10.3.18

Mas não é que te amo mesmo?

março 10, 2018 0 Comments
24.6 mil Me gusta, 154 comentarios - Maria Rodrigues (@maria_rodrigues9) en Instagram


Mas não é que te amo mesmo? É verdade, quem diria!

Quem é que sabe, ou se lembra, do que é acordar com um "amo-te"? Existe lá alguma coisa melhor, nem exercício físico, nem um bom pequeno-almoço ou sequer uns sapatos Louboutin, nada se compara a um sentimento partilhado, mas vivido, porque o que se sente deve ser dito e repetido todos os dias da nossa vida, até que duvidar deixe de ser possível.

Gosto da forma como me vês, e me incentivas, reparando em todos os meus detalhes, por mais pequenos e acentuando o que nem sabia que existia. Gosto deste teu gostar novo, cheio de uma energia que contagia até os mortos de espírito. Gosto da sensação de renovação, de recomeço, o mesmo que nos chega com o início de um novo ano. Gosto de perceber de que forma consegui começar a gostar de ti, não, vou corrigir, gostar não é nada, até porque eu gosto de gelados, mas passo bem sem eles, AMAR, assim está melhor, deixando-me simplesmente ir.

É verdade, porque está provado e registado, que um novo amor limpa o anterior de forma tão definitiva, que nada para trás, mesmo nada, jamais terá a importância que lhe atribuíamos. É verdade que se nos dermos a chance, conseguiremos sobreviver ao caos e à desordem, arrumando-nos de forma a sermos e a termos o que sempre achámos importante. É mesmo verdade que a nossa metade existe e que só temos que estar atentos para o não deixar passar.

Vamos lá a amar-nos, usufruindo não apenas do fim-de-semana, mas da vida, porque é esta que temos e não adianta querer passá-la ao lado!

9.3.18

E se?

março 09, 2018 0 Comments
Cutie Fanatic


Se nos focássemos apenas em nós. Se soubéssemos viver no hoje, não esperando nada de ninguém, como nos sentiríamos afinal?

Cada um que fale por si, mas a mim não me agrada de todo, a ideia. Eu gosto de gostar dos outros, de me preocupar, de esperar que tenham mais a cada dia e que sejam irremediavelmente felizes, porque a vida já é uma passagem demasiado rápida, não precisamos de a apressar ainda mais, até porque na pressa seremos mais velhos, apenas isso. Se usássemos todos a mesma linguagem, comunicando de forma neutra, com sorrisos forçados e mecânicos, então o que é que nos distinguiria? Eu prefiro sentir a dobrar, sofrer a triplicar com as desilusões, mas acordar e adormecer a saber que estou viva, que sei quem sou e o que faço aqui. Já quase que dava a letra de uma canção.

Eu continuo a esperar TUDO e a querer TUDO, de mim e dos outros, sobretudo dos que amo, porque deles virão as energias para ser ainda melhor e para saber, no meu futuro, que esperei pelo que iria ter que chegar.

Se eu fosse igual a ti certamente que já me teria restaurado, seguido em frente e usado mais umas quantas pessoas, mas eu sou eu e de cada vez que me analiso, percebo que estou certa, que não desbarato nada, sobretudo emoções. Se fosses um pouquinho mais como eu, certamente que já estaríamos a planear o resto da nossa vida juntos.

Queres saber o que eu faria, SE estivesse no teu lugar? Pergunta-me!

8.3.18

Queria tanto continuar a querer-te!

março 08, 2018 0 Comments
Conceptual, Lifestyle and Beauty Portraits by Luis Alejandro Gonzalez #photography


Queria ter, tal como tu, alguém que me esperasse em casa e se alegrasse por me ver chegar. Queria saber que no final de todas as minhas horas, enquanto vou sendo para os outros, estarias tu e eu seria tudo o que viria de volta. Queria que o meu mundo andasse mais devagar e apenas acelerasse quando te olhasse. Queria tanto ter-te...

