nenhum ser vivo à superfície da terra que me arranque um sentimento tão negativamente forte, mas sou exímia em oferecer indiferença. Não perco tempo com quem gastou o meu tempo em vão. Não aceito que não saibam como me quererem, depois de terem dito que me queriam tanto. Não aceito pequenez de espírito nem falta de carácter. Não tolero dúvidas em seres crescidos, pelo menos no bilhete de identidade.

Quando digo que não me sinto MINIMAMENTE atraída por homens mais novos, é precisamente por não ter falta de qualquer sentimento maternal, é que já tenho mais filhos do que a média nacional. Mas, e lá volto eu aos "mas", parece que para serem imaturos e sem qualquer visão de futuro, não necessitam forçosamente de menos experiência de vida, basta não quererem aborrecer-se ou ter trabalho, porque é isso que as pessoas consideram que as relações dão, trabalho. Mesmo que eu seja contra, mesmo que eu ache que as relações apenas necessitam de dedicação e empenho, eu não basto para mudar mentalidades e mundos pequenos.

Não perdoo algumas pessoas SIM, é um direito que me assiste, mas também vos garanto, que tão depressa me lembro da desilusão que me provocaram, como rapidamente me esqueço até de que nome teriam.A minha função aqui é puramente didáctica e é por isso que preciso de vos passar algo importante; Se a vossa incapacidade de perdoarem alguém vos impedir de continuar, de sorrir e de fazer o que faziam antes, então resolvam-se e entendam que somos primeiro que tudo o resto, humanos e passíveis de erro. Por isso perdoem. Pronto, acho que me redimi. Ufa!

9.10.16

Vozes e sons, quem disse que não têm poder?

outubro 09, 2016 0 Comments
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Vozes e sons, quem disse que não têm poder? Nunca fugi de falar contigo, soube sempre como te conseguia mudar o teu humor, deixar-te mais pleno, de sorriso nos lábios, que mesmo não vendo, sentia. Sabia como te deixava completamente excitado, de que forma apertavas as mãos para resistires ao meu poder, à forma como te soprava as palavras, cada uma carregada de tudo o que mexia com o corpo que já conhecia, tão bem, o mesmo que se retraia e se movia ao som dos meus desejos.


Até quando te beijava estava a falar-te com a única voz que conhecias e reconhecias. Era eu a que ouvias logo pela manhã, nas manhãs que passámos a ter ambos. Dizias que não te cansavas de me ouvir, que a forma tranquila como o fazia te sossegava o espírito e te lavava do que não te preenchera, em dias menos felizes, mas que o seriam logo que me ouvisses outra vez.


Também te ralhava e também me zangava. Também te cobrava, o que queria para os dois, mas fazia-o no mesmo tom, e entrava-te tão dentro como jamais o poderias fazer tu, em mim, neste corpo que ainda padece com a falta do teu. Só conseguia amenizar-nos, aos dois, falando-te da única forma que sabia, com paixão, com calor, com tudo o que tinha para ti e nem fazias ideia de quanto...




Quando te vi, a primeira vez, depois de me teres ouvido e dito que te enfeitiçara e prendera a alma, dei-me com cada som de que sou feita e encaixámo-nos ambos, julgava eu que para ficar, porque o que dizia fazia sentido para ti, era eu com a minha voz e nos meus sons!

Tentámos, mas estivemos afastados demasiado tempo!

outubro 09, 2016 0 Comments
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Tentámos, mas estivemos afastados demasiado tempo. Agora que penso nisso porque não resultou, não melhorou nada e não serviu para nos manter bem sozinhos!

Já experimentámos de tudo, um amor intenso daqueles que nem nos tirava da cama. Tivemos dias e dias de tanto corpo que doía, que parecia arrancar-nos pedaços de dentro e de fora. Tivemos dias de choros intensos, em que nos culpávamos de todas as pressas, de todos os amargos de boca e nos mantínhamos de costas voltadas até que um e outro cedessem.

Juntos, somos um caso sério de amor que se faz esperando tudo e não parecendo precisar de mais nada. Damo-nos choque, arrepiamo-nos apenas com o olhar e derramamos todas as palavras de que o outro parece precisar. Caminhámos tantas vezes juntos, de mãos dadas, rindo e fazendo planos que até poderiam ter dado certo. Desejámos os mesmos lugares e conseguimos planear como e quando ir sem nunca ter data para voltar.

Como existe um tempo para tudo, como deixei de acreditar e como parei de te sonhar porque não conseguia sossegar nem voltar a ser eu, decidi deixar-te ir. Sei que não irás lutar, soube quando te ouvi pedir-me que seguisse e encontrasse quem me fizesse feliz. Sei que carregarás, se preciso for, o mundo nos teus ombros, mas não me pedirás para voltar e tive que aceitar que existe um tempo para deixar ir quem já amei bem mais do que a mim. Tentámos um e outro, mas não éramos nós, não um para o outro!