20.2.17

Camaleónica!

fevereiro 20, 2017 0 Comments
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Camaleónica, é como me sinto por vezes. Mudo de cor de cada vez que o "poiso" se altera sempre que sou forçada a caminhar ao contrário, a reestruturar-me, a inventar novas formas de chegar onde me proponho. Sinto que a minha adaptabilidade se tem vindo a estender e que, de uma forma ou de outra, chego sempre a bom porto.

- Qual é o teu segredo? - Perguntam-me vezes sem conta. - Não o sei bem, mas a existir algum, será talvez a perseverança, misturada com a minha "incapacidade" em aceitar que me venceram e que me atrevi a pensar desistir. Não posso, não tenho como, nem sequer é uma opção. Não de mim e do que me cabe fazer.

Ser mãe certamente que me adicionou poderes mágicos, retemperando os meus medos, porque se estiver assustada, a minha prole ficará enfraquecida. Por norma esta forma de encarar a vida é natural, mas também tenho dias em que me olho ao espelho e duvido até de mim, felizmente que rareiam, mas nem eu me livro de ser humana.

Adaptarmo-nos, reinventarmos estes tempos tão cinzentos, conseguirmos criar um lugar seguro, sagrado, onde todos nos possamos cuidar, amar e reabastecer de energias, é o que espero continuar a fazer. Se tiver que para isso de mudar de pele, de voz, de foco e de olhar, que seja, afinal de contas já vou para lá de veterana e não tarda compilo um manual de auto-ajuda. Prometo que depois partilho.

Será que apenas as cobras mudam de pele?

19.2.17

Masoquismo = a doença 2!

fevereiro 19, 2017 0 Comments
Feelme/Masoquismo = a doença 2!Tema:Sentimentos!
Sue Amado

Masoquismo = a doença que já nem sequer é rara, porque cada vez mais e mais pessoas parecem gostar de sofrer, de sentir uma nostalgia que os leve a ver novelas mexicanas e a chorarem no ombro dos amigos e das amigas, com frases a acompanhar, do género "ela não podia ser minha", " vai ficar para sempre em mim", "tínhamos tudo para dar certo, mas"...

PLEAAAASE!

Onde foi que eu errei meu DEUS? Agora,  para além de esbarrar em gente lamechas, também eu me tornei numa. Que raio de castigo é este? Mas afinal o que é que nos move e porque razão gostamos de nos "lambuzar" em comiserações, em sentimentos da treta e em amores impossíveis?

Eu era das que tinha pouca paciência para quem preferia a mágoazinha para se alimentar, do que a vontade de viver, de tocar, de beijar e de amar alguém, MESMO. Dizem que pela boca morre o peixe e mesmo sendo boa nadadora, arrisco-me a ficar sem ar antes mesmo de mergulhar.

Se nos querem, querem, se não, deveríamos saber desamparar a loja e ir morrer longe. Agora também já participo nos argumentos dos filmes de faca e alguidar. Agora também já espero pelo impossível e recuso-me a ouvir a voz da razão. Agora como do que tanto dei a comer, mas talvez assim aprenda alguma coisa mais, para além do que já julgava saber.

O que me vale é que sou uma bem disposta crónica e por isso já me ri tanto, mas tanto, que até fiquei com uma dor igual à que sempre me ataca quando exagero na corrida. Passei a engrossar a já extensa lista dos mal-amados e isso, confesso, não me deixa com nenhuma vontade de rir. Mas pronto, largo um sorriso para não ensombrar demasiado a coisa.

Este post foi escrito no seguimento de um outro com o mesmo título, mas que seria, obviamente, o 1. Por vezes damos connosco a morder a língua e a perceber, à força, do que padecem os outros. Por vezes, temos apenas que calçar os mesmos sapatos para entender os passos. Por vezes temos que parar de julgar, para que não nos julguemos quando estivermos lá, no mesmo local onde ficam muitos, tantos quantos insistem em esperar pelo que nunca será seu. Grandes lições a vida nos dá!