Agora, talvez com o tempo e com a idade, sinto menos falta do que me parece fazer falta e vou deixando que o medo de me "apagar" se instale, mesmo que não queira deixar de querer. Tanto que deixei de viver, achando que o viveria contigo, mas foi tanto o que não vi acontecer, que regressei a mim, à que usa as memórias, mas deixou de experimentar a vida, assim, como ela deve ser vivida, a dois.

Queria tanto continuar a querer-te, mas já duvido até da vontade de o fazer acontecer. Gostava de ser mais arrojada na forma como sonho quem sonhará comigo. Precisava de interromper o ciclo de evasivas e desalento para com os que apenas carregam presentes envenenados. Matava por conseguir entender os que não se entendem com ninguém, porque escolhem apenas deixar-se ir.

Queria tanto continuar a querer-te, mas apenas se me quisesses de igual forma, porque não sei o que significa menos quando amo. Queria tanto, muito, que já não precisasse de esperar por mais nada que viesse de ti, porque já saberia tudo o que parece faltar-me agora.

7.3.18

Ai a visão masculina...

março 07, 2018 0 Comments
Verde que te quero verde

Vi-a, linda, altiva, elegante, uma mulher cheia de classe, mas que não parecia estar ali, bebia o garoto claro, como lhe ouvi pedir e não olhava nem via ninguém!

Será daquelas que julgam que são demasiado importantes para o mais comum dos mortais? Será das que de muito bonitas até são insuportáveis e antipáticas?

Rapidamente obtive resposta contrária, ao ver aproximar-se dela uma das empregadas da pastelaria a quem largou um enorme sorriso. Que boca tão desejável, lábios carnudos, com dentes alinhados e brancos.

- Olá Patrícia, como está?

Então chama-se assim, gosto, mas não tem cara de Patrícia.

Trocaram palavras agradáveis, riram muito e brincaram. Vi e percebi  uma outra mulher, que apenas se distancia para se proteger do assédio, caramba e deve ser intenso. Não consigo descortinar a idade, já é madura, pele morena e uns olhos verdes com um brilho absurdo, quase insultuoso. Agora já me começo a atrever a olhar o seu corpo de formas irrepreensíveis. No verão a capacidade de esconder gordurinhas torna-se uma tarefa mais comprometedora. Percebi que os seus seios caberiam nas minhas mãos, o tamanho ideal, que as suas pernas torneadas e sem celulite, ai afinal os homens também reparam em tudo, se moviam periodicamente para evitar o cansaço. Estava de pé ao balcão e por vezes afastava os fios de cabelo da cara. Eram tão brilhantes que me apetecia tocá-los e cheirá-los.

Aproximei-me mais um pouco e como sou um tipo de faro apurado, imediatamente identifiquei o Light Blue da Dolce & Gabbana. Suave e frutoso, adoro!

Por esta altura já me viu. Uhm, talvez até o já tivesse feito antes, as mulheres e a sua visão periférica. Já se move com algum desconforto, mas assim mesmo consegue dar-me um sorriso. Vou lá falar-lhe? Ficará ela a achar que sou um assanhado tal como muitos outros a quem terá que dar um chega para lá?

Raios que partam isto, nunca me senti assim antes, pareço um catraio com cueiros. Bem, pelo menos já sei o nome, o lugar que frequenta e que a empregada a conhece bem. Acho que me vou armar em forte e sair sem dizer nada. Amanhã volto, e no outro dia, e no outro, até que possa ouvir o som da sua voz, que antecipo seja quente, a projectar palavras, até que o mesmo sorriso que lhe vi hoje seja para mim.

Estou apanhado, fui apanhado, vem aí desgraça!

6.3.18

Porque foi que me deixaste ir?

março 06, 2018 0 Comments
Photography of a Woman Holding Lights

De onde tiraste a ideia de que me poderias simplesmente deixar ir? Quem te mandou olhar para o lado contrário, durante o tempo que me fez sair de ti? Onde julgaste tu que me encontrarias quando te decidisses, finalmente, a perceber que era eu? O nosso destino não se compadece com as distracções, se não estivemos atentos, teremos que ficar na fila, e aguardar, muitas vezes, por uma próxima vida.
Quem te mandou tomares-me por garantida achando que apenas tu olharias para mim e por mim

Não me cabia lembrar-te ou acordar-te para mim. Não me cabia fazer-te entender que ou me tinhas, realmente, ou acabarias a perder-me para sempre. Não era de mim que teria que chegar o que te faltava. porque eu era tão simplesmente a mulher que escolhera amar-te, esperando, pacientemente, que também o fosses. 

