20.2.17

Já não quero mais dor!

fevereiro 20, 2017 0 Comments
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Já não quero, nem preciso, de mais dor ou de dramas. Já não quero mais nada que me deixe a não querer coisa alguma. Já não quero dar mais recados, ou sequer dirigir-me a quem apaguei de mim e deixou de existir. Já não quero mais ser a que quer por dois. Já não quero mais dor infligida a mim, por mim.


Os capítulos reescrevem-se, movimentam-se e param-se quando deixamos de ter o que dizer. Os livros que deixamos para a posteridade também têm que ser sobre força e superação, porque temos todos um papel que deverá servir aos que não se sabem libertar de si mesmos.


Hoje, aos 20 dias do mês de Fevereiro, do ano de 2017, fechei o capítulo das dores, dos dramas, e das loucuras a uma só voz. Hoje a minha "voz" calar-se-à para sempre e nunca nada do que me fez doer, sonhar, amar e querer, voltará a ser referido. Cansei-me de me cansar. Desisti de desistir de mim. Parei de me parar e decidi que para ter deverei procurar por quem já esteja à minha espera.


Não vou voltar a brincar com a minha mente, alimentando-a de perdas. Não vou voltar a derramar uma única lágrima, porque foi a sorrir e a rir de mim que cheguei até aqui. Não vou segurar o que nunca esteve na minha mão, mas vou, isso vou mesmo, aceitar que o único amor que vi e senti, foi o meu. Amar não tem que doer. Amar não tem que nos esgotar. Amar não tem que nos fazer duvidar de nós, do mundo e das outras pessoas.

Hoje, aos 20 dias do mês de Fevereiro do ano de 2017, a história terminou, o livro fechou-se  e ficou pronto para edição. FIM!


Aceitar-me como sou!

fevereiro 20, 2017 0 Comments
... para acreditar em anjos.:
Feelme/Aceitar-me como sou!Tema:Sentimentos!
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Nem sempre estamos habilitados a lidar com a pessoa que passará connosco o resto da nossa vida, nós mesmos. Nem sempre sabemos o que conseguimos fazer e até onde somos capazes de ir, por nós, por tudo em que acreditamos e nos faz bem. Nem sempre somos as pessoas certas para lidar connosco.

Os fins devem justificar os meios, mas apenas se tiverem como acontecer. Eu sei que posso tão somente ser eu e que as minhas mudanças serão feitas por mim. Eu sei que apenas posso ser eu o tempo todo, mas terei que saber deixar ser quem se cruzar comigo. Hoje já sei bem mais do que ontem sobre mim. Hoje percebi que sou uma lutadora nata e que o faço sempre que acredito, mas tal como já o sabia também, quando deixa de fazer sentido e começa a magoar-me, paro. E já parei!

Os dias serão sempre novas oportunidades para nos redireccionarmos. Cada dia com o qual somos presenteados deve representar-nos e não poderemos permitir que nos defraude, levando-nos onde nunca nos conseguimos imaginar. Teremos dias, eu e tu, nós, os seres que habitam este lugar divino, em que tudo será tão simples que nos sentiremos burros, mas outros haverá em que precisaremos de cair, uma e outra vez para sabermos qual a posição certa e só pode ser em pé e a caminhar.

Esta, sou eu, para o bem e para o mal, mas aceitar-me como sou é o que me deixa margem para analisar, entender e prosseguir. Aceitar-me como sou, apenas eu e sem quem se consiga envolver o bastante para não me desiludir é difícil, porque espero dos outros o que consigo dar. Aceitar-me como sou implica parar-me e impedir-me de chegar demasiado perto do que seria o meu fim, 

Um dia, como que por magia, a magia acontece e nós voltamos ao lugar de onde viemos. Num dia que até pode ser o de hoje, acordamos a saber exactamente o que teremos que fazer, e por vezes é simplesmente nada.

O meu coração sossegou e com ele o que tive antes deixou de ter sentido. O meu orgão mais importante falou por mim e decidiu o que me parecia impossível. Eu e o meu coração estamos de pazes feitas e já lhe prometi voltar a fazê-lo bater pelas razões certas, para que bombeie sangue e me deixe capaz de suportar o que ainda vem por aí.


Camaleónica!

fevereiro 20, 2017 0 Comments
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Camaleónica, é como me sinto por vezes. Mudo de cor de cada vez que o "poiso" se altera sempre que sou forçada a caminhar ao contrário, a reestruturar-me, a inventar novas formas de chegar onde me proponho. Sinto que a minha adaptabilidade se tem vindo a estender e que, de uma forma ou de outra, chego sempre a bom porto.

- Qual é o teu segredo? - Perguntam-me vezes sem conta. - Não o sei bem, mas a existir algum, será talvez a perseverança, misturada com a minha "incapacidade" em aceitar que me venceram e que me atrevi a pensar desistir. Não posso, não tenho como, nem sequer é uma opção. Não de mim e do que me cabe fazer.

