5.12.17

Devemos recordar o amor!

dezembro 05, 2017 0 Comments
Pequenos detalhes que me ganham, outros menores que me afastam... Adriana Albuquerque


Olá meu amor,

Porque faz sentido que o que teve importância se mantenha na nossa memória, hoje não poderia deixar de me recordar que há um ano atrás fui tua mulher e soube, quando me tocaste, que eras tu e que iria querer que ficasses, mas o que aconteceu de lá até aqui ditou o nosso afastamento, ou porque teria que acontecer, ou porque não soubemos manter o que demorámos a conquistar. Agora já importa muito pouco saber quais foram as razões, já as pisei e repisei e mesmo tendo encontrado algum sentido, percebi que simplesmente desistimos ambos, foi apenas isso.

Por vezes permitimos que a nossa insegurança, e as muitas perguntas que nos inundam a essência se propaguem como uma doença incurável, minando cada célula e fazendo com que sejamos incapazes de apenas parar, respirando fundo e continuando a remar para a frente. Sentimos a vergonha subir por nós, deixando-nos de face vermelha e com receio de que nos julguem pela fraqueza, pelas vidas que toda a nossa vida já carrega e acabamos por fechar todas as portas, uma a uma.

Ainda sinto a tua falta. Ainda quero a tua boca na minha. Ainda sonho com cada toque no corpo que te aceitou e que me ensinou muito sobre mim, mas já sou capaz de me recordar de tudo sem qualquer dor, apenas com um sabor, que mesmo quase a desaparecer, ainda é doce.

Hoje recordei-me do dia, do local e de todos os momentos que nos envolveram quando nos encontrámos e senti o coração a bater forte, sem saber muito bem o que viria depois e percebi que teria que ter sido daquela forma, naquele lugar e contigo. Hoje tenho vontade de mais, de não me parar, de nunca desistir dos começos, importando-me muito pouco com os finais. Hoje já não dependo de ti para ser feliz, sou eu outra vez, mas carrego-te comigo, porque ficaste onde deverias e porque me deste o que precisava, há 365 dias atrás.

Porque acho que devo manter tudo o que me fez crescer e porque nada da minha história precisa de ser reescrita, hoje por alguns momentos, fui tua mulher outra vez.

Até sempre,
M.M.

Com que então não têm tempo...

dezembro 05, 2017 0 Comments
Prepare To Take Notes: How To Build A Killer Career Plan For 2016


Volta e meia apetecia-me perguntar se os dias dos outros terão as mesmas horas do que os meus, é que oiço sempre tantas queixas, mas vejo tanto que se deixa por fazer, que me assusto comigo e com o que produzo. Às tantas ainda vou descobrir que os meus vieram como uma espécie de castigo e que por isso são a dobrar e não raras vezes a triplicar. Se assim não fosse como é que ainda leio 2 a 3 livros por semana? Como é que mantenho um blog, debitando tantas palavras, que pareço ter uma irmã gémea? Como cuido, literalmente assim, de 3 filhos, todos rapazes? O mais velho já tem uma namorada, a minha linda Ana, mas que ainda é demasiado menina para que também não a veja como mais uma filha. Escrevo romances, e acompanho uns quantos ao vivo e a cores, esses então davam um enredo ... Vejo filmes, mesmo que dos lamechas, sigo programas que me inspiram, novelas não porque a minha vida já é quase uma e não admito concorrência. Faço caminhadas e corro, para que não tenha que correr com uns quantos, e a pontapé. Vou à cabeleireira, à maravilhosa esteticista, à biblioteca, porque não haveria carteira que aguentasse tanto livro. Depois ainda tenho as compras, dia sim e dia também, porque comer é o que se faz por aqui e muito. Felizmente vai tudo para ajudar as cadeias de supermercados, ao invés dos tubarões da indústria farmacêutica. E a escola? É que todos precisam de apoio com os trabalhos, com os testes, e claro que a mãe representa os outros pais e vai a reuniões com os professores, ouve muitas barbaridades, e também ela tem alunos, e aulas para preparar e exames e tudo e tudo... Já que falamos em aulas e aprendizagem, também faço formações, no final do ano passado e até meio deste, fiz mais de 400 horas de formação.

Ainda podemos espremer um pouco mais o tempo e incluir o novo projecto de escrita por encomenda, com as infindáveis conversas para saber detalhes, com a escolha das capas, o tipo de letra, as fotos, as dúvidas. Há que não esquecer o programa da rádio, em directo com autoria minha e por consequência a precisar de trabalhar os temas. Já se cansaram? Eu também, mas ainda não acabou. Escrevo para uma revista de bloggers e tenho que alimentar as redes sociais, porque isto de se querer ser conhecido tem preceito, instragram, twitter e o inevitável facebook. Os dias, tal como o de muitos, começam às 7 da manhã e terminam... bem, terminam no fim, quando caio para o lado, quando até os pés se recusam mexer, mas só depois de ter dançado muito, porque para estar viva preciso de música às toneladas. Como por aqui todos vestem roupa, e não adianta ir para a rua nú que ninguém nos dá nada, cuido de toneladas de t-shirts, de baús de meias, que já não separo por cores, ou com os pares certos, tenho um saco que faz milagres e para onde vão todas. Convém que não esqueça os infindáveis desejos de última hora. - Mãe e aquela t-hirt, azul? - Tem sempre que ser a que não está pronta, claro.

