19.2.20

Conheces-me bem!

fevereiro 19, 2020 0 Comments


Conheces-me bem. Sabes o que penso, porque me viste crescer a pensar, agora duma forma e depois duma outra completamente diferente, aceitando, na tua serenidade e amor de mãe, que só poderia ser assim. Conheces-me bem e contigo posso falar de mim, do que sinto, dos meus sonhos que têm o tamanho da minha capacidade de sonhar e eu sonho grande. Falamos durante horas, de cada vez que preciso das tuas palavras sensatas e carregadas de todas as histórias que vivi enquanto foste a mãe que precisava para estar onde estou hoje, a viver, uma vez mais, o que fui capaz de sonhar. Conheces-me bem e por isso sabes o que dizer para que continue firme e determinado, atrás do que terá que ser meu. Conheces-me tão bem que me foste passando de mansinho o que precisaria de saber e sem que me soubesse às lições que afinal me acompanharão pela vida. Contigo não receio julgamentos e não meço o que aos outros soaria a vaidade, orgulho ou qualquer outro sentimento que tão bem sabes filtrar. Conheces-me bem e por isso não precisas que me comprometa com os contactos telefónicos que terão que me fazer falta. Estás aí como sempre estiveste e a tua segurança, mesmo que possas estar a sentir medo, deixa-me seguro. Guias-me, ainda hoje, os passos que apenas eu poderei dar, mas que te trazem em cada escolha, porque sempre foste capaz de me deixar escolher, sabendo que teria que ser por mim e para mim. Conheces-me bem e até sabes quando estou de olhos cheios de lágrimas pela falta que me fazes, mas ainda assim sorris e fazes-me rir com as lembranças da minha infância e juventude. A tua força quando alguém me tentava enfraquecer é o que se cola no coração de cada vez que receio quebrar por estar fisicamente sozinho. Conheces-me bem porque estiveste em cada etapa e nunca me recusaste o tempo que fez de mim quem hoje sou. Nunca duvidaste, nunca receaste demasiado pelas minhas escolhas e piores momentos; nunca desististe e nunca partiste, mesmo que te tenha quebrado, sobretudo pela teimosia e imaturidade. Conheces-me bem, tanto que consegues saborear as minhas vitórias, as conquistas mais pequenas e o que ainda virá. Conheces-me bem e sabes que jamais serei capaz de te defraudar, esquecendo o que sempre provaste ser a melhor forma de andar por aqui. Conheces-me bem e já vou percebendo porque razão também me conheço cada dia melhor. Conheces-me bem e sabê-lo é o que me mantém de pé, corajoso e determinado, porque consigo provar-te, todos os dias, que tiveste sempre razão!

18.2.20

Quando decido, faço-o bem!

fevereiro 18, 2020 0 Comments

As decisões de hoje, todas as que for capaz de tomar, ou quantas recusar, irão invariavelmente definir o meu amanhã!
Nada é mais claro do que isto para mim agora. Tudo passou a ser natural, mas medido e pesado, de forma a que não suporte sozinha o peso do mundo. Tenho que me saber posicionar bem no meu lugar nesta vida, não me defraudando nem boicotando. Tenho que passar mais tempo comigo, ouvindo-me com sons, porque ao falar reproduzo o que penso e pensar passa a ser mais coerente. Tenho que ter do meu lado quem esteja verdadeiramente onde preciso, de contrário o desequilíbrio da balança deixar-me-á interiormente desequilibrada. Tenho que ter mais certezas. Tenho que pesquisar mais sobre o que me regenera e completa. Tenho que decidir, ponto final.
As decisões de hoje já carregam tudo o que escolhi ontem de forma menos certa, consciente ou inconscientemente, por isso já não me permito desculpas, mas curiosamente passei a desculpar mais os outros. Vim para trabalhar a tolerância nesta vida, mas sou totalmente intolerante a velocidades baixas quando imprimidas por mim, não porque tenha pressa de viver, mas porque sinto que me devo mais em menos tempo. De cada vez que decido, coloco em prática o que planeei e esse é o processo natural.
As decisões que tomo hoje são bem mais maduras, determinadas e fundamentadas, assim sendo não há pelo que errar!

