10.12.16

Nem amigo...

dezembro 10, 2016 0 Comments
Si tocas una cosa con profundo estado de conciencia, tocas todo / If you touch one thing with deep awareness, you touch everything - Thich Nhat Hanh:


Ficaste sem perceber o que foi que me aconteceu e nem amigos conseguimos nos manter! Já não estás em mim da forma que esperámos ambos, porque até tu chegaste a acreditar que teríamos tudo para ficarmos lado a lado, para encontrarmos o nosso caminho, fazendo-o com todos os altos e baixos e nunca desistindo de nós.

Sinto falta de ti como amigo, como aquele que cuidava de me ter acordada, bem, feliz e participando em cada percurso. Sinto falta de saber que me olhavas  mesmo que de longe, mas mesmo assim conseguindo ver-me realmente. Sinto falta da tua força e do teu riso, das tuas certezas, mesmo quando duvidavas e sinto falta até dos sobrolhos cerrados quando já nada mais te restava para dizer.
Sinto falta do teu corpo, daquele que foi meu por breves "momentos", mas que fez sentido e que me deu o que ainda não tinha recebido antes. Sinto falta de te querer sem dramas e de apenas saber que eras tu e continuar nos meus dias contigo dentro.

Já não és nem amante, nem amigo. Voltámos ao princípio, àquele em que procurávamos quem nos mexesse por dentro, quem se encaixasse e viesse porque teria que chegar. Deixaste um vazio, um buraco que quase me sugou e que me assustou pelo medo que tive até de mim, mas que me ofereceu bem mais do que tirou. Já não és nem amigo, mas continuas a ser quem me permitiu recolocar o mundo na posição certa e é por isso que sei que amar-te será o que continuarei a fazer bem, mesmo que sem ti!

Queria...

dezembro 10, 2016 0 Comments
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Vamos lá acertar isto porque eu estou oficialmente dividida! Quero-vos aos dois, com cada uma das coisas que vos caracteriza a ambos e são muitas!

Não vou enumerar, mas sei e sinto o que cada um representa na minha vida. Um está a momentos de deixar cair a cortina, bem espessa, que o cobriu durante longos anos, impedindo-me de ver com clareza e de perceber por que razão a minha "fixação" teimava em se manter. Mas não consigo, nem tenho forma, não agora, de o deixar ir sem saber quem é realmente. Não posso deixar passar, mais um ano que seja da minha vida, a imaginar e a perguntar sem respostas. Não posso continuar a questionar-me e a sentir-me a mais burra das mulheres. Fui sempre tão determinada e prática, que a ideia de todo este tempo a deixar de viver, magoando-me por dentro, revolta-me.

Quantas pessoas terei deixado passar apenas porque TU te mantiveste firme em mim, sem que  tivesse forma de te apagar? Quantas mais poderei deixar ir?

O meu antes ainda é nublado, mas no agora, TU, o meu outro, és claro como água. És o que mostras, dizes o que preciso de ouvir e estás para mim sempre. Cuidas-me e fazes por me conhecer. Apontas para o lado certo da vida sem o florear, sendo consistente, sendo o meu rochedo, o homem que procurei e agora arrisco perder.

Estou oficialmente perdida, assustada e sem qualquer ideia sobre o que fazer a seguir. Queria tanto acertar e decidir-me. Queria ter os "sim" ou "não" que mudariam tudo e que me permitiriam a tranquilidade emocional que me alimenta.  Queria tanto amar por inteiro, a ti, sem sombras do passado, dando-te o que sou capaz e tenho e enchendo-te de mim até que recebesses de volta o que já me fizeste sentir. Queria querer-te. Queria ver-te no meu futuro. Queria acordar com a tua voz e adormecer a saber que já não preciso de procurar mais. Queria perceber que te encontrei e que posso finalmente, após duros anos de procura, chegar a casa e parar...

Os corações que deixamos partir não se curam, remendam-se e ficam com marcas palpáveis e mesmo que não sejam visíveis, estarão lá e impedirão, na maioria das vezes, que se prossiga, livre, limpo e aceitando o que vier, sem receios e com a alma quieta. O meu está assim, mas não queria magoar o teu e por isso vou ter que decidir se te deixo ir, se te liberto, ou se te imploro que me abraces e me protejas de mim, amando-me como só tu sabes.

