25.2.17

Se eu conseguir...

fevereiro 25, 2017 0 Comments


Se eu o conseguir ver, consigo fazê-lo. Se eu for capaz de acreditar, nada se tornará impossível e tudo, mas mesmo tudo surgirá por portas, abertas, escancaradas e eu entrarei sem medos. Quando eu acredito em mim, até voar se torna possível e passo a correr sem me cansar, chegando no exacto momento que era suposto. Se eu conseguir voar, nada voltará a estar fora do meu alcance.

Eu consigo fazer tudo aquilo em que acredito e nada, mas mesmo nada, me fará parar-me se lá, do outro lado do que já vejo, estiver o que preciso e quero. Se eu conseguir acreditar que me bastará esticar os braços para tocar até o céu, então metade do percurso estará percorrido e o resto, o resto ficará para quando já lá estiver. Se eu conseguir pensar, dia e noite, em tudo o que me fará e tornará mais feliz, então a felicidade virá, mesmo, até a mim. Se eu conseguir ver-me, já nem precisando de me olhar, então o que queria passará a pertencer-me.

Se eu conseguir superar-me, de cada vez que duvidar, sairei melhor do que sou já, e deixarei para trás o que não me servir. Se eu conseguir virar costas, libertando o meu coração desgastado, acabarei com mais força e certezas. Se eu conseguir voltar a repetir que te amo. a ti, então nesse dia estarei pronta. Se eu conseguir voltar a rir, de mim e do que não consigo fazer acontecer, então até os risos me lavarão a alma e aliviarão o peso que coloco no que me cabe.

Se eu conseguir renovar a minha fé no que vale a pena sentir, estarei salva!




24.2.17

Namorar é bom!

fevereiro 24, 2017 0 Comments
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Namorar é bom. É tão bom meu Deus. Namorar deixa-nos o ego em alta e totalmente inflamado!


Quando estamos a namorar e ainda por cima com quem quisemos e escolhemos, os nossos níveis energéticos disparam. Quando namoramos, juntamos pedaços reencontramos a nossa essência e enamorando-nos outra vez.  Quando temos namorado, temos os dias mais completos e sentimo-los mesmo nossos, porque neles estão quem importa. Quando estamos enamorados, estamos numa posição privilegiada e ninguém nos toca ou incomoda.

Namorar é bom. Namorar deixa-nos mais bonitas, de olhar brilhante e de coração a bater ao ritmo certo. Namorar contigo e tu comigo, nunca nos farta ou cansa. Namorar, dia sim e dia também é o que me apetece de cada vez que sinto vontade de ti, outra vez. Namorar sem amanhã, sentindo o hoje da única forma possível, com intensidade. Namorar quem me namora. Namorar sem restrições e até com alguma loucura. Namorar sempre e só...

Começar a namorar contigo deu-me uma nova perspectiva do amor. Da vontade que se transforma em realidade. Da entrega a que nos forçam os sentimentos, quando queremos, mesmo, alguém. Começar algo, do princípio, deixa-nos cheios de sonhos e capazes de escalar montanhas. Recomeçar de cada vez que fechemos um capítulo, porque o fim de tudo só virá quando nos formos, de vez. Querer alguém, quando parecíamos já não ser mais capazes, recorda-nos de quem somos e do que precisamos para que precisem de nós.

Nem todos conseguirão namorar, porque precisarão de ter com quem e nem todos encontrarão a pessoa com quem valerá a pena namorar. Mas a acontecer e sempre que aconteça, namorem como se não existisse amanhã. Não encontro melhor conselho.

