30.5.18

Não importa que a ames...

maio 30, 2018 0 Comments
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Queres que te explique? Então aqui vai. Toda a gente diz que ama alguém, mas a verdade é que isso não importa nada, porque o que sentes apenas a ti diz respeito, já o que fazes...

Trataste-a mal. Não respeitaste cada um dos momentos nos quais ela esteve sempre presente, contigo e por ti. Escolheste a tua pequenez e ampliaste os teus medos, tanto, que nem o amor que lhe dizes ter foi capaz de te travar. Esqueceste-te, por momentos cruciais, de todos os que tiveram juntos e nos quais fizeram planos, embrulharam sonhos e saborearam a vida que só vos serviriam se fossem dois. 

Não importa, sobretudo não para mim, que digas que amas, porque o amor mostra-se, prova-se, dá-se e entrega-se connosco dentro. Não importa que a ames, não assim, cheio de medo de que a tua vida e individualidade termine. Duas pessoas continuarão a ser duas e cada uma, com tudo o que fazem por ter e com tudo o que conseguiram armazenar. Só amar não basta para que o amor cresça e se mantenha, precisamos de querer para além do nosso mundinho, aquele em que todos chegam e opinam porque acreditam ter razão. 

Não importa que a ames se não sabes como a fazer feliz, sendo-o também tu. Não importa que a ames, porque amar por si só é muito pouco. Amar carrega uma necessidade que não temos como entender, mas que a acontecer como é suposto, não deixa lugar para as dúvidas, nem para os medos e não ouve para além das palavras que apenas importam aos dois.

Não importa que a ames, sobretudo se não lhe conseguires provar que o teu amor vale a pena, ficando, mostrando-te e dando-te como ela precisa. E acredita que quando ela o tiver, inteiro, irás recebê-lo todo de volta!

29.5.18

Apaixono-me por ti de cada vez que me recordo de quem és!

maio 29, 2018 0 Comments
Lidia Elsenbach


Apaixono-me por ti de cada vez que me recordo de quem és. Reconheci-te porque já percebi quem sou e de quem preciso para que tudo se encaixe. Apaixono-me por ti a cada dia, e eles passam a ser tão longos quanto a tua presença diminua, mas demasiado pequenos sempre que te tenho dentro, porque querer-te, ainda  mais, já se tornou um exercício regular e necessário. 

És feito de uma matéria muito própria, a mesma que a minha reconhece. Tens o que me faz falta e que falta me fazias mesmo antes de o entender. Sabes o que já aprendi há algum tempo e é comum falarmos sem nos ouvirmos, ouvindo cada som que não é expelido, mas sentido. Procuras, em mim, a segurança de que te rodeaste para seres tudo o que nem cheguei a imaginar. Aceitas os meus medos e afastas os teus porque não podemos fraquejar ao mesmo tempo. Redobras-te em cuidados e cuidas de nunca me faltares, não em desejo, não em atenção e não na paciência que te exijo.

Apaixono-me por ti de cada vez que me recordo de quem és, e já se tornou tão recorrente que estar apaixonada por ti é saber que existo para quem passou a existir para mim!

28.5.18

Vou estar sempre aqui!

maio 28, 2018 0 Comments
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Vou estar sempre aqui!

Quem é que não quer ouvir algo assim, munindo-se da certeza que esta certeza passa? Quem é que fica imune à consistência e ao para sempre? Quem é que não espera ter que parar de esperar e simplesmente receber quem faça sentido? Quem é que não quer um amor maior que si mesmo, para que até a alma se sinta a rebentar? Quem é louco o bastante para deixar que a loucura se instale e perca quem acabou por encontrar?

Vou estar sempre aqui porque te amo e amar-te é o que me prende ao chão que pisas. Vou estar sempre aqui, até quando me enxotes com esse feitio que me desespera, mas ao qual não permito que me afaste do essencial, porque na verdade és bem mais. Tens muito do que me faz falta e sentes o que inevitavelmente passei a sentir por ti. Sentes medos infundados, alguns que consigo sossegar, mas outros que me recordam da inevitabilidade que é perder-te. Vou estar sempre aqui, para o bem e para o mal, colado ao que tens de melhor e o melhor és tu toda. Vou estar sempre aqui, sempre enquanto fores tu e sempre porque és tu!

Recuso-me a ser apenas uma história!

maio 28, 2018 0 Comments

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Recuso-me a ser apenas uma históriaRecuso-me a ter e a sentir apenas o que os outros me impõem. Recuso-me a seguir a maré e a esperar pelo que nunca chegará. Recuso-me a recusar-me a vida que preciso de ter!


Nós ainda vamos decidindo, não tudo, não sempre, mas as vezes que até poderão bastar. Nós, podemos, se assim o entendermos, entender os que nos chegam e os que partem, porque partir, por vezes, será mesmo o que teriam que fazer. Nós sabemos, mesmo quando receamos as respostas, o que nos dirão se ousarmos perguntar. Nós conseguimos, ir, continuar, desejar, ou apenas refrearmo-nos, de cada vez que as vezes certas baterem seguras na vida que escolhemos. Nós somos os actores principais, apenas teremos que saber o que dizer, quando for a nossa vez de falar.

Espero que o que faço por ter e entender me baste para saber da minha vida, dos meus, de todos quantos amo. Espero, mesmo, que me consiga conduzir para poder ser seguida, e para que nunca me culpe pelo que não consegui concretizar, porque pelo menos tentei, resisti, desejei e apenas desisti quando nada mais me restava fazer. Espero manter-me sã, inteira, até quando for quebrada e acreditem que o sou muitas vezes e é por tudo isto que me recuso, hoje e sempre, a ser menos do que consigo, porque não terei forma de continuar se me parar a meio. 