Já sentia a tua falta!

dezembro 10, 2016 0 Comments
I can't wait to just be alone with you  j feel like could just spill my feelings:


Já sentia a tua falta. Retomámos as nossas conversas, longas, profundas e cheias de desejo de nós. Voltámos a recordar todos os dias que já se passaram desde que nos vimos e soubemos então que seria para sempre!

Já sentia a tua falta e falar não é o mesmo que sentir. Falar não é o mesmo que te tocar, aninhando-me no teu corpo à noite, porque o teu calor e força absorviam-me e reconfortavam-me. Sentia tanto a tua falta, que já nem sabia o que fazer, como me mover e nem como respirar.

Vou tentando não parecer ansiosa. Dou gargalhadas sinceras sempre que dizes as tonteiras que me deixam de alma lavada. Consigo olhar-te quieta, enquanto me contas o que fizeste, mas por dentro apetece-me gritar-te que me abraces forte e que me ames outra vez, porque sinto tanto a tua falta que pareço enlouquecer. Estou ansiosa por estar contigo, para te mostrar o quanto te desejo, mostrando-te a falta que fizeste na minha vida. Sem ti nada tem brilho, nem sequer cor.

Não vou voltar a sentir medo de te sonhar na minha vida. Não vou voltar a impedir-me de te imaginar a pertencer a todas as minhas rotinas. Vou desejar que pares de fugir do óbvio e que percebas que apenas comigo saberás sempre o que fazer, como fazer e porque tudo faz sentido entre nós.

Anseio pelo toque das tuas mãos que de tão grandes escondem a minha, mas que mesmo pequenina passa toda a minha energia. Vais voltar para mim como nunca deixei de acreditar. Vais ser meu uma e outra vez, todas as vezes que necessitar. Vou deixar de te sentir a falta, porque estarás aqui.

Estou a sorrir ao telefone e tu dizes que o consegues perceber. Dizes que me conheces melhor do que ninguém e que sabes até como estou enrolada em mim mesma enquanto te falo de mim, do que sonho e do que desejo. Dizes-me que sou a tranquilidade que te falta, mas por dentro estou como um mar revolto à espera que me chames. 

Já sentia a tua falta, mas sei que não será por muito mais tempo!


Quem é que te ama agora?

dezembro 10, 2016 0 Comments
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Feelme/E a ti!Tema:Sentimentos!
Imagem retirada da internet


Quem é que te ama agora? Não há como deixar de pensar no que fomos e tivemos, e na forma como tratámos os que foram entrando. Vamos deixando muito por dizer. Vamo-nos impedindo de "gritar" algumas das palavras mais importantes e vamos subtraindo o que por alguns momentos parecia apenas poder ser multiplicado. E a ti, quem agora te sussurra os AMO-TE que eu esbanjava? E a ti, quem te enlouquece de prazer e de entrega? Por vezes até percebo que te desesperava, mas apenas porque queria que estivesses e te encaixasses como apenas podem os que amamos. Sempre senti, mesmo quando me enlouquecias ou desesperavas, porque na verdade é apenas isso o que importa.


Por vezes sento-me sozinha, nostálgica e sonhadora e tento adivinhar de que forma mexem, contigo. Como é que te abraçam e ao que sabe o amor que te fazem. Continuo a pensar em quem te amará agora e quem te dirá o que precisas de ouvir, Por onde será que vais de cada vez que ficas ansioso?Será que a praia ainda é a mesma? Ainda guardas para a noite os passeios e as corridas, as mesmas que fazíamos até que ficássemos ambos a escorrer suor, ofegantes, superando-nos e em silêncio, mas usando do mesmo tempo e momento?

Quem é que sabe do que falas sobretudo quando não dizes nada? Que olhares se pousam de cada vez que foges com cada um dos olhos escuros que tanto aprendi a ler? Será que te recordas do que te dizia de cada vez que falámos do nosso amor?

Não sei se já tens quem te ame agora. Não sei se encontraste quem me saiba substituir. Não sei quem ficará no amanhã que me negaste ontem e nem sequer sei o que mantiveste de mim, mas vou continuar à espera de que tenhas bem mais do que me deixaste dar-te!


9.12.16

E vão dezassete...

dezembro 09, 2016 0 Comments
happy birthday 17 gold balloon by Rommeo79 on @creativemarket


Hoje e pela primeira vez desde que sou mãe, estive praticamente ausente no dia da celebração do nascimento de uma das minhas crias. O meu segundo filho, o Rúben, fez, 17 anos e quase não me teve!

