27.5.18

Finais que sabem a recomeços!

maio 27, 2018 0 Comments


Somos o fruto das nossas escolhas, até das que adiamos. Somos os lugares por onde passamos e cada uma das pessoas que nos marcam, mesmo que a ferro em brasa. Somos inteiros quando decidimos afastar o que nos subtrai, sobretudo paz, e demasiado pequenos quando nos arrastamos, impedidos de caminhar por caminhos seguros. Somos tão importantes, quanto a importância que nos dermos, e é por isso mesmo que convém saber até onde seremos capazes de ir.

Alguns finais são suficientemente libertadores para nos permitirem recomeçar, e a cada recomeço renovamos a energia que nos roubaram, tal como o sono e a sanidade. Finais que sabem a recomeços porque nos demos a importância que merecíamos, sentindo que tudo se torna tão incrivelmente fácil e natural, que até deixamos de nos lembrar do que padecíamos. Finais indolores, porque ninguém consegue sofrer para sempre, não com a intensidade com que amou e desejou ser amado. Finais que não terminam com o que importa e que nos remetem para o que deveria ter estado sempre presente.

Já não receio a solidão, nem o sofá todo para mim. Aprendi a escolher, a reconhecer e a viver, livre, tranquila e sem os pesos que não conseguiria carregar. Sei agora, mais do que ontem, que desistir do que não me faz bem acabará por valer por tudo o que eventualmente sonhei e trabalhei para ter, mas não fui capaz de concretizar. Já não me perco do caminho que tracei antes de ser apenas eu, porque será ele a trazer-me de volta ao que valerá a pena. Já não sorrio, nem choro, nem lamento nada do que terminou, porque a verdade é que mesmo tendo quase arriscado amputar-me para sempre, já nem sequer me lembro por que razão demorei tanto tempo a entender...

26.5.18

E aqui está mais um ano!

maio 26, 2018 0 Comments
52 Best Happy Birthday images of all times


Não posso negar que me vai custando repetir a idade que se me cola, quer o deseje ou aceite, quer não. Custa-me porque não consigo deixar de me questionar sobre o que tenho feito de cada um. Será que os vivi como deveria? Terei sido demasiado benevolente, ou arriscadamente sonhadora? Pois, não me perco demasiado no passado, apenas e só o tempo suficiente para tirar dele lições valiosas, mas faço-me perguntas e um dia responderei a cada uma.

Fiz 52 anos e o que foi que aprendi até hoje? Ui, preparem-se porque vem daí um tratado!
Aprendi o verdadeiro valor da palavra amizade e a triste realidade é que tenho pouquíssimos amigos. Deixei-me de lamechices e passei a olhar para tudo o que me chega com coragem e determinação. Nunca mais culpei quem quer que fosse pelas minhas escolhas erradas, porque foi com cada uma que me fortaleci. Entendi que nem sempre poderei esperar dos outros o que eu tanto faço por conquistar, porque percebo que não queiram "trabalhar" demasiado, até porque teriam que responder a muitas perguntas e as respostas não seriam bonitas.

Qual a minha missão nesta vida?

Soube, através dum estudo numerológico, há um par de anos, que estou aqui para trabalhar a tolerância. Não tenho sido integralmente bem-sucedida, mas já melhorei IMENSO. No entanto receio ter que regressar mais umas quantas vidas para atingir os níveis desejados, porque na verdade não consigo ser tolerante com os que não se esforçam para melhorar. Não consigo aceitar os que andam às voltas como os cães do rabo, mas nem assim conseguem ver os seus. Não entendo os que são maus por natureza e apenas usam todos quantos têm o azar de se aproximar. Não consigo pensar apenas em mim e por isso abomino os que o fazem.

Freedom! Liberdade, é o que significa esta palavra e eu vou tatuá-la quando for tão livre que já não precise de precisar de quem quer que seja, e tão dependente de amores genuínos que a minha liberdade não colida com nenhum.