Já me recusei a desistir de ti, não enquanto não senti que já te tinhas parado, não por alguns momentos, mas para sempre. Já me recusei a ser apenas eu, tentando prolongar uma história que ninguém parece saber como escrever, mas parei-me a tempo e finalmente fui capaz de continuar!

27.5.18

Já não sei de ti...

maio 27, 2018 0 Comments

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Onde te escondes quando tudo o resto se abriu demasiado, e te roubou cada momento, os mesmos que te desnudam e impedem de ser outra qualquer?


Precisamos de ter quem nos proteja do que aparentemente nos magoa. Precisamos de precisar de tudo e de todos, mas queremos, certamente que a maioria de nós, encontrar modelos que nos deixem no comando do que teremos que comandar.

 me restam poucos espaços nos quais me mantenha apenas eu. Já não encontro, quase nunca, minutos, ou sequer segundos nos quais possa simplesmente desabar, fraquejar e deixar-me ir.  não me reconheço quando conheço, mesmo, e por dentro, os que até me são próximos.  não choro como antes, até porque se o fizesse, certamente não conseguiria parar.  não me escondo, não adiantaria e só serviria para que me procurassem.

Não sei de ti. Não encontro explicações para o que falhas explicar, mas não me esforço por entender, já não. Não me escondo de ti, não quero nem preciso, porque não és tu, deixaste de ser!

Finais que sabem a recomeços!

maio 27, 2018 0 Comments


Somos o fruto das nossas escolhas, até das que adiamos. Somos os lugares por onde passamos e cada uma das pessoas que nos marcam, mesmo que a ferro em brasa. Somos inteiros quando decidimos afastar o que nos subtrai, sobretudo paz, e demasiado pequenos quando nos arrastamos, impedidos de caminhar por caminhos seguros. Somos tão importantes, quanto a importância que nos dermos, e é por isso mesmo que convém saber até onde seremos capazes de ir.

Alguns finais são suficientemente libertadores para nos permitirem recomeçar, e a cada recomeço renovamos a energia que nos roubaram, tal como o sono e a sanidade. Finais que sabem a recomeços porque nos demos a importância que merecíamos, sentindo que tudo se torna tão incrivelmente fácil e natural, que até deixamos de nos lembrar do que padecíamos. Finais indolores, porque ninguém consegue sofrer para sempre, não com a intensidade com que amou e desejou ser amado. Finais que não terminam com o que importa e que nos remetem para o que deveria ter estado sempre presente.

Já não receio a solidão, nem o sofá todo para mim. Aprendi a escolher, a reconhecer e a viver, livre, tranquila e sem os pesos que não conseguiria carregar. Sei agora, mais do que ontem, que desistir do que não me faz bem acabará por valer por tudo o que eventualmente sonhei e trabalhei para ter, mas não fui capaz de concretizar. Já não me perco do caminho que tracei antes de ser apenas eu, porque será ele a trazer-me de volta ao que valerá a pena. Já não sorrio, nem choro, nem lamento nada do que terminou, porque a verdade é que mesmo tendo quase arriscado amputar-me para sempre, já nem sequer me lembro por que razão demorei tanto tempo a entender...

26.5.18

E aqui está mais um ano!

maio 26, 2018 0 Comments
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Não posso negar que me vai custando repetir a idade que se me cola, quer o deseje ou aceite, quer não. Custa-me porque não consigo deixar de me questionar sobre o que tenho feito de cada um. Será que os vivi como deveria? Terei sido demasiado benevolente, ou arriscadamente sonhadora? Pois, não me perco demasiado no passado, apenas e só o tempo suficiente para tirar dele lições valiosas, mas faço-me perguntas e um dia responderei a cada uma.

Fiz 52 anos e o que foi que aprendi até hoje? Ui, preparem-se porque vem daí um tratado!
Aprendi o verdadeiro valor da palavra amizade e a triste realidade é que tenho pouquíssimos amigos. Deixei-me de lamechices e passei a olhar para tudo o que me chega com coragem e determinação. Nunca mais culpei quem quer que fosse pelas minhas escolhas erradas, porque foi com cada uma que me fortaleci. Entendi que nem sempre poderei esperar dos outros o que eu tanto faço por conquistar, porque percebo que não queiram "trabalhar" demasiado, até porque teriam que responder a muitas perguntas e as respostas não seriam bonitas.

Qual a minha missão nesta vida?

Soube, através dum estudo numerológico, há um par de anos, que estou aqui para trabalhar a tolerância. Não tenho sido integralmente bem-sucedida, mas já melhorei IMENSO. No entanto receio ter que regressar mais umas quantas vidas para atingir os níveis desejados, porque na verdade não consigo ser tolerante com os que não se esforçam para melhorar. Não consigo aceitar os que andam às voltas como os cães do rabo, mas nem assim conseguem ver os seus. Não entendo os que são maus por natureza e apenas usam todos quantos têm o azar de se aproximar. Não consigo pensar apenas em mim e por isso abomino os que o fazem.

Freedom! Liberdade, é o que significa esta palavra e eu vou tatuá-la quando for tão livre que já não precise de precisar de quem quer que seja, e tão dependente de amores genuínos que a minha liberdade não colida com nenhum.

E aqui está mais um ano. Neste ficaram os que reconheço e me fazem falta e dele saíram todos os outros para nunca mais voltarem. Ser emocionalmente madura é bem mais do que somar anos e eu sinto cada um a passar-me pelo corpo, libertando-o. Pelo coração, preenchendo-o até que quase não consiga respirar. Pela alma, cimentando-a e reconhecendo-a e pelo olhar vendo o que vale realmente a pena ser visto. E aqui está mais um ano, gratidão!