30.1.17

Menina-Mulher!

janeiro 30, 2017 2 Comments
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Interessante como olhando para o que escrevia, e nem foi assim há tanto tempo, percebo que achava que já tinha deixado de ser a menina e que por isso não necessitava de ser cuidada, afinal de contas, acreditava ter as respostas para tudo. Na realidade aprendi que a vida guarda as que me vai libertando, as respostas, claro está, a cada dia, mas numa velocidade que nem sempre será a minha!


No meus momentos, neste tempo em que já deixei mesmo de ser a menina protejo-me a mim mesma porque cresci. Porque me tornei mulher. Porque já vi bem mais do que sabia antes e porque já ninguém precisa de me dizer no que acreditar. Mas assim mesmo, sinto que me mantenho no meio das duas, a menina e a mulher. Da menina mantenho o riso fácil, a tranquilidade e o acreditar que tudo se resolve bastando que o queira. Da mulher tenho a alegada sabedoria, o olhar mais completo e os gostos mais apurados. Quando me olho por dentro, sinto a alma jovem, livre e aberta a tudo ao que sei que ainda irei ter. Mas quando o meu reflexo olha para mim, estarrecido, do outro lado, pergunto-me onde estive eu, em que cantos de mim mesma me escondi, porque me permiti fugir, mesmo que agora me tento recuperar à velocidade de cruzeiro.

Já não sou uma menina e o meu corpo comprova-o e até que estou a aprender a gostar dele assim, com todas as "marcas" que fizeram o que me tornei hoje, num passado que apenas poderia ter sido o que vivi. Mas quero aceitar que mantive a parte boa de ser a menina que se junta à mulher porque precisam ambas uma da outra e porque a mistura deixa-nos bem mais completas. Venha quem consiga entender e incluir as duas!

29.1.17

Máquina de escrever!

janeiro 29, 2017 0 Comments



Ainda me lembro das minhas primeiras palavras numa, agora, velha máquina de escrever!

A primeira que recebi foram os meus pais que me deram na Suiça e todas as minhas veias de "escritora", pareceram ter crescido perante a possibilidade de ter algo que se parecesse, minimamente, com um livro. Ainda consigo sentir as teclas debaixo dos meus dedos ávidos de completar algo, de dar vida a uma história com pedaços de mim r de parar os momentos que se atropelavam na minha mente, em forma de palavras. Escrevi várias, que ainda vou relendo, mas que não me atrevo a melhorar, ou a alterar. Agora que tudo em mim aponta para outras direcções, percebo que na realidade não podemos mudar o passado, nem devemos, porque por muito que não o desejemos, ele vai acabar por trilhar o nosso futuro.

Hoje as teclas são outras e as palavras jorram de forma mais consciente, intencional e verídica. Todas carregam a minha história, a minha vida e os meus sonhos, mais ou menos conscientes. Hoje não me refreio, nem controlo o que me jorra, imparável, mas a fazer sentido. Hoje sou um pouco mais "escritora" do que quando recebi a máquina de escrever e já vivi o bastante para que valha a pena documentar.

O que mudou? Não foi apenas a máquina de escrever, fui eu mesma!

Não sei!

janeiro 29, 2017 0 Comments
I want you, I want us...forever and always, xo:


Agora, muito mais do que antes, acredito que não controlamos nada, mas que o que for nosso se nos fizer bem, virá de uma forma ou de outra!

Desde que te sinto. Desde que me preenches os dias e em que não te ter, ou ouvir, já nem sequer é opção, sou mais genuína e sinto-me a flutuar de uma forma que nem eu sei explicar. Hoje, no meio das muitas palavras que fomos trocando e das quais me recordo, uma a uma, senti o mesmo, da mesma forma e intensidade e voltei a acreditar em nós. Não sei onde andámos eu e tu. Não sei porque foi agora e não antes, muito antes de nos termos amargado e perdido. Não sei porque teve que ser assim, quando já duvidava, até de mim. Não sei porque conseguiste entrar nos lugares onde mais nenhum outro esteve. Não sei porque foi pouco, a saber ao que não deixou o sabor colar-se e permanecer. Não sei porque conseguiste parar, desistir e olhar para outra direcção. Não sei como passas sem mim e de que forma planeias o futuro no qual já não estarei. Não sei se apenas sobrevives, ou se me sentes, de forma intensa como ainda te vou sentindo. Não sei quase nada, mas percebo que o que não controlo, não me pertence.

Vamos, certamente, encontrar ao longo de nós e do que desejamos, as pessoas que nos trarão o que nos faltava, mesmo que seja para que continuemos a sentir falta. Teremos, de uma forma ou de outra, as lições que não aprendemos antes e que nos levarão, se as soubemos identificar ao único lugar onde poderemos ficar. Seremos as pessoas que valerá a pena conhecer e ter, se sairmos dos lugares pequenos para onde nos escondemos quando corre mal. Levaremos, "daqui", tudo o que conseguirmos sentir, mesmo que nunca o consigamos entender.

Não sei quando sairás, mas percebo que por ora, te manténs como chegaste, tu todo!

Desde o teu amor...

janeiro 29, 2017 0 Comments
chove lá fora e aqui... tá tanto frio, me dá vontade de saber... aonde está você, me telefona... me chama, me chama!:




Desde que o teu amor chamou o meu e se reconheceram, nada voltou a ser igual. Desde o teu amor que eu passei a saber que fui feita para ti!


