20.10.16

Ping-pong!

outubro 20, 2016 0 Comments




Ping-pong! Não, não estou a falar de um jogo de mesa, é da vida mesmo!


Um dia acordamos e sabemos tudo entendendo cada som, no outro imediatamente a seguir, nada, multiplicado por todos os outros de que já padecemos, e voltamos à estaca zero. É irritante, e cansa.
Será que existem pessoas cuja função na terra é apenas a de nos atazanarem a paciência e de nos testarem os limites? Ora estão para a esquerda, ora para a direita, baralhando toda a gente no percurso!

Custará assim tanto ter uma opinião, desejos fundamentados e segui-los? É difícil? Obviamente que sim, mas nada nos chega sem algum custo, temos apenas que fazer avaliações e perceber quem vale o quê. O sofá também é bom no final do dia, ou até entre momentos, mas querer apenas e só conforto, sem borboletas na barriga, sem sentir os pés em formigueiro, sem ter quem nos afague o coração e nos ponha no caminho certo, é morrer lentamente, é desistir antes de começar, é entregar a alma ao diabo e esperar, apenas esperar, que melhore um pouco.

Não sei como se consegue, não entendo quem não tenha ainda aprendido a lutar, a ir atrás dos sonhos e até a sonhá-los, alto, com estrutura, querendo estar no pico da montanha e tendo ao lado quem também o consiga escalar.
Não sei porque navegam entre o sim e o não, procurando o que aparentemente não existe e fugindo do que está "lá", onde e quando é preciso.
Não entendo os pobres de alma, os que não conheceram ainda a essência do amor, e que nunca o chegarão a saborear, porque insistem na solidão partilhada e nos vazios de que se enchem até quase rebentar.

Haver quem viva num ping-pong constante, sem nunca parar sequer para se olhar, leva-me à inevitável pergunta - O que vieram exactamente fazer aqui? - Responda quem souber e tiver coragem!




Qual a parte de mim que mais gosto?

outubro 20, 2016 0 Comments
LHF*:




Qual a parte de mim que mais gosto? Não sei muito bem o que escolheria em primeiro lugar, porque até que gosto de QUASE tudo em mim, mas a ter que ser, muito provavelmente seriam as mãos. São o motor, de tudo o que faço, gosto de as olhar, de as enfeitar, de as manter como a extensão do que sou. As minhas mãos nunca se fecham, são abertas tal como tudo na minha vida, estão sempre prontas a segurar as que se estendam para mim, e nelas cabe o meu mundo, inteiro, sobretudo quando percebi que com elas cuidava, como ainda faço, dos meus e de todos quantos consigo amar!


Tanto que eu produzo todos os dias. Tanto que faço acontecer e que toco com estas mãos que são tão pequenas quanto é grande a minha capacidade de as preencher.

As mãos tocam, afagam, acariciam faces, corpos e cabelos. As mãos mostram sem palavras o quanto desejamos outra pessoa e até onde podemos ir. As mãos, as minhas, são o meu reflexo e são a minha marca.

Não gesticulo em demasia, controlo cada possível descontrole, gosto de passar, pelas mãos, a minha firmeza, mas também a minha capacidade de me manter pouco exposta, porque não tenho que ser "sonora" para me fazer ouvir.

O que seria de mim sem as mãos que me tranquilizam, quando mais ninguém está suficientemente perto? A minha alma usa-as para que saibam do que falo, o que sinto, como, quando e com quem.

Estou a olhá-las, como não me esqueço de fazer, todos os dias, porque são do formato, do tamanho, e da determinação que me caracteriza. Com elas serei capaz de fazer nascer e de matar. Com elas uso o que aprendi para que possa mudar o meu mundo e o dos que conseguem fazer parte dele. Com as minhas mãos te tocaria agora, da forma que certamente precisarias, para teres a certeza de que nunca se movem em vão, e que a fazê-lo terá sempre que ser no corpo certo, num outro que não o meu, e que com elas serei capaz de nos juntar.

Se entendesses e tocasses a parte de mim que mais gosto, irias saber como te conseguiriam ligar cada botão!

Se arrojarmos!

outubro 20, 2016 0 Comments
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Se arrojarmos, se pararmos de recear as decisões novas, o Universo recompensa-nos pelo atrevimento!


Não ando aqui, há meia dúzia de dias, e é por isso que sei, melhor do que ninguém, o que tenho que fazer com a minha vida, como posso reavaliar decisões, por onde me virar se a escolha anterior não tiver sido a mais feliz. No fundo como começar de novo, a cada recomeço.

Já não sou TÃO avessa ao novo, como era antes, talvez porque também já sou mais segura de mim, ou porque já saiba, antecipadamente, como vou reagir a cada desafio. Sei sempre se estarei à altura, se poderei deixar-me bem vista e se não deturparei a minha forma de entender o mundo.

Não sou melhor do que ninguém, perco apenas mais tempo, do que a maioria das pessoas a montar o meu próprio boneco, a fornecer-me as emoções e as informações de que necessito para que não seja apanhada de surpresa, e olhem que não é fácil surpreenderem-me, comigo, com o que digo e penso, com o que sinto e consigo mostrar.

Se arrojássemos mais, se não nos escudássemos no nosso próprio medo de falhar, certamente que viveríamos mais plenamente, experimentando para ter sucesso, mas aceitando cada falha como uma nova oportunidade.

Decidi que vou arrojar mais nas relações, no amor, nos sentimentos, porque se já o faço em tudo o resto e me dou bem, para quê refrear-me?