Por motivos profissionais fui forçada a dormir fora de casa, ontem, mas acreditem que apenas o meu corpo se deitou, porque a minha mente deu sinal de hora a hora e cheguei a sentir suores frios e claustrofobia, porque do outro lado da minha vida, ficaram 3 filhos, sozinhos. "Já são crescidos" - dizem os que não sabem NADA sobre mim e sobre a forma como sinto cada um deles. Podem até estar crescidos, mas não estou ainda, capaz, EU, de cortar o cordão e de repousar a alma.

O meu rapagão fez 17 anos às 09:35 da manhã. É o mais parecido comigo em termos de personalidade. Desafia-me. Tem vontade própria muito vincada. Sabe o que quer dele e da vida. Testa-me, mas estimula-me ao mesmo tempo.

Hoje não houve bolo, mas o amor não faltou. Hoje a mãe sentiu-se mais pequena e menos capaz de dominar "o mundo", porque na verdade não domina nada. Hoje o sabor do dia foi semi-amargo porque não me desmultipliquei como sempre pareço conseguir.

Eu sei que existem todos os outros dias do ano. Eu até sei que uma andorinha não faz a primavera. Eu sei tudo o que quiserem dizer-me para que me desculpe, mas hoje estive ausente do meu próprio parto. Talvez assim me entendam melhor.

Amar-te meu filho, nem sempre é o que sei fazer melhor!

Quem?

dezembro 09, 2016 0 Comments
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Quem me irá abraçar, agora e de cada vez que me apetecer fugir de mim e do mundo? Quem me irá esperar quando tiver conduzido ansiosa e determinada por querer quem esteja, mesmo, do outro lado? Quem me vai fazer sonhar e sentir tão amada quanto desejada? Quem levará de mim, tudo o que tenho armazenado desde que passei a ser apenas eu?

Os finais são sempre difíceis, mas no mundo dos adultos não se deixam decisões por tomar. Não se esconde a cabeça, ergue-se, continua-se e vai-se à luta. Mesmo nos finais, haverá sempre lugar para se dizer o quanto alguém é especial para nós. Até depois dos finais, é possível encher o coração de felicidade com tudo o que fomos capazes de reproduzir, até quando já não o julgávamos possível.

Quando as perguntas deixarem de pairar no ar. Quando eu passar a querer quem eventualmente me queira. Quando tudo de mim, absorver a metade de mim que me restou, eu sei que ficarei de novo no caminho que me levará à relação que preciso e pela qual espero.

Nunca temos forma de saber como prosseguirá o que começámos. Nunca poderemos manter certezas, até quando tentamos, com toda a determinação, afastar as dúvidas. Nunca saberemos o verdadeiro sabor dos beijos que trocávamos quando sentíamos vontade, até terem deixado de existir. Nunca chegaremos ao outro lado de quem escolhemos, se não soubermos de que lado estamos nós.

Quem é que me poderá responder ao muito que pareço precisar de perguntar?

8.12.16

Se adivinhássemos!

dezembro 08, 2016 0 Comments
orlansky: “ A particularly vibrant puddle in Times Square. ”:
F

Se adivinhássemos. Se no dia em que carregássemos no botão e em que nos permitíssemos ouvir ou falar mais do que o habitual, tivéssemos realmente mantido uma postura de reserva, de cuidado extra e de exigência para com quem entra ou não na nossa vida, certamente que não lamentaríamos nada nem ninguém.

Não queiram ser perfeitos, eu sei que não sou, nem quero atingir um patamar que me eleve acima do comum dos mortais. Eu sou eu, com tudo o que me carrega já faz algum tempo. Faço por mudar, quero mudar, sempre para melhor, mas preciso que gostem de mim, por mim, pelo que aparento, pelo que me permito mostrar e sobretudo por dentro. Não queiram a perfeição, primeiro porque ela não existe e depois porque  vos impede de usufruir, sobretudo da vida.

Agora já recuso o que já entendia ser errado, pelo menos para mim, antes. Recuso que me vejam apenas como uma mulher que deve alterar comportamentos, seguir em frente sem olhar para onde e em quem pisa. Recuso porque sou eu a condutora do meu destino. Sou eu que devo continuar a ouvir com atenção as minhas entranhas. Nunca me enganaram antes, nem mesmo quando consegui o olhar de um amor imenso que não pertencia a este mundo, porque soube que não iria ser meu e que a sua fraqueza o impediria de nos fazer e manter felizes.

Se adivinhássemos. Se eu adivinhasse, deixaria que alguns amores apenas me espreitassem, mas certamente que jamais os deixaria entrar!