3.7.19

Matar a lembrança!

julho 03, 2019 0 Comments
Photographer: Ben Kruse - Tribe Archipelago LXC 04 - www.benkruse.net


Matar a lembrança é morrer de cada vez que o fazemos. Matamos de forma tão rápida quanto possível, o que nos lembra cada sorriso, cada palavra e os inúmeros desejos e sonhos quebrados. Matamos até os pensamentos... Se ao menos eles se deixassem morrer, mas recusam-se, estóicos e armados em cavaleiros montados em cavalos brancos, altivos e prontos para qualquer batalha.

O depois, o momento em que se ouve ou diz um não, inicia o processo longo, bem mais demorado do que o sim que se acabou a proferir, sem saber como saiu, de onde veio e o que o motivou. Apagar, riscando com uma borracha emocional, o que não fomos capazes de manter, carrega uma dor que rasga, que culpa e que nos cobra até o novo respirar, porque na verdade passamos a respirar de forma diferente, sozinhos, descompassados e sem outro som que não o nosso. Matar a lembrança, cada lembrança, mata-nos inevitavelmente e leva de volta a esperança que se instalara, o desejo que regressara, vivo e alerta de sermos desejados, cuidados e amados incondicionalmente. Matar a lembrança de um amor que chegou com uma força e vida que nem sabíamos ser capazes de sentir, deixa-nos no primeiro minuto a nadar sofregamente para não morrermos com ele.

Não se pede, nem se procura até quando o fazemos, mas o que é nosso e tudo aquilo que teremos que viver e aprender, vem na nossa direcção e sem possibilidade de desvios. Não se pede nenhum amor, mas quando ele nos atinge, muda-nos, redirecciona-nos e coloca em perspectiva o que é mesmo importante. Não se pede amores que podem matar como um raio, mas eles chegam assim mesmo e provam-nos que não controlamos nada, nem o início nem o fim.

Não quero matar a lembrança. Não quero deixar de pensar e de sentir, mas preciso de me manter viva e de continuar. Não quero matar a lembrança porque isso seria matar-te, mas ou morres tu e eu sofro na mesma, ou morro eu e acabo mesmo morta!

2.7.19

Tudo é possível quando se ama!

julho 02, 2019 0 Comments
1st kiss...at last♥️. DB and I. Black &White, isn't Shady, it's all inclusive. In this scenario it would mean he reaches from one side to the other, but he isn't one or the other. DB isn't part of B&W scam, hasn't been since 2008. Game. Set. Match -  - #Couple


Tudo é possível quando se ama, e passível de ser mudado sempre que o amor tem a dimensão e peso certos. Nada, mas mesmo nada é obstáculo se nos soubermos ler e entender, partilhando uma linguagem que se encaixa no que serão ambos e cada um. Por isso e sem qualquer reserva, aguardo por quem chegará a saber exactamente como se encaixar, o que fazer e quando, para que também eu o faça e suprima os medos que agora desejo afastar.
Tudo é possível, até mesmo dividir espaços já definidos e lugares que antes nos cabiam por inteiro. Tudo pode ser revertido quando recebemos quem passa a ter a importância que já nos atribuímos. Tudo é fácil e natural quando temos vida, sonhos que perseguimos, sem desistir ao primeiro embate e sobretudo quando olhamos para os que triunfam e se mantêm de sorriso aberto.
Tudo é possível quando se ama quem nos ama de volta, sem qualquer reserva e reservando-se o direito de ir até onde o outro precisa para que a confiança, o respeito e a partilha sejam tão reais quanto é respirar. Tudo é possível quando se escolhe acreditar...

30.6.19

Qual é afinal o meu poder?

junho 30, 2019 0 Comments
Mark GD | Paintable.cc Digital Painting Inspiration - Learn the Art of Digital Painting! #digitalpainting #digitalart


A ter algum, qual será o meu poder em relação a ti e ao que sentes?