A luz que chegava, brilhante, até a mim, mostrava-me o que as sombras, antes, escondiam, porque eu fui feita para ti. Os sons que as nossas vozes eram capazes de passar, traziam palavras novas, mesmo que já todas inventadas. Eu fui feita para ti. Sou diferente, mais e melhor, desde que o teu amor me tocou. Renovei-me e passei a acreditar em amores possíveis, mesmo com toda a impossibilidade que criamos. Eu sei que fui feita para ti.

Tudo o que me conseguiste arrancar, os tremores e os cuidados excessivos, baixaram as minhas defesas e permitiram que te recebesse. Tudo o que me deste, mesmo muito antes de me tocares, foi sentido, sonhado, mas tão real quanto tudo o resto que acabámos a ter.

Desde o teu amor que eu sei que fui feita para ti. És tudo, o que respiro, o que sinto e o que preciso. Desde o teu amor que mais nenhum poderá sequer assemelhar-se.

Os meus silêncios agora já não são carregados. Deixei de sofrer com a tua falta, porque ficaste comigo, para sempre e em cada um dos momentos em que te sinto, continuas a ser tu, na forma que reconheci. Os meus risos não são falsos, mas vazios e desprovidos do que me faria mesmo rir. A minha calma, deixou de ser aparente, agora sou, mesmo, quieta e resolvida. Eu fui feita para ti e por isso, terás que voltar e reconhecer-me. Não tenho que procurar mais, Aprendi a sossegar-me e a assegurar-me do que senti, lá atrás, no passado que criámos quando nos amámos, apenas nós e sem qualquer outro mundo.

Desde o teu amor que todos os amores deixaram de importar. Fui feita para ti e só poderás ser tu mesmo se estiveres comigo!

28.1.17

No nosso futuro!

janeiro 28, 2017 0 Comments
A break in reality - Creative Photo Manipulation by Norvz Austria. Norvz is a photographer based in Philippines.:


No nosso futuro terá que estar a pessoa certa, porque se insistirmos em caminhar ao lado de quem nunca esteve do nosso lado, acabaremos a deixar quebrar tudo o que nos segurava e mantinha para além do amor que nos falta. São muitos os que padecem do tal desamor instalado. Deixaram de sentir falta do outro. Deixaram de suspirar fundo e de se verem tocados como apenas pode quem nos toca realmente. Pararam de planear os passeios de mãos dadas, porque elas já não se tocam nem cruzam. Impediram-se de sequer olhar, porque já não conseguem ver para além de si mesmos.

No nosso futuro precisamos de saber que os beijos a trocar ainda serão quentes, doces e cheios de nós. No nosso futuro teremos que ser capazes de nos ver juntos, amando-nos e transformando o que sentimos no bálsamo que curará qualquer ferida. No nosso futuro, não vamos querer o vazio, o lugar preenchido por uma sombra. Os silêncios que nos arrastarão com o peso do mundo. No nosso futuro ainda poderá vir muito futuro, se estivermos seguro do que o presente nos dá, depois de todo o passado que construímos.

As dores de alma e do corpo. As noites de silêncios carregados. Os vazios que se colam ao estômago, seguidos de um medo que nos arrancam as entranhas. Os lugares que já não têm nome e as ruas que deixámos de reconhecer. Isto é o que o nosso futuro nos dará se não nos dermos e se nos pararmos, sobretudo de sonhar.

No nosso futuro deveríamos já estar eu e tu, mas recuaste e permitiste que o mundo escolhesse por ti. Certamente que não nos voltaremos a ter, mesmo que eu saiba já ao que me saberias quando mais velhos, mas mais entregues ao que passámos a ser, a solidão nunca encontrasse lugar.

Não sei quem me acompanhará no futuro que me negaste, mas se não for do tamanho do amor que te tenho ainda, escolherei ficar sozinha, mas sabendo que nunca me sentirei só!

Irreverência!

janeiro 28, 2017 0 Comments
Roberto Verino ss 2015:


Irreverência física e emocional. A necessidade de dizer e parecer o que se é realmente, mesmo que choque e abane mundos pequenos. Até o consigo entender e aceitar, mas teremos que ser nós em todo o percurso, sem nunca nos defraudarmos, sem nos vendermos, ou sequer nos mutarmos para que nos possam olhar de forma diferente!


Estou a tentar lembrar-me dos meus momentos de irreverência e verifico que quase não existiram, porque a necessidade de levantar a voz, de ser a que sabia tudo, a que iria não importa onde, apenas para não ser formatada, nunca a tive. Pensei e repensei sempre no que isso me custaria, no quanto poderia sair mais dorida do que vitoriosa. Fui acertando os passos ao longo do meu crescimento, como o faço ainda hoje e o que ganho será sempre a sensação de que me conheço melhor do que qualquer outra pessoa e que apenas eu poderei saber como e por onde irei de cada vez que o decidir.

A minha irreverência é natural e não pretendo, em momento algum, chocar ou impor-me. "Laissez faire, laissez passer". Cada um saberá de si mesmo e de que forma poderá moldar-se, ou ao mundo. Não temos que andar em constantes picardias, mostrando o que se sabe e querendo que acreditem no que desejamos. A irreverência deve ser posta ao nosso serviço, para completarmos as tarefas que nos cabem. Para chegarmos onde nos conseguimos ver e para lutarmos por quem nos inspira. Tudo o resto serão completas perdas de tempo.

Sabes o que diz a minha irreverência? Que eu sou quem desejo e que só acolho quem permito. Esta coisa de querer mudar o mundo e as mentalidades deixo para os anjos, não me importo NADA de ser um demónio.