12.11.16

Agarrada a ti!

novembro 12, 2016 0 Comments
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Quem é que não gosta de muito corpo, de muito amor e da sensação de ter encostado, ao corpo, quem nos complete e quem se mova de respiração pesada, mas tranquila e saciado? 

Gostamos da sensação de sermos feitos para nos encaixarmos. De precisarmos de nos ter, uns aos outros. De não olharmos para mais nada nem ninguém que não nos inclua. Gostamos de saber que mudamos os dias de alguém. Que começamos e terminamos juntos no pensamento e que procuramos o mesmo e ao mesmo tempo.

Agarrada a ti neste momento, sabendo que te sentiria mover, que me oferecerias as palavras que usas sem medo, para me deixar mais tua. Agarrada ao amor que te tenho e à necessidade de te ver de todos os lados e em cada frente. Agarrada a quem aceito, sem reservas, dando o meu corpo. Agarrada, confiante e segura, seria sempre o melhor de tudo.

Por norma sabemos onde está quem nos completa quando o imaginamos. Sabemos cada contorno. Sabemos de que cor ficam os olhos que nos conseguem ver como somos. Sabemos tanto do outro, mas sempre tão pouco...

Com um "amo-te" e todas as dores se esfumam. Com um toque meigo, um encostar de cabeça num peito que me parece gigante, onde cabemos inteiras, e o nosso mundo gira até mais rápido e luminoso. Com um "amo-te" todas as defesas se quebram e passamos apenas a querer estar agarradas a quem não tem forma de não estar agarrado a nós!



Obrigada!

novembro 12, 2016 0 Comments
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Se devemos agradecer, então faço-o aqui! Obrigada por tudo o que já me fizeste sentir. Por cada batida mais agitada. Por todos os sentimentos que fui capaz de experimentar. Pelas palavras que me fizeste largar, que vieram bem de dentro de mim e sem qualquer dúvida!


Já foste quem me fez acordar a saber que teria muito mais do que conseguira no dia anterior. Por ti soube que me superaria e levaria mais longe os meus sonhos.  me deste tanto que nem eu mesma seria capaz de contabilizar, porque o mais pequeno chegou a crescer até se agigantar, sobretudo na minha vontade de que se repetisse, uma e outra vez.  foste a razão pela qual me adaptei e consegui visualizar mudanças que nos caberiam a todos, sabendo que poderia conciliar os dois mundos.  foste, porque deixaste de ser. O nosso passado decidiu que o futuro não existiria, e fez-me entender porquê, poupando-me a viver numa ilusão que apenas me faria perder a confiança em mim mesma, e porque muito certamente passaria a duvidar do que sou capaz de fazer sentir.

Obrigada por não me teres deixado ir mais longe, cortando os sonhos que já estavam a levantar voo quase incontroláveis, quando eu mesma sou tão "sonhadoramente" pés no chão. Obrigada por me mostrares esta minha forma de amar. Gostei de tudo, até do menos bom, porque percebi que afinal também o consigo ultrapassar e resolver.

Aos amores que se foram e aos que não poderiam ficar, não importa muito porquê, desejo que a sensação de perda se transforme numa capacidade de atrair mais amores e de nunca se desistir, porque é disto que nos falam desde que nascemos. A todos quantos já estiveram do lado de lá, desejo que regressem, confiantes porque não terminou, apenas foi adiado, não foi com este corpo, apenas porque teria que chegar outro.

Obrigada pelo muito que aprendi e que planeio não repetir. Pelos cuidados acrescidos que agora terei que colocar numa nova relação. Pelas bofetadas de alerta e das quais me recordarei quando estiver, outra vez, suficientemente exposta. Pelo errado que transformarei em certo quando me arriscar a recomeçar. Obrigada pelo amor que sei que chegaste a sentir, espero que te tenha feito tão bem a ti quanto me soube a mim. Obrigada por teres chegado quando eu precisava mesmo e obrigada agora por te teres mantido aí, ajudando-me a que te fosses de vez!

Suavizar é preciso!

novembro 12, 2016 0 Comments
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Suavizar é preciso! Olha a tolerância mulher, refreia-te lá um pouco se fazes favor!

A sorte é que sou como o ar, por isso nunca me zango por muito tempo, nem me rio até parecer disparatada. Existe sempre algum equilíbrio no meu desequilíbrio e acabo a prosseguir, refeita do que me deixou menos bem. Já vou tentando suavizar tudo, vivendo e permitindo que vivam os outros, até porque não há outra forma e não faço qualquer questão de mudar o mundo. Mesmo que me sobre talento, ainda me falta o tempo e alguma paciência. Dá-me tanto trabalho ser como sou, ter subido todos os degraus que vejo quando me atrevo a olhar para trás, que nada nem ninguém me mudaria agora, sobretudo para pior. Já vou sendo mais tolerante, um nadita mais, respeitando melhor as impossibilidades dos outros, as suas velocidades tantas vezes paradas, as dúvidas que insistem em ter, ao invés de fazerem o mais fácil, perguntar. Tão simples que até irrita, porque eu quando não sei, pergunto e depois logo decido o que fazer com a resposta.

Estou a cada dia mais disponível para ver o que conseguem ver os outros, os que conheço porque o permitiram, pondo-me nos seus lugares difíceis de protagonistas e não levando ideias feitas. Até que tem resultado. Sinto-me menos acelerada. Penso, devagarinho. Reduzo para uma segunda confortável e aguardo que a lucidez e a vontade de apenas serem felizes, lhes solte o gatilho.