Não quero o poder de dominar, de subjugar ou sequer de influenciar, mesmo que pela positiva. Quero o poder de te manter e de saber o que te passo em todas as circunstâncias. Gostava de sentir mesmo o meu poder quando te falo de mim, do que fui e sou agora, fazendo-te entender e acreditar, mas esse definitivamente não tenho.

Tanto que ando a aprender, desde que encetei esta nova viagem. Tenho aprendido a ver para além de mim e a colocar-me mais vezes no lugar em frente, de frente para o que nem sabia estar a transmitir. Considero que uma das minhas características passa por usar  de forma adequada, o bom senso, mas nem sempre consigo, nem sempre me deixam e não raras vezes acabo por ser julgada até pelo que não digo ou faço.

O mais difícil de uma relação, sem qualquer margem para dúvidas, é a conquista da confiança, a entrega completa de nós e das nossas emoções e o não julgamento perante o que não se sabe ainda. Conhecem o exercício da confiança? Sim, esse mesmo, deixamo-nos cair de costas quando confiamos em quem nos vai impedir de cair. E fazê-lo? Não parece fácil e não é mesmo. Quem confia segue em frente, foca-se nos passos seguintes, esforça-se por se ir motivando nos percalços e certamente que existirão muitos, a toda a hora, para nos testar a resistência. Quem confia espera pacientemente pelas provas e pelos olhares, os tais que nunca enganam. Quem confia sabe que o deve fazer, porque a não acontecer, desistir é o passo mais acertado.

Ainda não descobri qual o meu poder, mas a realidade até pode passar por não ter nenhum!

28.6.19

Deixei de querer o que não posso ter!

junho 28, 2019 0 Comments
Shankar Indaragi

Deixei de me focar no futuro incerto, sobretudo quando falamos de relações. Deixei de achar que existem momentos certos, pessoas certas e relações para a vida. Deixei de me atirar para o desconhecido e passei a querer tudo o que já conheço e saboreio. Deixei de me deixar para o fim e comecei do meu princípio, cuidando do que cuidará de mim no futuro. O coração resolvido e em paz. A companhia que nunca culminará numa solidão acompanhada. A verdade como a sinto e sei que quererei manter enquanto estiver por aqui. O amor que continuarei a sentir e a demonstrar pelos que precisam de acreditar que as suas vidas e relações serão diferentes e melhores.
Deixei de reparar no errado, até porque também erro mesmo que seja por amor. Deixei de culpar a vida pela falta de pressa e desacelerei para poder apenas usufruir. Deixei de passar ao lado do que tem cores vivas e cheiros que com enorme gratidão consigo sentir. Deixei de pesar apenas o difícil e passei a usufruir bem mais do que me parecer fácil. Deixei que os outros escolham desistir, mas escolhendo permanecer e melhorando tudo à minha volta. Deixei de permitir que me amem pela metade, porque sou muito mais inteira e merecedora de TUDO o que me representa.
Deixei de procurar o amor, porque ele vai arranjar forma de me encontrar!

27.6.19

Se não me amas...

junho 27, 2019 0 Comments
beauties


Se não me amas, deverias ser capaz de o dizer, de o mostrar e de me deixar ir. Quando digo que me tens bem dentro de ti não estou a fantasiar, estou apenas a tentar que entendas a dimensão do que imagino contigo, mas não consigo que percebas. Não consigo que me escutes e que me deixes ir se afinal não me queres.

Nada nem ninguém deveria manter, segurar ou aquietar outro ser humano, prendendo-o ao que não poderá ter, porque magoa muito, deixa-nos de asa caída, de amor quebrado não conseguir que nos queiram na mesma proporção. Quem fica para trás, quem mantém o amor, sofre mais e fica com a sensação de vazio que demora a sair, nem se sabe quando. Saber que não vou voltar a sentir o teu calor e a não ver o teu olhar que me trespassava a alma, que me fazia olhar-te de volta é o que me faz mais falta. Fazes-me falta porque me deixaste vazia até de mim mesma e meia perdida, à procura nem sei bem do quê, talvez de ti aquele que julguei ter antes, quem me mostrou que consigo ser intensa e dar muito, mas depois se virou, mudou o rumo e silenciou os únicos lábios que sempre quis ter e tocar.