Será?

fevereiro 19, 2017 0 Comments
sob os meus olhos

Será que seria mais fácil ter a quem culpar? Será que saber que não foste tu e que nada poderias fazer para "o" evitar, melhoraria alguma coisa e ajudarei de alguma forma? Será que teres as mãos limpas te impediria de te sentires suja, magoada, dorida e incapaz de prosseguir? Será que não saberes a verdade te ajudaria a viver a mentira? Será que não saberes as respostas não te transforma em alguém mais pequeno e frágil?

Nós seremos, sempre, o que escolhermos. Nós faremos, sempre, o que fizer sentido, durante o tempo em que nos conseguirmos comprometer com a nossa causa, e nós seremos capazes de abraçar as causas que envolvam amores e guerras, desde que sejam nossas. Nós teremos que encontrar razões para continuar, ou para não desistir. Nós estaremos a ser testados a cada dia, todos os dias e apenas quando a nossa vontade estiver envolta em certezas, poderemos parar de esperar e finalmente ter. Nós somos tão complexos quanto a complexidade que envolve cada desejo e decisão. Nós estamos aqui para aprender e é bom que o façamos da forma certa, porque nem sempre seremos bafejados por segundas oportunidades.

Será que seria mais fácil não saber, não entender e não procurar respostas? Será que ajudaria pararmos de ajudar quem nunca conseguirá ver-nos? Será que não conseguir ver para além do hoje, não significa que nunca teremos o amanhã? Será que não sabemos já tudo, mas estamos apenas a perguntar para nos respondermos, uma e outra vez? Será que vale a pena não valermos a pena para alguém?

Quando as dúvidas se transformam em fantasmas visíveis, então já deixaram de existir...

18.2.17

A parte de ti!

fevereiro 18, 2017 0 Comments
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Feelme/A parte de ti!Tema:Sentimentos!
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A parte de ti que sempre me fez respirar de forma mais descompassada, foi a que me trouxe tudo o que mantenho dentro. Aquela parte de ti que mais ninguém parece conseguir ver, foi minha e eu tive-a com a intensidade de quem te poderia perder. Aquela parte de ti, a meiga, a que me seguraria se eu caísse, a que me amaria mesmo que eu fosse imperfeita, essa, eu até soube como ver e sentir. A parte de ti que me fazia querer acelerar o relógio, porque apenas tu fazias os dias terem verdadeiro sentido, manteve-me desperta e pronta. A parte de ti que todas as partes de mim foram capazes de reconhecer existiam mesmo, eu sei porque as senti, a todas e a cada uma.

Eu não hesitarei, vez alguma, a responder-te, a ouvir a tua voz, lutando comigo e contra mim. Eu sei que nunca serei capaz de sentir um amor assim, mesmo que outro acabe por chegar. Eu sei que o que trocámos permaneceu e serei capaz de me lembrar, para sempre, da parte de ti que me manteve a respirar. Eu sei que tu sabes que se precisares de mim, a minha parte mais terna, a que também nunca será capaz de te deixar "cair", virá em teu socorro.

Já fomos mais fortes do que tudo, mas já nos tornámos menos fortes do que o resto, o que sobrou, para mim e para ti. Já fomos o que um e outro precisavam, mas deixámos de o querer. Eu não quero que me segures quando as tuas mãos já não me seguram. Eu não quero continuar a contar com o que nunca virá, porque tu mesmo nunca serás capaz de vir. Eu não quero continuar a sentir-te assim, rasgando-me por dentro, porque ainda me lembro da parte de ti que mais mexia com as partes de mim. Eu não quero ser a única a querer e a envergonhar-me no processo. Eu não quero ser a que não te compreende e te força a ficar. Eu não quero ser aquela de quem duvidas, porque duvidar te dará razão.

A parte de ti que me reconheceu sabe o que negas. A parte de ti que se lembra de tudo o que fui capaz de virar para que coubesses no meu mundo, lutará contigo até que te rendas. A parte de ti que te diz, todos os dias, que te amei a ti e apenas a ti, vai-te moendo, fustigando-te o coração e gritando-te o que não desejas ouvir.