E aqui está mais um ano. Neste ficaram os que reconheço e me fazem falta e dele saíram todos os outros para nunca mais voltarem. Ser emocionalmente madura é bem mais do que somar anos e eu sinto cada um a passar-me pelo corpo, libertando-o. Pelo coração, preenchendo-o até que quase não consiga respirar. Pela alma, cimentando-a e reconhecendo-a e pelo olhar vendo o que vale realmente a pena ser visto. E aqui está mais um ano, gratidão!

23.5.18

Escolher é a minha escolha!

maio 23, 2018 0 Comments
“Yüzünün tüm kıvrımlarında çiçeklenen sıcacık gülüşünü, içimi titreten öpüşünü ve bir pınar serinliğinde gürül gürül içime doluşan sesini özlüyorum…” #didem/öfd


Sou eu que escolhoSEMPRE, como me irei sentir, que importância dar aos outros, de que lado da cama prefiro dormir e o que farei em cada dia!

Se me cabe a mim escolher, então não posso ser masoquista e não deverei querer o fatalismo, nem a mediocridade. Se me cabe a mim escolher, então escolho estar bem e feliz, porque tudo o resto serão apenas passagens mais ou menos longas. Se me cabe a mim escolher, e desde que percebi que poderia mesmo fazê-lo, então escolho amar quem me ame de volta.

Numa fracção de segundos até as nuvens aparecem, ameaçadoras, a roubar-nos o sol que julgávamos ter vindo para ficar. No minuto imediatamente a seguir a uma enorme gargalhada, sentimo-nos sufocar e a voz que ouvíamos, forte, desaparece. Tudo, mas mesmo tudo, é tão efémero e passa-nos tão rápido, que a escolha inevitável será estar bem, pelo tempo que conseguirmos, estando connosco mais tempo do que com os outros, que não raras vezes ameaçam o nosso equilíbrio.

Quem acreditas que se preocupa mesmo com o que és capaz de ser e de dar? Quem te pode mudar os humores, fornecendo-te as forças que tantas vezes ameaçam fugir-te? Quem se deitará com os teus problemas na cabeça, tendo que os resolver mal acorde? Tu, apenas tu. Mas não estás sózinha se tens quem te ajude a pilotar o teu avião, fazendo o que não te sentires capaz, ajustando as tuas rotas nas tempestades, passando-te as coordenadas que não tens forma de memorizar, ou simplesmente estando do teu lado para que o sintas e saibas.

É inegável que me cabe a mim escolher, sempre e em primeiro lugar, tal como será óbvio que de tanto o fazer, acabei a saber fazê-lo da maneira certa!

Como anda o teu amor?

maio 23, 2018 0 Comments


Para onde vai o teu amor de cada vez que escolhes não acreditar? De que forma arrumas o que já fazia parte de ti, apenas porque decides aceitar os teus medos? O que fazes da intensidade com que sentias a pessoa que fez de ti alguém melhor? Porque permites que o que é pequeno abafe o maior sentimento de todos?

É sempre tanto o que nos pode unir, mas bem mais o que nos separa. Temos a vida como a vemos e sentimos. Temos um milhão de "chamadas" exteriores que nos distraem. Temos a falta de tempo e o tempo mal usado. Temos o egoísmo e a subtracção das palavras, umas, mal usadas e muitas outras por usar. Temo-nos a nós, como maiores inibidores da felicidade.

Deveríamos ser muito mais cautelosos no que toca ao uso da palavra amor, não a desbaratando, porque ela carrega o mundo desde que o conhecemos como tal e vai continuar a carregar cada um de nós, até que o que nos trouxe aqui termine. Deveríamos inteirar-nos das regras do jogo, e quanto mais cedo melhor, para que não as subvertêssemos, usando apenas as mais convenientes. Deveríamos fazer-nos perguntas mais vezes, porque a cada resposta já saberíamos o que fazer a seguir. Deveríamos ser muito mais corajosos quando encontramos, supostamente, a outra metade da laranja, é que a consegui-lo, saberemos sempre para onde vai o nosso amor!