A conciliadora, quem sabe não me passam a conhecer assim, até porque seria um sinal definitivo de que ainda tenho mais por onde crescer!

Há quem se cole!

novembro 12, 2016 0 Comments
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Há quem se cole, quem fique para nunca mais sair. A esses há que saber aceitar, deixando que nos passem o que mais ninguém saberá, permitindo-nos sentir a saudade, as lembranças boas e más e não lutando contra o que nunca teremos forma de vencer!


Há quem nos faça sentir que não teremos nada a perder e que por isso deveremos sorver a felicidade e as dores, tudo na mesma proporção, num cocktail explosivo, mas que não nos matará, porque apenas se morre quando não se viveu.

Vem, podes ficar, mesmo que para sempre. Eu deixo, já sei como se faz, como se bebe do antes e se continua para o depois. Vem que já não tenho qualquer medo de que ofusques os que ainda chegarão, nem que os impeças de serem eles mesmos, sem que eu os compare ou te compare.

 aprendi a gostar tanto de tudo o que me deste, quanto de ti, como eras para mim e no que te tornaste.  percebi que a forma como estás ainda em mim, se deveu ao que não houve tempo para acontecer, mas que consegui antecipar e por isso me ficou o sabor, agridoce, mascarado de um amor que nunca o foi, não para ti. Não tiveste o tempo que precisava eu para te provar que valeria a pena, que eu mudaria alguma coisa, que não me iria apenas instalar, sendo mais uma.  não te culpo de nada, nem sequer me arrependo de nada, porque acabei a aceitar que não estivemos na hora certa e no momento que nos faria seguir em frente. Não fomos capazes de nos misturarmos, tanto, que se nos tentássemos soltar já não saberíamos por onde.

Há quem se cole, tal como o fizeste e venha para ficar. Nada a fazer!

Ela era a minha mulher!

novembro 12, 2016 0 Comments
Ballerina

Ela era a minha mulher. Era com ela e por ela que mudava até o meu caminhar. Ela era quem me acolhia quando o resto do mundo me deixava seguir, sem rumo, sem me olharem e sem saberem como me ver. Ela era a minha mulher e eu deixei de a reconhecer, vi-a partir e não me movi, paralisei num medo absurdo de não ser capaz de usar as palavras para tudo o que se me apertava dentro. Ela era a minha mulher e perdi-a!

Do que somos feitos quando parecemos não conseguir guardar dentro, NADA do que nos motiva e incentiva a iniciar uma relação? Porque esperamos sempre demasiado dos outros, de quem conseguimos amar, numa dor que também dói, porque o amor não são apenas corpos que se juntam e tocam como mais nada nem ninguém consegue, e não damos na mesma proporção, subtraindo para depois não ter o que dividir? Do que somos feitos quando escolhemos não guardar nada do que armazenámos e apenas porque começámos a amar? Do que somos feitos quando alguém, a nossa metade, nos olha e pede que fiquemos, que partilhemos, que estejamos prontos porque o momento chegou? Do que somos feitos quando escolhemos não ser feitos de nada?

Ela era a minha mulher ao acordar. Eram os seus olhos de mel que via primeiro e o seu sorriso que beijava, nuns lábios que me sabiam sempre ao seu sabor. Ela era a minha mulher quando se aninhava carente, mas confiante, no corpo que tantas vezes lhe deu o que nem precisava de pedir. Ela era a minha mulher de cada vez que me oferecia um abraço silencioso, mas que me gritava alto que estava ali para mim. Ela era a minha mulher quando corria pelos dias loucos, apenas para estar quando estivesse. Ela era a minha mulher e foi-o sempre e a cada minuto. Ela era a minha mulher, mas perdi-a!


11.11.16

O teu cheiro no meu cheiro!

novembro 11, 2016 0 Comments
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O teu cheiro no meu cheiro não é imaginação, não sou eu a criar formas de te manter, é mesmo real. O teu cheiro está entranhado no meu e ainda o sinto de cada vez que penso em ti, e é quase sempre!

Tenho saudades de tudo o que representavas para mim. Do teu olhar, das tuas mãos enormes, talvez por serem as minhas pequeninas. Tudo em ti me faz falta. A vontade de me poder roçar na tua pele de olhos fechados, mas a ter tudo o que sempre esperei, isso é que te trás de volta a mim com a intensidade que só sente quem conseguiu o privilégio de amar muito.

Os cheiros dos que já deixámos ir não nos abandonam e a prová-lo a capacidade que temos de os recordar bastando que se aproximem de nós. Já tive um amor longo e sei do que falo. Sei porque o reconheceria em qualquer lugar e porque a forma como ficou carimbado em mim jamais poderá ser abafado por nenhum outro. Diz a ciência que é o que nos aproxima em primeiro lugar e certamente que a nossa parte animal encontra aqui uma forma de manter a espécie. Mas voltando a ti, porque é de ti que falo agora, posso dizer, afirmar e jurar que senti o teu cheiro mal acordei e que mesmo achando que sonhava, fiquei com o sorriso mais aberto que consegui e de imediato pronta para tudo o que de bom me iria acontecer. Não importa a que distância permanecerás, se algum dia te voltarei a ter, ou sequer a ver. O que consegui de ti já é meu e o teu cheiro permitirá ainda muitas histórias, palavras e mais palavras sobre o que foste para mim e de que forma te consegui manter. A verdade é que te amei como esperava, como teria que ser e como faria sentido, o resto serão apenas os factos, as escolhas e a vida a decidir pelos que não decidem.

Quanto ao teu cheiro, ele vai permanecer pelo tempo que entender, porque pelo menos isso sei que controlo!