A parte de mim que quer continuar a lutar pelo amor que me foi reservado, está a ser consumida pela parte de ti que não me quer ver. A parte de mim que te entende sabe que anseias pelo momento em que cada uma das tuas partes te libertará de mim,

A parte de ti que ainda respira está a desvanecer e em breve, tudo o que tínhamos dentro deixará de ter onde se encaixar. A parte de ti que me sentia, desistiu de mim e é por isso que todas as partes de mim, as que te viram e te sentiram todo, estão a arrumar-se para te arrumar.

Ela!

fevereiro 18, 2017 0 Comments
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Feelme/Ela!Tema:Sentimentos!
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Ela era, antes, no nosso passado, tudo para mim, Ela era a mulher que pedi e a namorada que merecia. Ela iluminava os meus dias e fazia-me sorrir sem que o pudesse controlar. Ela fazia-me sonhar, sobretudo acordado. Ela era a minha miúda e eu sentia-me o homem mais completo do planeta. Ela virava e revirava todas as minhas teorias sobre o amor. Ela questionava sempre tudo, porque esperava muito de mim. Ela pertencia-me, inteira, porque se dava sem reservas. Ela recordava-me, todos os dias, de mim mesmo, de como era quando ainda não a tinha, mas já a esperava. Ela trouxe-me o sol que me roubaram e foi da temperatura que me aquecia até a alma. Ela esteve, sempre, todos os dias e a cada dia, para mim e comigo. Ela passou cada noite que antecipei até a ter mesmo tido.

Eu sei, melhor do qualquer outro, tudo o que tem. O que consegue dar. Até onde vai por um amor que a ame. Eu sei tudo sobre ela e ainda assim continuo a não saber nada. Eu sei o sabor da entrega até quando nos misturávamos com os outros, mas continuávamos a ser nós mesmos. Eu sei o que significava sentir que me pertencia até quando tinha medo de a perder. Eu sei de que forma o seu olhar brincalhão era sério. Eu sei porque já a tive.

Ela era a minha mulher, mas eu escolhi ser livre. Escolhi não ter que a cuidar e segurar, porque se a perdesse perder-me-ia. Eu apenas fiz primeiro o que acredito que faria. Ela era o que me fazia falta, mas talvez eu não sinta falta de nada. Sem ela posso ser eu outra vez, sem pesos, sem tempos e sem cobranças. Sem ela TUDO passou a ser mais fácil, porque tê-la poderia deixar-me semienlouquecido. Ela não tinha a previsibilidade que me tranquilizaria. Ela era demasiado, mesmo que pudesse ser bom, e foi-o realmente. Ela já foi minha, porque a conquistei, mas escolhi deixá-la ir...

As novas relações!

fevereiro 18, 2017 0 Comments

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Feelme/As novas relações!Tema:Relações!
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As novas relações, as que começaram após o fim de outras tantas, estão vetadas ao insucesso logo à partida. Se analisarmos as dificuldades que emergem perante a "loucura" em que se transformam os dias de quem quer viver a dobrar, ou a triplicar, ou...

Temos filhos, empregos, moradas diferentes, exigências emocionais e físicas que nos testam até ao limite.

- Se não vens é porque não me sentes a falta. - Nada mais errado, para quem tem que correr, galgar horas e percursos, cuidar de si e dos seus, para poder ter pedaços de todos os momentos que eventualmente mudarão o casal, ou os afastarão para sempre.

Nós, as mulheres, sofremos de síndrome da "impreparação" (acabei de inventar outra palavra), mas a verdade é que temos que estar certas de que tudo se encontra no lugar. Que os cabelos estão soltos e cheirosos. Que a depilação (outro pesadelo para a maioria) foi atempadamente concluída. Que o banho se pôde prolongar, usando os "milhões" de cremes que passamos, qual torradas em manteiga, para estarmos sedosas, saborosas e todas as osas mais que vos ocorrer. IR por si só, é tudo menos fácil, a não ser que queiram testar a vossa capacidade de usar expressões dramáticas perante o susto de morte.