17.2.20

Aprendi a voltar aos carris e a viagem ainda agora começou

fevereiro 17, 2020 0 Comments

Aprendi a sobreviver ao teu desamor e a recolher os sentimentos que deixei, por aí, disponíveis para usares, mas que usaste mal. Deixei de esperar pelo regresso adiado, até que finalmente adiei a minha vontade de esperar e passei a viver. Superei as dores que me fizeram crescer e percebi a minha importância no processo. Passei a passar mais tempo comigo, ouvindo-me nos silêncios e impedindo as tuas palavras de voltarem a ecoar, em mim e no meu cérebro cansado. "As palavras têm poder" - Digo-o vezes sem conta, mas as que deixamos por dizer são igualmente poderosas e capazes de solucionar até o que aparentemente não tinha solução. Fiquei mais quieta e já não preciso de ser validada para ter valor. Aprendi da forma mais amarga que os opostos não te atraem e que não adianta ter por perto quem não nos vê por dentro. Quem não nos respeita na diferença. Quem não se congratula com os nossos sucessos, mesmo que eles nos levem algumas vezes, porque voltaremos sempre se tivermos para quem. Aprendi a ler nas entrelinhas palavras aparentemente sentidas e percebi que não haverá forma de curar quem não se reconhece doente, por isso debita o que não sabe entender e entende tudo mal. Aprendi a deixar seguir, a vida quando mais escura, as pessoas quando perdidas e os momentos que não nos sabem ao sabor que tem o que é certo. Aprendi comigo e por mim a ser a única forma de armazenar o que me faz falta e depois disso nunca mais experimentei a escassez.
Aprendi a voltar aos carris e a viagem ainda agora começou!

Continuas a boicotar-te!

fevereiro 17, 2020 0 Comments


Continuo o "ver-te" destilar os venenos do mundo, focando-te no que te deveria importar muito pouco. Estás de asa descaída, com dores internas que poucos conseguem ver, mas ainda assim escolhes o que não te puxa para cima. Limpa-te do negro e veste a alma de cores que te permitam sarar.
Continuo a "ver-te" discutir o que nunca poderás mudar, numa vã tentativa de mudares o que sempre irá existir e persistir, a maldade, a pequenez, a burrice... Foge de ti quando insistires em esgravatar lixo tóxico. Arremessa para longe verdades incómodas e muito pouco rentáveis. Dá-te permissão para usufruíres apenas do que te saberá a vida e vive-a por ti, porque apenas assim ficarás verdadeiramente curada.

Lamento mesmo, nem sabes quanto!

fevereiro 17, 2020 0 Comments


Lamento por ti que cresceste sem nunca te teres sentido crescido, porque quem deveria ter estado "lá", em cada etapa, não foi capaz e permitiu-se esquecer que lhe cabias por dever. Lamento, tanto, não te ter valido, porque estava atenta aos meus e porque não me reconhecia o direito. Lamento as tuas dores, que permanecem até hoje, porque não te muniste das ferramentas que te arrancariam tantas almas negras. Lamento que te falte determinação para pontapear os pequenos, os maus e os de alma negra. Lamento que ainda não tenhas recebido o amor que te falta dar, porque repetes o padrão e duvidas de ti. Lamento não estar mais perto, sobretudo emocionalmente, para que me pedisses ajuda e me redimisse, de alguma forma, de não te ter oferecido o que tenho de sobra. Lamento...

Fugi, acobardei-me...

fevereiro 17, 2020 0 Comments

Fui-te respondendo para me justificar, falhando cada explicação, porque não aceitaste nenhuma. Parei de te responder com medo de não te conseguir deixar ir, mas igualmente em pânico com a tua desistência. Disse-te tanto, o que me magoava. O que não conseguia explicar. O que parecias ter de sobra e me faltava. As tuas certezas e a forma como me amavas, sendo tão doce, amável e disponível. Fui duro. Fui cobarde e indigno do amor que me tinhas. Fui pequeno e nunca cheguei a dar o que era teu por direito, mesmo sabendo que foste feita para mim. Fui o oposto de tudo o que te prometi.
Já não te respondo às perguntas que certamente sempre farás, mas apenas porque fiquei sem respostas. Fiquei vazio até de mim e perdi-me da única pessoa que nunca me deixaria sem palavras e sem explicações. Já não sei quem sou...

14.2.20

Não lamento a falta dum amor!

fevereiro 14, 2020 0 Comments


Não lamento a falta dum amor, já não, porque na verdade não é qualquer um que me serve. Não fico triste pela falta dum abraço e que bem me saberia ser abraçada, com sentimento e entrega, mas a não poder ser dado pela pessoa que antecipo perfeita para mim, abraço-me diariamente, cuidando do que me mantém emocionalmente acompanhada. Não espero, nem mais um dia, por quem irromperá pela porta que até fechei, não à chave, mas para que me proteja do frio do mundo. Não sei qual o sabor dum beijo dado com uma boca que se encaixe na minha, mas ainda não me esqueci de como se beija. Não me deixo derrubar por fazer o caminho sozinha, quantas vezes à chuva, porque já sei o que sinto quando o sol desponta. Não desisto do amor, até porque é sobre ele que escrevo e alimento tantos corações vazios, mas parei de parar os meus sonhos apenas por serem no singular. Não lamento a falta dum amor, não por ora e não porque já fui muito amada e amei na proporção do que esperava ser para sempre.
Não tenho medo de não "te" voltar a encontrar, perder a capacidade de amar e encontrar amor em qualquer lugar e pessoa é que seria verdadeiramente assustador!