22.5.18

O amor por vezes morde...

maio 22, 2018 0 Comments


Por vezes é mesmo assim, o amor morde, ferra, arde, revolve-nos por dentro, mas continua a ser o sentimento que faz tudo o resto valer a pena!

Love bites, but we want every love bites. Um trocadilho com as palavras, porque a verdade é que o amor morde, mas queremos, sempre, cada pedaço de amorQueremos sentir, nem que seja uma vez na vida, o que ele nos consegue trazer. Queremos saber como o descrever, deixando que nos deixe ser como tantos prometem.

O amor morde se não for o amor certo. Se forçarmos o que nunca terá forma de chegar. Se nos deixarmos ficar para trás, aceitando migalhas e recebendo, a conta-gotas o que deveria vir numa enorme enxurrada. O amor morde quando já está para lá de morto e nós insistimos em o manter a respirar. O amor morde se amar for apenas "eu".

Todos nós ansiamos por algo completo, que nos envolva de todos os lados, que nos encha e preencha cada fresta, colando peças que deixámos partir e sabendo que quem estiver connosco o estará mesmo, e para tudo. Todos precisamos dum amor que seja mais do que uma corrida de maratona, longa, penosa e a exigir muita preparação. Ele também nos pode fazer sprintar, caminhar a passos largos, ou tão simplesmente relaxar, sossegando-nos num sossego partilhado.

Não me parece que haja nada de errado em querer um amor que nos morda a indiferença, o cansaço, os medos e que nos acorde para emoções que lavam a alma até dos mais cépticos. Algumas mordidas poderão ser boas, desde que não nos arranque os pedaços que nos farão falta.

Surviving us...

maio 22, 2018 0 Comments
The History Of Colour TV - When Shapes Of Spilt Blood Spelt Love (CD, Album) at Discogs


Let´s skip the glory and the breakdowns. Let´s just be you and me, because I am as damaged and happy, and because you need me, too.

I am jealous, most of the times. I get angry, but I love you more and the most parts. I am weak, and so are you, so give up on judging. I break me from the inside, but I mind, and I mind you. I am helpless because you run away, half of the times, but I help you today and always. I refuse to give up, because I count on you staying. I die and come back, for you...

Let´s skip the blames and the yelling, we both need the truth and the silence that will tell us things. Let´s just save what we have left, and maybe tomorrow we wont have to feed on the blood. Let´s just keep on loving because I know I do, and I´m counting on you, too.

Não escolhas ter razão quando já a perdeste!

maio 22, 2018 0 Comments
Lovers | Flickr - Photo Sharing!


Quando te dás a ti mesma, razões para que a razão perdure, não importa o resultado, consegues que o que não se encaixa tenha lugar e que o inexplicável, milagrosamente, se possa aceitar!

É a ti que cabe reconhecer e manter o poder, mas, e até mesmo quando a tua maturidade esteja no auge e já tenhas descoberto quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha, vais precisar de passar por cada um dos caminhos que te levarão ao que importa. Vais encontrar desculpas que sirvam para camuflar meias verdades e mentiras estruturais. Vais ter que provar de todos os sabores até os poderes distinguir e vais perceber que é possível seres a que ama mais, com total entrega e sem cobranças, mas assim mesmo a não conseguir reverter a falta de amor que te têm.

Quando te permitires ser deslumbrada, porque até tu és filha de Deus e precisas de alguma validação, perceberás que alguns nunca serão capazes de te ver como és agora e que apenas irão querer fantasiar-te para que te encaixes de forma perfeita na sua falta de perfeição.

Não permitas que a dor te mude ou endureça. Não escolhas o caminho mais fácil, que é o da recusa, da negação e da solidão. Não te impeças de sorrir ou rir com gargalhadas sonoras só porque estiveste com quem nunca esteve. Não olhes demasiadas vezes para trás, usa apenas o que te soou a certezas e te deixou feliz, e persevera, porque o amor como o imaginaste sempre existiu e com ele virá quem te assegurará disso mesmo. Não te dês razões para deixares de ter razão, não quando nem a boca que tão perfeita se encaixou na tua já perdeu o sabor.