Ser mãe certamente que me adicionou poderes mágicos, retemperando os meus medos, porque se estiver assustada, a minha prole ficará enfraquecida. Por norma esta forma de encarar a vida é natural, mas também tenho dias em que me olho ao espelho e duvido até de mim, felizmente que rareiam, mas nem eu me livro de ser humana.

Adaptarmo-nos, reinventarmos estes tempos tão cinzentos, conseguirmos criar um lugar seguro, sagrado, onde todos nos possamos cuidar, amar e reabastecer de energias, é o que espero continuar a fazer. Se tiver que para isso de mudar de pele, de voz, de foco e de olhar, que seja, afinal de contas já vou para lá de veterana e não tarda compilo um manual de auto-ajuda. Prometo que depois partilho.

Será que apenas as cobras mudam de pele?

19.2.17

Masoquismo = a doença 2!

fevereiro 19, 2017 0 Comments
Feelme/Masoquismo = a doença 2!Tema:Sentimentos!
Sue Amado

Masoquismo = a doença que já nem sequer é rara, porque cada vez mais e mais pessoas parecem gostar de sofrer, de sentir uma nostalgia que os leve a ver novelas mexicanas e a chorarem no ombro dos amigos e das amigas, com frases a acompanhar, do género "ela não podia ser minha", " vai ficar para sempre em mim", "tínhamos tudo para dar certo, mas"...

PLEAAAASE!

Onde foi que eu errei meu DEUS? Agora,  para além de esbarrar em gente lamechas, também eu me tornei numa. Que raio de castigo é este? Mas afinal o que é que nos move e porque razão gostamos de nos "lambuzar" em comiserações, em sentimentos da treta e em amores impossíveis?

Eu era das que tinha pouca paciência para quem preferia a mágoazinha para se alimentar, do que a vontade de viver, de tocar, de beijar e de amar alguém, MESMO. Dizem que pela boca morre o peixe e mesmo sendo boa nadadora, arrisco-me a ficar sem ar antes mesmo de mergulhar.

Se nos querem, querem, se não, deveríamos saber desamparar a loja e ir morrer longe. Agora também já participo nos argumentos dos filmes de faca e alguidar. Agora também já espero pelo impossível e recuso-me a ouvir a voz da razão. Agora como do que tanto dei a comer, mas talvez assim aprenda alguma coisa mais, para além do que já julgava saber.

O que me vale é que sou uma bem disposta crónica e por isso já me ri tanto, mas tanto, que até fiquei com uma dor igual à que sempre me ataca quando exagero na corrida. Passei a engrossar a já extensa lista dos mal-amados e isso, confesso, não me deixa com nenhuma vontade de rir. Mas pronto, largo um sorriso para não ensombrar demasiado a coisa.

Este post foi escrito no seguimento de um outro com o mesmo título, mas que seria, obviamente, o 1. Por vezes damos connosco a morder a língua e a perceber, à força, do que padecem os outros. Por vezes, temos apenas que calçar os mesmos sapatos para entender os passos. Por vezes temos que parar de julgar, para que não nos julguemos quando estivermos lá, no mesmo local onde ficam muitos, tantos quantos insistem em esperar pelo que nunca será seu. Grandes lições a vida nos dá!

Será?

fevereiro 19, 2017 0 Comments
sob os meus olhos

Será que seria mais fácil ter a quem culpar? Será que saber que não foste tu e que nada poderias fazer para "o" evitar, melhoraria alguma coisa e ajudarei de alguma forma? Será que teres as mãos limpas te impediria de te sentires suja, magoada, dorida e incapaz de prosseguir? Será que não saberes a verdade te ajudaria a viver a mentira? Será que não saberes as respostas não te transforma em alguém mais pequeno e frágil?

Nós seremos, sempre, o que escolhermos. Nós faremos, sempre, o que fizer sentido, durante o tempo em que nos conseguirmos comprometer com a nossa causa, e nós seremos capazes de abraçar as causas que envolvam amores e guerras, desde que sejam nossas. Nós teremos que encontrar razões para continuar, ou para não desistir. Nós estaremos a ser testados a cada dia, todos os dias e apenas quando a nossa vontade estiver envolta em certezas, poderemos parar de esperar e finalmente ter. Nós somos tão complexos quanto a complexidade que envolve cada desejo e decisão. Nós estamos aqui para aprender e é bom que o façamos da forma certa, porque nem sempre seremos bafejados por segundas oportunidades.

Será que seria mais fácil não saber, não entender e não procurar respostas? Será que ajudaria pararmos de ajudar quem nunca conseguirá ver-nos? Será que não conseguir ver para além do hoje, não significa que nunca teremos o amanhã? Será que não sabemos já tudo, mas estamos apenas a perguntar para nos respondermos, uma e outra vez? Será que vale a pena não valermos a pena para alguém?

Quando as dúvidas se transformam em fantasmas visíveis, então já deixaram de existir...