- Se não vou mais vezes, meu querido, é porque Deus decidiu que teria de ser mulher, com montanhas de imperfeições que me forçam a corrigir para ficar longe da imagem de um primata, o tal primo longínquo, ou nem tanto. Se não arranjo forma de gerir 2 casas, os meus filhos e os teus, os ex de ambos que nos enlouquecem ao ponto de os imaginarmos juntos no mesmo espaço, qual filme de terror, as doenças súbitas, as compras, os telefonemas de última hora de uma mãe habituada a monopolizar, porque já que a filha não tem homem, imagina ela, decide"aproveitar" e vencê-la pelo cansaço, cuspindo conselhos inúteis e observações descontextualizadas. Aiii se ela soubesse...

- Então podíamos mudar e ter apenas uma casa?

PORRA! Mas então não me chegou uma vez? No meu caso claro, porque há quem já vá na terceira. NÃO, prefiro a depilação brasileira no intervalo do almoço, que obriga a Rita a arrancar mais do que o planeado e o banho menos demorado, mas igualmente bem-sucedido. Eu corro, se for preciso, tomo uns quantos comprimidos para as dores de cabeça, barriga, alma e sei lá mais o quê, mas vou indo e voltando até que o coração e a paciência aguentem, mesmo não sendo fácil, E NÃO É MESMO!

Se me pudesses ver a 300 à hora, num dos dias que fosse, nunca mais dirias que não vou porque não te sinto a falta. Fiquei cansada só de me imaginar e no final de tudo, que será o teu princípio, ainda esperas que faça sexo como uma mulher determinada e experiente e que faça amor como a mulher que desejas ter apenas para ti. Que te fale de forma doce e branda, sem abordar assuntos chatos. Que te beije até ficarmos ambos sem fôlego e que domine todas as posições do Kama Sutra, terminando bela e fresca. Se eu não fosse educada, largava agora uma asneira das grossas e desatava a fugir para o lado oposto, mas pronto, quem me mandou a mim querer ser feliz e recomeçar? Agora ajustes exigem-se e quem sabe com a experiência, os tempos e os timings não se encaixam!

Será como me pediste!

fevereiro 18, 2017 0 Comments
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Cuidar de mim é o que me permite cuidar de tudo o que desejas para ti, até mesmo ficar sem mim. O tempo vai-se encarregar de repor, nos seus devidos lugares, o que terá que lá permanecer e tudo será como me pediste. Pediste que te esquecesse. Pediste que fosse feliz e seguisse com a minha vida. Pediste-me um amor novo para camuflar o que sinto por ti. Pediste-me que me esquecesse de tudo menos de ti, mas deixar-te ir terá que ser todo, sem volta e sem qualquer pedaço de tudo o que já foi meu porque era nosso. Será como me pediste até porque não me resta alternativa. Será como me pediste porque o que criámos juntos merece ser respeitado e eu não vou ser a que defrauda o que antes parece ter sido o amor das nossas vidas. Será como me pediste, não hoje ainda, mas certamente que num amanhã que depois deixará de ter volta.

Não vou procurar amores novos, porque ninguém merece uma mulher com o coração em metades. Não vou recomeçar sentimentalmente, porque preciso que me saias de dentro e deixes de me fazer lembrar de ti todos os minutos dos meus dias. Não vou querer soluções milagrosas, porque nada se conseguirá assemelhar ao que nos chegou. Não vou continuar a lutar contra a maré, porque tu mereces o espaço que ainda não te soube dar. Não vou voltar a escrever que te amo, até porque já o sabes.

És um homem tranquilo. És envolto em toda a calma que me faltava e é com ela que conto para poder deixar de contar contigo. És a metade que me faltava e que se encaixa de forma perfeita, achava eu, em mim. És o olhar sereno, aquele que olha mesmo e que apenas se desvia quando olhar se torna doloroso.

A minha hora vai chegar e com ela a tua. As nossas horas deixarão de nos contemplar e os percursos que desviarmos seguirão até onde é suposto. Não sei onde estaremos. Não sei quem seremos e com quem. Não sei se ainda te sentirei a falta, sobretudo do que sonhei contigo, mas sei que será como me pediste.


Tu eras a minha pessoa certa e ter-te enchia-me e preenchia-me. Tu eras tudo o que sempre precisei para ser, ainda mais feliz, mas eu claramente não o era. Por isso e porque dar amor implica recebê-lo na mesma medida, um dia será como me pediste...