Agora que começaram as formações que também dou, duas, a umas centenas de quilómetros, há que ajustar o que não pode falhar quando não estiver por perto. Acordar ainda mais cedo e deitar bem mais tarde, sobretudo porque uma das crias está a fazer um part-time e quando sai tarde, a mãezinha vai buscá-lo, claro, de contrário nem dormia com a consciência pesada.

Juro, que não mando para a veia, mesmo que já me tivesse cruzado a mente, sou apenas eu. Faço o que tem que ser feito e não me adianta reclamar. Se alguém tiver por aí uma horita a mais que queira dispensar, quem sabe não serve para eu juntar mais uns quantos projectos.

Se mesmo assim acham que disse tudo o que faço, desenganem-se porque também tenho o que estão a pensar e nada do que se atreveram a imaginar...

4.12.17

Não se entende, nem se explica...

dezembro 04, 2017 0 Comments
Konstancja for Atlas Magazine by Koty 2


Não se entende nem se explica, na maioria das vezes, o que procuram as pessoas, o que desejam realmente e até onde serão capazes de ir para se manterem como estão, quietos, miseravelmente infelizes, sem mexerem o pé que poderia acertar o outro!

Não vou ser capaz, muito provavelmente por mais que tente e me esforce, de entender os mal amados, os que andam sempre de dedo acusador apontado para tudo e para todos. Deve ser realmente muito difícil acordar-se zangado com o mundo, a respingar por tudo e por nada, de cara feia e com rugas vincadas dos intensos franzir de olhos e de boca. Tudo desaba de cada vez que se levantam e ainda se parte mais um pouco quando se vão deitar. IRRA!

"Como é que se atrevem, os outros, a serem felizes quando eu estou em baixo e a sentir-me um lixo"?

É isto que pensam os negativos de berço, ao invés de tentarem juntar-se aos que têm riso fácil e que acreditam que as tristezas não lhes pagam as dívidas, nem as de carma.

Não se explica a necessidade, quase que extrema, que alguns têm de ver o lado negro de tudo, duvidando até do que se atreva a correr bem. Não se explicam as ondas negativas que alguns emanam, tendo bem presente que se não são, os outros também não poderão. Não se explica que se escolha impedir as horas de correrem, estando de mal com tudo o que mexe. Não se explicam os sabores amargos que deixam instalar-se, para que nunca se esqueçam de que só sabem mesmo é serem infelizes. Não se explica que não tenham explicação para o errado que não permitem mudar, porque nunca ninguém poderá ser beneficiado. UFA, que cansaço!

O que alimenta a alma?

dezembro 04, 2017 0 Comments
Movimento

Do que será feito o que não se vê, nem explica, mas sente? O que alimenta a alma, para que ela possa fazer o que lhe cabe e continuar o seu percurso? De que forma interrompemos o que nos foi atribuído e será que o foi mesmo, ou tal como todos os outros seres vivos, teremos apenas funções associadas?

Não consigo ver a minha, mas sei do que é feita, sei agora, depois de todo o trabalho que me deu perceber o que a engrandecia. Mesmo não sabendo qual o seu formato, sei que se alimenta de todo o amor que consigo distribuir e que de cada vez que o sabor amargo se instala, ela se encolhe, comprimindo-me o peito e o coração. Não sei de onde viajou até ao hoje em que me reconheço, mas sei quando está livre, leve e aberta. O que alimenta a minha alma é a minha felicidade e todos os sorrisos que consigo largar, bastando, tal como agora, que sinta a verdade a percorrer os dedos com que teclo as palavras que o confirmam. O que alimenta  a minha alma e a prepara para todas as viagens que ainda empreenderá, é o respeito que lhe tenho por tudo o que me ensina, transformando-me em alguém que me orgulho de representar.

Este é o meu corpo, a matéria visível e a que fiz por merecer, porque tudo o que carrego, até a pele que o cobre, os olhos que espelham quem sou, sem qualquer margem para erro, os lábios dos quais saem séculos de sabedoria, as mãos que consigo dar a quem delas precisa e as que também retiro para poder continuar. Esta sou eu porque aprendi a preservar o que continuará para além de mim, assim, como me prevejo agora.

Não sei para onde irei depois desta vida, mas sei que vou fazer todas as outras de forma mais segura, porque o que sou hoje certifica-me de que estou muito mais pronta. Não sei que talentos me encherão, mas a humildade com que vejo para além de mim, será sempre o maior. Não sei o que alimenta as almas, mas sei do que precisa a minha e é dela que cuido!