18.2.17

A parte de ti!

fevereiro 18, 2017 0 Comments
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Feelme/A parte de ti!Tema:Sentimentos!
Imagem retirada da internet

A parte de ti que sempre me fez respirar de forma mais descompassada, foi a que me trouxe tudo o que mantenho dentro. Aquela parte de ti que mais ninguém parece conseguir ver, foi minha e eu tive-a com a intensidade de quem te poderia perder. Aquela parte de ti, a meiga, a que me seguraria se eu caísse, a que me amaria mesmo que eu fosse imperfeita, essa, eu até soube como ver e sentir. A parte de ti que me fazia querer acelerar o relógio, porque apenas tu fazias os dias terem verdadeiro sentido, manteve-me desperta e pronta. A parte de ti que todas as partes de mim foram capazes de reconhecer existiam mesmo, eu sei porque as senti, a todas e a cada uma.

Eu não hesitarei, vez alguma, a responder-te, a ouvir a tua voz, lutando comigo e contra mim. Eu sei que nunca serei capaz de sentir um amor assim, mesmo que outro acabe por chegar. Eu sei que o que trocámos permaneceu e serei capaz de me lembrar, para sempre, da parte de ti que me manteve a respirar. Eu sei que tu sabes que se precisares de mim, a minha parte mais terna, a que também nunca será capaz de te deixar "cair", virá em teu socorro.

Já fomos mais fortes do que tudo, mas já nos tornámos menos fortes do que o resto, o que sobrou, para mim e para ti. Já fomos o que um e outro precisavam, mas deixámos de o querer. Eu não quero que me segures quando as tuas mãos já não me seguram. Eu não quero continuar a contar com o que nunca virá, porque tu mesmo nunca serás capaz de vir. Eu não quero continuar a sentir-te assim, rasgando-me por dentro, porque ainda me lembro da parte de ti que mais mexia com as partes de mim. Eu não quero ser a única a querer e a envergonhar-me no processo. Eu não quero ser a que não te compreende e te força a ficar. Eu não quero ser aquela de quem duvidas, porque duvidar te dará razão.

A parte de ti que me reconheceu sabe o que negas. A parte de ti que se lembra de tudo o que fui capaz de virar para que coubesses no meu mundo, lutará contigo até que te rendas. A parte de ti que te diz, todos os dias, que te amei a ti e apenas a ti, vai-te moendo, fustigando-te o coração e gritando-te o que não desejas ouvir.

A parte de mim que quer continuar a lutar pelo amor que me foi reservado, está a ser consumida pela parte de ti que não me quer ver. A parte de mim que te entende sabe que anseias pelo momento em que cada uma das tuas partes te libertará de mim,

A parte de ti que ainda respira está a desvanecer e em breve, tudo o que tínhamos dentro deixará de ter onde se encaixar. A parte de ti que me sentia, desistiu de mim e é por isso que todas as partes de mim, as que te viram e te sentiram todo, estão a arrumar-se para te arrumar.

Ela!

fevereiro 18, 2017 0 Comments
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Feelme/Ela!Tema:Sentimentos!
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Ela era, antes, no nosso passado, tudo para mim, Ela era a mulher que pedi e a namorada que merecia. Ela iluminava os meus dias e fazia-me sorrir sem que o pudesse controlar. Ela fazia-me sonhar, sobretudo acordado. Ela era a minha miúda e eu sentia-me o homem mais completo do planeta. Ela virava e revirava todas as minhas teorias sobre o amor. Ela questionava sempre tudo, porque esperava muito de mim. Ela pertencia-me, inteira, porque se dava sem reservas. Ela recordava-me, todos os dias, de mim mesmo, de como era quando ainda não a tinha, mas já a esperava. Ela trouxe-me o sol que me roubaram e foi da temperatura que me aquecia até a alma. Ela esteve, sempre, todos os dias e a cada dia, para mim e comigo. Ela passou cada noite que antecipei até a ter mesmo tido.

Eu sei, melhor do qualquer outro, tudo o que tem. O que consegue dar. Até onde vai por um amor que a ame. Eu sei tudo sobre ela e ainda assim continuo a não saber nada. Eu sei o sabor da entrega até quando nos misturávamos com os outros, mas continuávamos a ser nós mesmos. Eu sei o que significava sentir que me pertencia até quando tinha medo de a perder. Eu sei de que forma o seu olhar brincalhão era sério. Eu sei porque já a tive.

Ela era a minha mulher, mas eu escolhi ser livre. Escolhi não ter que a cuidar e segurar, porque se a perdesse perder-me-ia. Eu apenas fiz primeiro o que acredito que faria. Ela era o que me fazia falta, mas talvez eu não sinta falta de nada. Sem ela posso ser eu outra vez, sem pesos, sem tempos e sem cobranças. Sem ela TUDO passou a ser mais fácil, porque tê-la poderia deixar-me semienlouquecido. Ela não tinha a previsibilidade que me tranquilizaria. Ela era demasiado, mesmo que pudesse ser bom, e foi-o realmente. Ela já foi minha, porque a conquistei, mas escolhi deixá-la ir...