Tiraste-me de ti em silêncio e com palavras que apenas explicam metade. Tiraste-me de ti porque não me quiseste manter, agarraste-te ao mal que reconheceste, não tentando em nenhum momento permitir que te provasse errado. Tiraste-me de ti porque nunca me soubeste amar como sou e com o que tenho, mas deverias ter-me deixado ir há muito...

24.6.19

É tudo assustadoramente normal...

junho 24, 2019 0 Comments
Cate Blanchett Poster


É assustadoramente normal saber o que tenho que fazer, de cada vez que sou testada. Há muito que não deixo nada por dizer,mas também há muito que o faço com a educação e formação moral que me caracterizam. É cansativo ter que continuar a lutar, diariamente, com os que não se esforçam NADA para facilitar a vida aos que também andam por aqui. Não aceito um NÃO como resposta só porque SIM. Gosto de TUDO devidamente explicado, até porque também me explico MUITO bem.

É assustadoramente natural que nunca me vergue ao primeiro impacto, até porque já me fortaleci física e emocionalmente. Gostava de me cruzar mais vezes com pessoas sãs, generosas e humildes, mas já aceito que somos todos feitos de muitas massas emocionais e algumas bem feias e escurecidas.

Já não é de todo assustador que apenas queira no meu futuro,porque é assim que o visualizo, amenos almas empedernidas. Espero, diariamente, pelos que se me assemelham e ainda transformam. Desejo, com toda a minha determinação, que me façam sorrir de forma natural e que me acompanhem nos choros lamechas, porque deixei de perder tempo com os que vivem ao contrário...

O que mudaria pela pessoa certa?

junho 24, 2019 2 Comments

Moodboard 03 - Glamour


O que mudaria pela pessoa certa? Penso nisso algumas vezes, mas a minha vida está tão direccionada, construída e planeada, mesmo que a precisar de muitos outros planos, que chego a ter medo de não conseguir criar lugar para outra pessoa. A verdade é que os outros trazem o que têm e nem sempre encontram o que procuram. O nosso formato é novo, a nossa vivência é distinta e até o nosso adormecer e acordar tem regras que não entendem.


É curioso perceber que já não se trata do que eu mudaria pela pessoa certa, mas sim do que ela seria capaz de mudar por mim e é aí que as dúvidas se instalam. Mesmo que me tenham sempre dito que sou dura, obstinada e demasiado determinada, já me provei e aos outros, que não é de todo verdade, até que consigo incluir, mas assim mesmo não posso fazer e querer por dois. Quem chega. Quem entra. Quem começa por se ter que mostrar e dar, vem mais carregado de exigências e de medos, até de mudar um copo de lugar. Cabe aos que estão em casa o acolher, o deixar fluir e o receber bem. Mas será que chega? NÃO e desiludam-se os que pensarem o contrário. Ou bem que recebes quem quer mesmo entrar e ficar, ou apenas farás de guia turística, mostrando onde fica tudo, sobretudo a porta para a saída.

Sei bem o que eu mudaria pela pessoa certa, já o fiz. Mas não voltarei, não tão cedo, a mudar uma vírgula em mim. Quem chegar terá que me "comer" com ossos e espinhas, porque pelo menos assim terei uma desculpa mais plausível quando falhar. Por alguns meses, que já me começam a parecer anos, esqueci-me que era a pessoa mais importante da minha vida. Esqueci-me de mim e cuidei, mesmo e de forma determinada, de quem esperava algum cuidado, mas a vida fez o favor de me esbofetear e recordar que os esquecimentos se pagam caro. Resultado imediato? Aprendi!

O que é que mudaria pela pessoa certa? O que ela também estivesse pronta a mudar, porque nunca mais vou tomar a dianteira, estou definitivamente de volta ao que me cabe e não volto a esperar por quem não atinja a mesma velocidade em tempo real.O