Sabes do que preciso minha filha?

fevereiro 24, 2017 0 Comments



Preciso que olhes para ti com mais atenção. Preciso e quero que te respeites, porque se não o fizeres estarás a defraudar-te. Fizeste tudo o que te cabia, da melhor forma que encontraste, lutando como sempre conseguem os que amam, mas e os mas fazem parte da vida, percebeste que terias que parar e paraste-te. Preciso que retomes a tua vida desde o exato momento em que foi temporariamente interrompida, porque precisavas de viver novos sentimentos, estando em lugares que outros teriam sido incapazes de te levar. Já te senti mais forte e determinada, mas já te vejo sorrir sem lágrimas escondidas porque fizeste as pazes contigo e percebeste que terias que ter seguido por "ali" até te conseguires parar. Já reconheço o teu caminhar seguro e sempre distante porque tens um mundo no qual ninguém parece conseguir entrar. Minha querida, se te pareceu que tinhas encontrado quem te conhecia e sabia ler, não foi porque te tivesses enganado, mas tão somente porque o desejavas muito. Desculpa, como sei que fazes sempre quem não te consegue acompanhar e por favor faz o que sabes fazer melhor, escreve, fala, canta e encanta quem de ti precisa. Preciso de continuar a olhar para ti com respeito e admiração. Preciso de te ver como a rocha, mesmo que seja egoísmo, mas é a minha segurança e a de todos os que contam contigo. Preciso que nunca te deixes partir, porque a acontecer nem eu serei capaz de te levantar, porque mesmo estando a velar por ti, já não te posso abraçar e confortar como tantas vezes precisaste e até podia, mas não te vi. Sou aquele que sentes e sentiste até quando nos virámos costas. Serei sempre aquele que te viu pela primeira vez e te amou como mais ninguém saberá fazer. Serei a figura que te dará muitas palavras, porque te fez crescer com elas. Sei que estás a fazer o teu luto como esperava e sabia que aconteceria. Sei que estás a cuidar de todos e que tomarás o meu lugar emocional. Sei que és tão conciliadora quanto obstinada, mas também sei que consegues ver sempre o lado certo de todos, deixando-os ser e viver como escolherem.

És a minha criação perfeita. És a menina-mulher que não vi crescer, porque quando finalmente me muni de verdadeira atenção, já estavas a lutar as tuas batalhas sozinha, mas nunca só, porque estive sempre à espera que me pedisses ajuda. Julguei, erradamente que me irias pedir colo, mas estavas demasiado ocupada a cuidar de toda a gente. Dizia nas conversas que não te incluíam, que eras tal qual a tua avó, minha mãe e sentia um aperto no coração de cada vez que te via de olhar distante, movendo-te determinada a uma velocidade que ninguém acompanha, mas que eu tão bem entendo.
Somos mais parecidos do que pensas. Somos mais unidos e cheios de histórias do que acreditas, mas muitas das que vão saindo através dos teus dedos, chegam do coração gigante que tens e que acumulou todas as experiências bonitas que viveste. Tanto que acabámos por conversar, mas tanto que nos faltou dizer. Sei que sentiste o meu obrigado quando me devotaste dias de cuidado e carinho quando mais precisava. Senti a tua presença quando já estava de partida, mas levei-te comigo e é assim que ficarás até que nos voltemos a encontrar. Sei que não és devota nem muito crente, mas que sentes o teu Anjo da guarda com a mesma certeza que me irás sentir, porque agora já tens dois e este, o teu pai, nunca deixará de fazer parte de ti nem da tua história.

Vai lendo as bonitas cartas que trocámos e guarda o melhor de mim no teu coração, porque eu amo-te mesmo muito, ontem, hoje e até que te possa voltar a abraçar. Não desistas de ser feliz minha querida, porque quem te merece está a chegar.

Fecha os olhos e sente o meu abraço. Até já!

23.2.17

Não preciso!

fevereiro 23, 2017 0 Comments
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Não preciso de te ver, nem sequer de te tocar para saber ao que sabes e de que é feita a tua pele. Não preciso de te ver sorrir para me recordar de cada um dos teus sorrisos e de como eles me iluminam. Não preciso de todas as palavras que tão bem sabes usar, para que me digas o que também sentes por mim. Não preciso que me avises sobre o amor que ainda guardas e não por mim, mas que ainda será meu, porque sei esperar, aliás, estive sempre à tua espera e continuo. Não preciso que o meu corpo entre no teu e que o toque para saber que a tua pele é aveludada, quente e capaz de me serenar, enlouquecendo-me. Não preciso de beijar a boca que já beijei tantas vezes em sonhos, para ter o mel que espalhas, basta-me ver os movimentos e os esgares para te saber. És a medida perfeita de toda a minha imperfeição e carregas tudo o que me lembro de desejar, antes mesmo de te ter desejado, a como és e como certamente acabarás por ser para mim. És a espera que não me desespera, porque agora, bem mais perto do que antes, já te consigo sentir.