Não te consegui ler. Não cheguei a saber que dores carregavas para teres essa vontade de continuar a voar, sozinho, sem um lugar a que possas chamar de teu e sem quem esteja onde só poderias estar. Acredito, agora, que jamais saberás o que significa gostar genuinamente de alguém, sentindo-a, tanto na pele, que não a ter será rasgar-se ao mínimo movimento.

Não te soube roubar de ti. Não consegui que desviasses o olhar do que tanto te assusta e fui-me também eu. Desisti das dores que me irias infligir e voei até quem acabou a receber-me, e foi nele que me aninhei, sentindo um corpo que o meu estranhou, mas permitiu entranhar de forma gradual, sossegando-me de cada vez que me arrepiei, pelo cheiro novo e diferente, mas real.

Não te soube ensinar o que recusaste aprender, talvez porque o meu amor não tivesse bastado, mas sei que um dia também te perguntarás porque me deixaste ir.

Quando a impotência se instala...

março 06, 2018 0 Comments
O Perfume:    Os dias sem ninguémpequeníssimos recados escrit...

Tive sempre mais de metade de mim a funcionar em pleno. Soube sempre o que fazer com o que não me era feito e nunca me rendi à pequenez generalizada. Consegui, sem sequer saber muito bem como, contornar obstáculos e continuar em frente. Nunca me deixei levar, não pelo desalento e muito menos pelas dificuldades, mas confesso que o resultado está a ser um desligar gradual e determinado de tudo o que não me basta, nem resolve.

Quando a impotência se instala. Quando e de cada vez que não me consigo movimentar, eu mesma, sem que precisar de alguém seja uma exigência, sinto o frio nas entranhas e torno-me igualmente fria, distante e dura. Todos os meus movimentos passam a ser mecânicos e até o sorriso se torna uma imposição. 

Não estou a ver o mundo com menos cor, mas as que me movem passam a esbater-se e o descrédito junta-se ao meu nome próprio. Não escolhi parar-me, mas parei de me mover em algumas direcções. O meu coração não se cansou, não ainda, mas forçou-me a subir os muros para além da altura regulamentada. Não deixei de ser eu, mas já sou uma mulher muito diferente, menos presa aos outros e muito mais solitária. Não tem que ser mau, nem sequer bom, é apenas uma condição, uma escolha e um estado de alma. 

Quando a impotência se instala, a vontade acompanha-a, e a minha está em níveis demasiado baixos para que me interesse pelo que deixou de ser interessante!

5.3.18

Quem é que tem casas mal arrumadas?

março 05, 2018 0 Comments
close-up, eye, eyelashes


Se te resolveres, acabas a conseguir chegar onde sempre te imaginaste!

Por vezes temos bagagem pesada, medos, encontros e desencontros, tudo o que carregamos para relações novas, por isso temos que nos resolver, arrumando as "roupas" nos lugares certos. Temos que ser assertivos e não apenas impulsivos, a treta do deixa-te ir e arroja, é para quem está em começos de vida amorosa, para quem se anda, ainda, a descobrir, não é para os que são maduros e já percorreram caminhos longos e sinuosos. 

Volta e meia mudamos móveis, limpamos gavetas, trocamos quadros, são gestos necessários a que a vida corra com mais cor e menos caos. Nas relações deveremos fazer o mesmo, e apenas iniciar o que tivermos condições de manter, mesmo que não dure, porque do futuro sabemos muito pouco. 

Tanto que assusta, a algumas pessoas, que se saiba o que se quer, quando e de que forma.Tanto que se estranha quem tenha crescido e amadurecido ao ponto de saber dizer não, quando for a única resposta possível.Tanto que se tenta usar e influenciar, não contando com o que já se aprendeu sobre a vida e as pessoas.

Casas mal arrumadas, nessas raramente se encontra o que precisamos, quando precisamos realmente!