3.12.17

Tudo, tudo, não é possível...

dezembro 03, 2017 0 Comments
Karol Grygoruk


Não é possível estar em todo o lado, apoiando todos e aceitando cada solicitação, sem que sejamos de alguma forma penalizados. Até eu já o percebi, por isso digo NÃO mais vezes. Sei que ficam umas quantas pessoas penduradas, mas mesmo que tenha sido privada de algum oxigénio ao nascer e por isso use de tantas velocidades, já me consigo parar, para que não seja parada pela vida. Não é possível que seja sempre eu, não para outros que não eu mesma.

Os dias continuam a crescer, as decisões avolumam-se e dou comigo a pensar como seria bom ter quem decidisse por mim, uma única vez que fosse e que pudesse estar apenas deitada, ao lado de quem estivesse do meu lado, sabendo que estava bem e ficando eu também. Que bom que seria que tomassem conta de mim, e que eu o permitisse, sentindo apenas, sem o muito que me acrescento de forma desmedida, estando sempre na dianteira e vendo em primeiro lugar o que muitos tratam de evitar.

Não é possível que seja sempre eu, não para o que não me cabe, porque também descarrego. Também me canso. Também quero apenas não querer nada e deixar-me ir... Não é possível que seja sempre eu e como aprendi a dosear-me, perdoem-me os que vão ficando para trás, mas já que sou a minha pessoa importante, tenho que me dar a importância que mereço.

2.12.17

De quem é este mundo?

dezembro 02, 2017 0 Comments
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Este é um mundo de homens. Há quem diga que é e eu, lamentavelmente terei que concordar. No entanto, e como diz a música "This is a man´s world", sem a mulher certa não faz qualquer sentido!

Não importa quem o começou e de que forma o tem mantido, ao mundo claro está, o que importa é o papel que queremos assumir, e nisso nós as mulheres, demarcamo-nos um pouco, eu sei que será pelo muito que já nos cabe, mas temos que arregaçar mais as mangas e fazer deste mundo, um lugar que sirva melhor as mulheres. Somos ou não somos a maioria?

Caramba, até parece que estou a começar um movimento revolucionário, nada disso, nem me peçam para queimar os soutiens porque os meus são caros. Estou apenas a incentivar à tal da mudança que tanto apregoamos, e que deve começar por quem dela necessita, sem deixar nas mãos dos outros o que nos cabe a nós resolver.

mundo será de quem o conquistar emocionalmente, de quem dominar o sentimento mais instável, tanto quanto o são algumas substâncias líquidas e gasosas e por sinal bem perigosas. O mundo vai acabar por pertencer a quem o deixar evoluir, seguindo normas que tantos questionam, homens claro está, porque lidam mal com a sensibilidade da qual também são feitos, ou será que se conseguem esquecer, em algum momento, que nasceram todos sem excepção, de uma mulher?

Este mundo de homens começa a cansar, pelas mais variadas razões. Está a deixar de ser o lugar que quero deixar aos meus filhos e está a afastar-se, vertiginosamente, da humanidade, delegando para segundo plano a única coisa que lhes poderá conferir felicidade. Não vou dizer qual é, porque também precisam de pôr o cérebro a funcionar, de contrário ele cola.

Mundo de homens, que os homens não terão forma de manter sem as mulheresMundo ao qual temos todos direito, devendo duplicar juntos o que for benéfico e eliminar o que nos magoar. Cada vez é mais necessário, porque cada vez temos mais dores instaladas e menos capacidade de as fazermos parar.

Se este é um mundo de homens, está na hora de mudar de gerência. Agora é que vou parar à fogueira!

Será o amor uma doença?

dezembro 02, 2017 0 Comments
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Será que o "bicho" que nos invade o coração e se infiltra sem antídoto conhecido é mesmo uma doença? Será que se propaga a velocidades distintas, assim seja mais frágil o portador? Será que podemos impedi-lo de se alojar no maior orgão que conhecemos, se soubermos ao que vem?

Já me estou a rir a bandas despregadas. CLARO que não, nem teria a menor graça se assim fosse. Deixemos entrar o dito cujo e ele que faça os buracos que entender, porque por eles acabará a passar o que não provoca danos e se aninha nas sensações boas que apenas proporciona o tal do amor. Amar é BOM e cura até as más línguas, porque uma vez amando, nada do que se diga importa. O amor é uma doença necessária, mas tem sintomas bem distintos. Para uns arrepia, movimenta, incentiva a que se saltem barreiras e se atravesse o gelo sem roupa adequada. Para outros, bem, para esses, os tais que nunca sabem porra nenhuma, nem quero ter bonecos que me expliquem o que lhes provoca.

Já amaste hoje? Não? Porquê?

O que fizeste de realmente produtivo que conte mais, a longo prazo, do que amar quem te ama de volta? Até que ensino umas quantas coisas, está no meu ADN fazê-lo, mas a sentir da forma certa, passando o que não se aprende se continuarmos fechados a nós mesmos, aí vou dizer como os italianos, non me frega nienta (podem usar o google tradutor).

Será o amor uma doença? Se fosse já tinha visto morrer uns quantos, por falta de defesas e resistência emocional, mas esses são os que não morrem nem que os matem, por isso, a resposta continua a ser não, o amor não é uma doença e será a salvação dos que ainda não estiverem definitivamente perdidos...