Não tenho medo de nenhum dos teus medos. Sei do que são feitos e quem os provocou. Não tenho medo de não te conseguir convencer, porque o meu amor será o bastante. Ele é tão grande que quando o sentires não terás mais o que recordar, nem quem. Não tenho medo, agora muito menos, de continuar a passar pela vida sem mim, porque tu já estás mais próxima. Preciso de ti para continuar a acreditar, mas também preciso de mim para confiar. Já tens pelo que vir e a quem pedir a mão.

Olhei-te incrédulo, estavas tão perto, mais do que me lembro de alguma vez te ter imaginado. Estavas de ar frágil, quase a implorar o abraço que não dei pelo medo de te quebrar, porque se te abraçasse, entraria em ti num desespero e prazer que te fariam fugir. Fingi uma serenidade que a minha voz quase traiu, mas tinha que te mostrar a força de que sou feito e eu sou realmente forte, se o não fosse não te estaria a amar a minha vida inteira e mais metade da que sonhei por ti e sempre contigo.

Não preciso de mais armas, nem soluções, já as amealhei todas e por isso estou pronto. Não preciso que me recordem de como és especial e diferente, porque foi isso que me fez amar-te. Não preciso que me recordem de que és sempre distante, porque já me aproximei e a luz que terás de mim deixará quem te magoou do outro lado. Não preciso de mais nada, já sei que te vou ter!

Passei hoje pelos mesmos lugares!

fevereiro 23, 2017 0 Comments
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Passei sempre pelos mesmos lugares e até por ti. Fui vendo as mesmas caras e lugares e até a ti. Não procurei o que já me cansava de olhar, mas nunca olhei para ti. Fui passando, muitas vezes sem estar, estando apenas porque teria que ser, caminhar e continuar, mas passei e vi-te.

Não sei o que muda os dias. Não sei porque estamos, por vezes, tão desatentos, mas acabamos, do nada, a ver para além dos que passam anónimos por nós. Não sei porque te vi desta vez e o que te fez diferente ao meu olhar. Não sei porque arrisquei sorrir para o teu sorriso, não controlando a vontade que parecia ser maior do que eu mesma.

Disseste que me vias e esperavas todos os dias, até nos que não ia. Dizes-me, agora, que nunca te moveste demasiado, para não me afugentar. Dizes-me que tinhas todo o tempo do mundo para chegar ao meu, porque sabias que chegaríamos, os dois, um dia, à mesma hora e com a mesma sintonia. Já me disseste tantas coisas que eu até consigo acreditar, talvez porque seja mais simples assim.

Passei à mesma hora e em todas as horas diferentes e nunca te vi. Passei como apenas eu faço, não estando para os que não estão, nem existem para mim. Passei, mas consegui ver-te. O que te tornou diferente hoje? O que fizeste para que eu não continuasse apenas a passar? Que planetas se moveram em conjunto, para que os nossos se alinhassem?

Não sei quantas vezes pediste que te visse, mas consigo saber, com todos os sabores que se enrolam na boca, ao que te soube seres visto por mim. Não sei como te contiveste e como passaste o resto dos dias de cada vez que passava. Não sei muito de ti, mas certamente que teremos tempo agora, até porque já deixámos apenas de passar...

Dramas, cansaço, momentos...

fevereiro 23, 2017 0 Comments
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Nós, eu e tu, começámos há algum tempo atrás por motivos que não se explicam, mas acabámos por ficar e mantivémo-nos. Tu e eu, da única forma que sabíamos, iniciámos uma viagem que até conseguimos prolongar, durante algum tempo, nos mesmos lugares. Eu e tu fazíamos sentido, porque queríamos as mesmas coisas e da mesma forma.

Agora, no nosso presente, acumulamos dramas, acusamos cansaços e temos mais momentos maus, deixando que tudo o que já foi bom morra. Nos nossos dramas estão os medos, envoltos no cansaço que sempre se apodera de quem deixa de amar. Nos nossos momentos já não estão os sonhos que até sonhávamos juntos. Nos momentos que nos sobraram, já nem nos olhamos, porque fazê-lo seria assumir o que queremos ambos e a verdade é que deixámos de querer.

