Apaixono-me por ti de cada vez que me recordo de quem és. Reconheci-te porque já percebi quem sou e de quem preciso para que tudo se encaixe. Apaixono-me por ti a cada dia, e eles passam a ser tão longos quanto a tua presença diminua, mas demasiado pequenos sempre que te tenho dentro, porque querer-te, ainda mais, já se tornou um exercício regular e necessário.
És feito de uma matéria muito própria, a mesma que a minha reconhece. Tens o que me faz falta e que falta me fazias mesmo antes de o entender. Sabes o que já aprendi há algum tempo e é comum falarmos sem nos ouvirmos, ouvindo cada som que não é expelido, mas sentido. Procuras, em mim, a segurança de que te rodeaste para seres tudo o que nem cheguei a imaginar. Aceitas os meus medos e afastas os teus porque não podemos fraquejar ao mesmo tempo. Redobras-te em cuidados e cuidas de nunca me faltares, não em desejo, não em atenção e não na paciência que te exijo.
Apaixono-me por ti de cada vez que me recordo de quem és, e já se tornou tão recorrente que estar apaixonada por ti é saber que existo para quem passou a existir para mim!