Atraímos o que sentimos!

outubro 20, 2016 0 Comments
Maybe Ellie tries some painting^^ This girl looks so young and innocent. Love it.:



O que vai poderá até voltar, mas certamente que acontecerá da mesma forma e ainda com mais intensidade!

Atraímos invariavelmente o que estamos a sentir, mesmo que inconscientemente, por isso cuidado, aprendam a reformular desejos e a redireccionar os sonhos. Mais do mesmo, até para os que duvidam acabará por vir, depois não se queixem. Até parece que já estou a ouvir uns quantos aos "gritos" que não, que não poderiam ter pedido o mal que lhes chegou. Não mesmo?

Já aprendi umas quantas coisas e a mais valiosa tem sido o dar para receber. Se estiver de mal comigo, se não me descolar de uma pele de ladaínhas e lamúrias. Se achar que apenas me chegam as coisas erradas por isto ou por aquilo e não as repensar ou mudar, então é isso mesmo que acabarei a ter.

Os maus pensamentos inundam-nos, milhares deles por segundo, mas cabe-nos afastá-los, tentando reorganizar a forma como nos vemos e ao outro, porque nem sempre o que parece é. Os maus pensamentos gelam-nos os movimentos, e impedem-nos de darmos o que temos, o melhor, presenteando-nos, no final, não com os espólios de guerra, mas com os troféus de uma vitória bem merecida. Os maus pensamentos, em relação a ti, esfumaram-se, porque já sei o que sentes, o que esperas, e de que forma podemos, ambos, ter o melhor de cada um.

Como atraímos o que sentimos, diz quem o sabe, eu percebi que te atraí, a ti, e que te quis na minha vida, por isso decidiste entrar. Entraste e até conseguiste fazer-me acreditar que me desejavas da mesma forma. Tentei afastar todos os maus pensamentos, e concentrar-me apenas em te fazer feliz, achando que apenas assim poderia receber mais do que te conseguiria dar. Mas porque atraímos o que sentimos, e mesmo tendo achado que estava a escolher o que sentia, sem reservas, este amor provou-me que o estava a gerir da forma errada. O que sentia, bem dentro de mim, foi o que acabou a chegar.

19.10.16

Onde estavas?

outubro 19, 2016 0 Comments

Black and White Portrait Close Woman Photography by Leonhard Kätzel:

Para onde foste quando as coisas correram mal, de quem fugiste afinal e porque te mantiveste quieto?

Sabes quantas vezes te pedi para que ficasses? Lembras-te do meu olhar de cada vez que quiseste desistir? O que queres agora, o que esperas que aconteça depois de todas as vezes em que precisei TANTO de ti e em que não estiveste por escolha própria? Que me esqueça e que te deixe retomar do mesmo ponto, o que não te apeteceu manter? Tudo vem com prazo, até e sobretudo o amor. Não sei se assim será pelo excesso, ou pela falta, mas a inevitabilidade de sentimentos que falham porque não se cultivam e conseguem manter, não nos deixa muita margem para dúvidas.

Não, lamento, mas vou ter que te oferecer o que tanto te esforçaste por receber. Desta vez já me fechei a ti. Desta vez deixei de precisar do que apenas tu me davas antes.

Será que agora te perguntas onde estavas enquanto eu continuava com a minha vida? Será que já te contas, a ti mesmo, os momentos que muito dificilmente irás repetir com outra mulher? Será que pensas se já serias capaz de me ouvir?

Acredito que as dúvidas e as perguntas passem a ser tuas, porque a mim restaram-me as certezas que uso para prosseguir com a minha vida e apenas deixar entrar, outra vez, quem saiba até onde precisa de ir para me ter. Quem o desejar não terá que ir muito longe, porque a sabê-lo, até que farei metade do caminho.

Não sei onde estavas, nem sequer quando, aparentemente, eras o meu homem, mas deixaste de ser a razão pela qual me questionava até a mim. Não sei onde estavas, mas sei, com toda a certeza que já não voltarás a estar onde estou eu. "That simple"

Será assim tão diferente?

outubro 19, 2016 0 Comments
lovely romantic

O que quero é assim tão estranho e diferente do que queres? Não somos iguais, não poderíamos, mas certamente que a vontade de que do outro lado esteja quem nos roce a pele, com sensações que mais ninguém passa, nos será comum. Ter alguém que me chame e a quem eu queira sempre responder, dando o melhor que o meu corpo consegue, indo e vindo num desespero que apenas exista se não existires ele, é do que eu não abdico. Tudo o resto será demasiado fugaz, só trará emoções que acabam mal acabe, o olhar e se soltem as mãos. Ter alguém a quem eu possa "gritar" todo o amor que sei fazer, não me poupando a qualquer esforço para dar, SEMPRE, o que lhe fará a falta. Ter em quem confiar a alma que posso perder se não souber de mim, o que procuro e o que faço aqui. Ter do lado certo, do meu, quem não terá porque desistir porque estará, igualmente, no único lugar que lhe servirá.

Não pode ser diferente o que esperamos ambos. Não o será se nos amarmos da mesma forma e se o que precisarmos no nosso futuro nos carregar juntos. Já não sei como "te" dizer mais e da forma certa, preciso apenas que queiras precisar de mim, que me fales dos teus segredos e que os mistures com os meus. Diz-me, por favor, se é assim tão diferente o que queres e precisas. Diz-me, sem te esconderes, sobretudo de ti, se viverás bem mim. Diz-me que não me procuras e que não esperas pelo que espero eu, por ti? Diz-me, se o souberes, com o que sonhas quando te permites mesmo sonhar e se em cada um dos sonhos existe uma figura e um modelo que se encaixe? Diz-me quem és e por onde andas?