Já não temos como voltar atrás. Já não somos dois com vontades que nos deixavam cheios de vontade de nós. Já não somos capazes de mudar o que até parece assentar-nos e sossegar-nos. Antes, há algum tempo atrás, serias quem me impediria de cair. Teria sempre beijos suaves e cheios de mim para te dar. Antes, muito antes do que já parece ser uma eternidade, sentimo-nos o bastante para sabermos quem queríamos ter na nossa vida.

Ninguém resiste, não por demasiado tempo, aos mesmos dramas e aos mesmos momentos sem sabor e sem entrega. Ninguém deve assistir, inerte ao que já não se consegue recuperar, salvando assim o que ainda restar de um e de outro. Ninguém é obrigado a amar sem amor e a desejar os desejos dos outros. Ninguém é forte o bastante para continuar a ser forte enquanto a mágoa se instala.

Eu e tu já não somos e mesmo que todos os anos que nos roubámos permaneçam, não permaneceremos nós!

22.2.17

A carta das cartas!

fevereiro 22, 2017 0 Comments
Old, but gold


Olá apenas,

Decidi começar a escrever as cartas que já não vão parar às mãos de quem são dirigidas, mas que servirão para muitos mais amores igualmente fortes e fracos. Já são umas quantas cartas e cada uma, depois de lida, trouxe-me recordações e levou-me aos lugares onde estava enquanto as escrevia. Vou continuar a usar o que considero ser o bem mais precioso que tenho, as palavras, mas também sei que arrumarei todas as que sobrarem e estiverem a mais. Escrever cartas, todas elas de amores que ficaram ou que se foram, será espalhar um pouco de mim em mim, mas deixando que me leiam enquanto sou apenas eu e sem quaisquer artifícios.

Escrever hoje a carta de todas as cartas que já fui capaz de escrever, relembra-me de mim e do amor que ainda tenho para partilhar e acreditem que é muito. Escrever a carta das cartas não significa que nunca mais escreva outra, apenas serve para que não deixe repousar demasiado, porque quando e de cada vez que o faço, deixo de estar onde realmente posso mudar e ser mudada. Os destinatários poderão não ser os mesmos, mas a intensidade, essa nunca irá variar, porque só sei amar assim, MUITO. Quem se vai identificando e permitindo sonhar, talvez porque não saiba escrever, ou sinta medo de todo o medo que mostrarmo-nos representa, passa-me a certeza de que é este o caminho.

Cartas de amor quem as não tem? Cartas com amores verdadeiros e reais quem não as esperou e recebeu? Cartas perfumadas com um cheiro que apenas nós sentimos, porque é a última coisa que nos abandona. Cartas que dizem tudo, mas que nunca nos bastam e que por isso vão e voltam. Cartas que ficarão para além do tempo que ficaremos nós. Cartas que nos poderão melhorar ou levar o pior de nós, porque quando sentimos demais também queremos demais e esperamos que pelo menos seja igual. A carta das cartas serve para me recordar que já tive quase tudo, mas que o quase não deixou que eu mostrasse o que sou. Nem mesmo a minha capacidade de metralhar sons conseguiu provar quem sou. Nem sequer as noites inteiras de toques e olhares, bastaram para que os espaços entre nós não se alargassem. Nem mesmo todo o amor que larguei em cada uma conseguiu que esta última não fosse escrita.

Outro amor me espera agora e muitas outras palavras terei que usar para que sinta, sem qualquer dúvida que se as recebeu então será ele, no meu momento e pelo tempo que me conseguir manter. Estou outra mulher, uma nova e na dianteira da outra que sempre fui. Estou pronta para mais uma carta para além de todas as outras, querendo que desta vez volte com o que preciso de ler. Estou aqui, outra vez a escrever para ti e é bom que o saibas.

A carta das cartas é esta, a primeira de muitas outras. O meu respeito pela tua capacidade de continuares à espera,

De mim para ti,
S.A.